Numa festa da Corte, Paulo, um jovem romantico, recém-chegado ao Rio de Janeiro, defronta-se coma irradiante beleza de uma jovem dama. Ao cortejar essa "senhora", no entato, é zombado pelo amigo, pois ela é Lúcia, a mais bela e requisitada cortesã da cidade.
Ainda que envergonhado por sua ingenuidade, Paulo não consegue tirar a imagem de Lúcia de sua mente. Certamente fora seduzido. Entretanto, para um sonhador como ele, envolver-se com uma mulher como Lúcia poderia ser perigoso... Saberia Paulo se envolver sem se apaixonar?
Repleto de ardilosas tramas amororsas, o romance de José de Alencar, inspirado em A dama das camélias, de Alexandre Dumas, traça um esboço da frivolidade da sociedade carioca do Segundo Reinado, marcada pela hipocrisisa e pela promiscuidade.
Quarenta dias no deserto, quarenta anos. É o que diz (ou escreve) Alice, a narradora de 'Quarenta dias', romance de Maria Valéria Rezende, ao anotar num caderno escolar pautado, com a imagem da boneca Barbie na capa, seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade. "Eu não contava mais horas nem dias", escreve Alice em 'Quarenta dias', um relato emocionante e profundo. "Guiavam-me o amanhecer e o entardecer, a chuva, o frio, o sol, a fome que se resolvia com qualquer coisa, não mais de dez reais por dia (...)". Onde andaria o filho de Socorro? A que bando estranho se havia juntado, em que praça ficara esquecido?
Manuel Bandeira, recifense de 1886, foi poeta, crítico literário, professor e tradutor. Um dos grandes nomes da literatura brasileira, o autor sempre foi simples e coloquial, por vezes ousado, poetando em versos ora modernos, ora tradicionais. Nessa nova edição do Melhores Poemas Manuel Bandeira, em versão pocket, nos deparamos com mais de noventa poemas do modernista, que aborda temas do cotidiano com sua leveza e irreverência de sempre. Como em toda a obra posterior, nesses escritos o poeta se mostra descomplicado, sarcástico e despojado, mas sempre com um acento autobiográfico e confessional. Com seleção e prefácio de Francisco de Assis Barbosa, esse presente em forma de livro traz toda poesia e lírica típicas de Manuel Bandeira, poeta em permanente estado de poesia.
Na mata virgem o casebre me acolhe. Noite e dia se fundem, eu me confundo. É o breu, escuridão perene. Exagero? Sei não! Sei sim: exagero. Uma difusa luminosidade se infiltra por janelas e frinchas. Dura pouco. Aperto um botão, a luz elétrica agride o ambiente. A selva selvagem me fascina. A selva selvagem me intimida. Pingos de sol custam a aparecer. Estrela e lua inexistem.
Em 'Olhos dágua' Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem.
Na turística Balneário Camboriú, Renê, um recepcionista noturno de hotel, tenta reconstruir sua vida e encontra na amizade de Copi, um travesti obcecado por fotografias, uma alternativa para sua vida destruída. Renê lerá o que Copi escreve e será o único que terá acesso a suas fotos de surpreendente beleza. É quando um livro se abre dentro do livro, e tudo se torna um grande ensaio da alma humana.
As fantasias eletivas une prosa, poesia e fotografia para refletir sobre a solidão e a criação literária, e mostra como a literatura, a de verdade, é sobretudo feita de sangue.
Numa festa da Corte, Paulo, um jovem romantico, recém-chegado ao Rio de Janeiro, defronta-se coma irradiante beleza de uma jovem dama. Ao cortejar essa "senhora", no entato, é zombado pelo amigo, pois ela é Lúcia, a mais bela e requisitada cortesã da cidade.
Ainda que envergonhado por sua ingenuidade, Paulo não consegue tirar a imagem de Lúcia de sua mente. Certamente fora seduzido. Entretanto, para um sonhador como ele, envolver-se com uma mulher como Lúcia poderia ser perigoso... Saberia Paulo se envolver sem se apaixonar?
Repleto de ardilosas tramas amororsas, o romance de José de Alencar, inspirado em A dama das camélias, de Alexandre Dumas, traça um esboço da frivolidade da sociedade carioca do Segundo Reinado, marcada pela hipocrisisa e pela promiscuidade.