"A Mentalidade Anticapitalista é uma influente análise cultural, sociológica e psicológica de Ludwig von Mises acerca da rejeição ao livre mercado por uma parte significativa dos intelectuais. Em linguagem agradável, o autor discute com clareza e lucidez os principais elementos que caracterizam o capitalismo, o modo como este sistema é visto pelo homem comum, a literatura sob este modelo econômico e as principais objeções as sociedades capitalistas, além de abordar a questão do anticomunismo.
Nesta 3ª edição revista e ampliada da obra foram incluídos uma apresentação de F. A. Hayek, prefácios de Francisco Razzo e de Bettina Bien Greaves, um posfácio de Israel M. Kirzner, um anexo de Jesús Huerta De Soto, notas de rodapé do editor e um novo índice remissivo e onomástico."
Nesta obra, Bhaskar Sunkara faz um mergulho descontraído e informativo na história do socialismo desde suas origens com Marx e Engels, passando pelas experiências decisivas do século XX, para apresentar uma visão realista de como pode ser o futuro dessa tradição política hoje.
Com a crescente popularidade da nova esquerda nos Estados Unidos, simbolizada por nomes como Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar e Ayanna Pressley, os estadunidenses estão abraçando a política classista do socialismo. Mas o que, afinal, significa socialismo? E que cara teria um sistema socialista no século XXI?
Articulando um acúmulo histórico e sua própria experiência de militância, o fundador e editor da revista Jacobin explica como os socialistas podem conquistar melhores condições de vida e moradia, criar instituições democráticas nas comunidades e locais de trabalho, e, ao mesmo tempo, combater opressões como o racismo e o machismo.
Ao mostrar, ponto por ponto, como e por que o socialismo pode funcionar hoje, O manifesto socialista é um livro para qualquer pessoa interessada em buscar uma solução real para as desigualdades abissais que assolam nosso tempo.
A tradução do livro O tempo da política: o século XIX reconsiderado de Elías Palti que o leitor brasileiro tem em mãos vem atestar o impulso e a importância que a História Intelectual adquiriu no Brasil e na América Latina nos últimos anos. Seus desenvolvimentos e variados aportes teóricos, como a história conceitual, a história contextual anglo-saxônica e a história da linguagem política, converteram-na em fonte fecunda de enfoques e perspectivas renovadoras. Palti avança em suas já conhecidas reflexões sobre a ?nova história conceitual? e se propõe a realizar uma releitura da história política do século XIX latino-americano. Um século no qual a América Latina se transformou em um grande laboratório político, repleto de experiências inovadoras, complexas transformações e aporias. Para isso, mergulha num denso debate com a tradicional história das ideias, com as narrativas épicas e com as chamadas teorias revisionistas. O autor nos oferece uma proposta original de história intelectual em que a América Latina recupera seu valor como objeto de análise. Uma história na qual se articulam as dimensões sintática, semântica e pragmática da linguagem política como discurso e prática incompreensíveis fora do contexto histórico do qual participam. A coleção História e Historiografia presenteia o leitor com um dos mais instigantes debates teóricos no interior da historiografia contemporânea. Maria Elisa Noronha de Sá
"A primeira versão deste livro foi lançada em 1971 com o título A nova esquerda: a revolução antiindustrial, numa época em que a sociedade americana se desorientava em meio à violência organizada e ao passionalismo militante e niilista; uma época em que os campi universitários eram fechados à força por estudantes marginais que brandiam faixas de ?liberdade de expressão?; uma época de psicodélicos, de ?heróis? assassinos como Fidel e Ho Chi Minh ? uma época de muitos ataques lançados em nome de uma causa que ninguém conseguia identificar. Ayn Rand foi quem lhe deu um nome.
Nos ensaios contidos neste livro, posteriormente editado e aumentado por Peter Schwartz, Rand identifica a essência ideológica daquela revolta: a nova esquerda, descendente dos filósofos do establishment e de suas doutrinas antiindividualistas e anticapitalistas, defendia sem cerimônias que não se tratava mais de tomar posse das indústrias pela revolução do proletariado, mas sim de renegar e destruir mesmo a tecnologia e a ordem geral da sociedade industrial moderna, causando um retorno a um estágio primitivo de ordenação social.
