Com novo projeto gráfico e posfácio inédito da autora, Cova 312 é a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante político, Milton Soares de Castro, forjaram seu suicídio e sumiram com o corpo. Preso em 1967, Milton, integrante do primeiro e frustrado grupo de guerrilha pós-golpe de 1964, desapareceu sem deixar rastros.
A guerrilha ? que jamais aconteceu ? teria início na serra do Caparaó, mas Milton foi preso e levado para a Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora, onde foi torturado e morto. Os militares forjaram documentos informando que ele havia se suicidado.
Daniela Arbex reconstitui magistralmente a vida, a morte e o desaparecimento de Milton, que tinha apenas 26 anos quando foi preso. Ao entrevistar mais de 20 personagens, alguns na vida política até hoje, ao longo de mais de 10 anos de apuração, a autora revela a rotina da prisão, descobre como Milton foi morto e como os militares montaram essa fraude. Não satisfeita com todas essas informações, Daniela vai atrás do corpo do militante até encontrá-lo na Cova 312 que dá título ao livro, resgatando um capítulo importante da história do país.
"Momentos decisivos de nossa história são aqueles nos quais o país poderia ter seguido rumo diverso do escolhido.
Vejo três desses momentos, com perdão de Tobias Barreto, para quem, por sua conotação cabalística, o número três nunca deveria ser invocado nas análises que aspirassem à consistência:
O primeiro configura-se nos séculos iniciais, quando escolhemos a pobreza e nos deixamos ultrapassar pelos Estados Unidos, depois de termos sido mais ricos,
O segundo no século XIX, quando optamos pela unidade nacional, mas nos revelamos incapazes de consolidar o sistema representativo.
Finalmente, o terceiro, no século XX, quando estruturamos em definitivo o Estado Patrimonial, recusando terminantemente o caminho da democracia representativa.
Neste novo milênio, pode-se estar decidindo um quarto momento que, entretanto, somente se apresenta como interrogação: seremos capazes de enterrar o patrimonialismo.
"
15 de novembro de 1889, data da proclamação da República brasileira, foi também o último dia da família imperial no Brasil. Na madrugada do dia 16 para o dia 17, uma pequena comitiva deixou o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e embarcou rumo ao exílio na Europa. A bordo do navio Alagoas, além da família imperial, viajaram criados, o médico do imperador e amigos próximos da família. Entre eles, o casal Manuel Vieira Tosta e Maria José Velho de Avelar, barão e baronesa de Muritiba ? uma das amigas mais íntimas da princesa Isabel. A princesa, a baronesa e o barão de Muritiba escreveram seus próprios relatos sobre a queda da Monarquia, a proclamação da República e o exílio da família imperial. Esses relatos ? dois deles inéditos ? estão sendo publicados pela primeira vez em conjunto. Isabel começou a escrever no dia 22 de novembro de 1889, ainda no calor dos acontecimentos, a bordo do navio que os levava para Portugal. ?Escrevo tudo isto porque é raro relatar-se exatamente o que se ouve?, afirmava. Talvez encorajada pela amiga, a baronesa também elaborou, durante a viagem para a Europa, sua própria exposição dos fatos que vivenciou. O barão, por sua vez, escreveu em 1913, quando os três viviam em Cannes. Os três relatos narram os acontecimentos vividos por seus autores entre 14 de novembro e 7 de dezembro de 1889, quando chegaram a Lisboa. Mais que narrativas pessoais escritas por importantes figuras da Monarquia brasileira, são uma tentativa de dar inteligibilidade ao evento que afetou suas vidas e a história do país. 130 anos depois, esses relatos são também uma oportunidade de reflexão acerca das versões construídas por republicanos e monarquistas sobre a proclamação da República.
Clássico da historiografia brasileira, publicado originalmente em 1979, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial situa a colonização do Brasil como parte complementar das economias centrais na expansão do capitalismo comercial, criando uma estrutura sócio-econômica específica, baseada na monocultura e no escravismo. No final do século XVIII, no entanto, o sistema entra em crise, quando o capitalismo comercial se esgota nos países centrais para se transmutar em capitalismo industrial, dinâmica contraditória que estará na base da formação do Brasil como nação independente.
Com novo projeto gráfico e posfácio inédito da autora, Cova 312 é a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante político, Milton Soares de Castro, forjaram seu suicídio e sumiram com o corpo. Preso em 1967, Milton, integrante do primeiro e frustrado grupo de guerrilha pós-golpe de 1964, desapareceu sem deixar rastros.
A guerrilha ? que jamais aconteceu ? teria início na serra do Caparaó, mas Milton foi preso e levado para a Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora, onde foi torturado e morto. Os militares forjaram documentos informando que ele havia se suicidado.
Daniela Arbex reconstitui magistralmente a vida, a morte e o desaparecimento de Milton, que tinha apenas 26 anos quando foi preso. Ao entrevistar mais de 20 personagens, alguns na vida política até hoje, ao longo de mais de 10 anos de apuração, a autora revela a rotina da prisão, descobre como Milton foi morto e como os militares montaram essa fraude. Não satisfeita com todas essas informações, Daniela vai atrás do corpo do militante até encontrá-lo na Cova 312 que dá título ao livro, resgatando um capítulo importante da história do país.
Ao contar com a participação de 29 pesquisadores, em sua grande maioria doutores e professores de universidades do Paraná, a coleção ?O Paraná pelo caminho: histórias, trajetórias e perspectivas?, organizada pelos historiadores Hilton Costa, Jonas Wilson Pegoraro E Milton Stanczyk Filho, divulga ao público leitor uma obra diversificada, comprometida e inovadora na abordagem da História do Paraná.
