Quais são os fatores e os atores históricos, políticos, ideológicos e econômicos que definem atualmente a dinâmica e a configuração do poder no mundo e qual a posição dos Estados Unidos da América no que é conhecido como Nova Ordem Mundial?
Essa é a pergunta que o cientista político russo Alexandre Dugin e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho procuram responder nesse debate, que atingiu momentos acalorados e polêmicos. Partindo de posições radicalmente diversas, cada autor esclarece como vê o atual conflito de interesses no plano internacional, elucidando quem são seus principais atores e quais as forças e objetivos envolvidos.
No final, os dois debatedores não chegam a um acordo e o grande vencedor é o leitor, que sai do debate com uma visão mais abrangente da política internacional e da luta pelo poder que está sendo travada para a formação da Nova Ordem Mundial.
O livro "Polícia Federal" é escrito pelo jornalista e ex-agente penitenciário Anderson Sanchez e traz documentações inédita e os bastidores das grandes investigações, a partir do caso PC Farias, nos anos 1990, que resultou na renúncia do então presidente Fernando Collor, até os dias de hoje, com a Operação Lava-Jato. Mas detalha também os tropeços da PF e seu passado associado à ditadura. Tudo com uma rara riqueza de detalhes e narrado de maneira ágil e direta, levando o leitor ao epicentro dos fatos.
Uma reflexão atual, pragmática e, sobretudo, esperançosa acerca das questões contemporâneas mais prementes no país Luís Roberto Barroso se tornou conhecido dos brasileiros por sua atuação corajosa, lúcida e invariavelmente comprometida com o interesse público como ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas seus horizontes intelectuais transcendem as responsabilidades como juiz. Ele é, há décadas, um estudioso das grandes questões da vida brasileira e mundial. Em Sem data venia, Barroso escreve pela primeira vez para um público amplo, não acadêmico, sobre nossos problemas mais candentes: a desigualdade, a polarização político-ideológica, a perda de representatividade dos partidos, os desafios na preservação do meio ambiente e na educação, o racismo estrutural e as ameaças à liberdade de expressão. Sem mencionar o que ele descreve na Introdução como ?o desencontro ético do país, que se evidenciou no Mensalão e explodiu com a Operação Lava Jato. Uma espantosa naturalização das coisas erradas, que se materializavam em desvios de dinheiro público, propinas e achaques?. De uma perspectiva própria, fundamentada em evidências e de amplo horizonte, Barroso aborda a realidade atual sem escamotear a gravidade dos problemas ou a urgência de enfrentá-los. Mas, diferentemente de muitos, também enfatiza o quanto avançamos nas últimas décadas e afirma que somos, sim, capazes de encontrar o caminho para uma sociedade justa, próspera e moderna. Nas palavras dele, ?o Brasil vive um momento de refundação. Há uma velha ordem sendo empurrada para a margem da história e uma nova ordem chegando como luz ao final da madrugada. Não me refiro a governos, sejam eles quais forem, mas à cidadania e suas novas atitudes. O dia começa a nascer quando a noite é mais profunda. A claridade, porém, não é imediata. A elevação da ética pública e da ética privada no Brasil é trabalho para mais de uma geração. A notícia boa é que já começou?.
"""Como derrotar o turbotecnomachonazifascismo é novo livro de Marcia Tiburi, autora do best-seller Como conversar com um fascista. No momento em que a desinformação e a lógica do desnorteio correm soltas como metodologias políticas, ?turbotecnomachonazifascismo? é um nome para o fenômeno político inominável que nos ataca. O ódio é o combustível que alimenta essa máquina movida à tração humana. O êxtase fascista é a droga do momento ao alcance de quem queira participar. Este livro busca dar nome ao inominável tendo em vista que qualquer projeto de transformação exige a compreensão do fenômeno a ser superado. Transformar o atual estado de violência e injustiça é o seu objetivo prático. Em nossa época, já não experimentamos apenas mais um histórico mal estar: retrocedemos à barbárie. Nós nos encontramos em um limiar bastante perigoso pelo qual podemos conhecer destruições ainda piores. Administrado por zumbis políticos e econômicos, o mundo se transforma em uma distopia. Muitos de nós se sentem como figurantes em um filme B. É o sistema de opressão em ação nos transformando diariamente em seres atônitos e desnorteados. No Brasil, temos os povos ameríndios e as populações afrodescendentes como testemunhas da sobrevivência de violências nunca superadas. As violências racistas se renovam na fase atual do capitalismo. Inomináveis, elas não deixam de atingir populações esmagadas economicamente e sempre na mira do capital. Sob a forma neoliberal, o capitalismo se impõe a qualquer custo e atinge uma fase alucinada, ilimitada, sem verniz e sem escrúpulos. Fundamentalista e obscurantista, marcado pelo ódio mais extremo às minorias políticas e aos direitos da humanidade, o autoritarismo se renova e se encaminha para a dominação total. Ele assume a forma monstruosa de ?turbotecnomachonazifascismo?. """
Este livro é composto por duas partes: o ensaio "A ideia de razão pública revista" e "O Direito dos Povos".
