Romance inédito do filósofo Mário Ferreira dos Santos, Homens da Tarde é ? além de uma leitura adoravelmente perturbante ? uma ficção que ilumina o pensamento desse autor. A trama imagina o cotidiano de personagens que aparecem no diálogo editado pela Coleção Logos, Filosofias da Afirmação e da Negação. Paulsen é um funcionário público entediado com sua rotina monótona. É ocasionalmente provocado à reflexão pelo colega de trabalho, Josias, e pelo amigo comum a ambos, Pitágoras. Sobretudo, é desestabilizado pela paixão que vê nascer por uma moça, Joana. Outro amigo comum àqueles é Vítor, jovem aspirante a poeta que se apaixona pela meiga Inge. As personagens vivem um mundo crepuscular, às vésperas de um conflito global, e experimentam a sua própria situação como quem contempla o entardecer, cujos contornos são obscuros. O luto, a existência de Deus e o caos urbano são alguns dos temas filosóficos que permeiam a narrativa e a tornam inquietante. A edição reproduz o datiloscrito original do livro.
No sul da Bahia, Helena Carvalho procura o homem que conheceu no colégio e foi o primeiro amor de sua vida. Ela sabe que precisará ter cuidado para que o reencontro não termine de forma desastrosa, como o namoro deles na adolescência. E essa é uma possibilidade real. Juliano Sampaio, um pintor talentoso, que deixou o Brasil ainda jovem para se aperfeiçoar na Itália e voltou para preparar sua mais nova exposição, é tão renomado quanto controverso. Sua aversão por fama e mídia sensacionalista é notória. Impulsivo, apaixonado e com um temperamento incandescente, ele não pode sequer imaginar que a presença de Helena numa praia isolada do Nordeste possa ser mais que coincidência. Apaixão explosiva entre os dois reacende, mas o reencontro tem, de fato, um objetivo que pode destruir a relação e desfazer o frágil elo de confiança construído entre eles. Quando as verdadeiras motivações de Helena são reveladas, antigos ressentimentos voltam à tona. Será que o amor vai sobreviver a esse novo golpe?
No romance Casa de Pensão, Aluísio de Azevedo se consolidou com um dos maiores escritores do movimento naturalistas surgido como contraponto ao Romantismo. Com visão menos ingênua, mais objetiva e realista, o autor nos apresenta Amâncio de Vasconcelos, um jovem maranhense rico e superprotegido, enviado pelos pais para estudar medicina no Rio de Janeiro. Despreparado para a vida na sociedade carioca, torna-se menos dedicado aos livros do que aos prazeres da vida boêmia e dos amores carnais. A história, que talvez seja baseada em um caso real, gira em torno de uma pensão dita familiar, onde o jovem será envolvido por personagens e ações que retratam as características mais degradantes do ser humano.
"Depois de séculos sendo odiada pela humanidade, a morte resolve pendurar o chapéu e abandonar o ofício. O acontecimento incomum, que a princípio parece uma benção, logo expõe as intrincadas relações entre Igreja, Estado e a vida cotidiana. ""Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto"", escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura. Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. E foi nela que o primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel da Literatura buscou o material para seu novo romance, As intermitências da morte. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder ""passar desta para melhor"". Os empresários do serviço funerário se vêem ""brutalmente desprovidos da sua matéria-prima"". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não para de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque ""sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja"". Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna? Ao fim e ao cabo, a própria morte é o personagem principal desta ""ainda que certa, inverídica história sobre as intermitências da morte"". É o que basta para Saramago, misturando o bom humor e a amargura, tratar da vida e da condição humana. A caligrafia da capa é de autoria do escritor Valter Hugo Mãe."
Publicados como folhetim na revista A Estação entre 1886 e 1891, os textos de Quincas Borba foram compilados em um volume único pela primeira vez em 1892, ano de sua primeira publicação. Ao lado de Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, este livro faz parte da trilogia realista de Machado de Assis, na qual o autor se utiliza da ironia e do pessimismo para tecer críticas à sociedade. Ao contrário do que o título sugere, o livro não se centraliza no filósofo Quincas Borba ? que já aparecia em Memórias póstumas de Brás Cubas ?, mas em seu herdeiro, o ingênuo Rubião. Com a fortuna herdada, o rapaz se muda para o Rio de Janeiro, onde será manipulado pelo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia. A sociedade de aparências e o parasitismo social são os principais alvos de Machado nesta obra. O cientificismo e o positivismo de Comte, muito em voga no século XIX, também não escapam da veia irônica do autor. Quincas Borba é uma de suas maiores obras
Em Corte de Asas e Ruína a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.