Composta por três volumes, além de dar visibilidade as recentes pesquisas desenvolvidas, busca pensar o Paraná por meio de um novo olhar. Ao invés de um prisma cronológico, o fio condutor são as trajetórias de mulheres e homens. Os múltiplos personagens apresentados nos volumes constituem ?trajetórias possíveis? no contexto em que viviam, considerando a interação do sujeito com o meio e reconstruindo processos históricos nos quais tais sujeitos possuíam determinadas capacidades de ações, dimensionadas e restritas as dinâmicas às quais estavam inseridos.
Nesta coletânea buscou-se abarcar de forma ampla e plural diferentes momentos e personagens, ?anônimos? ou reconhecidos no intuito de oportunizar novas formas de ver, pensar, conhecer e se identificar a região.
O primeiro volume intitulado ?Imagens? nos fala de trajetórias de personagens inseridos em contextos da arte, produção visual, intelectuais, circulação de livros e cultura paranaense, incluindo também aqueles presentes na historiografia tradicional. O segundo volume volta-se as ?Justiças?, reunindo textos a respeito de feitiçaria, homens de justiça, oportunidades na colônia brasileira, liberdade, abolição, transgressões, governo e negócios em um período inclusive anterior a emancipação política do Estado. E o terceiro volume, ?Movimentos?, versa sobre memórias e trajetórias de imigrantes, deslocamentos internos, ocupação da terra, trabalho, protagonismo público de mulheres, ações políticas e militância.
Atenta as questões atuais sobre as histórias de Paraná, que necessitam de maior visibilidade, discussão, metodologias para sua análise e novas abordagens, a editora Máquina de Escrever acredita que esta coleção abre um caminho para de se entender o Paraná e sua história de perspectivas que não estejam presas a uma cronologia, nem preocupada na construção de uma identidade una. Um novo olhar, um pensar diferente.
1789 conta a história dos célebres inconfidentes que povoam o imaginário brasileiro. Inspirados pelo pensamento Iluminista e por eventos como a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos, poetas, estudantes, contrabandistas e membros ilustres de uma sociedade extremamente violenta e corrupta formaram um grupo que, pela primeira vez, forjaria a ideia de um Brasil livre, moderno e mais justo.
Reportagem definitiva sobre a tragédia que abateu a cidade de Santa Maria em 2013
relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss.
Daniela Arbex reafirma seu lugar como uma das jornalistas mais relevantes do país, veterana em reportagens de fôlego ? premiada por duas vezes com o prêmio Jabuti ? ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas.
Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde ? ouvidos pela primeira vez neste livro ?, para sentir e entender a verdadeira dimensão de uma tragédia sobre a qual já se pensava saber quase tudo. A autora construiu um memorial contra o esquecimento dessa noite tenebrosa, que nos transporta até o momento em que as pessoas se amontoaram nos banheiros da Kiss em busca de ar, ao ginásio onde pais foram buscar seus filhos mortos, aos hospitais onde se tentava desesperadamente salvar as vidas que se esvaíam. Foi também em busca dos que continuam vivos, dos dias seguintes, das consequências de descuidos banalizados por empresários, políticos e cidadãos.
A leitura de Todo dia a mesma noite é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram seus futuros barbaramente arrancados. Enxergá-los vividamente no livro é um exercício que afasta qualquer apaziguamento que possamos sentir em relação ao crime, ainda impune.
Ilustrado e didático, um livro essencial para todos que procuram um ponto de partida para se aprofundar na história do Brasil. Diz o poeta alemão Bertold Brecht: "De nada vale partir das coisas boas de sempre, mas sim das coisas novas e ruins". Seguindo tais conselhos, A História do Brasil para Quem Tem Pressa faz uma digressão sobre a história do país para tentar compreender o tempo presente e responder a algumas perguntas essenciais: - Por que, do ponto de vista político, o Brasil ainda é um país muito frágil? - Por que a nossa imensa riqueza natural não se reverte em um estado de bem-estar social universal? - O que estava por trás da viagem que trouxe Cabral ao Brasil? - Por que o território foi dividido em Capitanias Hereditárias? - Por que fomos a última nação do mundo ocidental a abolir de forma oficial o trabalho escravo? Além de responder a essas perguntas, Marcos Costa trata também de outros temas essenciais da nossa história: os verdadeiros milagres brasileiros - a cana-de-açúcar, o café e o ouro; a abdicação de D. Pedro I; a Guerra do Paraguai; o papel de D. Pedro II e da Princesa Isabel no cenário da futura República; a República do Café com Leite; a Inconfidência Mineira; a Revolução de 1930; o Estado Novo; a morte de Getúlio; a ascensão de JK; Jango e o golpe militar de 1964; o milagre econômico; o movimento das Diretas Já; FHC e o Plano Real; Lula e o PT no poder.
O Mapa Sonoro CWB é uma cartografia afetiva de Curitiba, desenhada por lembranças, experiências e percepções aurais. Partimos em busca dos sons que são, de alguma forma, significativos para quem vive na cidade: os sons que perduraram na memória, em contraste com os sons percebidos nos lugares do cotidiano; os sons que irritam mas também aqueles que encantam. Enfim, os sons que ganham vida num certo contexto - o vai e vem de quem circula em Curitiba há algum tempo.
Em 28 de novembro de 1807, D. João VI, a família real e mais 10 mil pessoas, entre funcionários, ministros, nobres e cortesãos, embarcaram no porto de Lisboa. O governo de Portugal mudava-se para o Brasil, driblando o cerco das tropas de Napoleão, que invadiam o país. Para o Brasil, o que significou essa mudança? A historiadora Paula Porta questiona o que era o país então e no que ele se transformou depois da chegada da família real, não se esquecendo da importância de D. João VI para a história da independência do país.