Com detalhes sobre a rotina de Trump, diálogos e documentação inédita, MEDO é o mais íntimo retrato já publicado de um presidente em seus primeiros anos no cargo. MEDO: TRUMP NA CASA BRANCA, de Bob Woodward ? um dos mais destacados repórteres políticos de todos os tempos ?, é um livro que vem abalando a política norte-americana. O autor se vale de centenas de horas de entrevistas com fontes primárias, atas de reunião, diários pessoais, arquivos e documentos para revelar a maneira atabalhoada como são tomadas as decisões na Casa Branca. De assuntos-chave da política internacional, como a Coreia do Norte, Afeganistão, Irã, Oriente Médio, China e Rússia, a pontos cruciais da política interna, como imigração e a violência racial em Charlottesville, MEDO retrata ?o colapso nervoso do poder executivo do país mais poderoso do mundo', afirma Woodward.
Malu Gaspar destrincha, numa crônica eletrizante, a história completa (e a secreta) da ascensão, do auge e da queda da Odebrecht.
Em 2015, quando a força-tarefa da Lava Jato fulminou o "clube" de empreiteiras que controlava os contratos com a Petrobras, a Odebrecht liderava com folga o ranking das empresas de engenharia nacionais. Delatados por colaboradores da Justiça, alguns de seus principais executivos foram presos, acusados de uma volumosa coleção de crimes.
Para tentar sobreviver à hecatombe, a organização ? era assim que os controladores e funcionários se referiam à companhia ? e seus dirigentes confessaram um longo histórico de práticas escusas que abalou a República e chocou o mundo, envolvendo propinas a centenas de políticos, de prefeitos a presidentes. Emilio e Marcelo Odebrecht, pai e filho, cujo relacionamento sempre fora difícil, romperam publicamente em meio a um duelo de denúncias.
Neste livro sobre a glória e a desgraça da Odebrecht, Malu Gaspar desvenda as engrenagens de um sistema de corrupção que parecia inviolável, e lança luz sobre as espúrias relações entre Estado e empresas que condicionaram por muito tempo uma espécie de "capitalismo à brasileira".
Após décadas, a democracia brasileira, tão esperançosa, desaguou em uma agonia. Não me refiro ao fato específico da eleição de Jair Bolsonaro. A grande tragédia que nos acomete, e nos meteu em uma encruzilhada escura, se chama fracasso. Estamos assistindo ao fracasso da democracia no Brasil. Eu estava lá. E esta é minha própria história. Rompi com o PSDB, partido que ajudei a fundar, para apoiar Bolsonaro. Para mim, naquele momento, inexistia outra saída. Ou apoiávamos o capitão ou a quadrilha vermelha retornaria ao poder. E o Mecanismo se fortaleceria. Não estou arrependido de minha decisão. Encontro-me, isso sim, profundamente decepcionado. Nada do que eu imaginava, do restabelecimento da moral política, do retorno ao caminho do desenvolvimento, aconteceu. Perdemos a chance. O Mecanismo está mais forte que nunca. Desencantei-me com a política. A democracia brasileira vive num beco sem saída.
Como fazer para derrotar uma administração reacionária que pretende destruir todas as conquistas sociais da classe trabalhadora? Como deter um governo que tem em suas mãos um poder centralizado aparentemente incontrolável? Na Inglaterra de Margareth Thatcher, Eric Hobsbawm coloca essas questões e defende, contra a esquerda sectária e emocional, uma solução negociada: a união de todas as oposições numa frente ampla. Livro polêmico em sua origem, Estratégias para uma esquerda racional, embora centrado no caso inglês da década de 1980, apresenta matéria de reflexão essencial para as forças progressistas de qualquer latitude.
?Eric Hobsbawm é um dos mais criativos historiadores marxistas britânicos. Qualquer um que ensine em escolas ou universidades está ciente do efeito de seus escritos [?]. Hobsbawm causa esse efeito porque é capaz de encontrar na História um movimento dinâmico e ainda assim compreensível. ? Ross McKibbin, historiador, The London Review of Books.
"A Coleção 2020 foi criada e produzida durante a pandemia de Covid-19. Reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes. O livro Ponto-final, de Marcos Nobre, faz uma análise sóbria, cristalina e quente do terremoto político que tomou conta do Brasil. Nos últimos anos, Marcos Nobre se consolidou como um dos analistas políticos mais agudos do país. Seus artigos e entrevistas, publicados de forma regular em diversos veículos da imprensa, iluminam a realidade brasileira com doses generosas de clareza e complexidade. Neste livro, essas qualidades saltam à vista. A pandemia, segundo o autor, acentuou o traço decisivo do governo Bolsonaro: a política de guerra, em que o adversário político se torna um inimigo a ser exterminado. Em sua cruzada autoritária, o atual governante visa nada menos que a destruição da democracia. Como foi possível a eleição de um líder assim? Que tipo de governo ele conduziu até a chegada da Covid-19? O que a pandemia significou para a maneira de fazer política que ele instaurou? Com lucidez e sobriedade, Nobre responde a essas e outras questões. Seu texto é um chamado ao diálogo. ""A raiva desmensurada que desperta o escárnio presidencial pela vida precisa encontrar a sua devida canalização institucional democrática"", lembra o autor. É preciso encontrar um modo de sair do impasse. Insistir na intolerância contra seus apoiadores é aceitar o desejo de morte que fundamenta o discurso do presidente. E isso apenas fortalece a cultura bolsonarista."
