Uma investigação sobre um momento controverso na trajetória de Jair Bolsonaro: o abandono da carreira militar e o ingresso na vida política. Jair Bolsonaro tornou-se uma figura pública em 1986, quando assinou na revista Veja um artigo em que reclamava do baixo soldo pago aos militares. Um ano depois, nas páginas da mesma revista, reapareceu numa reportagem que revelava um plano de estourar bombas em locais estratégicos do Rio de Janeiro. A revista publicou um desenho que detalhava o plano. O croqui, supostamente de autoria do capitão, comprovaria a conspiração em curso no Exército. Instado a prestar contas, Bolsonaro foi considerado culpado no primeiro julgamento, e mais tarde inocentado pelo Superior Tribunal Militar (stm). Após a decisão da corte, deixou a farda, passou à reserva e ingressou na política. Esta é a reportagem mais completa já escrita sobre esse período pouco conhecido. O autor examinou a documentação do processo (reproduzida no livro) e escutou as mais de cinco horas de áudio da sessão secreta ? ambos disponíveis no stm. Também entrevistou personagens que atuaram no caso, entre jornalistas de Veja e militares colegas de Bolsonaro. Além de reunir indícios suficientes para apontar que a autoria do croqui, como sustentou Veja até o fim, era mesmo do capitão, Maklouf reconstitui um episódio decisivo não apenas para a trajetória do presidente eleito em 2018, mas também para a redemocratização e o jornalismo no Brasil. 88 páginas com imagens e documentos
A história da mulher que viveu por trinta anos sem nacionalidade Maha Mamo, hoje cidadã brasileira, foi apátrida por 30 anos. É assim que são chamadas as pessoas sem pátria, impedidas de ter uma nacionalidade e que, por consequência, têm uma vida sem os direitos básicos de qualquer outro cidadão. Filha de sírios e nascida no Líbano, ela não poderia existir oficialmente no país em que nasceu porque a lei no Líbano diz que a nacionalidade vem do sangue e não do território. Já os pais de Maha, o pai cristão e a mãe muçulmana, fugiram da Síria porque o país proíbe relacionamentos inter-religiosos. Ou seja, Maha e os irmãos cresceram em um limbo social, sem registro, sem identidade. Em Maha Mamo - a luta de uma apátrida pelo direito de existir, a autora conta, ao lado do jornalista Darcio Oliveira, sua complicada trajetória até a sonhada cidadania - da infância e juventude em Beirute à vida em Belo Horizonte. Com prefácio de Sonia Bridi, o livro narra desde a chegada de Maha e seus irmãos ao Brasil, em 2014, como refugiados, até a conquista da nacionalidade. Seu ativismo, junto com o Acnur, e sua atuação como palestrante global, contribuíram para importantes mudanças nas leis do Brasil e de outros países. Maha tornou-se um dos símbolos da campanha I Belong, que pretende acabar com a apatridia e segue na luta para que os mais de dez milhões de apátridas que existem no mundo tenham o mesmo direito.
""" Um retrato vibrante do líder controverso mas incontestável que comandou a resistência à ocupação nazista e salvou a honra da França. Charles de Gaulle ganha aqui sua primeira reconsideração histórica de peso em vinte anos, escrita por um dos maiores especialistas na história moderna da França. Com sua personalidade forte, o general Charles de Gaulle adentrou a história inspirando homens e mulheres a arriscarem a vida para combater o nazismo. Depois, como presidente, enfrentou revoltas nacionais e violentos movimentos de independência. Perseguindo o que chamou de ?uma certa ideia da França?, desafiou a hegemonia americana, retirou a França da Otan e por duas vezes vetou a entrada da Grã-Bretanha na Comunidade Europeia. Figura gigante, cujo legado segue sendo profundamente disputado, De Gaulle ressurge em cores vivas nessa premiada biografia. Apoiando-se em vasta pesquisa, inclusive de arquivos recém-disponibilizados, o historiador Julian Jackson explora todas as dimensões do ?mistério De Gaulle?, sem buscar lhe dar excessiva coerência: revela as raízes conservadoras da formação intelectual do general, descreve com precisão e leveza seus paradoxos e ambiguidades, seu talento político, paixão pela tática, pragmatismo e capacidade de visão, e lança nova luz sobre a relação do estadista com Churchill. Uma narrativa pulsante, que capta De Gaulle como nunca antes. Vencedor do Duff Cooper Prize for History 2018 e do Elizabeth Longford Prize for Historical Biography 2019. ?A biografia escrita por Julian Jackson é um monumento à altura dessa figura extraordinária (...), um dos personagens mais fascinantes da política do século XX. (...) O resultado é uma excelente história da França moderna disfarçada de biografia de um estadista.? ? The New York Review of Books ?Uma apresentação arrebatadora e ao mesmo tempo concisa do mais brilhante, exasperador e inefavelmente francês dos homens.? ? The New York Times ?Deixa as obras anteriores na sombra, em boa parte devido à pesquisa impecável e à sua rara capacidade de ser objetivo e atraente. (...) Uma obra-prima.? ? The Spectator"""
A partir da envolvente história de Frank Sheeran temos acesso aos bastidores de um matador de aluguel, que discorre também sobre outros notórios assassinatos e proporciona uma rara visão de como funciona a Máfia. Ao longo de quase cinco anos de entrevistas gravadas, Frank Sheeran confessou que fora responsável por mais de vinte e cinco assassinatos a serviço da Máfia, incluindo o de seu amigo Hoffa. Sheeran aprendeu a matar enquanto esteve no Exército dos Estados Unidos ao voltar para casa, ele se tornou um assassino de aluguel, trabalhando para o lendário chefão do crime Russell Bufalino.
