"A vida não é feia nem bonita, é original ?A obra-prima de Svevo [...], que não precisa temer o juízo do tempo.? Eugenio Montale ?Último cigarro!? ? promete, incontáveis vezes, Zeno Cosini, protagonista e anti-herói deste que é considerado um dos mais importantes romances do século XX. O tabagista Cosini está em tratamento psicanalítico na tentativa de largar o vício e, por sugestão de seu analista, começa a registrar suas memórias numa espécie de autobiografia com fins terapêuticos. Hesitante, pusilânime, neurótico, procrastinador e pouco resoluto, Cosini, um narrador pouco confiável, conta sua vida e seus amores ? adornando-os ? ao mesmo tempo em que faz reflexões metafísicas (?A vida não é feia nem bonita, é original!?). O resultado é uma narrativa em várias camadas, que oferece uma visão lúcida e por vezes hilária da natureza humana, considerada por muitos o melhor romance italiano de todos os tempos."
O que você faria se descobrisse que tem um sósia, dono do mesmo corpo, do mesmo rosto, da mesma voz? É o que acontece com o professor de história Tertuliano Máximo Afonso. Neste inquietante romance sobre a perda da identidade na sociedade globalizada, Tertuliano se vê lançado numa crise existencial ao descobrir que tem um duplo. O professor de história Tertuliano Máximo Afonso descobre, certo dia, que é um homem duplicado. Ao assistir a um vídeo, ele se reconhece em outro corpo, idêntico ao dele próprio: um dos atores do filme é seu sósia. Os desdobramentos dessa história são imprevisíveis. Mas este romance de José Saramago, esclareça-se logo, não tem nada a ver com clonagem ou outras experiências de laboratório. O que está em jogo é a perda de identidade numa sociedade que cultiva a individualidade e, paradoxalmente, estabelece padrões estreitos de conduta e de aparência. Os romances do escritor português retratam uma época de transformações que, para boa parte da humanidade, resultam mais em perdas que em ganhos. Em Ensaio sobre a cegueira, os personagens perdem a vista, sinal de um tempo em que todos parecem estar cegos. Em A caverna, artesãos perdem o emprego, incapazes de sobreviver à sociedade de consumo. Em O homem duplicado, José Saramago constrói uma ficção extraordinária, apoiada numa questão extremamente atual e inquietante: a perda de identidade no mundo globalizado. A caligrafia da capa é de autoria da escritora Lídia Jorge.
"Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, acaba de morrer, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que transformará para sempre a vida de todos em sua família, incluindo a filha que ninguém sabia que ele tinha?
Anna Snow cresceu em um orfanato em Bath, sem nada saber de sua família de origem. Quando descobre que o falecido conde de Riverdale era seu pai, ela herda sua fortuna e também fica muito feliz em saber que tem irmãos. No entanto, eles não aceitam suas tentativas de dividir sua nova riqueza. Só que o guardião do novo conde está interessado em Anna...
Avery Archer, o duque de Netherby, sempre manteve os outros à distância, mas algo o leva a ajudar Anna em sua transição de órfã à dama. Com a sociedade londrina e os parentes recém-descobertos de Anna ameaçando subjugá-la, Avery intervém para resgatá-la, mas se vê vulnerável a sentimentos e desejos que ele havia mantido escondidos muito bem, por muito tempo.
"
"Iaiá Garcia" é considerado pela crítica especializada a melhor realização de Machado de Assis na sua fase inicial. É uma história bela e tocante, repleta de lirismo, de jogos psicológicos e de certa tristeza submissa, caracterizando pólos opostos do comportamento de duas mulheres: uma que luta para se impor e outra que fica presa a si mesma, teimosa de enfrentar a realidade.
Sloane Jacobsen é mundialmente conhecida por suas previsões revolucionárias. E, por causa delas, empresas multinacionais disputam a oportunidade de contratá-la para prestar consultoria e alavancar as vendas. É assim que acaba sendo convidada para auxiliar a Mamute, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a criar seus produtos e suas apresentações para uma conferência anual sobre pessoas que escolheram não ter filhos.
Mas Sloane não é mais a mulher que fora um dia. Há tempos não faz previsões como antes, seu relacionamento está definhando, sua família nem se lembra de convidá-la para a viagem do feriado de Ação de Graças. Tudo pelo que ela mais anseia é o contato físico, a atenção, o carinho. Até que, um dia, Sloane tem uma forte intuição de que o afeto voltará à moda. O problema é que distanciamento e entretenimento digital são fundamentais para a missão da empresa que a contratara.
Apesar dos riscos a sua reputação, Sloane está convencida de que sua previsão sobre a volta da intimidade é verdadeira. E sua certeza faz com que a analista comece uma missão para defender o retorno das conexões físicas reais. Mas, para convencer os outros de que essa tendência não apenas é real como já está acontecendo, primeiro ela terá de aprender a se abrir para o mundo e aceitar que também pode ser amada novamente.
O maior desejo da vida de Justine era
ser promovida a repórter na Star, a
revista mais badalada da cidade de
Sydney. No entanto, quando Nick,
sua paixão secreta de infância, se
muda exatamente para o apartamento em frente ao seu e ela descobre
que o novo vizinho é um dos muitos
fãs do horóscopo publicado na Star,
Justine coloca todos os seus planos
em risco para dar uma rasteira no
destino e convencer Nick de que ela é
o amor da sua vida.