"A ideia de razão pública revista" é a descrição mais detalhada feita por Rawls de como uma democracia constitucional moderna, baseada em uma concepção política liberal, poderia e seria vista como legítima por cidadãos razoáveis que, em fundamentos religiosos, filosóficos ou morais, não aceitam uma doutrina abrangente liberal -- como a de Kant, Mill ou do próprio Rawls, a "justiça como equidade", apresentada em Uma teoria da justiça (1971).
"O Direito dos Povos" estende a ideia de um contrato social à Sociedade dos Povos e lança os princípios gerais que podem e devem ser aceitos por sociedades liberais e não liberais, como padrão para regulamentar a conduta recíproca. Em particular, traça uma distinção crucial entre direitos humanos básicos e os direitos de cada cidadão de uma democracia constitucional liberal. Explora os termos sob os quais tal sociedade pode adequadamente guerrear contra uma "sociedade fora da lei" e discute os fundamentos morais para prestar assistência a sociedades não liberais oneradas por condições políticas e econômicas desfavoráveis.
"Michel Temer e o fascismo comum, completa a trilogia em que o autor e psicanalista de Tales Ab?Sáber descreve os possíveis processos psíquicos que deram sustentação aos três últimos presidentes, Lula, Dilma e Temer, compondo assim uma análise da política brasileira sob um ponto de vista inovador.
Nas palavras do autor ?Temer faz parte da estirpe dos homens medíocres do poder brasileiros. Nada nele é especial, fascinante ou criativo. Nada nele nunca surpreende, brilha ou dá esperança. Seu mundo é o dos gabinetes e dos acordos de bastidores. Não há nada a sonhar e nada a esperar a seu respeito. Seu universo de corpo e espírito, se podemos falar assim a seu respeito, é o mundo da infraestrutura da política, onde as decisões indizíveis são tomadas e os acordos das facções da política são feitos, entre os interesses que podem e os que não podem vir à luz do dia. Ainda, neste mundo são as mais tradicionais oligarquias políticas brasileiras, tradicionalmente fisiológicas, patrimonialistas e antissociais, meio modernizadas, que ele representa, e das quais se tornou um líder. Um líder vazio.?
Ainda segundo Tales Ab?Sáber, a cultura política da violência, definida como ?fascismo comum?, abriu as portas para o golpe que desmonta as conquistas sociais dia após dia."
"Liberdade e Propriedade é conferência ministrada em 1958 por Ludwig von Mises, no encontro da Mont Pelerin Society, realizado nos Estados Unidos. O livro reúne também um ensaio sobre o papel das doutrinas na história humana e outro sobre a ideia de liberdade como um atributo da civilização ocidental, além das considerações do autor acerca do projeto de F. A. Hayek para a criação da Mont Pelerin Society, bem como o discurso deste último na abertura da primeira reunião desta instituição, ocorrida em 1947, na Suíça.
A edição brasileira inclui também um prefácio de André Ramos, apresentação de Jörg Guido Hülsmann abordando o envolvimento de Ludwig von Mises em diversas instituições libertárias, um posfácio de Claudio A. Téllez-Zepeda, notas de rodapé do editor e um novo índice remissivo e onomástico."
Na última década, os brasileiros viram-se submetidos a um processo de corrupção endêmica e institucionalizada sem precedentes. Entre mensalões e petrolões, a nação assistiu embasbacada enquanto corruptos e corruptores descreviam, em tom de banalidade, alguns dos esquemas que possibilitaram o desvio de bilhões de dólares dos cofres públicos e, mais do que isso, a transformação do Estado e de suas instituições em instrumentos úteis aos interesses partidários mais sórdidos.
O Brasil que o PT criou é perigoso, feio, miserável e insustentável. Mas o que tornou tudo isso possível? O que possibilitou a chegada de figuras como Lula e Dilma Rousseff ao poder? O que entorpeceu a alma da sociedade brasileira tão profundamente para que ela se permitisse representar por personalidades tão toscas e malformadas? Quais são as raízes mais profundas da crise que aflige a nação? E qual foi o papel dos intelectuais brasileiros nisso tudo?
Estas são algumas das perguntas que o antropólogo e analista político Flávio Gordon busca responder, com invejável coragem e brilhantismo, nesta investigação vigorosa que o leitor tem em mãos. Dentre os muitos livros que buscam explicar a atual crise brasileira, nenhum tem a clareza, a precisão e a força explicativa que encontramos em A corrupção da inteligência.