Uma das maiores jornalistas da atualidade relata como as redes sociais vêm sendo manipuladas por líderes populistas.
Dias antes do segundo turno da eleição de 2018, Patrícia Campos Mello publicou a primeira de uma série de reportagens sobre o financiamento de disparos em massa no WhatsApp e em redes de disseminação de notícias falsas, na maior parte das vezes em benefício do então candidato Jair Bolsonaro. Desde então, a repórter tornou-se alvo de uma violenta campanha de difamação e intimidação estimulada pelo chamado gabinete do ódio e por suas milícias digitais.
Em A máquina do ódio, Campos Mello discute de que forma as redes sociais vêm sendo manipuladas por líderes populistas e como as campanhas de difamação funcionam qual uma censura, agora terceirizada para exércitos de trolls patrióticos repercutidos por robôs no Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp ? investidas que têm nas jornalistas mulheres suas vítimas preferenciais. Os bastidores de reportagens da jornalista e os ataques de que foi vítima servem de moldura para um quadro mais amplo sobre a liberdade de imprensa no Brasil e no mundo, numa prosa ao mesmo tempo pessoal e objetiva.
Campos Mello acompanhou a utilização crescente das redes sociais nas eleições internacionais que cobriu: nos Estados Unidos, em 2008, 2012 e 2016; na Índia, em 2014 e 2019. À experiência de observadora do avanço dos tecnopopulistas e seu ?manual para acabar com a mídia crítica?, somou-se a de protagonista involuntária no front de uma guerra contra a verdade. Relato envolvente de um dos capítulos mais turbulentos de nossa história recente, A máquina do ódio é também um manifesto em defesa da informação.
?Graças ao trabalho desbravador de algumas jornalistas, nós pudemos descobrir e entender como a internet contribuiu para propagar movimentos contrários à democracia. Dentre elas, destacam-se a indiana Rana Ayyub, a britânica Carole Cadwalladr e a brasileira Patrícia Campos Mello. É simples: se você quer entender os desafios atuais para a democracia no mundo, você precisa ler este livro.? ? Jason Stanley, autor de ?Como funciona o fascismo
?Para entender a natureza dos riscos que ameaçam a democracia brasileira hoje, é preciso seguir o rastro da conspiração digital que simula movimentos de apoio popular e fabrica ódio contra pessoas e instituições. O livro de Patrícia Campos Mello desvenda esse mundo das sombras com um texto envolvente e esclarecedor. Recomendo fortemente a leitura. E quanto antes, melhor.? ? Miriam Leitão
Um texto contundente sobre as formas que governos populistas-autoritários usam para destruir o espaço cívico, e como cada um de nós pode se opor a isso, criando formas de garantir as liberdades de uma sociedade saudável, justa e democrática. Em fevereiro de 2019, Ilona Szabó foi exonerada de um conselho não remunerado do ministério da Justiça, em meio a uma campanha de ódio nas mídias sociais. Acontecia ali um dos primeiros casos de perseguição do governo Bolsonaro a lideranças da sociedade civil, jornalistas, cientistas, funcionários públicos e oponentes políticos, o que viria a se tornar padrão nos meses seguintes. Por meio de suas experiências pessoais e de pesquisas aprofundadas em seu campo de atuação, Ilona demonstra como governos populistas-autoritários manobram os mecanismos constitucionais, aumentam a intimidação e a censura, fomentam a violência e, assim, destroem gradualmente o espaço democrático. E discute, também, o que podemos fazer para lutar contra isso, em diferentes esferas da sociedade. O livro traz ainda importantes observações sobre os desafios impostos à democracia ao redor do mundo e as composições e perfis de líderes, organizações e entidades que impactam o exercício da cidadania. ?É uma história sombria?, escreve ela. ?Não é assim que uma democracia deve funcionar. Mas, pelo lado positivo, esses episódios nos deixam algumas lições sobre como fortalecer e reinventar o nosso sistema democrático.?
Na década de 1980, três físicos realizaram um estudo pioneiro sobre o ponto crítico que leva à ocorrência de uma avalanche. Eles partiram do princípio de que o desmoronamento de uma pilha de areia é certo, embora não saibamos quando ele se dará nem sua dimensão. Da mesma forma, pesquisadores do mundo inteiro há tempos já alertavam sobre a iminência de uma nova pandemia, mesmo não podendo determinar com exatidão a data desse evento, bem como seus desdobramentos. Até que aconteceu. Ruptura é o primeiro volume da série A Pilha de Areia, escrita pela economista Monica Baumgarten de Bolle, sobre a pandemia de COVID-19 e seus efeitos na economia. Baseados no conteúdo que a autora apresenta em seu canal no YouTube sobre os desdobramentos e impactos desse cenário, as medidas para freá-los e as novas perspectivas no olho do furacão, os livros terão a mesma linguagem coloquial e acessível de seus vídeos. Verdadeiras aulas abertas ao grande público, eles conquistam cada vez mais seguidores, confirmando de Bolle ? que é professora da Johns Hopkins University, em Washington, e colunista da Época e do Estadão como uma das vozes mais influentes da economia no cenário atual. Neste livro a autora analisa os impactos iniciais da pandemia. Diante da situação extrema, comenta os desafios enfrentados pelos governos e pela comunidade científica internacional, e sobretudo por uma economia forçada a pensar de forma criativa, e não mais em modelos exclusivamente quantitativos, que não dão conta da crise humanitária que se desencadeou. De Bolle também aborda temas que ficaram em evidência no Brasil, como a discussão sobre a renda básica universal. Ruptura é um livro para entender os desafios de agora e o que estamos construindo para o futuro.
