Nas primeiras décadas do século XXI, temas como democracia, cidadania e República surgem, em diferentes interpretações, como dilema e desafio que a sociedade brasileira enfrenta no cotidiano. Partilhando dessas preocupações, planejamos e organizamos a coleção O Brasil Republicano, em cinco volumes: O tempo do liberalismo oligárquico (edição revista), O tempo do nacional-estatismo (edição revista), O tempo da experiência democrática (edição revista), O tempo do regime autoritário (edição revista) e O tempo da Nova República (volume inédito). Este quarto volume da coleção O Brasil Republicano trata da Quarta República.
Como uma forma de melhor contar a história e trazer relatos com diferentes pontos de vista, a edição conta um pouco mais sobre a era ditatorial no país e seus efeitos na sociedade da época. Os militares, ao lado de seus aliados civis, tomaram o poder em março de 1964 e implantaram uma ditadura que durou 21 anos. Para isso, o regime recorreu à violência, à censura e à espionagem. Apesar de muitos terem obtido condições de vida mais prósperas com o ?milagre econômico?, tantos outros se tornaram ainda mais probres e tiveram sua realidade ainda mais dificultada. Ainda no governo dos generais tiveram-se opositores, como exemplo de políticos, religiosos, estudantes, artistas e intelectuais. No entanto, foi a juventudade da época que, no desejo de implantar o socialismo no Brasil, pegaram em armas e combateram a ditadura. A transição de volta à democracia, assim como a própria duração do governo militar, foi longa demais. Ao fim, operários entraram em cena, logo seguidos por trabalhadores rurais. E o Brasil descobriu as vantagens de também ser latino-americano.
A magnitude do livro não se encontra apenas pelo tema e a lembrança de tempos passados, mas pela capacidade de revelar situações e momentos ocorridos ao longo dos anos de repressão militar. Para o fãs de política, história e literatura, este volume promete ser um fiel colaborador em suas noções e conhecimentos sobre a política nacional em outros tempos.
Reúne textos de: Carla Simone Rodeghero, Carlos Fico, Denise Rollemberg, Fábio Sá Earp, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Leonilde Servolo de Medeiros, Luiz Carlos Delorme Prado, Marcelo Ridenti, Marco Aurélio Santana, Maria Celina D?Araújo, Mariana Joffily, Paulo Roberto de Almeida
Confinado no front narra os principais passos da evolução da Covid-19 desde os primeiros casos na cidade chinesa de Wuhan. Com argúcia e muita informação, Guga Chacra faz um passeio pelo mundo ? da China ao Norte da Itália, de Nova York a São Paulo ? diante da maior tragédia sanitária do século. Mais ainda, oferece uma mistura de observação pessoal (de seu privilegiado posto de correspondente em Nova York) com os principais fatos e discussões sobre como a doença vem sendo percebida ao redor do planeta.
Neste livro, Vladimir Safatle mostra como o pensamento e a clínica de Jacques Lacan importam para aqueles que querem pensar a política para além do jogo de forças entre instituições e domínios de representação. Examinando os quatro conceitos fundamentais da política para a psicanálise - a saber: identificação, gozo, transferência e ato -, Safatle emprega a psicanálise como dispositivo crítico e prática transformativa contra a dominação conformista que a psicologia de cada época mobiliza como ideologia. Como a família conta em nosso processo de subjetivação, determinando horizontes de produção de autoridade? Como as formas religiosas se entranham em nossos processos de trabalho e produção de valor? Como nossas identidades tornam-se políticas no interior de sistemas de gestão de saber? Como pensar uma noção alternativa de liberdade considerando a experiência concreta de Lacan na organização de sua Escola de Psicanálise, de modo a sincronizar ato psicanalítico e processo revolucionário? Estas são perguntas crucias postas em circulação por este livro. Trabalho necessário tanto para entender como transformar a realidade de opressão, que enfrentamos hoje, quanto para fazê-lo em consideração ao desejo, no horizonte da subjetividade de nossa época. Christian Dunker Psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP
"Este livro apresenta a história dos programas de transferências de renda no Brasil dos anos 1970 até os dias de hoje.
Sonia Rocha for - nece medidas de tamanho, abrangência, focalização e custo desses programas assistenciais no Brasil para embasar a descrição dos fatos e conclusões apresentadas. O texto, organizado em oito capítulos, segue cronologicamente a evolução dos programas de transferência de renda no Brasil.
De início trata do contexto e das motivações que levaram à implantação, na década de 1970, de um programa de transferência de renda no âmbito da Previdência Social, passando em seguida à criação nos anos noventa dos ?novos? programas, que desembocam no Bolsa-Família em 2003.
Descreve a expansão e consolidação do Bolsa-Família desde então, para concluir com uma discussão sobre os desafios do atual governo empossado em janeiro de 2011, especificamente no que tange à proposta de eliminar a pobreza extrema até o final do seu mandato em 2014.
O Brasil vem ganhando visibilidade internacional e atraindo o interesse de observadores da área socioeconômica devido a uma conjunção favorável de fatores.
Dentre eles tem papel fundamental a retomada sustentada do crescimento econômico nos últimos anos.
A expansão da economia levou a um ciclo virtuoso de aumento da renda e crescimento do consumo interno que vem mudando radicalmente a feição do país.
No entanto, essas melhorias recentes estão longe de sanar as questões de pobreza e de desigualdade que distinguem desfavoravelmente o Brasil na comparação com outros países onde o nível de renda per capita é semelhante. Em momento oportuno, esta obra apresenta a história dos programas de transferências de renda, que o cerne da política antipobreza no Brasil, fornecendo medidas de seus custos e impactos para as mudanças em curso no país."
