"Filosofar equivale a dar um passo para trás e tentar pensar claramente ? inclusive sobre a nossa maneira de pensar. Para tanto, bastam reflexões honestas, a elaboração de raciocínios e, é claro, o hábito de testar nossas próprias convicções e conclusões. Os conceitos-chave explorados neste volume ? o que é o conhecimento? Qual a natureza do sentimento moral? Os limites da crença? A validade das teorias científicas? ? fornecem as ferramentas básicas para um primeiro contato com a filosofia. São inúmeros os convites e as provocações encontrados nos sete artigos aqui reunidos, justamente com o propósito de divulgar e popularizar o filosofar. Longe de ser uma disciplina acadêmica sobre um pedestal, a filosofia é um campo de conhecimento de utilidade prática, que pode ser aplicada a diferentes áreas e nos auxilia a pensar sobre as mais diversas facetas da vida humana: de genocídio, escravidão e machismo, ao futuro e ao sentimento religioso. Se você sempre teve admiração pelos grandes autores e pensadores, mas achou que não eram para você, entregue-se agora a esta obra, que oferece uma visão contemporânea da filosofia, e torne-se amigo do saber."
"A unidade de conhecimento e de autoconhecimento - nota profunda da Filosofia de Olavo de Carvalho - só pode existir, ainda que apenas como ideal, para uma mente que, entre ciência e ética, entre metafísica e política, não veja hiato algum.
O cerne de sua filosofia está no convite a que agarremos - como quem toma, com as próprias mãos, coisa palpável - a materialidade da presença, está na proposta de que a metafísica seja violentamente materializada. Em oposição ao ""materialismo espiritual"", estabelece um espiritualismo material: ""o ',materialismo', de um mundo feito de Espírito, transparência, inteligibilidade"".
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Convicto de que as mulheres são tão capazes quanto os homens e de que devem ter os mesmos direitos que eles, inclusive o do sufrágio, John Stuart Mill estava muito à frente de seu tempo. Para ele, a legislação sobre o casamento vigente ne época escravizada a mulher, razão pela qual deveria ser reformulada, extraindo-se da lei o conteúdo que tornava o matrimônio semelhante a um contrato comercial. Propôs também a mudança das leis sobre herança, que deveriam permitir à mulher a manter as suas propriedades, bem como trabalhar fora de casam obtendo assim sua independência e estabilidade financeira. Nestes escritos, Stuart Mill contou com a colaboração de sua futura esposa, Herriet Taylor.
Humor levanta a questão de como o humor pode ser ao mesmo tempo uma forma de companherismo, um vislumbre de utopia e uma arma política a ser utilizada contra os poderosos.
Por que rimos? Como distinguir a infinita variedade de possibilidades do riso? O humor é subversivo ou pode ajudar a amenizar as discordâncias? Este estudo reflete sobre a natureza do humor e suas funções, examinando criticamente várias teorias a respeito do tema. Baseando-se em uma ampla gama de fontes literárias e filosóficas, Terry Eagleton passa de Aristóteles e Tomás de Aquino a Hobbes, Freud e Bakhtin, observando em particular os mecanismos psicanalíticos subjacentes ao humor e sua evolução social e política ao longo dos séculos.
Sem dúvida vivemos um momento histórico difícil. Porém, não se deve confundir o difícil com o impossível. Nenhum momento é hora de se desistir. É hora sim de se fazer uma boa análise, e lembrar que nosso mundo não é, ele está sendo. Assim, lembremo-nos da notável frase latina (Império Romano): Contra speam, spes ? Esperança contra toda desesperança. Disto cuida este livro. Mas sem abrir-se mão de analisar corajosamente as dificuldades que ora nos causam mal-estar.
A editora Filocalia oferece ao público leitor uma edição bilíngue em três volumes desta obra fundamental de um dos maiores gênios do pensamento ocidental, Agostinho de Hipona. Este primeiro volume que está sendo lançado agora contém a tradução da primeira parte da obra, acompanhada de notas explicativas e de extensos comentários para cada parágrafo, além de dois ensaios introdutórios e de um léxico de referência com centenas de verbetes. Os volumes restantes contendo as respectivas traduções anotadas e comentadas das segunda e terceira partes da obra serão lançados logo na sequência.
