Hayek, mostrando uma clara maturação filosófica em seu pensamento, escreve este ensaio a fim de reestruturar certas considerações da dita ?economia tradicional?; segundo ele, essa deveria levar em conta as ponderações que envolvem as teorias do conhecimento. Mais tarde, em 1945, ele escreverá outro ensaio com a mesma problemática: The Use of Knowledge in Society, tais ensaios entrarão como os espólios de suas primeiras ideias propriamente filosóficas e, posteriormente, políticas. Um livro para aqueles que querem uma eficiente introdução à mentalidade hayekeniana. Para ele o conhecimento é individual, disperso e incompleto, tais características se encaixarão e se transformarão nos alicerces de suas teorias futuras; de modo que, sem conhecimento de tais ponderações, as demais se tornarão inacabadas.
"2ª edição revisada, com prefácio inédito do autor à edição brasileira, dez anos depois da publicação.
Um bom livro é uma coisa perigosa. Nas mãos erradas, é como uma bomba alojada entre duas capas de papelão e, quando aberto, pode explodir o mundo. Ocorre que tudo o que pode ser dito sobre a inconveniência dos livros também pode ser dito sobre a inconveniência das crianças. Elas ocupam espaço, não são de uso prático e imediato, interessam apenas a algumas poucas pessoas, e apresentam todos os tipos de problemas. Elas também devem ser armazenadas eficientemente, e encaminhadas com o mínimo esforço possível à era digital.
Para isso, é preciso submetê-las a uma tremenda mudança alquímica: nós devemos assassinar a imaginação. Devemos substituir o maravilhoso mundo que nos cerca por um mundo artificial, onde, não a imaginação, mas os dispersos impulsos de nosso sistema nervoso possam vaguear. Precisamos dar à criança encarcerada a ilusão das colinas e planícies. Devemos substituir o ar livre por um espaço virtual. Devemos garantir que eles sejam submetidos às técnicas mais eficientes de adequação ao mundo em que irão viver, um mundo de ?shopping centers? todos iguais, de comida industrializada, papéis para assinar, entretenimentos de massa e a boa e velha política de sempre. Este livro foi escrito para lhes ensinar a fazê-lo.
Há dez maneiras garantidas de destruir a imaginação de seus filhos. Não afirmo que esta lista tenha esgotado as possibilidades, mas estou certo de que uma aplicação prudente de pelo menos três ou quatro destes métodos será suficiente para impedir que apareça um novo Beethoven, Dante ou Michelangelo. Boa sorte!
Sobre o autor:
Anthony Esolen (1959?) graduou-se ?suma cum laude? em Princeton (1981) e doutorou-se na Universidade da Carolina do Norte (1987). Lecionou na Furman University (1988?1990), e em seguida no Providence College (1990) por muitos anos, até transferir-se para o Thomas More College of Liberal Arts em 2017, e recentemente para o Magdalen College of the Liberal Arts (2019), onde atualmente é professor e escritor residente. Traduziu para o inglês a ?Divina Comédia? de Dante, o tratado ?Sobre a natureza das coisas? de Lucrécio e o épico ?Jerusalém liberta?, de Torquato Tasso. É autor de muitos livros, dentre os quais ?Out of the Ashes: Rebuilding American Culture? (2017), ?Defending Boyhood? (2019), e o ?Manual politicamente incorreto da civilização ocidental? (Vide Editorial, 2019). Escreve regularmente para diversas revistas, como a Crisis Magazine e a The Catholic Thing.
"
Mais de quarenta artigos foram reunidos no penúltimo livro da brilhante ensaísta americana. De Machado de Assis a Robert Mapplethorpe, ela analisa a literatura, o cinema, a fotografia, a música, a dança e outros temas culturais. Susan Sontag foi uma das mais influentes intelectuais contemporâneas. Polivalente, ela nunca se contentou apenas com a crítica literária e, desde os anos 1960, aliava o ensaísmo mais rigoroso a um incessante ativismo político. Sontag esteve entre os poucos intelectuais que decidiram manifestar sua solidariedade à capital da Bósnia, sitiada e bombardeada diariamente pelos sérvios durante a guerra. ?Esperando Godot em Sarajevo?, incluído nesta coletânea, relata a estada de Sontag na cidade, onde dirigiu uma versão da famosa peça de Samuel Beckett, em 1993.