"Este livro apresenta a história dos programas de transferências de renda no Brasil dos anos 1970 até os dias de hoje.
Sonia Rocha for - nece medidas de tamanho, abrangência, focalização e custo desses programas assistenciais no Brasil para embasar a descrição dos fatos e conclusões apresentadas. O texto, organizado em oito capítulos, segue cronologicamente a evolução dos programas de transferência de renda no Brasil.
De início trata do contexto e das motivações que levaram à implantação, na década de 1970, de um programa de transferência de renda no âmbito da Previdência Social, passando em seguida à criação nos anos noventa dos ?novos? programas, que desembocam no Bolsa-Família em 2003.
Descreve a expansão e consolidação do Bolsa-Família desde então, para concluir com uma discussão sobre os desafios do atual governo empossado em janeiro de 2011, especificamente no que tange à proposta de eliminar a pobreza extrema até o final do seu mandato em 2014.
O Brasil vem ganhando visibilidade internacional e atraindo o interesse de observadores da área socioeconômica devido a uma conjunção favorável de fatores.
Dentre eles tem papel fundamental a retomada sustentada do crescimento econômico nos últimos anos.
A expansão da economia levou a um ciclo virtuoso de aumento da renda e crescimento do consumo interno que vem mudando radicalmente a feição do país.
No entanto, essas melhorias recentes estão longe de sanar as questões de pobreza e de desigualdade que distinguem desfavoravelmente o Brasil na comparação com outros países onde o nível de renda per capita é semelhante. Em momento oportuno, esta obra apresenta a história dos programas de transferências de renda, que o cerne da política antipobreza no Brasil, fornecendo medidas de seus custos e impactos para as mudanças em curso no país."
Nas primeiras décadas do século XXI, temas como democracia, cidadania e República surgem, em diferentes interpretações, como dilema e desafio que a sociedade brasileira enfrenta no cotidiano. Partilhando dessas preocupações, planejamos e organizamos a coleção O Brasil Republicano, em cinco volumes: O tempo do liberalismo oligárquico (edição revista), O tempo do nacional-estatismo (edição revista), O tempo da experiência democrática (edição revista), O tempo do regime autoritário (edição revista) e O tempo da Nova República (volume inédito). Este quarto volume da coleção O Brasil Republicano trata da Quarta República.
Como uma forma de melhor contar a história e trazer relatos com diferentes pontos de vista, a edição conta um pouco mais sobre a era ditatorial no país e seus efeitos na sociedade da época. Os militares, ao lado de seus aliados civis, tomaram o poder em março de 1964 e implantaram uma ditadura que durou 21 anos. Para isso, o regime recorreu à violência, à censura e à espionagem. Apesar de muitos terem obtido condições de vida mais prósperas com o ?milagre econômico?, tantos outros se tornaram ainda mais probres e tiveram sua realidade ainda mais dificultada. Ainda no governo dos generais tiveram-se opositores, como exemplo de políticos, religiosos, estudantes, artistas e intelectuais. No entanto, foi a juventudade da época que, no desejo de implantar o socialismo no Brasil, pegaram em armas e combateram a ditadura. A transição de volta à democracia, assim como a própria duração do governo militar, foi longa demais. Ao fim, operários entraram em cena, logo seguidos por trabalhadores rurais. E o Brasil descobriu as vantagens de também ser latino-americano.
A magnitude do livro não se encontra apenas pelo tema e a lembrança de tempos passados, mas pela capacidade de revelar situações e momentos ocorridos ao longo dos anos de repressão militar. Para o fãs de política, história e literatura, este volume promete ser um fiel colaborador em suas noções e conhecimentos sobre a política nacional em outros tempos.
Reúne textos de: Carla Simone Rodeghero, Carlos Fico, Denise Rollemberg, Fábio Sá Earp, Francisco Carlos Teixeira da Silva, Leonilde Servolo de Medeiros, Luiz Carlos Delorme Prado, Marcelo Ridenti, Marco Aurélio Santana, Maria Celina D?Araújo, Mariana Joffily, Paulo Roberto de Almeida
"Os seres humanos nunca viveram melhor do que hoje no Ocidente.Então, por que estamos jogando tudo fora?