Esta é a história de coragem e determinação da jovem sueca Greta Thunberg, que, inconformada com a indiferença da ?gente grande? ao problema do aquecimento global, resolveu fazer uma greve escolar para salvar o planeta.
Com apenas 15 anos, ela iniciou um movimento mundial que já levou milhares de pessoas às ruas, provando que ninguém é pequeno demais para fazer a diferença.
Hoje, Greta é a maior voz na luta para conscientizar os líderes mundiais de que o tempo da esperança acabou e que, se não entrarmos em ação, logo será tarde demais.
A mulher negra é a síntese de duas opressões, de duas contradições essenciais a opressão de gênero e a da raça. Isso resulta no tipo mais perverso de confinamento. Se a questão da mulher avança, o racismo vem e barra as negras. Se o racismo é burlado, geralmente quem se beneficia é o homem negro. Ser mulher negra é experimentar essa condição de asfixia social.
"Vou fazer um hino! Talvez seja algo que nos aproxime e nos acorde". Após sair de casa aos 17 anos, Cyndi Lauper correu de emprego em emprego enquanto batalhava para tentar viver do que amava, a música. A garota que cresceu no Queens, em Nova York, começou a cantar em pequenos shows até ganhar um Grammy com seu álbum de estreia, She?s So Unusual, como artista revelação. Quando percebeu que a fama não era exatamente como imaginava, seguiu focada em seus ideais: fazer música de maneira honesta, batalhar pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBT e lutar contra a Aids. Com o humor e o carisma que lhe são característicos, Cyndi conta nesta autobiografia a jornada que a levou a se tornar uma estrela internacional. ?Cyndi Lauper ? Minha história é muito mais que uma autobiografia: é uma conversa longa, barulhenta, profunda e interessante durante um café.? (Rolling Stone) ?A história de Lauper ecoa as esperanças da artista batalhadora retratada em Só garotos, de Patti Smith. Uma história comovente de um original musical americano.? (Kirkus Reviews) ?[Cyndi Lauper] sempre foi e continua sendo desbocada e [...] quando alguma autoridade balança o dedo em desaprovação, ela ainda responde com um dedo.? (The Washington Post)
?A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna. A vida corporal é transitória e passageira: não passa de um instante na eternidade.? ? Allan Kardec É impossível entender o Espiritismo sem estudar a vida de Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, que viu nos fenômenos de mesa girante muito mais do que uma moda e uma simples diversão da elite. Obstinado como era, procurou estudar as Causas e, pouco a pouco, foi juntando o quebra-cabeça que o levou a encontrar respostas para questões que desde sempre intrigaram a todos, especialmente no que tange à existência de vida antes e após a morte física. Contando com a colaboração de diversos médiuns oriundos de lugares distintos, Kardec conseguiu reunir uma quantidade expressiva de conhecimento sobre a vida futura, que jamais fora revelada até então, e a partir daí montou as bases e os alicerces do Espiritismo. Trabalhador incansável, Kardec deixou um legado que até hoje suscita reverências por parte de milhões de pessoas ao redor do mundo. Neste livro, o autor Luis Eduardo de Souza, jornalista e estudioso do Espiritismo há mais de 20 anos, e que publicou os best-sellers O homem que falava com espíritos, a biografia de Chico Xavier; Desvendando o Nosso Lar; O Senhor do Sétimo Trono; Desvendando o Espiritismo e A fascinante história de Chico Xavier, desvenda o homem por trás da Obra, mostrando traços da personalidade de Allan Kardec, suas angústias, suas convicções e, principalmente, seu legado, que o tornou um mito para espíritas em todo o mundo.
Em Memórias de uma moça bem-comportada, conhecemos a infância e a juventude de uma das maiores escritoras do século XX, Simone de Beauvoir. Dona de um espírito inconformado e autêntico, Simone nos mostra nesse primeiro relato autobiográfico a sua infância religiosa, a consequente descrença e a posterior devoção à literatura. O livro traz também o início de seu duradouro relacionamento com o escritor e filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Temos aqui uma das memórias mais adoráveis da literatura mundial.
Minhas queridas tem uma importância singular para entender a trajetória literária de Clarice Lispector e, mesmo, apontar novas leituras sobre a sua biografia. Organizado pela professora Teresa Montero, autora da biografia Eu sou uma pergunta (Rocco, 1998)