Neste estudo aprofundado, os autores discutem o que há por trás da ascensão do nacional-populismo no Ocidente, quem apoia esses movimentos (e por que) e como eles vão mudar a cara da política nos próximos anos.
Em todo o Ocidente, há uma maré crescente de pessoas que se sentem excluídas, alienadas da política dominante e que se mostram cada vez mais hostis às minorias, aos imigrantes e à economia neoliberal. Muitos desses eleitores estão se voltando para movimentos nacional-populistas, que representam a ameaça mais séria ao sistema democrático liberal ocidental e seus valores desde a Segunda Guerra Mundial. Dos Estados Unidos à França, da Áustria ao Reino Unido, o desafio nacional-populista à política dominante está à nossa volta.
Os nacional-populistas priorizam a cultura e os interesses da nação e prometem dar voz a essas pessoas que se sentem negligenciadas e desprezadas por elites distantes e corruptas. É uma ideologia enraizada em correntes duradouras e profundas e ganhando força há décadas, mudando o panorama da política.
Há quem diga que esse é um derradeiro bravo raivoso de um eleitorado em vias de extinção. Seus líderes são fascistas e suas políticas, antidemocráticas; sua existência é um espetáculo paralelo à democracia liberal. Mas essa versão dos eventos, como mostram Roger Eatwell e Matthew Goodwin, não poderia estar mais longe da verdade.
Escrito por dois dos principais especialistas sobre fascismo e ascensão da direita populista, contando com material exclusivo sobre o Brasil, este é um guia lúcido, resultado de uma profunda pesquisa acerca das transformações radicais do cenário político de hoje, que revela os motivos pelos quais as democracias liberais em todo o Ocidente estão sendo desafiadas. O que está por trás dessa onda excludente? Quem apoia esses movimentos e por quê? O que a ascensão deles nos diz sobre a saúde da política democrática liberal? O que pode ser feito para conter essa maré?
Quando economistas são chamados de ?influentes? significa que eles mudaram a forma como os outros pensam. Por esse padrão, Milton Friedman foi um dos economistas mais influentes de todos os tempos. Ele revolucionou a maneira como seus pares pensam sobre consumo, dinheiro, política de estabilização e desemprego. Friedman demonstrou o poder de se comprometer com algumas suposições simples sobre o comportamento humano e então perseguir implacavelmente suas implicações lógicas. Em mais de 60 anos de carreira, desenvolveu e ensinou novas maneiras de interpretar dados, testando suas teorias por meio de sua capacidade de explicar vários fenômenos díspares. Seriam necessários vários volumes para fazer justiça às contribuições extraordinárias de Friedman para a teoria, prática e política econômicas, mas este livro servirá como uma introdução e, também, uma síntese do trabalho desenvolvido pelo célebre economista. A influência de Milton Friedman se estendeu além dos economistas. Ele foi o principal defensor da liberdade econômica e pessoal. Por meio de seus escritos e aparições na mídia, educou milhões sobre como os mercados funcionam e como os governos frequentemente falham. Ele restaurou a respeitabilidade das noções liberais clássicas que haviam caído em desgraça, e não o fez mediante propaganda engenhosa, mas transmitindo uma compreensão profunda e duradoura das próprias ideias.
Coletânea de artigos essenciais de Antonio Delfim Netto, referência incontornável dos estudos econômicos no Brasil. Entre 2000 e 2018, Delfim Netto assinou uma coluna semanal no jornal Valor Econômico, em que, com sua prosa agradável e acessível, conduzia o leitor por seu amplo rol de interesses e fazia importantes comentários sobre a relação intrínseca entre o mercado e a política durante um período crucial na história recente do Brasil. Do rico material produzido pelo ex-ministro ao longo desses dezoito anos, foram selecionados os 56 artigos que compõem esta coletânea. Organizado por André Mendonça de Barros e dividido em quatro blocos ? ?O Estado, o mercado e as urnas?, ?A economia e suas tribos?, ?O capitalismo e outros ?ismos?? e ?Um olhar para o mundo? ?, Economia é coisa séria traça um breve mas perspicaz panorama econômico do país, traz um debate acessível sobre teoria econômica e mostra algumas das possíveis causas dos desafios que hoje se colocam para o país ? e o mundo.
