Neste volume, Adolfo Sánchez Vázquez introduz o leitor aos problemas fundamentais da Ética. Por meio de linguagem clara e acessível, com rigor teórico e observando as exigências de fundamentação e investigação sistemática, Sánchez Vázquez examina os fatores sociais que contribuem para a prática da Moral.
Mostra também que a Moral é uma forma de comportamento humano que se concretiza apenas quando as pessoas vivem em sociedade: a Moral existe necessariamente para cumprir uma função social. Ao mesmo tempo que assume corajosamente posições pessoais, analisa criticamente opiniões díspares, evitando o dogmatismo que transforma a Ética em um conjunto de normas, Vázquez delineia o conceito de uma nova Moral, que esteja de acordo com as necessidades e possibilidades presentes e contribua para levar o homem a uma moral verdadeiramente universal.
?Pensador inspirado e inspirador, Adolfo Sanchez Vazquez trilhou de modo não dogmático várias das fontes do materialismo histórico-dialético e persiste com vigor como imprescindível para as nossas atuais e futuras contemporaneidades.? Mario Sergio Cortella
Filosofias africanas é uma viagem ao pensamento africano pelos ganhadores do Prêmio Jabuti ? Livro do ano. Num sentido amplo, o termo ?filosofia? designa a busca do conhecimento iniciado quando os seres humanos começaram a tentar compreender o mundo por meio da razão. O termo pode também definir o conjunto de concepções, práticas ou teóricas, acerca da existência, dos seres, do ser humano e do papel de cada um no Universo. Na prática acadêmica, é usado para designar o ?conjunto de concepções metafísicas (gerais e abstratas) sobre o mundo?. A grande crítica que se faz às tentativas de caracterizar o pensamento tradicional africano como filosofia é a de que, na África, os nativos, defrontados com a grande incógnita que é o Universo, seriam incapazes de ir além do temor e da reverência, próprios das mentes ditas ?primitivas?. A partir daí, o chamado ?racismo científico?, um dos pilares do colonialismo no século XIX ? desqualificando as fontes do saber africano conhecidas desde a Antiguidade ?, negou a possibilidade de os africanos produzirem filosofia. Então, o reconhecimento como filósofos, no sentido estrito do termo, de pensadores nascidos na África e de uma linha filosófica deles originada só ocorreu a partir do século XX. Filosofias africanas trata tanto dos saberes ancestrais africanos, sua essência preservada nos provérbios, na diversidade multicultural e nos ensinamentos passados durante gerações por meio da oralidade, quanto da contribuição de filósofos africanos e afrodescendentes contemporâneos na atualização desses saberes, muitos dos quais pautados no decolonialismo. Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, de maneira didática, mais uma vez escreveram uma obra que evidencia a complexidade, sofisticação e profundidade do pensamento africano e das perspectivas de mundo que sua filosofia provoca.
A era do ressentimento - nova edição da obra de Luiz Felipe Pondé Para o polêmico filósofo Luiz Felipe Pondé, é urgente sobrevivermos ao ridículo do mundo contemporâneo. E, para isso, devemos desprezá-lo de alguma forma. O livro, que foi escrito em 2014, adquire novas interpretações. ?De lá pra cá o ressentimento piorou, sua mentira característica assumiu formas gourmet. Ressentimento gourmet é a mentira da mentira, uma espécie de metamentira.? ?Em mil anos seremos esquecidos. A Idade Média perderá seu título de era das trevas, e nós receberemos essa maldição. Lembrarão de nós como mimados, ressentidos e covardes.?, comenta Pondé.
A história de Gertrude Himmelfarb se confunde com a história do conservadorismo norte-americano. Uma acadêmica prestigiada, ela está entre os eruditos responsáveis por revisitar a tradição conservadora britânica e, ao comentá-la, renovar o próprio pensamento conservador ? numa galeria que deve incluir também seu falecido marido, Irving Kristol, além de Russell Kirk, Lionel Trilling, entre outros. Até seu contemporâneo e amigo Trilling, e desde o político do século XVIII Edmund Burke, Himmelfarb identifica uma miríade de artistas e pensadores que, com suas vidas e com suas obras, manifestaram a atitude a que esses dois eruditos chamaram ?imaginação moral?: a tendência de enxergar as ações humanas como portadoras de significado, e os indivíduos como responsáveis por cultivar a ordem na vida comunitária.
Quem foi Sócrates? Sócrates foi o filósofo que nada escreveu. Ao menos, nada escreveu sobre filosofia e sobre si mesmo. Desse modo, podemos dizer que o Sócrates que conhecemos é, em certa medida, um personagem, ou vários. Os historiadores e helenistas tentam estabelecer o ?Sócrates histórico?. Por sua vez, os filósofos tendem a se importar menos com essa tarefa, dando atenção para a doutrina de Sócrates presente nos textos dos que escreveram sobre ele, arredondando-a segundo suas conveniências próprias, e em especial tomando a obra monumental de Platão. Neste livro introdutório, você poderá conhecer melhor esse filósofo e suas ideias.
