Não-sábio é, por ventura, ignorante? Não percebes que entre saber e ignorar existe algo?
O quê?
Opinar corretamente. Não sabes desvendar o fundamento (...) nem apresentar a ignorância. Não pode ser ignorância apontar a coisa sob teu olhar. A opinião correta ocupa um lugar intermediário entre o entendimento e a ignorância."
O banquete relata a reunião de amigos da qual participaram Sócrates, Aristófanes e outros atenienses eminentes, em que se lançou uma competição para ver quem fazia a melhor definição de eros (o amor, mas também o belo) um dos mais importantes conceitos da cultura antiga. Neste que é um dos principais diálogos de Platão, além de obra humanística fundamental para todos os interessados em pensar o estar no mundo, debatem-se noções de amizade, de decência, e fio condutor de toda a obra platônica também sobre o próprio ato de raciocinar
O resultado deste livro não é um volume de divulgação filosófica para o grande público, tampouco é apenas o documento de um percurso teórico voltado exclusivamente aos iniciados ou mesmo somente aos biógrafos. Como se verá no desenrolar dos capítulos e no desdobramento dos temas, o significado do itinerário que aqui se apresenta é também ele, bem como o título do conjunto da obra, um paradoxo que o autor poderia resumir, retomando ainda um dos temas, sobre as aspas, nos quais um dos capítulos de Glasgow se detém, da seguinte maneira: da ?realidade? à realidade.
A história de Gertrude Himmelfarb se confunde com a história do conservadorismo norte-americano. Uma acadêmica prestigiada, ela está entre os eruditos responsáveis por revisitar a tradição conservadora britânica e, ao comentá-la, renovar o próprio pensamento conservador ? numa galeria que deve incluir também seu falecido marido, Irving Kristol, além de Russell Kirk, Lionel Trilling, entre outros. Até seu contemporâneo e amigo Trilling, e desde o político do século XVIII Edmund Burke, Himmelfarb identifica uma miríade de artistas e pensadores que, com suas vidas e com suas obras, manifestaram a atitude a que esses dois eruditos chamaram ?imaginação moral?: a tendência de enxergar as ações humanas como portadoras de significado, e os indivíduos como responsáveis por cultivar a ordem na vida comunitária.
A beleza encontra-se hoje em uma situação paradoxal. De um lado, se propaga de modo inflacionário: é exercido em toda parte um culto da beleza. De outro lado, ela perde sua transcendência, entregando-se à imanência do consumo: ela constitui o lado estético do capital. A experiência do negativo diante do belo, assim como diante da sublimidade ou do choque, cede lugar completamente ao gosto culinário, ao like, à curtida. Trata-se, em última análise, de uma pornografização do belo. Em seu novo livro, Byung-Chul Han reflete sobre o belo na era digital. Esse ensaio invoca e evoca as formas do belo que se manifestam como verdade, como desastre ou como sedução. São exploradas também as dimensões do belo que fundariam uma ética ou política do belo. Esta é uma leitura estimulante e reveladora e um diagnóstico lúcido da atualidade.
ESTE TRABALHO E UM CORPO DE PENSAMENTO FILOSOFICO E POETICO DE CARACTER PESSOAL, QUE TEM O INTUITO DE IR DESVENDANDO TEMAS DO CORPO, DA PERCEPCAO, DO TEMPO, DO MOVIMENTO E DO ATO DE CRIACAO.SEGUINDO UMA LINHA EVOLUTIVA QUE INTERLIGA ESTES E OUTROS TEMAS, TEM COMO BASE UMA PESQUISA ACADEMICA QUE RECORRE A CONCEITOS DESENVOLVIDOS POR OUTROS PENSADORES (BERGSON, DELEUZE E JOSE GIL) E QUE FORMA UMA MATERIA DE INTERESSE A ARTISTAS, BAILARINOS, PENSADORES, POETAS E CRIADORES QUE ESTAO IMEDIATAMENTE ENVOLVIDOS NO CONTEXTO ARTISTICO, MAS TAMBEM A TODOS AQUELES QUE SAO POTENCIAIS CRIADORES E AGENTES DE VIDA, OU SEJA TODOS AQUELES QUE TEM UM CORPO PENSANTE E ATUANTE - E ISSO E INERENTE A TODOS OS SERES HUMANOS.HA UMA UNIDADE QUE NOS UNE ENQUANTO SERES. COMUNICA UM MOMENTO ABERTO, SEM PRETENDER SER CONCLUSIVO E ONDE SE DEIXAQUE AS SENSACOES E EMOCOES QUE NELE SURGEM ESTEJAM PRESENTES E COMUNIQUEM O CORPO, O PENSAR, O AGIR E O QUE ESTA POR VIR. A VIDA CRIA E NELA ESTAMOS CONSTANTEMENTE NUMA REINVENCAO DE NOS PROPRIOS E NUMA BUSCA DE AUMENTAR AS NOSSAS POTENCIAS DE AGIR.DE UMA FORMA LIVRE E QUASE ESPONTANEA, SIMPLES E ACESSIVEL, E UMA BREVE VIAGEM QUE PRETENDE MOSTRAR QUE QUEM HABITA UM CORPO ESTA EM CONSTANTE MOVIMENTO DE CRIACAO
Na teologia cristã a única instituição que não conhece fim nem trégua é o inferno. Por isso o modelo político atual, que pretende uma economia infinita do mundo, é assim propriamente infernal. Se a igreja perde a sua vocação messiânica e a sua relação com o fim dos tempos, ela será arrastada inevitavelmente na ruína que ameaça todos os governos e todas as instituições da terra. Este breve escrito do grande filósofo italiano Giorgio Agamben é uma poderosa meditação sobre o sentido político das coisas últimas.