Se é inegável que entende melhor o presente quem conhece o passado, é fundamental conhecer o integralismo para compreender a essência do bolsonarismo. Sim, o Brasil teve um movimento fascista e anticomunista na sua história na mesma época de Mussolini e Hitler. Fundado pelo deputado e jornalista Plínio Salgado, a Ação Integralista Brasileira foi o maior movimento fascista fora da Europa entre os anos 1920 e 1940 ? e também o maior movimento de extrema-direita no país até o surgimento de Jair Bolsonaro. Era uma organização nacionalista, autoritária e tradicionalista. Chegou a ter um milhão de adeptos que eram conhecidos como os ?encamisados? ou ?camisas- verdes? por se vestirem de verde ? como se vestiam de preto os discípulos de il duce na Itália e de cáqui a legião de seguidores do führer na Alemanha. Inspirado pelos líderes europeus, Plínio era anticomunista e defendia as ideias do fascismo, entre elas a defesa de uma identidade nacional e a crença de que a salvação da pátria exigia tanto a obediência a um ?salvador da pátria? como a destruição dos inimigos internos. Como instrumentos, pregava a violência e o militarismo ao mesmo tempo em que tinha como valores fundamentais a família e a religião. Apesar de ter durado poucos anos, a Ação Integralista Brasileira contou com expoentes como o jurista Miguel Reale, o antropólogo Câmara Cascudo, o arcebispo Dom Hélder Câmara, o escritor José Lins do Rego e, testemunhas dizem, até o músico e poeta Vinícius de Moraes. Em Fascismo à brasileira, Pedro Doria conta esse momento pouco estudado da história brasileira com uma riqueza de detalhes que permitirá ao leitor não só conhecer o integralismo como fazer, ele próprio, as conexões entre passado e presente.
"A primeira versão deste livro foi lançada em 1971 com o título A nova esquerda: a revolução antiindustrial, numa época em que a sociedade americana se desorientava em meio à violência organizada e ao passionalismo militante e niilista; uma época em que os campi universitários eram fechados à força por estudantes marginais que brandiam faixas de ?liberdade de expressão?; uma época de psicodélicos, de ?heróis? assassinos como Fidel e Ho Chi Minh ? uma época de muitos ataques lançados em nome de uma causa que ninguém conseguia identificar. Ayn Rand foi quem lhe deu um nome.
Nos ensaios contidos neste livro, posteriormente editado e aumentado por Peter Schwartz, Rand identifica a essência ideológica daquela revolta: a nova esquerda, descendente dos filósofos do establishment e de suas doutrinas antiindividualistas e anticapitalistas, defendia sem cerimônias que não se tratava mais de tomar posse das indústrias pela revolução do proletariado, mas sim de renegar e destruir mesmo a tecnologia e a ordem geral da sociedade industrial moderna, causando um retorno a um estágio primitivo de ordenação social.
Rand apontava já naquela época que tanto os ambientalistas quanto os multiculturalistas desejam destruir os valores de uma era racional e industrial, ambos são rebentos da nova esquerda e ambos conduzem com o maior zelo suas campanhas de sacrifício do progresso ao primitivismo.
Sobre o autor:
Ayn Rand, nascida Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, (São Petersburgo, 2 de Fevereiro de 1905 ? Nova Iorque, 6 de Março de 1982) foi uma escritora, dramaturga, roteirista e filósofa norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo, e por seus romances The Fountainhead (que foi lançado no Brasil com o título de ""A Nascente"" e deu origem a um filme homónimo conhecido no Brasil por ""Vontade Indômita"") e Atlas Shrugged (""A Revolta de Atlas"" no Brasil). Nascida e educada na Rússia, Rand emigrou para os Estados Unidos em 1926. Ela trabalhou como roteirista em Hollywood e teve uma peça produzida na Broadway, em 1935-1936. Ela alcançou a fama com seu romance The Fountainhead, publicado em 1943, que em 1957 foi seguido por seu melhor e mais conhecido trabalho, o romance filosófico Atlas Shrugged.