O mundo da política e das campanhas eleitorais mudou drasticamente. Eleições como as dos presidentes Donald Trump, nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro, no Brasil, entre tantas outras, foram definidas pela estratégia digital. As campanhas na TV, até então consideradas decisivas, perderam relevância diante da possibilidade de levar uma mensagem específica para cada leitor e da rápida e incontrolável disseminação de mensagens pelos dispositivos de comunicação instantânea. Os textos que compõem esta coletânea retratam as surpresas e aprendizados dessa transição, sob a ótica de quem acompanhou de perto e até mesmo protagonizou a transformação digital na política brasileira. Ao compartilhar suas experiências e visões, esses profissionais ? ligados a diferentes tendências ideológicas e segmentos do mercado ? estabelecem um rico mosaico de referências e parâmetros de como devem ser as campanhas digitais vencedoras.
Temido e odiado por políticos de todos os partidos, aclamado como herói nas ruas, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot é uma figura central da história contemporânea brasileira. Sua atuação no comando da operação Lava Jato transformou o país, expondo a corrupção em diversas esferas do poder. Por duas vezes, a chamada ?Lista do Janot? fez o Brasil parar na frente da televisão ao envolver os mais marcantes personagens da vida nacional em escândalos. Em Nada menos que tudo, ele faz revelações importantes sobre grandes nomes da política brasileira, como Lula, Dilma, Temer, Aécio, Cunha, Serra, Collor, Genoíno, Sarney, Renan, Jucá, entre outros. Aposentado e sem pretensões políticas, ele lembra os bastidores, as intimidações e as pressões que sofria continuamente. Recorda diálogos e situações indizíveis. Nas entrelinhas estão possíveis explicações para a escalada do movimento que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.
"Uma reflexão importante e necessária sobre o sentido da história e a importância da memória.
Publicado pela primeira vez em 1997, como parte do livro Cinco escritos morais, O fascismo eterno chega aos leitores em nova edição no momento de ascensão mundial do flerte com o fascismo. Segundo Umberto Eco, entre as possíveis características do Ur-Fascismo, o ?fascismo eterno? do título, estão o medo do diferente, a oposição à análise crítica, o machismo, a repressão e o controle da sexualidade, a exaltação de um ?líder?, um constante estado de ameaça, entre outros. O fascismo, denuncia o autor, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça constante da nossa sociedade.
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Amartya Sen, Jürgen Habermas, Rémi Brague e outros doze dos mais prestigiados pensadores da atualidade, de posicionamentos políticos bastante diversificados, estão reunidos neste volume a fim de discutir caminhos para o aprimoramento e a manutenção da harmonia europeia. O convite partiu de Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu quando a União Europeia recebeu, em 2012, o Prêmio Nobel da Paz ? e que enfrentou, enquanto ocupava esse cargo, desafios perturbadores como as ondas de imigração ilegal, a ascensão de movimentos populistas e o agravamento da crise do euro. Como organizadores da coletânea estão o liberal Luuk van Middelaar e o progressista Philippe Van Parijs. As perspectivas econômica, filosófica, histórica e sociológica aqui se encontram para que se discutam, sem medo da discordância, os temas mais urgentes para a causa da sobrevivência da civilização.
Thoreau foi um homem de ação. Após deixar de pagar um imposto por não acreditar haver outra forma de mostrar sua discordância com relação aos atos do governo (a guerra contra o México, a escravidão, o tratamento dado aos índios) ele foi preso em 1846 durante um dia, mas alguém pagou seu tributo para que ele saísse da prisão. Suas explicações sobre a legitimidade de seus atos são, em seguida (1848), argumentadas em sua palestra Obrigações e direitos do indivíduo em relação ao governo, publicada em 1849 sob o nome Resistência ao governo civil. Em 1866, o texto foi impresso intitulado Desobediência civil.
A presente obra inclui, além da tradução de Desobediência civil, o tributo publicado por Ralph Waldo Emerson, em 1862, o qual pode ser considerado a primeira tentativa de produção de uma biografia sobre Thoreau. Emerson e Thoreau foram duas grandes figuras do movimento transcendentalista dos EUA. Os dois lados não exatamente de uma mesma moeda, mas uma moeda similar: o primeiro, mais abstrato e filosófico; o segundo, voltado para a ação, para a realização da filosofia de uma nova nação.