Uma estrela me disse é uma história
de amor inteligente e divertida sobre
como às vezes até mesmo aquilo que
está escrito no nosso destino precisa
de um empurrãozinho para realmente acontecer.
Assim como aconteceu com Nietzsche e Schopenhauer, o escritor e psiquiatra Irvin D. Yalom viu o personagem perfeito em Baruch Espinosa, filósofo judeu do século XVII responsável por obras que revolucionaram o pensamento ocidental ? e o fizeram ser excomungado da comunidade judaica. No entanto, pouco se sabe sobre Espinosa. Como, então, falar sobre alguém com uma vida tão secreta? Depois de muito procurar, uma informação chamou a atenção do autor: em 1942, a força-tarefa de Alfred Rosenberg, servo fiel de Hitler e principal responsável pela política racial do Terceiro Reich, confiscou toda a obra de Espinosa. Que interesse um oficial nazista teria pelos livros de um pensador judeu? Por que o governo hitlerista não os queimou, como fez com tantas outras obras em vários lugares da Europa? O que seria ?o problema de Espinosa?, utilizado como motivação para o regime estudar e preservar seus livros? Para responder a essas perguntas, Yalom construiu uma impressionante narrativa ficcional em que intercala supostos acontecimentos da vida do filósofo iconoclasta e a do cruel assassino em massa, em uma história sobre as origens do bem e do mal, a filosofia da liberdade e a tirania do terror.
Aqui, falamos de uma comovente história, sobre amor e dor, destruição e renascimento, razões, que desconhecemos do significado da vida... Vivendo isolado, na clareira de uma floresta, Lucio vive um passado, que surge, sempre, em sua mente e se alterna com o presente... Revelações, que vão desvendando os acontecimentos, que o levaram até ali...E todas as vezes se pergunta: - Qual o caminho, que devo seguir... Sem conseguir reagir a dor, que o prejudicava, afunda-se, cada vez mais, nas mentiras e em suas dores...Mas, nesse cenário de extrema desolação, surge uma luz, o amor de uma mulher apaixonada, que oferece ao seu homem a última possibilidade de redenção...Perdido, na vasta escuridão, à qual se rendeu, conseguirá enlaçar-se à sua única salvação, que é o amor dessa mulher. Ela irá fazê-lo esquecer o passado e viver o presente, conhecendo a felicidade...Terá, então, a capacidade de se reerguer e enfrentar a vida, com coragem...Não resta dúvida de que há, sempre, um convite inesquecível, no meio do cominho...Daí, para frente, ele saberá viver o presente, deixando de angustiar-se com o passado, que tanto sofrimento lhe trouxe... Em ?Há Um Sempre No Caminho?, é uma história emocionante sobre o amor e a fragilidade humana e a perturbação diante da vida...
Inclui as duas versões desse clássico que inspirou o novo filme da Disney
É véspera de Natal. Marie se encanta, dentre todos os presentes, por um quebra-nozes em formato de boneco. Ela acomoda o novo amigo no armário de brinquedos ? mas, à meia-noite, ouve estranhos ruídos. Aterrorizada, vê seu padrinho, o inventor Drosselmeier, sinistramente acocorado sobre o relógio de parede, e um exército de camundongos invadindo a sala, comandado por um rei de sete cabeças! Contra eles, os brinquedos saem do armário e põem-se em formação. Têm uma grande batalha pela frente, sob as ordens do Quebra-Nozes...
Entre o sonho e a realidade, Marie viverá histórias maravilhosas e estranhas, de reinos, feitiços e delícias. Histórias em que o inusitado padrinho tem um papel especial, e nas quais só pode embarcar quem tem os olhos e o coração preparados. Você tem?
Esta edição inclui as duas variantes da história: a versão original de E.T.A. Hoffmann e a clássica de Alexandre Dumas ? que popularizou a história e inspirou o famoso balé de Tchaikovsky ?, com tradução de André Telles (do francês) e Luís S. Krausz (do alemão). Traz ainda apresentação da pesquisadora e especialista em contos de fadas Priscila Mana Vaz e mais de 200 ilustrações de época. A versão impressa apresenta capa dura e o acabamento de luxo característico da coleção Clássicos Zahar.
Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.
"Franz Kafka (1883-1924) é um dos maiores escritores de todos os tempos. Sua obra é tão importante que Heinz Politzer, um conceituado comentarista de Kafka, chegou a escrever: Depois da metamorfose de Gregor Samsa, o mundo onde nos movimentamos tornou-se outro. Em 10 de setembro de 1912, às dez horas da noite, Kafka começou a escrever O veredicto. Quando terminou, por volta das seis horas da manhã do dia seguinte, totalmente esgotado, apontou em seu diário que havia descoberto como tudo poderia ser dito; que inclusive para as idéias mais estranhas havia um grande fogo pronto, no qual elas se consumiam para depois ressuscitarem. Dois meses depois viria A metamorfose, a mais conhecida, a mais citada, a mais estudada de suas obras. Em 7 de dezembro Kafka escrevia à sua noiva, Felice Bauer: Minha pequena história está terminada. A obra era concluída 20 dias depois de ter sido iniciada. Kafka chegou a participar da comunidade judaica, até de manifestações socialistas, mas foi sempre um solitário. Era judeu, escrevia em alemão, nascera na Boêmia e devia submissão ao Império Austro-Húngaro. E nessa terra de ninguém, fechado dentro de si mesmo, Kafka tornou-se um dos mais importantes escritores do século XX."