Caro Leitor, você deve estar, neste momento, se perguntando sobre Filho da Noite, certo? Então... vamos lá:
Desconfio que eu seja sombrio, vulgar (como sempre), lírico, erótico, engraçado, romântico (?). Desconfio que eu namore com o terror, com o suspense, com a loucura, com o estranho. Desconfio que eu tenha um final feliz. Sou um romance em duas partes que talvez se comuniquem.
Filho da Noite traz uma perturbadora narrativa, cheia de detalhes, um verdadeiro delírio, ou não? O filho, o pai. O segredo, o casarão, as mãos sujas de culpa e nenhum arrependimento. Sua narrativa tem elementos de terror psicológico. Disponha-se a devorar dois livros que facilmente poderiam desmembrar-se em muitos.
?Como aperitivo, adianto que a segunda parte do livro começa em clima de soft-pornô ou de romance noir. Nela, o novo protagonista parece ser dono de sua história, até cair num labirinto metafísico, espécie de looping do eterno retorno. E não me atrevo a revelar o final para não estragar a surpresa e a alegria do leitor.
Toda vez que sê lê um novo livro, temos a tentação de imaginar a sua genealogia. Para ajudar a decifrá-lo, por um lado, mas também para despi-lo de sua dissonância, de sua diferença. Dentro dessa procura pela semelhança, digamos que Calloni parecia cultivar a desordem de Clarice e a liberdade linguística de Guimarães Rosa.? ? Geraldo Carneiro.
Razão e sensibilidade foi a primeira obra publicada por Jane Austen, ainda sob o pseudônimo ?A Lady?. Lançada a princípio em três volumes, rapidamente alcançou sucesso entre a crítica e o público, recebendo diversas reedições e adaptações ao longo dos anos. Após a morte do pai, as irmãs Dashwoods são obrigadas a se mudar para uma casa simples e distante. Elinor, racional e lógica, e Marianne, sensível e romântica, têm de lidar com expectativas injustas de felicidade por não possuir fortuna e não ter bons relacionamentos na sociedade. Suas atitudes opostas diante da vida serão colocadas à prova em um mundo regido pelo dinheiro e pelo interesse. Razão e sensibilidade, assim como os demais romances de Austen, traça um fidedigno panorama da situação da mulher na aristocracia inglesa do século XIX. Uma obra que enaltece a manutenção da esperança no enfrentamento das desilusões da vida. O livro é uma das obras-primas de Jane Austen ? que a levariam a ser reconhecida como uma das mais renomadas escritoras inglesas em toda a História. Obra universal e atemporal, que ganha agora uma edição para colecionador em capa dura que apresenta ilustrações das principais personagens da narrativa e com acabamento suave ao toque.
"Publicado por Jonathan Swift em 1726, ""Viagens de Gulliver"" logo passou a fazer parte do cânone literário mundial, tornando-se ao mesmo tempo um marco da literatura satírica e uma referência entre os livros de viagens. Esta obra narra as aventuras do cirurgião Lemuel Gulliver, que encontra terras fantásticas de nomes exóticos ? como Lilipute, Brobdingnag, Laputa e o País dos Houyhnhnms ?, onde conhece homens pequeninos e gigantes, cavalos inteligentes, humanos bárbaros e mais uma variedade de personagens curiosos. Mas o que paira por trás da prosa envolvente de Swift é uma crítica mordaz ao homem, às instituições de poder, à ganância desmedida e até aos próprios livros de viagem. Prova disso é o que o escritor irlandês afirmou, a respeito desta que viria a ser sua grande obra-prima, que tinha como objetivo ?aborrecer o mundo, em vez de entretê-lo?."
?Nossa vida ? não importa o que aconteça entre o início e o fim ? começa e termina com uma batida do coração: nosso próprio ritmo, nossa própria música.?
A vida da heroína de O som do nosso coração, Melody King, não é nada fácil. Afinal, desde que sofreu um acidente e bateu a cabeça, ela adquiriu um estranho distúrbio: ela canta quando está ansiosa. E não só canta ? alto, bem alto e às vezes errado ?, como dança, faz performances e emenda uma música na outra, com letras sempre relacionadas à situação em questão.
Como se isso já não fosse ruim o bastante, Melody está constantemente ansiosa. Seu marido, Dev, desapareceu há onze anos sem deixar rastros, e ela tem dois filhos adolescentes problemáticos: Flynn ? que vive se envolvendo em brigas na escola por causa do bullying que sofre ? e a caçula Rose ? a supergênia e aluna exemplar que não consegue superar o desaparecimento do pai.
Apesar da vergonha constante que sentem da mãe ? certa vez, ela cantou uma música do Arctic Monkeys na frente dos colegas de turma de Flynn! ?, eles são uma família unida e relativamente feliz, até Rose encontrar um relatório no site de pessoas desaparecidas de alguém cuja descrição bate com a do pai.
Será que Dev está vivo, afinal? Ou tudo não passou de uma grande coincidência? Melody pode estar muito perto de encontrar as respostas que têm procurado nos últimos onze anos. Mas ainda que a verdade seja libertadora, também pode destruir tudo o que ela construiu. Será que Melody está pronta para isso?
