Em agosto de 1944, membros do Sonderkommando de Auschwitz-Birkenau, auxiliados pela Resistência polonesa, conseguiram fotografar de forma clandestina parte do processo de gaseamento a que eram submetidos os judeus, operação de extermínio que levou à morte milhões de pessoas. Trazidas à luz numa grande exposição sobre a memória dos campos em 2001, essas quatro imagens tornaram-se o centro de uma acirrada polêmica que opôs, de um lado, aqueles que eram radicalmente contra qualquer tipo de representação do Holocausto e, de outro, os que defendiam a importância vital de todo registro, entre eles, o autor deste livro. Em Imagens apesar de tudo, Georges Didi-Huberman faz uma defesa lúcida e apaixonada da imagem como forma de resistência, quando se furta à ordem dominante e, longe de se assumir como imagem absoluta, capaz de dizer toda a verdade, se apresenta fulgurante e lacunar, abrindo brechas em meio à obscuridade e ao horror. Dialogando com Benjamin, Bataille, Godard e outros, este livro ilumina um nó de questões fundamentais que envolvem a noção de testemunho, o uso dos arquivos, o estatuto do documento visual, a montagem, os múltiplos regimes da imagem e da palavra, e conecta de modo exemplar a ética, a estética e a política.
A ideia principal é abordar a política no tempo de Cícero que reflete aos dias atuais. Qual o melhor tipo de governo e qual se adéqua a uma cidade, uma monarquia, aristocracia e democracia. Cícero demonstra como um governante pode destruir uma sociedade através da tirania, oligarquia e anarquia. O livro é apresentado em forma de diálogo, e o autor tem como referência A República de Platão.
A síntese do conhecimento sagrado de todos os tempos Lançado treze anos após o clássico Admirável mundo novo, obra de Aldous Huxley tem nova tradução O termo ?filosofia perene? surgiu em 1540, como a ideia de que os conhecimentos místicos de todos os tempos revelassem um tipo de sabedoria primeira, da qual todas as outras seriam provenientes. Ao aproximar as principais obras da espiritualidade oriental e ocidental, Aldous Huxley escreveu A filosofia perene, um estudo de misticismo comparado, com textos de diversas tradições espirituais: zen-budismo, hinduísmo, taoísmo, misticismo cristão e islamismo reunindo trechos comentados de obras como o Tao-Te King, Bhagavad Gita, O livro tibetano dos mortos e muitos outros. Com esta obra, escrita durante a Segunda Guerra Mundial, Huxley pretendia um verdadeiro exercício espiritual contemplativo, aliando conhecimento e prática suprarreligiosa, como uma meditação guiada por recortes acerca de núcleos fundamentais desses saberes milenares. Com tradução de Adriano Scandolara, a obra traz capítulos nomeados como ?Verdade?, ?Silêncio? e ?Fé?, com citações de grandes líderes espirituais que conduzem o leitor a um lugar dentro de si em que essas vozes se tornam vivas.
A monumental História da sexualidade com novo projeto gráfico.
Ao longo dos anos 1970, Michel Foucault dedicou seu trabalho no Collège de France à análise do lugar da sexualidade na sociedade ocidental, o que deu origem à História da sexualidade, em quatro volumes. Sua reflexão encontrou no sexo e na sexualidade a causa de todos os acontecimentos da vida social. O filósofo empreendeu uma pesquisa histórica, estabelecendo uma antropologia e uma análise do discurso acerca desse tema tão fundamental para a condição humana.
O terceiro volume, O cuidado de si, estuda o desenvolvimento, nos dois primeiros séculos da nossa era, da arte da existência criada pelos gregos. Assim, examina o modo de subjetivação característico dessa época para compreender sua diferença tanto em relação à Grécia, que criou a estética da existência, quanto em relação ao cristianismo, que a inclinou na direção de uma hermenêutica do desejo.
?História da sexualidade: O cuidado de si é um estudo da reflexão filosófica, moral e médica sobre os prazeres e a conduta sexual que retoma os mesmos temas de O uso dos prazeres: o cuidado com o corpo e com a saúde, a relação com a mulher e o casamento, com os rapazes, com a verdade.? ? Roberto Machado
ESTE LIVRO NÃO ENSINA NINGUÉM A SER FELIZ. Tampouco a viver momentos de felicidade. Também ficarei devendo alguma fórmula para medir ou simplesmente diagnosticar a felicidade própria ou alheia. No entanto, ao longo das páginas, aqui e acolá, pode haver algum prazer. Uma satisfação decorrente da graça de uma ideia, da pertinência de algum exemplo. Ao afirmar que a felicidade é inútil, não sugiro que ela não tenha valor. Que seja ruim. Ou que não valha a pena persegui-la ou entender do que se trata. Pelo contrário. O inútil pode ser bom. Não prestar pra nada pode indicar uma preciosidade inestimável. O bem supremo. Aqui você se coça: ? Como assim? Onde pode estar o valor de uma coisa que não presta pra nada? Se esse questionamento não lhe interessa, se o que você espera da leitura de algo com ?felicidade? no título não coincide com o que este livro promete, melhor recolocá-lo na estante. Agora, se a ideia de uma coisa inútil ser preciosa desperta uma inquietação em você, vá para o caixa.
Estudar sobre a amizade em "O Senhor dos Anéis" surgiu do desejo de fazer um trabalho pautado pelos valores éticos e nobres. E era de suma importância que este trabalho tivesse uma aplicação prática e edificante na vida de qualquer pessoa. A obra de J.R.R. Tolkien é um prato cheio para isso: além de ser atraente e profunda, traz valores extremamente necessários para nossa felicidade.
"A amizade em O Senhor dos Anéis? mostra como a amizade é essencial para vencermos as batalhas de nossas vidas, seja na guerra que travamos contra nós mesmos, seja na guerra política contra um poder maligno, como bem coloca J.R.R. Tolkien em sua grande obra.
A ideia que temos das obras literárias enquanto objetos culturais irredutíveis a um só significado e a um sistema de ideias, ainda que possa ser apenas um mito teórico, captura, no entanto, um aspecto da realidade literária e exprime uma vontade legítima, que nem toda nossa imaginação e que nem todos os nossos pensamentos possuam ou tenham que possuir uma relação com a realidade social presente, muito menos com as opiniões políticas, e menos ainda com as disputas políticas momentâneas» Alfonso Berardinelli
Heidegger e sua Herança ? O neonazismo, o neofascismo e o fundamento islâmico relata de modo surpreendente a projeção do pensamento heideggeriano e a força que as formas totalitárias e extremistas desse pensamento têm na atualidade. Esta edição conta com dois capítulos inéditos.
'O Anticristo' apresenta críticas ao cristianismo e a seu modo de valorar. Nietzsche expõe suas opiniões contra as práticas cristãs e especialmente contra Paulo de Tarso, que segundo ele, foi um dos apóstolos que mais deturparam a mensagem original de Jesus Cristo. Utilizando-se de citações e teorias de outros filósofos para validar sua tese, o autor pretende levar os leitores a questionarem a si mesmos e a suas próprias crenças, sejam elas religiosas ou não.
Em Leviatã, Thomas Hobbes coloca as condições de dissoluções do Estado, para ele, somente a concentração de autoridade garante a unidade e a paz social. Suas ideias políticas apoiaram o absolutismo do século XVII. Partidário do absolutismo político, defende-o sem recorrer à noção de direito divino. Segundo o filósofo, a primeira lei natural do homem é a da auto-preservação, que o induz a impor-se sobre os demais guerra de todos contra todos.