Cada um destes textos indispensáveis para os voegelinianos e instigantes para todos os interessados em filosofia contemporânea está nos Ensaios Publicados ? 1966-1985: as últimas palavras escritas por Eric Voegelin, já no leito de morte; sua revisita ao problema da ascensão do totalitarismo; suas ideias sobre a relação entre fé e filosofia; sua crítica à filosofia moderna, especialmente a Hegel; sua defesa dos estudos clássicos, contra a vulgaridade dos tempos recentes; sua análise da novela A Volta do Parafuso, de Henry James; seu debate com Thomas J. J. Altizer, famoso ?teólogo da morte de Deus?. Organizado pelo diretor do Eric Voegelin Institute, Ellis Sandoz, o livro reúne artigos publicados por Voegelin durante seus últimos vinte anos de vida, incluindo os célebres ?Evangelho e cultura? e ?Imortalidade: experiência e símbolo?. Os quatorze escritos abordam os temas considerados mais importantes pelo filósofo ? e segundo seu pensamento maduro, que corrige eventuais imprecisões anteriores
Racismo, fanatismo, sentimento antidemocrático. Em um espaço público cada vez mais polarizado, impõe-se um pensamento que só permite duvidar das opiniões dos outros, nunca das próprias. Carolin emcke ? uma das intelectuais europeias mais interessantes de sua geração ? opõe a essa homologação a riqueza de uma sociedade aberta a diferentes vozes: uma democracia se realiza plenamente apenas com a vontade de defender o pluralismo e a coragem de se opor ao ódio. Com esses anticorpos, podemos derrotar os fanáticos religiosos e nacionalistas, que fabricam consenso, mas têm medo da diversidade e do conhecimento, as armas mais poderosas que temos. "emcke demonstra que o diálogo é possível, e seu livro nos lembra que é uma tarefa que devemos encarar". Fragmento da decisão do júri do prêmio da paz dos livreiros alemães.
Obra de Luiz Felipe Pondé debate a religiosidade e questiona até que ponto Dostoiévski é reacionário Nova edição de Crítica e profecia ? a filosofia da religião em Dostoiévski, é essencial para leitores do grande escritor russo. Esta obra tem como base o legado, os personagens e a vida de Dostoiévski. Resultado de aulas de Pondé na pós-graduação em ciências da religião da PUC-SP, este livro analisa a filosofia de Dostoiévski em relação a temas intrínsecos ao ser humano. O filósofo brasileiro também associa o tema a pensadores como Bakhtin, Evdokimov, Heschel, entre outros, para uma jornada de interpretação da religiosidade e de temas morais na obra de Dostoiévski.
Sem dúvida vivemos um momento histórico difícil. Porém, não se deve confundir o difícil com o impossível. Nenhum momento é hora de se desistir. É hora sim de se fazer uma boa análise, e lembrar que nosso mundo não é, ele está sendo. Assim, lembremo-nos da notável frase latina (Império Romano): Contra speam, spes ? Esperança contra toda desesperança. Disto cuida este livro. Mas sem abrir-se mão de analisar corajosamente as dificuldades que ora nos causam mal-estar.
O Tratado, publicado pouco antes da morte de Savonarola, concentra o projeto político que defendeu. Obra de grande consistência teórica, revela o caráter de um mártir na defesa dos direitos civis e da democracia.
Nesta obra de fôlego, Ivan Domingues compõe uma profunda e abrangente análise da filosofia no Brasil. O autor propõe oferecer um livro de metafilosofia, na extensão da natureza essencialmente reflexiva da filosofia, que a autoriza a tomar a si mesma como objeto e fazer uma reflexão filosófica sobre a filosofia, uma "filosofia da filosofia". O objeto, no caso, é a filosofia brasileira ou, mais precisamente, o problema filosófico da existência ou não de uma filosofia no Brasil, justificando o qualificativo de brasileira. Também é propósito desta obra imprimir às reflexões a forma de ensaio filosófico, procurando tirar o máximo de proveito do ensaísmo, que por índole é um gênero literário que procura enraizar-se no presente ou no contemporâneo, de onde vai extrair sua motivação e onde vai encontrar suas matérias.
