Um monge budista morre misteriosamente em um quarto de hotel em Brasília horas antes de um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, com pouca repercussão na grande mídia. Neurocientistas de um instituto de pesquisa do Recife desenvolvem uma poderosa máquina de estimulação magnética transcraniana. Um repórter investigativo, bonito e atraente como manda o figurino, faz pesquisas para uma matéria sobre o novo sistema de telecomunicações a ser implantado no STF, que será criptografado e à prova de escuta. A partir destes eventos aparentemente desconectados Andrea Nunes constrói a trama de "A Corte Infiltrada", um intrigante thriller policial trespassado pela realidade brasileira atual, em que julgamentos do STF são acompanhados como telenovelas e o crime organizado perpetra barbáries medievais em presídios e nas ruas de todo o país para consolidar e expandir seu poder. Como é indispensável na literatura de mistério, os fatos sempre estão à frente do leitor. O enredo avança com engenhosa mobilidade de cenários, em uma sucessão de reviravoltas e revelações, pontuado por enigmas escondidos em mandalas e armas neurológicas, enquanto você é apresentado a revoluções deste novo milênio como o iBrain. Durante a leitura sua mente estará em permanente estado de arrebatamento graças à sedutora corte que a escrita de Andrea Nunes lhe faz. Afinal, a literatura ainda pode ser uma surpreendente mistura de realidade e ficção.
O gato é o belíssimo diabo Gatos são os animais mais admirados por Charles Bukowski, que chegou a ter vários deles ao mesmo tempo. Considerava-os professores, sábios e sobreviventes ? como ele próprio. Esta coletânea é composta de textos inéditos sobre esses bichos misteriosos que tocaram a alma alquebrada do Velho Safado. Uma leitura crua, terna e divertida. Bukowski e gatos, duas paixões. Charles Bukowski, o poeta da sarjeta e da ressaca, o romancista do desencanto do sonho americano, quem diria, tinha um fraco por bichanos peludos e ronronantes. Principalmente na velhice, tornou-se sentimental com os felinos, que considerava criaturas majestosas, potentes e inescrutáveis, seres sensíveis cujo olhar inquietante pode penetrar as profundezas da alma. Eram, para ele, forças únicas da natureza, emissários sutis da beleza e do amor. Abel Debritto, biógrafo do autor que editou duas outras coletâneas temáticas, Sobre o amor e Escrever para não enlouquecer, reuniu aqui poemas e textos em prosa inéditos contendo reflexões sobre os animais que tanto fascínio e respeito provocavam em Bukowski. Os felinos retratados por ele são muitas vezes ferozes e exigentes. Ele os mostra perseguindo uma presa, passeando sobre páginas datilografadas, acordando-o com unhadas e mordidas. Se o personagem Henry Chinaski era seu alterego, os gatos são seu alterego de quatro patas. Pois, ao discorrer sobre gatos ? vagabundos, lutadores, caçadores e sobreviventes ?, o Velho Safado fala, na verdade, sobre seu melhor assunto: ele próprio.
Este é o segundo volume da Coleção Helena Kolody, uma iniciativa da Editora Bonijuris para promover a produção literária do Paraná, em conjunto com a Academia de Letras José de Alencar, Academia Paranaense de Letras, Academia Paranaense de Letras Jurídicas, e com quem mais se disponibilize a investir na Cultura Brasileira.
Pretendemos completar os vinte volumes da coleção nos próximos cinco anos.
Em "Miscelânea - um amontoado de vida" a escritora Marina Carraro dá um olhar poético a fatos do cotidiano. A morte de um ente querido, a chegada de um novo membro da família e até mesmo uma simples ida à padaria ganham nova interpretação.
A miscelânea não é apenas de vidas, mas também de sentimentos. Hora o texto faz gargalhar, hora chorar de emoção.