Sonhos podem revelar verdades impossíveis de serem entendidas enquanto estamos acordados Victoria d?Angerville é uma adolescente alegre com uma família amorosa e muitas amigas. Sua vida seria a de uma típica de jovem do Sul dos Estados Unidos, da década de 1950, não fossem os terríveis pesadelos que a assombram todas as noites, todos com as mesmas sensações de morte, perda e separação. E há os sonhos com aquela garota. A mesma garota. Agora, Victoria tem certeza de estar sendo observada por algo ? ou alguém. Possui crises de pavor e desespero. E, das sombras, surge uma voz que a ameaça, vultos que a cercam. Estaria ficando louca? Ou haveria um significado oculto por trás desses fenômenos ? alguma coisa que precisa descobrir antes que seja tarde demais? Do dia para a noite, Victoria vê sua vida ficar de cabeça para baixo. A revelação de um horrível segredo de família a coloca à mercê de um médico sem ética em um inferno físico e emocional, no meio do qual ela recebe uma ajuda improvável. Mas será Victoria capaz de mudar o seu destino? Ou a pergunta certa seria... o destino de Victoria d?Angerville pode ser mudado?
Coleen Hoover junta-se mais uma vez a Tarryn Fisher neste thriller perfeito para os fãs de Antes de dormir e A garota no trem. Charlize Wynwood e Silas Nash foram melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar. No muito aguardado último volume da série Nunca jamais, Silas e Charlize devem mergulhar fundo em seu passado para descobrir quem são e quem querem se tornar. Correndo contra o tempo atrás das respostas, serão eles capazes de se reencontrar e reestabelecer os velhos laços, ou estará tudo perdido para sempre?
Uma releitura corajosa e atual da trajetória de Circe, a poderosa ? e incompreendida ? feiticeira da Odisseia de Homero #1 do The New York Times, ganhador do Goodreads Awards de a melhor fantasia de 2018 Na casa do grande Hélio, divindade do Sol e o mais poderoso da raça dos titãs, nasce uma menina. Circe é uma garotinha estranha: não parece ter herdado uma fração sequer do enorme poder de seu pai, muito menos da beleza estonteante de sua mãe, a ninfa Perseis. Deslocada entre deuses e seus pares, os titãs, Circe procura companhia no mundo dos homens, onde enfim descobre possuir o poder da feitiçaria, sendo capaz de transformar seus rivais em monstros e de aterrorizar os próprios deuses. Sentindo-se ameaçado, Zeus decide bani-la a uma ilha deserta, onde Circe aprimora suas habilidades de bruxa, domando perigosas feras e cruzando caminho com as mais famosas figuras de toda a mitologia grega: o engenhoso Dédalo e Ícaro, seu filho imprudente, a sanguinária Medeia, o terrível Minotauro e, é claro, Odisseu. E os perigos são muitos para uma mulher condenada a viver sozinha em uma ilha isolada. Para proteger o que mais ama, Circe deverá usar toda a sua força e decidir, de uma vez por todas, se pertence ao reino dos deuses ou ao dos mortais que ela aprendeu a amar. Personagens vívidos e extremamente cativantes, aliados a uma linguagem fascinante e um suspense de tirar o fôlego, fazem de Circe um triunfo da ficção, um épico repleto de dramas familiares, intrigas palacianas, amor e perda. Acima de tudo, é uma celebração da força indomável de uma mulher em meio a um mundo comandado pelos homens.
O livro de Amilcar Neves [...] não apenas se situa na era pós-literatura, mas traz inúmeros dos elementos do que poderíamos denominar de demandas formais, psicológicas e artísticas desta nova era. Tanto na forma quanto no conteúdo, tanto na maneira de registrar o mundo à volta quanto no enfoque, na reflexão, nas angústias que atormentam o autor dos registros diários, o seu livro apresenta-se como um novo espécime da família literária. Dilvo Ristoff
Indicado aos Prêmios Edgar e Anthony, na categoria Melhor Livro Jovem Adulto, O príncipe adormecido é o segundo volume da série de fantasia A Herdeira da Morte, da britânica Melinda Salisbury. Na trama, Errin Vastel cuida da mãe e sobrevive da venda clandestina de suas poções e ervas medicinais. Mas quando o Príncipe Adormecido desperta de seu sono encantado e a aldeia onde vivem precisa ser evacuada devido à ameaça de uma guerra sangrenta, as coisas se tornam ainda mais difíceis para a jovem. Desabrigada e temendo pela mãe e por sua própria vida, ela se vê obrigada a confiar no misterioso Silas Kolby, que promete ajudá-la. Silas, porém, tem seus próprios segredos e, quando ele desaparece sem aviso, Errin parte sozinha numa perigosa jornada por um reino à beira da guerra. E o que ela descobre pelo caminho não só abala suas convicções e desconstrói tudo em que sempre acreditou, mas também exigirá que ela faça uma escolha difícil que pode mudar o futuro de todo o reino.
Quarenta dias no deserto, quarenta anos. É o que diz (ou escreve) Alice, a narradora de 'Quarenta dias', romance de Maria Valéria Rezende, ao anotar num caderno escolar pautado, com a imagem da boneca Barbie na capa, seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade. "Eu não contava mais horas nem dias", escreve Alice em 'Quarenta dias', um relato emocionante e profundo. "Guiavam-me o amanhecer e o entardecer, a chuva, o frio, o sol, a fome que se resolvia com qualquer coisa, não mais de dez reais por dia (...)". Onde andaria o filho de Socorro? A que bando estranho se havia juntado, em que praça ficara esquecido?