"Um diálogo entre dois renomados pensadores brasileiros de origens e abordagens muito distintas: Monja Coen e Clóvis de Barros Filho.
Monja Coen, fundadora da Comunidade Zeb-Budista do Brasil, e Clovis de Barros Filho, advogado, jornalista e professor, são dois renomados pensadores brasileiros, cada um em sua área de atuação.
O que esperar, portanto, de um diálogo entre esses dois nomes, de origens e abordagens tão diversas?
Em A monja e o professor, livro fruto de um diálogo gravado entre os dois autores, o leitor terá acesso a uma inspiradora conversa, tendo como base a ética e a felicidade, a importância de ser feliz no presente e também a necessidade de um propósito.
?Então, como é que você mede o que é adequado? Isso para mim é sabedoria, é capacidade de inteligência e adequação à realidade. E não adequação a um princípio que pode me travar. O princípio está por trás disso, mas ele não me limita, tanto que eu posso mudar de ideia e posso até ser infiel, algumas vezes, a algo que não estava sendo benéfico. Mas não sou infiel a mim.? Monja Coen
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O LIVRO TRATADO SOBRE A TOLERÂNCIA PROPÕE POR MEIO DE REFLEXÕES ARGUMENTOS SÓLIDOS FATOS HISTÓRICOS CONTEMPORÂNEOS E ANTIGOS CITAÇÕES BÍBLICAS ASSIM COMO INTERPRETAÇÕES DE ESTUDIOSOS DE DIFERENTES TENDÊNCIAS UMA IDEIA QUE NO SÉCULO XVIII MOSTRAVA-SE RECENTE NOS DEBATES: A IDEIA DA TOLERÂNCIA EXTREMAMENTE ATUAL EM FACE DO CONTEXTO EM QUE VIVEMOS A OBRA DE VOLTAIRE TRAZ À TONA UMA DAS QUESTÕES QUE O AUTOR FAZIA AO LEITOR DO SÉCULO XVIII MAS QUE CONTINUA A ECOAR AINDA HOJE: QUAL O SENTIDO DE IMPUTAR CRIMES E ODIAR O OUTRO SOMENTE POR OSTENTAR CRENÇAS E OPINIÕES DIFERENTES DAS NOSSAS?
Publicada pela primeira vez em 1887, a "Genealogia da Moral" é uma obra indispensável para a compreensão das reflexões
com as quais Nietzsche se ocupou nos seus últimos anos de vida lúcida. Distanciando-se do estilo aforismático de outros
livros, o pensador buscou apresentar aqui suas ideias de forma mais organizada, contínua e sistemática, de modo a expandir,
exemplificar e aprofundar uma série de conceitos anteriormente mencionados em "Além de Bem e Mal", os quais
também viriam a ter importância fundamental em todas as suas publicações posteriores.
Marxismo e filosofia da linguagem, lançado agora no Brasil pela primeira vez em tradução direta do russo, é uma das obras fundamentais da linguística moderna. Redigido no âmbito do Círculo de Bakhtin por Valentin N. Volóchinov (1895-1936), foi por vezes atribuído ao próprio Bakhtin. Nele Volóchinov analisa as principais tendências dos estudos da linguagem no século XIX e início do XX, como as escolas de Humboldt e Saussure, e a partir delas propõe um método sociológico no qual os gêneros do cotidiano ocupam lugar de destaque. A presente tradução, fruto de extensa pesquisa, toma por base as duas primeiras edições da obra (1929 e 1930), e vem acompanhada de um ensaio introdutório assinado por Sheila Grillo, que visa situar o leitor no contexto dos estudos da linguagem à época de sua escrita. Além de um glossário detalhado, foi incluído também o ?plano de trabalho? de Volóchinov, de 1927-28, obtido diretamente em seu arquivo pessoal.