No dia 9 de janeiro de 1993, Jean Claude Romand matou a mulher, os dois filhos e os pais. Teve tempo de atear fogo à própria casa antes da chegada da polícia. Antes disso, durante 18 anos, o francês fingiu para a família e os amigos ser médico da OMS. Passava os dias em restaurantes de beira de estrada e postos de gasolina. Quando a verdade estava para ser relevada, praticou o ato insano. Em busca da motivação por trás de tudo Emmanuel Carrère enviou uma carta ao falso médico, já recolhido a um presídio. Depois de algum tempo, recebeu uma resposta seca e direta. Jean Claude contaria sua vida ao autor.