Num livro corajoso, Cristovão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho nestes 26 anos de Felipe para reordenar sua própria vida: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade com o cargo de professor em universidade pública.
Com precisão literária para encadear de maneira clara referências de anos e situações tão díspares, Cristovão Tezza reforça, com a publicação de O filho eterno, seu lugar entre os maiores escritores brasileiros.
A peça O demônio familiar, de José de Alencar, foi encenada pela primeira vez em 1857 e com sucesso outras vezes ao longo do século XIX. Depois no século XX, entre 1922 e 1944, foi adaptada e encenada por Procópio Ferreira (1898-1979), um dos grandes diretores e atores do teatro brasileiro. Como a peça tem um argumento localizado no tempo, a questão da escravidão, a peça foi perdendo em força. Porém, ante toda a discussão em torno do racismo (seja como manifestação, seja como combate à prática), a peça ganha novo sentido. Talvez por isso tenha sido selecionada como leitura obrigatória pelo vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL), para o biênio 2018/2019.
Num livro corajoso, Cristovão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho nestes 26 anos de Felipe para reordenar sua própria vida: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade com o cargo de professor em universidade pública.
Com precisão literária para encadear de maneira clara referências de anos e situações tão díspares, Cristovão Tezza reforça, com a publicação de O filho eterno, seu lugar entre os maiores escritores brasileiros.