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Com senso crítico e honestidade, o autor reage às informações disponibilizadas pelos meios de comunicação e tenta encontrar sentido em uma realidade que se fazia parecer sem sentido Ao inaugurar sua conta no Instagram (@pedrocardosoeumesmo), o ator, roteirista e escritor Pedro Cardoso não fazia ideia, nem tinha intenção, de que teria ali uma plataforma para publicação de algo semelhante a uma crônica política. No entanto, suas reflexões diárias compõem uma espécie de mosaico da situação política do Brasil, ao mesmo tempo em que denunciam a manipulação da verdade e a escalada do autoritarismo no país. Este livro reúne uma seleção dos textos que ele publicou em sua conta no Instagram entre 6 de setembro de 2016 e 31 de março de 2019. Vão, portanto, dos primeiros meses do governo de Michel Temer aos primeiros meses da Presidência de Jair Bolsonaro. Pedro Cardoso se apresenta aqui ? ele mesmo ? como cidadão, em busca de um diálogo contra o fascismo brasileiro.
"A corrupção política é um fenômeno inerente à democracia, que, entretanto, tem encontrado na realidade nacional um amplo ambiente de proliferação e contaminação das instituições públicas. Seu enfrentamento não pode se limitar ao exercício de processos judiciais ou administrativos de responsabilidade, ante a indispensabilidade de seu combate exigir atuação estruturante que somente a esfera política pode oferecer. No livro, elaborado a partir de dissertação de mestrado perante a Faculdade de Direito da USP, o autor analisa as diversas concepções do fenômeno corrupção, destacando que a correção de rumos impõe seja realizada mediante a reafirmação da política, e apontando caminhos para que o Direito organize a exigência da responsabilização política.
Estrutura: o livro é dividido em nove partes. A primeira é dedicada à introdução e à contextualização do problema. A segunda parte tem por objetivo apresentar a necessidade de estudo do tema. Na terceira parte, o autor destaca os fundamentos de um bom governo como um direito inerente à cidadania. No capítulo quarto, desenvolve-se a noção de tutela da representação política. Na quinta parte, são descortinados os elementos políticos de enfrentamento da corrupção, enquanto que o capítulo 6 destaca os elementos jurídicos. Os capítulos 7 e 8 reafirmam e consolidam as premissas do trabalho, ao ponto em que o capítulo 9, redigido como exemplificação de todo o trabalho, procura identificar exemplos práticos e modelos que permitam, tanto quanto possível, a separação entre responsabilidade política e responsabilidade jurídica por atos de corrupção."
A democracia dos Estados Unidos,a eleição que estremeceu o mundo e uma proposta para a nação brasileira!
Um estudo político em três partes. A primeira aborda os pilares da democracia e o sistema de governo dos Estados Unidos, explicando o processo eleitoral do país, onde pode acontecer de o presidente eleito não ser o candidato com o maior número de votos totais. A segunda parte narra em ordem cronológica e ?tempo real? os principais momentos das eleições de 2016 que sagraram o republicano Donald Trump 45o presidente em uma virada surpreendente contra a democrata Hillary Clinton e aponta os fatores cruciais para o resultado que estremeceu o mundo. Na terceira parte, o autor volta-se para o Brasil, lançando uma proposta de projeto de governo de longo prazo que define como utópica e viável para assegurar à nação um futuro melhor por meio de uma reconciliação nacional sustentável.
A investigação de um episódio aparentemente isolado de corrupção em pouco tempo começa a desvendar um gigantesco esquema de pilhagem dos cofres públicos e pagamento de propinas. Foi assim na Mãos Limpas da Itália e na Lava Jato do Brasil. Separadas por duas décadas, as duas operações expuseram a corrupção sistêmica que assola os dois países, com o desvio contínuo de fortunas incalculáveis para as contas de políticos e de partidos de todos os matizes ideológicos e de gestores públicos e privados. Contratos superfaturados, licitações fraudadas e lavagem de dinheiro sustentam a Tangentopoli italiana e a Propinolândia brasileira, protegidas por legislações que neutralizam o combate e a punição dos crimes de colarinho-branco. A análise comparativa de Rodrigo Chemim, procurador do Ministério Público e doutor em Direito de Estado, revela perturbadoras semelhanças entre Mãos Limpas e Lava Jato, desde o modus operandi dos corruptos das esferas pública e privada até as manobras e desculpas para se safarem da justiça. Mãos Limpas e Lava Jato- a corrupção se olha no espelho retrata o que aconteceu na Itália e alerta para o que pode acontecer no Brasil.