"Ao desafio frequentemente proposto ? como pode se esperar que uma pessoa reaja lucidamente ao nazismo no início da década de 1930? ?, os ensaios de Robert Musil e Emmanuel Levinas constiutem, por sua percepção aguçada, respostas definitivas. Apesar das abordagens bastante diferentes, os ensaios não apenas mostram que era possível reconhecer a realidade do nacional-socialismo à medida que ele chegava ao poder, mas também indicam que análises de valor permanente poderiam ser formuladas desde o iníco.
Arnold I. Davidson"
Com apaixonada simplicidade, o filósofo Epicteto concebeu o primeiro e mais admirável manual do ocidente sobre como viver melhor ? com sabedoria, dignidade e tranquilidade.
Epicteto acreditava que a meta principal da filosofia é ajudar as pessoas comuns a enfrentar positivamente os desafios cotidianos e a lidar com as invitáveis perdas, decepções e mágoas da vida.
A arte de viver prega a liberdade pessoal e a serenidade e demonstra que virtude e felicidade estão estreitamente relacionadas.
Nascido escravo por volta do ano 55 d.C. no Império Romano, Epicteto se tornou um dos grandes mestres do estoicismo e dedicou sua vida a responder duas questões fundamentais: ?Como viver uma vida plena e feliz?? e ?Como ser uma pessoa com qualidades morais??.
Os 93 pensamentos reunidos neste livro trazem a essência de uma filosofia cujos méritos foram comprovados pelo tempo.
Muitas vezes, os livros didáticos transformam as grandes teorias, os princípios e os valores da filosofia em discursos tão tediosos que até Platão rejeitaria. 'Tudo o que você precisa saber sobre filosofia' corta os detalhes chatos e a metodologia filosófica desgastante e traz a filosofia de uma maneira envolvente que atrairá o leitor para explorar a fascinante história do pensamento humano.
Cogito ergo sum. Penso, logo existo. Tal proposição resume o espírito de René Descartes (1596-1650), sábio francês cujo 'Discurso do método' inaugurou a filosofia moderna. Em 1637, em uma época em que a força da razão tal qual a conhecemos era muito mais do que incipiente, e em que textos filosóficos eram escritos em latim, voltados apenas para os doutores, Descartes publicou 'Discurso do método', redigido em língua vulgar, isto é, o francês. Ele defendia o 'uso público' da razão e escreveu o ensaio pensando em uma audiência ampla. Queria que a razão - este privilégio único dos seres humanos - fosse exatamente isso, um privilégio de todos homens dotados de senso comum. Trata-se de um manual da razão, um prático 'modo de usar'. Moderno, Descartes postulava a idéia de que a razão deveria permear todos os domínios da vida humana e que a apreciação racional era parâmetro para todas as coisas, numa atividade libertadora, voltada contra qualquer dogmatismo. Evidentemente, tal premissa revolucionária lhe causaria problemas, sobretudo no âmbito da igreja - em 1663, vários de seus livros foram colocados no Index. Razão alegada - a aplicação de exercícios metafísicos em assuntos religiosos. Discurso do método mostra por que Descartes - para quem mente, espírito, alma e razão significavam a mesma coisa - marcou indelevelmente a história do pensamento.
A corrupção é o fenômeno político sobre o qual mais se reclama no Brasil. A mídia expõe escândalos que parecem apenas se acumular, sem chegar a lugar algum. Candidatos falam em "acabar com a corrupção". O Judiciário parece omisso em punir corruptos, embora tenha avançado nessa questão. Há uma intensa - e silente - competição para definir o que é corrupção. Clóvis de Barros Filho e Sérgio Praça propõem aqui um debate, fundamentado na filosofia e na ciência política, sobre os diversos aspectos que envolvem a corrupção e seus efeitos. O ato corrupto é, por definição, fruto de uma parceria. Em que medida esse ato tem efeitos negativos? É possível encontrar efeitos positivos da corrupção? O livro responde a essas e outras indagações.
Em um avião percorrendo o trecho Paris-Londres, um homem e uma mulher sentam lado a lado. Um puxa conversa, o outro corresponde. E, junto à esteira de bagagens, ele já tem certeza de que está apaixonado por Chloe. Este enredo todo mundo conhece, mas o que faz de Ensaios de amor um livro único é a profundidade com que o autor analisa cada uma das emoções envolvidas num relacionamento, fazendo uso de um gênero híbrido entre narrativa e ensaio.
Alain de Botton, ao lançar seu olhar de filósofo sobre os meandros do amor, produz um livro que é um convite à reflexão sobre os sentimentos muito delicados e até mesmo nebuloso, sobre os quais muitas vezes se prefere calar, como aquilo que não é dito no primeiro encontro, ou a hesitação em dizer Eu te amo.
Ensaios de amor é um livro que fala a todos. Tanto aqueles que estão se apaixonando quanto os apaixonados e até mesmo aqueles que estão saindo de um relacionamento vão se identificar com esse casal que, como a grande maioria, está tentando descobrir no que reside amar e ser amado.