Qual é a expectativa das mulheres que estão saindo das universidades brasileiras hoje em relação à felicidade? Como pretendem equilibrar carreira e maternidade? O que as motiva e quais os limites impostos por elas para cada aspecto de sua vida adulta? Essas são algumas das perguntas que a psicóloga e empresária Cecília Russo Troiano responde em seu terceiro livro, resultados da pesquisa acadêmica desenvolvida no Mestrado em Estudos de Gênero e Sexualidade do Institute for Women's, Gender and Sexuality Studies da Georgia State University, nos Estados Unidos.
Um livro sobre feminismo. Através do olhar amoroso, da acolhida generosa, do entendimento de que este é um assunto de todas, todos, todxs nós. Não pretende ser uma bíblia do feminismo, mas sim, uma conversa, um abraço, um ponto de apoio, um boas-vindas pra quem acaba de chegar, um ?que bom que você está aqui? pra quem já anda cansada de lutar. Escrito em tom de conversa, traz referências, sugere reflexões, desfaz o medo. Sin perder la ternura.
Nesta obra, Tocqueville mistura incessantemente dois tipos de análise e dois tipos de convicção. No plano do raciocínio, ele justapõe uma lógica da tipologia, a partir da oposição aristocracia/democracia, e uma lógica da evolução, fundada no triunfo inevitável da democracia. Tratando-se de sua concepção geral do mundo, ele compensa sua aceitação racional da democracia com o combate pelos valores inseparáveis do mundo aristocrático, em primeiro lugar a liberdade. Em que outro lugar poderíamos encontrar maiores esperanças e maiores lições? Não voltemos nossos olhares para a América a fim de copiar servilmente as instituições que ela se deu, mas para melhor compreender as que nos convêm, menos para aí buscar exemplos do que ensinamentos, antes para tomar-lhe emprestados os princípios do que os detalhes de suas leis. As leis da República francesa podem e devem, em muitos casos, ser diferentes das que regem os Estados Unidos, mas os princípios sobre os quais as constituições americanas repousam, esses princípios de ordem, de respeito sincero e profundo ao direito são indispensáveis a todas as Repúblicas, devem ser comuns a todas, e podemos dizer de antemão que onde eles não se encontrarem a República logo cessará de existir.
Para Durkheim, a democracia só poderá existir como forma histórica de governo se tiverem sido criados órgãos secundários que liguem o Estado ao resto da sociedade. Em 'Lições de sociologia', ele insiste em que a democracia se caracteriza pela comunicação entre a consciência governamental e a sociedade. E que se devem abandonar concepções correntes, que só podem obscurecer as idéias.
Juntamente com O capital e o Manifesto do Partido Comunista (este escrito em coautoria com Engels), O 18 de brumário de Luís Bonaparte forma a base do materialismo histórico dialético, uma das maiores contribuições de Karl Marx às ciências sociais e econômicas.
Nesta obra, publicada originalmente na revista Die Revolution entre 1851 e 1852, Marx narra os eventos que levaram ao golpe de estado de Luís Bonaparte, sobrinho do antigo imperador Napoleão Bonaparte, na França, entre 1848 e 1851. Além disso, o autor alemão ultrapassa o registro histórico e relaciona os acontecimentos com suas teorias de luta de classes e de revolução operária.
Ao analisar a figura de Napoleão III em relação ao seu tio, que tomara o poder também por um golpe cinquenta anos antes, Marx retoma Hegel ao afirmar que a história se repete, mas acrescenta: ?uma vez como tragédia, e outra como farsa?.
?Crônicas do Crack? é um livro de relatos ? em formato de crônica, conto ou depoimentos estilizados ? que retrata de maneira literária usuários de drogas psicoativas, mais efetivamente o crack, a partir de depoimentos que autor colheu ao longo de 15 anos nos quais vem trabalhando como médico na Zona Leste de São Paulo.
Em um momento no qual as Ciências Humanas se encontravam em efervecência, as teorias de Max Weber tornaram-se fundamentais. Sua corrente de pensamento, que delineava o processo de racionalização e a analize da sociedade moderna e capitalista, aparece como uma verdadeira síntese da tradição científica e filosófica da Alemanha moderna.