"Um relato claro e conciso da catástrofe financeira de 2008-9 pelos três homens que arquitetaram as saídas para a crise. -- Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia do novo coronavírus. Ato contínuo, países ao redor do mundo decretaram medidas de isolamento social para proteger a população. Os efeitos econômicos foram imediatos e profundos ? e talvez desde a crise de 1929 o mundo não se veja diante de desafio tão abrangente para os governantes. Não por acaso, voltaram ao debate as soluções adotadas no passado para conter tempestades financeiras. A crise de 2008 é sem dúvida o exemplo mais emblemático. Naquele ano, a falta de lastro de papéis ligados ao setor imobiliário levou à falência inúmeros bancos de investimento e mergulhou o mundo num terremoto cujos efeitos são sentidos até hoje. Mas os resultados poderiam ser ainda mais catastróficos não fossem as soluções adotadas pelos ""bombeiros"" que assinam Apagando o incêndio. Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, Tim Geithner, presidente do Federal Reserve Bank de Nova York, e Henry Paulson, secretário do Tesouro, estavam à frente de políticas de socorro drásticas e controversas, mas que se provaram necessárias para estabilizar o sistema financeiro. Neste livro, dirigido ao grande público (ou seja, nada de economês aqui), eles examinam as causas da crise, explicam por que ela foi tão impactante e relatam uma a uma as medidas necessárias para evitar uma depressão como a de 1929. Mais do que rever uma história do passado, no entanto, os autores estão olhando para a frente. A preocupação central é ""manter as memórias vivas e auxiliar os 'bombeiros' do futuro a proteger as economias dos estragos das crises financeiras"", escrevem na introdução. Na forma de um vírus, esse futuro chegou antes do que imaginávamos. Hora decisiva, portanto, de aprender com quem já passou pela experiência."
Destaque de O dilema das redes, pesquisadora detalha os perigos do capitalismo de vigilância e de nosso comportamento na internet Obra-prima em termos de pensamento original e pesquisa, A era do capitalismo de vigilância, de Shoshana Zuboff, apresenta ideias alarmantes sobre o fenômeno que ela nomeou capitalismo de vigilância. Os riscos não poderiam ser maiores: uma arquitetura global de modificação comportamental ameaça impactar a humanidade no século XXI de forma tão radical quanto o capitalismo industrial desfigurou o mundo natural no século XX. Zuboff chama a atenção para as consequências das práticas de empresas de tecnologia sobre todos os setores da economia. Um grande volume de riqueza e poder vem sendo acumulado em sinistros ?mercados futuros comportamentais?, nos quais os dados que deixamos nas redes são negociados sem o nosso consentimento e a produção de bens e serviços segue a lógica de novas ?formas de modificação de comportamento?. A ameaça não é mais um estado totalitário simbolizado pelo Grande Irmão da literatura de George Orwell, mas uma arquitetura digital presente em todos os lugares, agindo em prol dos interesses do capital de vigilância. Estamos diante da construção de uma forma de poder inédita, caracterizada por uma extrema concentração de conhecimento que não passa pela supervisão da democracia. A análise perturbadora e embasada de Zuboff escancara as ameaças da sociedade do século XXI: vivemos em uma ?colmeia? de conexão plena, que a todos seduz com a promessa de lucro máximo garantido, mesmo que à custa da democracia, da liberdade e do futuro da humanidade. Enfrentando pouca resistência por parte da lei e da sociedade, o capitalismo de vigilância está em vias de dominar a ordem social e moldar o futuro digital ? se nós assim permitirmos.
Quando economistas são chamados de ?influentes? significa que eles mudaram a forma como os outros pensam. Por esse padrão, Milton Friedman foi um dos economistas mais influentes de todos os tempos. Ele revolucionou a maneira como seus pares pensam sobre consumo, dinheiro, política de estabilização e desemprego. Friedman demonstrou o poder de se comprometer com algumas suposições simples sobre o comportamento humano e então perseguir implacavelmente suas implicações lógicas. Em mais de 60 anos de carreira, desenvolveu e ensinou novas maneiras de interpretar dados, testando suas teorias por meio de sua capacidade de explicar vários fenômenos díspares. Seriam necessários vários volumes para fazer justiça às contribuições extraordinárias de Friedman para a teoria, prática e política econômicas, mas este livro servirá como uma introdução e, também, uma síntese do trabalho desenvolvido pelo célebre economista. A influência de Milton Friedman se estendeu além dos economistas. Ele foi o principal defensor da liberdade econômica e pessoal. Por meio de seus escritos e aparições na mídia, educou milhões sobre como os mercados funcionam e como os governos frequentemente falham. Ele restaurou a respeitabilidade das noções liberais clássicas que haviam caído em desgraça, e não o fez mediante propaganda engenhosa, mas transmitindo uma compreensão profunda e duradoura das próprias ideias.
Coletânea de artigos essenciais de Antonio Delfim Netto, referência incontornável dos estudos econômicos no Brasil. Entre 2000 e 2018, Delfim Netto assinou uma coluna semanal no jornal Valor Econômico, em que, com sua prosa agradável e acessível, conduzia o leitor por seu amplo rol de interesses e fazia importantes comentários sobre a relação intrínseca entre o mercado e a política durante um período crucial na história recente do Brasil. Do rico material produzido pelo ex-ministro ao longo desses dezoito anos, foram selecionados os 56 artigos que compõem esta coletânea. Organizado por André Mendonça de Barros e dividido em quatro blocos ? ?O Estado, o mercado e as urnas?, ?A economia e suas tribos?, ?O capitalismo e outros ?ismos?? e ?Um olhar para o mundo? ?, Economia é coisa séria traça um breve mas perspicaz panorama econômico do país, traz um debate acessível sobre teoria econômica e mostra algumas das possíveis causas dos desafios que hoje se colocam para o país ? e o mundo.