Sam e Dean Winchester sempre estão na estrada, lutando contra todo tipo de ameaça sobrenatural. Ao longo dos anos, depois de várias aventuras sangrentas, já encararam tudo desde o demônio de olhos amarelos que matou a mãe deles, até vampiros, fantasmas, metamorfos, anjos e deuses caídos. Com a ajuda de aliados - tanto humanos quanto sobrenaturais - descobriram que cada ameaça detida abre uma nova porta para o mal. Quando um assassinato grotesco ocorre em Braden Heights, Indiana, as autoridades da região suspeitam que o cadáver eviscerado e sem olhos foi vítima de um animal. Mas quando outro corpo é descoberto, com os olhos arrancados, Sam, Dean e Castiel começam a buscar pontos em comum entre as vítimas - e descobrem que os dois homens estavam prestes a se tornarem pais. Enquanto os rapazes caçam quem cometeu os assassinatos, descobrem o passado sombrio da cidade e segredos que alguns gostariam que ficassem enterrados para sempre.
Crime e castigo é um daqueles romances universais que, concebidos no decorrer do romântico século XIX, abriram caminhos ao trágico realismo literário dos tempos modernos. Contando nele a soturna história de um assassino em busca de redenção e ressurreição espiritual, Dostoiévski chegou a explorar, como nenhum outro escritor de sua época, as mais diversas facetas da psicologia humana sujeita a abalos e distorções e, desse modo, criou uma obra de imenso valor artístico, merecidamente cultuada em todas as partes do mundo.
"A nova edição de um dos maiores clássicos da literatura norte-americana modernaUm livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.O sol é para todos, com seu texto forte, melodramático, sutil, cômico (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações. Com nova tradução e projeto gráfico, este clássico moderno volta à cena, justamente quando a autora lança uma continuação dele, causando euforia no mercado. Desde o anúncio de sua sequência, O sol é para todos é um dos livros mais buscados e acessados no site do Grupo Editorial Record. Já vendeu mais de 30 milhões de cópias nos Estados Unidos e, no último ano, ganhou a recomendação do presidente Barack Obama, que proferiu o seguinte elogio: Este é o melhor livro contra todas as formas de racismo. Vencedor do Prêmio Pulitzer. Escolhido pelo Library Journal o melhor romance do século XX. Eleito pelos leitores de Modern Library um dos 100 melhores romances em língua inglesa. Filme homônimo venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado."
A vida de George Bellamy fora completa. Nascido em uma família rica, jamais sentiu o desespero da necessidade. Mas ele ainda tinha muitos desejos listados, e precisava realizá-los antes de morrer, ainda que não houvesse muito tempo... Ao contratar Claire Turner como enfermeira, George tinha um plano: viajar para o acampamento Kioga, um lugar cheio de lembranças que o ajudariam a reconstituir seu passado e reatar laços desfeitos havia mais de cinquenta anos alguns dos desejos de sua lista. O trabalho como enfermeira de doentes terminais caía com uma luva para Claire. Apesar de tratar de pessoas com quem não se envolvia, ela tivera fortes razões ao optar por essa profissão. Quando Ross, o neto favorito de George, retornou da guerra no Afeganistão, chegou com o propósito de reencontrar o avô e verificar se Claire era alguém de confiança. Entretanto, ao se apaixonar por ela, Ross se percebeu cada vez mais envolvido. Afinal quem era Claire? E do que ela fugia?
Preso pelos soviéticos durante a divisão russo-germânica da Polônia em 1939, o tenente da cavalaria polonesa Slavomir Rawicz tornou-se réu de um crime jamais cometido que o enviou a um dos mais cruéis sistemas penitenciários do mundo: os temidos Gulags. Apesar da injustiça, Rawicz jamais capitulou. Com a ajuda e companhia de mais seis prisioneiros escapou do campo de Yakutsk. A pé, numa inacreditável jornada pelas regiões mais inóspitas do planeta, na posse de apenas um machado e uma faca, deixaram a Sibéria. Cruzaram a China, o deserto de Gobi e os Himalaias até entrarem na Índia e finalmente ganharem a liberdade.