Escrita em Roma pouco depois de sua conversão (388), esta primeira parte constitui um diálogo entre Agostinho e seu discípulo Evódio. O abrupto da questão inicial evidencia o desafio a ser enfrentado: se Deus é o criador de tudo, como não seria ele o responsável pelo mal no mundo, conforme acusava o maniqueísmo? A estratégia adotada foi deslocar o problema da natureza para o sujeito: cada um é o autor de seu próprio malfeito, e todo sofrimento é decorrente de retribuição meritória administrada pela Providência. Porém isso era mais simples de crer do que justificar. Por indução com base na análise de dois gêneros de pecado, conclui-se que o mal situa-se na libido, o amor sensual dos bens passíveis de perda involuntária; portanto nem na natureza, muito menos em seu Criador. Essa ?solução? inicial, ainda dependente de uma mundividência clássica, assentava-se na primazia da razão sobre os movimentos irracionais da alma, herança platônica que os estoicos levaram às últimas consequências com seu ideal de sabedoria. O resultado inevitável era a autossuficiência do arbítrio da vontade para evitar o mal e praticar as virtudes que conduzem à vida feliz. No racionalismo desposado aqui pelo autor, o querer apenas basta, porque a vontade, onde reside o mérito de toda ação, está em poder de si própria.
"Um diálogo entre dois renomados pensadores brasileiros de origens e abordagens muito distintas: Monja Coen e Clóvis de Barros Filho.
Monja Coen, fundadora da Comunidade Zeb-Budista do Brasil, e Clovis de Barros Filho, advogado, jornalista e professor, são dois renomados pensadores brasileiros, cada um em sua área de atuação.
O que esperar, portanto, de um diálogo entre esses dois nomes, de origens e abordagens tão diversas?
Em A monja e o professor, livro fruto de um diálogo gravado entre os dois autores, o leitor terá acesso a uma inspiradora conversa, tendo como base a ética e a felicidade, a importância de ser feliz no presente e também a necessidade de um propósito.
?Então, como é que você mede o que é adequado? Isso para mim é sabedoria, é capacidade de inteligência e adequação à realidade. E não adequação a um princípio que pode me travar. O princípio está por trás disso, mas ele não me limita, tanto que eu posso mudar de ideia e posso até ser infiel, algumas vezes, a algo que não estava sendo benéfico. Mas não sou infiel a mim.? Monja Coen
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Reunidos em um único volume, Apologia de Sócrates e O Banquete são dois dos mais importantes diálogos de Platão. Apologia de Sócrates aborda o evento do julgamento e condenação do filósofo, bem como sua bela defesa: em vez de defender sua vida, defendeu suas ideias e a integridade de sua consciência. O Banquete é a narrativa feita por Apolodoro acerca do banquete que Agatão ofereceu a alguns amigos, entre eles Sócrates e Aristóteles, debatendo o tema do amor.
Em quase todos os seus livros Nietzsche discute a religião e a moral cristãs, mas é em O Anticristo que essa discussão alcança a forma mais desinibida e polêmica. O livro oferece, entre outras coisas, uma crítica do conceito cristão de Deus, uma análise do tipo psicológico do Salvador, uma psicologia da fé e dos crentes e uma comparação entre o budismo e o cristianismo, envolvendo uma concepção bastante heterodoxa sobre a natureza do cristianismo. Os Ditirambos de Dionísio são nove poemas 'inspirados' pelo deus Dionísio, que para Nietzsche simbolizava o oposto dos valores cristãos, apresentados em edição bilíngue alemão-português.
Uma breve história da filosofia apresenta os grandes pensadores da filosofia ocidental e explora suas principais ideias sobre o mundo e sobre a melhor maneira de viver nele. Em quarenta capítulos, Nigel Warburton, um dos mais conhecidos e mais lidos filósofos contemporâneos, propõe uma jornada pela rica história da filosofia. Partindo da tradição iniciada com Sócrates, há aproximadamente 2.500 anos, o autor traz dados interessantes sobre a vida e o pensamento de alguns dos mais instigantes filósofos como Kant, Maquiavel, Sêneca, Freud, Nietzsche, entre muitos outros. A leitura flui graças à maneira divertida que Warburton encontrou para encadear os capítulos: no final de cada texto, ele faz um link com o filósofo que vem a seguir.
Não-sábio é, por ventura, ignorante? Não percebes que entre saber e ignorar existe algo?
O quê?
Opinar corretamente. Não sabes desvendar o fundamento (...) nem apresentar a ignorância. Não pode ser ignorância apontar a coisa sob teu olhar. A opinião correta ocupa um lugar intermediário entre o entendimento e a ignorância."
O banquete relata a reunião de amigos da qual participaram Sócrates, Aristófanes e outros atenienses eminentes, em que se lançou uma competição para ver quem fazia a melhor definição de eros (o amor, mas também o belo) um dos mais importantes conceitos da cultura antiga. Neste que é um dos principais diálogos de Platão, além de obra humanística fundamental para todos os interessados em pensar o estar no mundo, debatem-se noções de amizade, de decência, e fio condutor de toda a obra platônica também sobre o próprio ato de raciocinar