Rand apontava já naquela época que tanto os ambientalistas quanto os multiculturalistas desejam destruir os valores de uma era racional e industrial, ambos são rebentos da nova esquerda e ambos conduzem com o maior zelo suas campanhas de sacrifício do progresso ao primitivismo.
Sobre o autor:
Ayn Rand, nascida Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, (São Petersburgo, 2 de Fevereiro de 1905 ? Nova Iorque, 6 de Março de 1982) foi uma escritora, dramaturga, roteirista e filósofa norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo, e por seus romances The Fountainhead (que foi lançado no Brasil com o título de ""A Nascente"" e deu origem a um filme homónimo conhecido no Brasil por ""Vontade Indômita"") e Atlas Shrugged (""A Revolta de Atlas"" no Brasil). Nascida e educada na Rússia, Rand emigrou para os Estados Unidos em 1926. Ela trabalhou como roteirista em Hollywood e teve uma peça produzida na Broadway, em 1935-1936. Ela alcançou a fama com seu romance The Fountainhead, publicado em 1943, que em 1957 foi seguido por seu melhor e mais conhecido trabalho, o romance filosófico Atlas Shrugged.
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O novo livro do autor de A poeira da glória.
Depois de bagunçar a cânone cultural brasileiro em A poeira da glória (2015), Martim Vasques da Cunha dedica-se agora a um exercício que podíamos intitular, à Kubrick, ?como deixei de me preocupar e passei a amar Bolsonaro". Esse hipotético título só não seria justo porque aqui não se trata exclusivamente do caso Bolsonaro, porque não há sequer amores sarcásticos e porque as preocupações continuam justificadíssimas.
No entanto, é indiscutível que o sucesso de Trump, Farage e Bolsonaro hegemonizou o catastrofismo no debate público, e que esse fenômeno incomoda Marfim, que o atribui a uma impotência da imaginação liberal. Porque os intelectuais, que se mantêm tranquilos antevendo apenas ameaças que compreendam, veem-se por vezes destronados pelos povos, do mesmo modo que um lúcido estivador pode decidir substituir-se a um inábil timoneiro.
A sublevação destes últimos anos teve como alvos filosóficos as ideias abstratas e a tirania dos especialistas, mas também pôs em causa o quietismo político, a ilusão tecnocrática e a "política da ceticismo". E assim ressuscitou uma "politica da fé", ainda que em versão caótica e plebeia.
Torna-se então decisivo investigar e questionar as teses dos ideólogos "reacionários", sem que isso atenue as graves responsabilidades das elites de esquerda.
Em ensaios curtos, densos e engenhosos, nos quais tão depressa se discute a estupidez em Musil como a vitimização em O.J. Simpson, A tirania dos especialistas lembra-nos que isto anda tudo ligado. Que há que manter a cabeça fria. E que nenhum tweet abolirá jamais a filosofia política.
Texto de Pedro Mexia
Boa parte dos brasileiros possui uma única pergunta: o que está acontecendo com o país? Muitas pessoas se sentem em um trem desgovernado por causa de transformações profundas que o Brasil sofreu nos últimos anos. E elas não sabem como viver e combater o caos diário. Por isso, este livro possui dois objetivos. Primeiro, jogar luz sobre este período de crise, trazendo uma análise do cenário político e social desde as Jornadas de Junho até a eleição de Jair Bolsonaro, sem cair no jargão acadêmico. Afinal, antes de tudo, é preciso entender o que se passa hoje. Segundo, sugerir as saídas que se delineiam no horizonte e levantar as possibilidades de resistir e, acima de tudo, viver em tempos sombrios.