"Com profundidade analítica e talento literário, Steven Pinker defende a razão, a ciência e o humanismo, os ideais de que precisamos para enfrentar os nossos problemas e dar continuidade ao nosso progresso.
Em O novo Iluminismo, uma original avaliação da condição humana no terceiro milênio, o cientista cognitivo Steven Pinker nos incita a rechaçar manchetes alarmistas e profecias apocalípticas, que vicejam nos dias atuais e influenciam nossa visão de mundo. Com 75 gráficos impressionantes, ele demostra que a vida, a saúde, a prosperidade, a segurança, a paz, o conhecimento e a felicidade estão em ascensão, não apenas no Ocidente, mas em todo o mundo. Para Pinker, esse progresso é uma herança do Iluminismo: a convicção de que a razão e a ciência podem impulsionar o florescimento humano ? e, mais do que nunca, elas precisam de uma defesa vigorosa. Nadando contra as correntes da natureza humana exploradas por demagogos ? tribalismo, autoritarismo, demonização, pensamento mágico ?, o projeto iluminista é atacado por religiosos, políticos e intelectuais pessimistas que insistem que a civilização ocidental passa por um inexorável processo de declínio. Mas basta olhar os dados: eles indicam que, com o avanço do conhecimento, as pessoas estão de fato vivendo mais e melhor. Sem negar que nossos tempos são atribulados, Steven Pinker não hesita em apontar o caminho para as soluções: reforçar o ideal iluminista de usar a razão e a ciência para resolver problemas.
?A mente de Steven Pinker ostenta uma inteligência aguda, um conhecimento profundo e uma enorme solidariedade humana.? ? Richard Dawkins
?Um livro excepcional, escrito com lucidez e na hora certa, repleto de dados que sustentam uma eloquente defesa do humanismo racional.? ? The New York Times Book Review"
O BANQUETE É UMA NARRATIVA FEITA POR APOLODORO ACERCA DO BANQUETE QUE AGATÃO OFERECEU A ALGUNS AMIGOS ENTRE ELES SÓCRATES ARISTÓFANES ALCIBÍADES ETC AO EXPLANAR PARA O LEITOR O DIÁLOGO O NARRADOR POSSIBILITA UMA REFLEXÃO SOBRE EROS (AMOR) EXPONDO EXPERIÊNCIAS E COGITAÇÕES FUNDAMENTALMENTE HUMANAS O BANQUETE É UMA OBRA CONTAGIANTE E ESPIRITUOSA EDIÇÃO BILÍNGUE
Os efeitos colaterais do discurso motivacional, O mercado de palestras e livros motivacionais está crescendo desde o início do século XXI e não mostra sinais de desaquecimento. Religiões tradicionais estão perdendo adeptos para novas igrejas que trocam o discurso do pecado pelo encorajamento e autoajuda. As instituições políticas e empresariais mudaram o sistema de punição, hierarquia e combate ao concorrente pelas positividades do estímulo, eficiência e reconhecimento social pela superação das próprias limitações. Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados - tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do 'eu consigo' e do 'yes, we can' tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout. Este livro transcende o campo filosófico e pode ajudar educadores, psicólogos e gestores a entender os novos problemas do século XXI.
Além do bem e do mal foi escrito na mesma época em que Nietzsche compôs Assim falava Zaratustra, sendo este anterior àquele. Em parte, pode-se considerar este livro, tanto na forma quanto na intenção, a antítese daquele. Enquanto em Zaratustra há ainda um humanismo, um derrame de bondade, em Além do bem e do mal Nietzsche coloca-se realmente "além do bem e do mal".