Em 2016, Ben Shapiro palestrou na UC Berkeley. Centenas de policiais foram requisitados, de dez campi da UC em todo o estado, para proteger a palestra, que ? ironicamente ? defendia a necessidade de liberdade de expressão e debate racional.
Ele chegou a argumentar que a civilização ocidental vive o auge de uma crise de propósitos e ideias. Nossas liberdades são construídas sobre as noções complementares de que os seres humanos são feitos à imagem de Deus e que foram criados com habilidades racionais para explorar o mundo de Deus. Jerusalém e Atenas construíram o Ocidente, acabaram com a escravidão, derrotaram os nazistas e os comunistas, tiraram bilhões da pobreza e ofereceram a bilhões um propósito espiritual. Jerusalém e Atenas foram os alicerces da Magna Carta e do Tratado de Vestfália; elas foram os alicerces da Declaração da Independência, da Proclamação da Emancipação de Abraham Lincoln e da Carta de Martin Luther King Jr., escrita na Cadeia de Birmingham.
As civilizações que rejeitaram Jerusalém e Atenas, e essa tensão entre elas, voltaram ao pó. A URSS rejeitou os valores judaico-cristãos e a lei natural grega, substituindo-os por valores de coletividade e uma nova visão utópica de ?justiça social? ? e condenou milhões de seres humanos à fome e à morte. Os nazistas rejeitaram os valores judaico-cristãos e a lei natural grega, e trancaram crianças em câmaras de gás.
A Venezuela, uma nação rica em petróleo, rejeita os valores judaico-cristãos e a lei natural grega, e seus cidadãos foram reduzidos ao ponto de terem que comer cachorros. Estamos a um passo de abandonar os valores judaico-cristãos e a lei natural grega em prol do subjetivismo moral e da lei da paixão.
E assistimos ao colapso da civilização no tribalismo tradicional, no hedonismo individualista e no subjetivismo moral.
Acreditamos que podemos rejeitar os valores judaico-cristãos e a lei natural grega e nos satisfazer com interseccionalidade, materialismo científico, políticas progressistas, governos autoritários ou com a solidariedade nacionalista.
Nós não podemos. O Ocidente é especial, e O Lado Certo da História é a crítica destemida de Ben Shapiro sobre os motivos que fizeram muitos de nós se perderem do propósito moral que nos leva a ser pessoas melhores, e relegar o dever sagrado de trabalharmos juntos por um bem maior. Como um grito de alerta e um conclame espiritual, este livro é o primeiro passo para resgatar nossa civilização para a margem direita da jornada da vida."
O Cálculo Econômico em uma Comunidade Socialista é o famoso trabalho acadêmico de Ludwig von Mises, lançado em alemão em 1920, no qual é demostrada, de modo pioneiro, a impossibilidade do socialismo. O texto analisa o problema da distribuição de bens em um regime socialista, apresenta a natureza do cálculo econômico, acentuando os limites destes em uma economia coletiva, além de discutir o problema da responsabilidade e da iniciativa em empresas comunais.
A eleição presidencial de 2018 foi um marco na política brasileira. Tivemos a vitória de um candidato que, de acordo com a maioria dos analistas e dos líderes políticos, tinha poucas chances de vencer. Tivemos também a quebra do longo ciclo político nacional dominado pela rivalidade entre PT e PSDB.
Neste livro, Maurício Moura e Juliano Corbellini conseguem explicar o resultado das urnas com simplicidade ? o que não é fácil ? por meio de duas perguntas essenciais: 1) Quais eram os principais anseios do eleitor? e 2) Como esse eleitor estava se informando?
A análise desvenda o paradoxo da eleição de Bolsonaro a despeito da falta de recursos e apoio, e também evidencia por que os autores estavam no grupo bastante restrito que enxergava a vitória do candidato muito antes de a eleição começar.
"A Mentalidade Anticapitalista"" é uma influente análise cultural, sociológica e psicológica de Ludwig von Mises acerca da rejeição ao livre mercado por uma parte significativa dos intelectuais. Em linguagem agradável, o autor discute com clareza e lucidez os principais elementos que caracterizam o capitalismo, o modo como este sistema é visto pelo homem comum, a literatura sob este modelo econômico e as principais objeções as sociedades capitalistas, além de abordar a questão do anticomunismo. A presente edição conta com uma apresentação bibliográfica do economista austríaco escrita por Ubiratan Jorge Iorio e Alex Catharino."
Assim como em Dez livros que estragaram o mundo, foi extremamente difícil reduzir a lista. Mas o objetivo do meu livro não é simplemente prover uma lista, loga ou curta, de livros para ler. Este é um livro sobre idéias conservadoras, conceitos chaves, princípios essenciais -- coisas que, tendo em conta a dilapidação intelectual e moral de grande parte da cultura, todo conservador deve compreender para fazer qualquer reconstrução sólida possível. Como no primeiro Dez livros, a premissa é que idéias têm conseqüências. Más idéias têm más conseqüências, mas boas idéias têm boas conseqüências.