Com prefácio de Muniz Sodré, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e orelha de Lazare Ki-Zerbo, vice presidente do Comitê Internacional Joseph Ki-Zerbo para a África e a Diáspora (CIJKAD), o título de 357 páginas é o resultado da tese de doutorado que levanta e analisa as interfaces políticas e sociais das religiões de matrizes africanas no Rio contra os processos de intolerância religiosa e o racismo no Brasil, entre 1950 e 2008. Com esta pesquisa, Ivanir se credenciou como doutor em História Comparada pela UFRJ, em maio de 2018.
"A corrupção política é um fenômeno inerente à democracia, que, entretanto, tem encontrado na realidade nacional um amplo ambiente de proliferação e contaminação das instituições públicas. Seu enfrentamento não pode se limitar ao exercício de processos judiciais ou administrativos de responsabilidade, ante a indispensabilidade de seu combate exigir atuação estruturante que somente a esfera política pode oferecer. No livro, elaborado a partir de dissertação de mestrado perante a Faculdade de Direito da USP, o autor analisa as diversas concepções do fenômeno corrupção, destacando que a correção de rumos impõe seja realizada mediante a reafirmação da política, e apontando caminhos para que o Direito organize a exigência da responsabilização política.
Estrutura: o livro é dividido em nove partes. A primeira é dedicada à introdução e à contextualização do problema. A segunda parte tem por objetivo apresentar a necessidade de estudo do tema. Na terceira parte, o autor destaca os fundamentos de um bom governo como um direito inerente à cidadania. No capítulo quarto, desenvolve-se a noção de tutela da representação política. Na quinta parte, são descortinados os elementos políticos de enfrentamento da corrupção, enquanto que o capítulo 6 destaca os elementos jurídicos. Os capítulos 7 e 8 reafirmam e consolidam as premissas do trabalho, ao ponto em que o capítulo 9, redigido como exemplificação de todo o trabalho, procura identificar exemplos práticos e modelos que permitam, tanto quanto possível, a separação entre responsabilidade política e responsabilidade jurídica por atos de corrupção."
Comprometida com o papel do Direito aliado à pesquisa científica qualificada, a obra trata de atuais e importantes ensaios sobre Justiça e consequentes reflexões sobre a democracia contemporânea. A leitura se inicia com uma análise crítica da justiça criminal e socioambiental, verificando possíveis instrumentos de solução de controvérsias que absorvem, também, as demais relações sociais, seja no âmbito civil, familiar ou genético. Referidos ensaios provocam reflexões de cidadania, provenientes do comportamento da educação plural, da liberdade científica, da participação popular, das audiências públicas, da integração feminina aos processos decisórios, todos sempre conectados à promoção do desenvolvimento e aos desafios da proteção dos direitos humanos e fundamentais na sociedade contemporânea do século XXI.
De forma quase unânime, ao ouvir os termos "liberal", "democrático" e "liberal-democrático" proferidos nos meios político ou jornalístico, as pessoas encontram dificuldade em compreender seu real significado, e acabam por confundi-los. Este livro pretende ser um antídoto para essa confusão, pois diferencia com clareza os antigos, veneráveis e atemporais conceitos de Liberalismo e de Democracia.
Sendo o liberalismo e a democracia duas respostas a questões políticas de natureza diferente, ao longo da história tenderam a se comportar como variáveis independentes: existiram e existem Estados que não são nem liberais, nem democráticos; Estados liberais, mas não democráticos; e Estados liberais e democráticos.
E o mais inquietante - uma vez que contrasta mais diretamente o lugar-comum que confunde liberalismo e democracia - é o fato de terem existido e existirem Estados democráticos que não são liberais. Este último fenômeno foi previsto pelo pensador liberal Alexis de Tocqueville já em 1840, e foi chamado de "tirania da maioria".
Em muitos outros livros e artigos, Norberto Bobbio analisou e discutiu vários aspectos do antigo e do novo liberalismo e da velha e da nova democracia, mas é neste livro que seus conceitos são expressos de maneira comparada, abrangente, breve e simples, ou seja, com uma abordagem didática. Por essa razão, a presente obra - já traduzida para seis idiomas - tem sido frequentemente utilizada como texto de base sobre o assunto por estudantes de diversas partes do mundo.