O médico Drauzio Varella relata dez anos de atendimento voluntário na Casa de Detenção de São Paulo, o maior presídio do Brasil, e mostra como um código penal não-escrito organizava o comportamento da população carcerária.
Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Entre os mais de 7200 presos, conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importava a pena a que tinham sido condenados, todos seguiam um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo poderia equivaler à morte.
O relato de Drauzio Varella neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação da individualidade.
É possível recomeçar a vida depois de 20 anos aprisionada em um relacionamento abusivo? Como vencer a vergonha, o medo e a frustração de uma relação que começou com flores e juras de amor e terminou com ameaças, agressões físicas e prisão? Essa é a história autobiográfica que Daniela Schanen se dispôs a contar em seu livro. Os abusadores confiam no silenciamento e na culpabilização da vítima para perpetuar um comportamento violento e criminoso. Ainda hoje, é comum que mulheres que vivem ou viveram relacionamentos abusivos não exponham sua realidade nem peçam ajuda, seja por medo, vergonha, culpa ou até mesmo por acreditarem que situações como essa são naturais em um relacionamento. O que se sabe, no entanto, é que compartilhar histórias de traumas é uma das formas mais eficazes de promover a cura e o fortalecimento emocional. Além de diminuir a sensação de isolamento da vítima, o ato de colocar uma experiência em palavras permite um olhar externo sobre problemas complexos, tanto por parte da vítima quanto da sociedade. Este livro é sobre isso: compartilhar. É a história real de alguém que sobreviveu a um trauma para dar voz a milhares de vítimas que ainda não estão prontas para relatar sua vivência. É uma arma contra o manto cruel do silêncio e da vergonha por trás do qual se escondem os abusadores. Acima de tudo, é um convite para se resgatar de uma situação de abuso por meio do autoconhecimento e da autoaceitação.
Uma obra esclarecedora sobre a mulher negra e os preconceitos socio-culturais ainda presentes.
Clássico da teoria feminista, Eu não sou uma mulher? tornou-se leitura obrigatória para as pessoas interessadas nas questões relacionadas à mulheridade negra e na construção de um mundo sem opressão sexista e racial.
Sojourner Truth, mulher negra que havia sido escravizada e se tornou oradora depois de liberta em 1827, denunciou, em 1851, na Women?s Convention ? no discurso que ficou conhecido como ?Ain?t I a Woman? ? que o ativismo de sufragistas e abolicionistas brancas e ricas excluía mulheres negras e pobres. A partir do discurso de Truth, que dá título ao livro, hooks discute o racismo e sexismo presentes no movimento pelos direitos civis e no feminista, desde o sufrágio até os anos 1970.
Além de examinar o impacto do sexismo nas mulheres negras durante a escravidão, a desvalorização da mulheridade negra, o sexismo dos homens brancos e negros, o racismo entre as feministas, os estereótipos atribuídos a mulheres negras, o imperialismo do patriarcado e o envolvimento da mulher negra com o feminismo, hooks pretende levar nosso pensamento além das suposições racistas e sexistas. O resultado é um trabalho revolucionário, um livro imprescindível, a ser lido por todas as pessoas que lutam para tornar o mundo um lugar livre de opressões de raça, cor, classe e gênero.
Uma discussão sobre a Teoria do Empoderamento, a partir de diversas matrizes teóricas que hoje se dedicam ao tema. São pensadores que entendem empoderamento como aliança entre conscientizar-se criticamente e transformar na prática, algo contestador e revolucionário na sua essência. Muito mais do que a tradução literal de um termo estrangeiro, é uma prática cotidiana para a igualdade.
A arquitetura da personalidade propõe-se a subsidiar respostas para alguns questionamentos do indivíduo na busca do autoconhecimento: o que diz a mente, o cérebro e o corpo? Que mensagens estão por trás de minhas doenças? O que causa os sentimentos de ansiedade, desconfiança e angústia injustificáveis por pessoas, assuntos ou lugares?
O movimento feminista em quadrinhos, para jovens e adultos. Há 150 anos, a vida das mulheres era muito diferente: elas não podiam tomar decisões sobre seu corpo, votar ou ganhar o próprio dinheiro. Quando nasciam, os pais estavam no comando, depois, os maridos. O cenário só começou a mudar quando elas passaram a se organizar e a lutar por liberdade e igualdade. Neste livro, Marta Breen e Jenny Jordahl destacam batalhas históricas das mulheres ? pelo direito à educação, pela participação na política, pelo uso de contraceptivos, por igualdade no mercado de trabalho, entre várias outras ?, relacionando-as a diversos movimentos sociais. O resultado é um rico panorama da luta feminista, que mostra o avanço que já foi feito ? e tudo o que ainda precisamos conquistar.
"Você conhece as crianças do seu convívio? Entende como elas pensam e interpretam o mundo a sua volta? Consegue identificar quando uma brincadeira ou atividade é adequada para a idade delas? Sabia que as relações afetivas influenciam o desenvolvimento do cérebro desde a infância?
Com uma linguagem descomplicada, este livro vai além de uma instrução de como cuidar de crianças, propondo-se a contribuir para a compreensão de como ocorre o neurodesenvolvimento infantil e, principalmente, sobre o papel das relações afetivas nesse desenvolvimento.
"
Desde os anos 1980, a construção de prisões e a taxa de encarceramento nos Estados Unidos têm crescido exponencialmente, originando uma grade inquietação do público sobre a proliferação, privatização e a promessa de grandes lucros a partir do sistema carcerário. No entanto, essas prisões abrigam quantidades desproporcionais de minorias étnicas, deixando entrever o racismo entranhado no sistema.
Neste livro, a renomada ativista Angela Davis expõe com clareza a situação e nos pede uma reflexão radical, em busca de alternativas aos atuais programas de reabilitação. Com esta última grande abolição da vida norte-americana, pode-se finalmente começar a desmantelar essas estruturas que condenam tantos a uma vida de miséria e sofrimento.
Essa coletânea de artigos, publicados e inéditos, foram escritos por Cid
Benjamin no período entre 2010 e 2016. Nesse cuidadoso apanhado, Cid
antevê os mau passos do governo do PT e, com espírito crítico, comenta
os caminhos da esquerda no Brasil, deixando evidentes os motivos que
levaram o país ao processo de impeachment de Dilma Rousseff e à atual
situação econômica. Leitura obrigatória para entender o momento
político pelo qual o país passa.
O médico Drauzio Varella relata dez anos de atendimento voluntário na Casa de Detenção de São Paulo, o maior presídio do Brasil, e mostra como um código penal não-escrito organizava o comportamento da população carcerária.
Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Entre os mais de 7200 presos, conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importava a pena a que tinham sido condenados, todos seguiam um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo poderia equivaler à morte.
O relato de Drauzio Varella neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação da individualidade.
Com uma linguagem reflexiva e que visa a contemplar a realidade brasileira sob diferentes ângulos, esta obra discute os principais temas que permeiam nosso país na atualidade, como cidadania, preservação ambiental, geração de renda e sustentabilidade. Ao propor uma mudança de paradigmas, o autor apresenta ideias que podem contribuir com o desenvolvimento de comunidades carentes e trazer impactos positivos para os grandes centros urbanos.