O Cálculo Econômico em uma Comunidade Socialista é o famoso trabalho acadêmico de Ludwig von Mises, lançado em alemão em 1920, no qual é demostrada, de modo pioneiro, a impossibilidade do socialismo. O texto analisa o problema da distribuição de bens em um regime socialista, apresenta a natureza do cálculo econômico, acentuando os limites destes em uma economia coletiva, além de discutir o problema da responsabilidade e da iniciativa em empresas comunais.
Desafiando a narrativa de uma parcela dos livros disponíveis sobre a temática, este trabalho de Carla Zambelli, ao narrar os bastidores das manifestações nas ruas contra o governo petista de Dilma Rousseff demonstra que o processo democrático que levou ao impechment da presidente não foi golpe. Em uma linguagem clara, a autora narra inúmeros episódios desconhecidos pela maioria das pessoas. A obra conta com um prefácio do renomado jurista Ives Gandra da Silva Martins e com textos da jornalista Ensaios Joice Hasselmann, do empresário Geraldo Rufino, da advogada e professora Janaina Conceição Paschoal e do economista Luiz Calado. Escrito por uma das protagonistas da oposição ao corrupto governo petista, trata-de de uma leitura obrigatória para todos que buscam entender melhor a história política recente de nosso país.
Leitura essencial para entender a política econômica brasileira dos últimos 15 anos
Observador privilegiado da realidade política e econômica brasileira, Pedro Malan participou da elaboração, lançamento e implementação do Plano Real e atuou como ministro da Fazenda durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Por meio dos artigos publicados na coluna que assina desde 2003 no jornal O Estado de S. Paulo, ele parte de sua trajetória profissional e da sólida formação intelectual para analisar de maneira única o cenário político e econômico do país nos últimos 15 anos.
Elencados e contextualizados com os principais acontecimentos na economia e na sociedade nesse período, os textos oferecem um panorama imprescindível para pensar o futuro do país, colocando em perspectiva, sob a ótica de um dos economistas mais importantes do Brasil contemporâneo, um recorte de tempo fundamental para entendermos e avaliarmos com mais clareza o teor dos discursos dos principais candidatos ao governo.
Com capa flexível, a edição tem orelha de Fernando Henrique Cardoso e apresentação de Edmar Bacha.
?Esta coletânea permitirá avaliar a contribuição de Pedro Malan como intelectual público. Quem o conhece apenas como economista e funcionário de Estado verificará nesta seleção de artigos mensais a amplitude de sua cultura, assim como sua sensibilidade à conjuntura.?
Fernando Henrique Cardoso
?Acuidade analítica, serenidade de espírito, elegância ? eis os atributos definidores de Uma certa ideia de Brasil. Como peças de um mosaico, os 136 artigos de Pedro Malan compõem um esplêndido mural do ciclo lulopetista desde o auspicioso início do governo Lula até a derrocada de Dilma.?
Eduardo Giannetti
?Uma grande contribuição para entender não só o país, mas as grandes questões de nosso tempo.?
André Lara Resende
Um país em contagem regressiva. Foi o que virou o Brasil depois da reeleição de Dilma Rousseff, segundo o olhar de Guilherme Fiuza. Neste Que horas ela vai?, o autor apresenta um roteiro ofegante de um dos períodos mais dramáticos da história recente: o país em queda livre nas mãos de uma presidente paralisada. Neste diário da agonia da presidente, o autor mostra sua faceta de frasista sarcástico, contemplando cada fato escabroso com um comentário curto, fulminante e, não raro, hilariante.
O livro é organizado em verbetes (dispostos em ordem alfabética) para facilitar a localização dos escândalos, farsas e meliantes.
Devido à sua atuação sindical e política, Pereirinha foi preso 5 vezes, em diferentes Unidades de Repressão Política no período 1964/1985 no Município do RJ , e, por diferentes períodos, foi mantido incomunicável e sem possibilidade de assistência jurídica. Esteve detido, juntamente com demais companheiros de Luta do Movimento Sindical em reunião no CGT
Comando-Geral dos Trabalhadores , na Invernada de Olaria, localizada na Rua Coronel Assunção, em Olaria.Meses depois, foi transferido para a unidade do DOPS na Rua da Relação, permanecendo ainda um tempo incomunicável.Durante certos períodos eleitorais na Ditadura, foi detido diversas vezes por participar dessas campanhas, também no DOPS.Por fim, esteve preso no Batalhão da Polícia Do Exército (PE) da Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, por longo período, em estado de incomunicabilidade.
Como conseqüência de suas atividades sindicais e políticas, foi indicado, em acordo do senador Luiz Carlos Prestes com o governador Leonel de Moura Brizola, como candidato a vereador pelo PDT em 1982.Foi aluno do Colégio Pedro II. E funcionário do Banco Boavista. Em 1983, formou-se bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação Getúlio Vargas.
Origens do totalitarismo tornou-se um clássico logo depois de sua publicação, e até hoje a obra é considerada a história definitiva dos movimentos políticos totalitários. Hannah Arendt primeiro elucida o crescimento do antissemitismo na Europa Central e Ocidental nos anos 1800 e prossegue com a análise do imperialismo colonial europeu desde 1884 até a deflagração da Primeira Guerra Mundial. A última seção discute as instituições e operações desses movimentos, centrando-se nos dois principais regimes totalitários da nossa era: a Alemanha nazista e a Rússia stalinista.
Arendt considera a transformação de classes em massas, o papel da propaganda para lidar com o mundo não totalitário e o uso do terror como fatores essenciais para o funcionamento desse tipo de regime. E no brilhante capítulo de conclusão, ela avalia a natureza de isolamento e solidão como precondições da dominação total.