Como o tribalismo, o populismo, o nacionalismo e a política identitária estão destruindo a democracia. Jonah Goldberg afirma, em O suicídio do Ocidente, que somente uma vez, nos últimos 250 mil anos, os humanos se depararam com uma forma de romper o ciclo eterno de pobreza, fome e guerra que definiu boa parte de nossa história - na Inglaterra do século XVIII, com o surgimento do capitalismo democrático liberal. Se a democracia, o individualismo e o livre mercado fossem o destino da humanidade, teriam aparecido muito antes na nossa escalada evolutiva. Nas últimas décadas, as virtudes políticas que alçaram o Ocidente à posição em que se encontra hoje se tornaram vícios. Somos cada vez mais direcionados a ver nossas tradições como sistemas de opressão, exploração e privilégio, o princípio da liberdade sofre ataques constantes vindos de todas as direções. Neste momento em que o autoritarismo, o tribalismo, a política identitária, o nacionalismo e o culto à personalidade estão destruindo as democracias por dentro, Goldberg expõe as tendências suicidas do Ocidente de ambos os lados do espectro político. Para que o Ocidente sobreviva, precisamos reconhecer e agradecer por tudo que a civilização nos proporcionou e redescobrir os ideais que nos tiraram da lama no passado para que não retornemos a ela. 'Nas melhores circunstâncias, toda empreitada importante exige esforço. O milagre do capitalismo democrático liberal não é autossustentável. Dê as costas a sua manutenção e ele se despedaçará. Considere-o favas contadas e as pessoas começarão a ceder a seus impulsos naturais de tribalismo. As melhores perderão toda a convicção e as piores serão tomadas por passional intensidade. As coisas entrarão em colapso.? O suicídio do Ocidente é um livro corajoso e necessário. Um apelo urgente para democracias que estão em perigo por terem perdido a vontade de defender os valores e as instituições que garantem a liberdade e a prosperidade necessárias à manutenção da sociedade.
A Coleção 2020 foi criada e produzida durante a pandemia de Covid-19. Reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes. -- A pandemia da covid-19 trouxe consequências inéditas para a economia global. Ao contrário das crises de 1929 e 2008, o colapso econômico de 2020 não é uma crise originada no setor financeiro, mas consequência do contágio da economia real por uma crise de saúde pública. Em meio a queda histórica do PIB mundial, o debate econômico foi chacoalhado como em poucas ocasiões. Temas e questionamentos ao modo como o sistema capitalista tem sido administrado, presentes no debate desde a crise financeira global de 2008-2009, ganharam concretude trágica. No Brasil, a pandemia se abateu sobre uma economia que mal havia se recuperado da recessão de 2015-16. Pior. Enquanto os mais pobres ainda sofriam queda em seus rendimentos, o meio e o topo da pirâmide recuperavam-se lentamente. Medidas fiscais substantivas foram adotadas. Mas a resposta à crise não exige apenas relaxar regras orçamentárias, e sim repensar o próprio papel do Estado para superar carências históricas que a pandemia tornou cristalinas. É o que faz este livro. À luz do contexto brasileiro, apresenta cinco funções do Estado que a pandemia ajudou a revelar. São elas: estabilizador da economia, investidor em infraestrutura física e social, protetor dos mais vulneráveis, provedor de serviços à população e, por fim, empreendedor. Com a firmeza, a clareza e a densidade que são marcas registradas de Laura Carvalho, Curto-circuito: O vírus e a volta do Estado mergulham em cada face do problema não apenas para refletir sobre a pandemia, mas também para iluminar, de forma sóbria e generosa, conceitos decisivos do pensamento econômico.
Com prefácio de Muniz Sodré, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e orelha de Lazare Ki-Zerbo, vice presidente do Comitê Internacional Joseph Ki-Zerbo para a África e a Diáspora (CIJKAD), o título de 357 páginas é o resultado da tese de doutorado que levanta e analisa as interfaces políticas e sociais das religiões de matrizes africanas no Rio contra os processos de intolerância religiosa e o racismo no Brasil, entre 1950 e 2008. Com esta pesquisa, Ivanir se credenciou como doutor em História Comparada pela UFRJ, em maio de 2018.
Só mais um esforço é uma reflexão sobre a vida política
brasileira nas últimas décadas, à luz dos processos globais
do capitalismo e do esgotamento das esquerdas.
A partir da experiência petista na Presidência, o
professor de filosofia Vladimir Safatle demonstra como
o lulismo foi o último momento do ?grande modelo de
conciliação? da esquerda com a democracia liberal. Para
alcançar e manter o poder, os líderes outrora radicais
optaram por recuperar uma das maiores fantasias nacionais:
a da aliança das classes por meio do crescimento
e do progresso. Foi assim que o conformismo tomou o
lugar do conflito, e a reforma, o da transformação.
A análise de Safatle desemboca nesse ?território
em desagregação? que é o Brasil atual, quando o medo
paralisa a ação política e um novo desafio se coloca:
refundar urgentemente a esquerda.
Operação Lava Lula" propõe revelar o envolvimento do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante e após o seu mandato na presidêcia, em diversas investigações, interrogatórios, delações premiadas e se, realmente, ele deve ser considerado culpado ou inocente pelos leitores.