"Autor do best-seller As Cruzadas vistas pelos árabes revisita o século XX e demonstra, neste livro altamente oportuno, como as civilizações se lançaram à deriva e se encontram, agora, diante de um iminente naufrágio. Os Estados Unidos, embora continuem sendo a única superpotência, estão perdendo toda a autoridade moral. A Europa, que ofereceu aos seus povos e ao resto da humanidade o projeto mais ambicioso e reconfortante do nosso tempo - a União Europeia -, está desmoronando. O mundo árabe-muçulmano mergulha numa crise profunda, agravada por um islamismo cada vez mais radical. As tensões identitárias, em grande parte fomentadas pelas ondas nacionalistas, nunca foram tão exacerbadas. Grandes nações ""emergentes"" ou ""renascidas"", como a China, a Índia e a Rússia, irrompem no palco mundial numa atmosfera nociva, na qual reina a lei do mais forte e do cada um por si. Sem falar das graves ameaças, intensificadas pela aventura ultraliberalista, que pesam sobre o planeta (devastação do meio ambiente, abismo social, pandemias) e só podem ser enfrentadas por meio da cooperação global. Neste livro abrangente e poderoso, Maalouf atua como espectador e escritor comprometido, às vezes recontando eventos importantes dos quais foi uma das raras testemunhas oculares, destacando-se então como historiador acima da própria experiência. Por mais de meio século, o autor observou o mundo, viajando pelos seus quatro cantos. Estava em Saigon no final da Guerra do Vietnã, em Teerã durante o advento da República Islâmica do Irã, viajou com o entourage que repatriou o aiatolá Khomeini após seu exílio e estava em Nova York quando as Torres Gêmeas vieram abaixo ? evento após o qual o mundo não seria o mesmo. O livro contém um posfácio especial à edição brasileira, com as últimas reflexões do autor sobre a pandemia de Covid-19."
Quando economistas são chamados de ?influentes? significa que eles mudaram a forma como os outros pensam. Por esse padrão, Milton Friedman foi um dos economistas mais influentes de todos os tempos. Ele revolucionou a maneira como seus pares pensam sobre consumo, dinheiro, política de estabilização e desemprego. Friedman demonstrou o poder de se comprometer com algumas suposições simples sobre o comportamento humano e então perseguir implacavelmente suas implicações lógicas. Em mais de 60 anos de carreira, desenvolveu e ensinou novas maneiras de interpretar dados, testando suas teorias por meio de sua capacidade de explicar vários fenômenos díspares. Seriam necessários vários volumes para fazer justiça às contribuições extraordinárias de Friedman para a teoria, prática e política econômicas, mas este livro servirá como uma introdução e, também, uma síntese do trabalho desenvolvido pelo célebre economista. A influência de Milton Friedman se estendeu além dos economistas. Ele foi o principal defensor da liberdade econômica e pessoal. Por meio de seus escritos e aparições na mídia, educou milhões sobre como os mercados funcionam e como os governos frequentemente falham. Ele restaurou a respeitabilidade das noções liberais clássicas que haviam caído em desgraça, e não o fez mediante propaganda engenhosa, mas transmitindo uma compreensão profunda e duradoura das próprias ideias.
Conversas sobre política para todos os tempos é uma coletânea de crônicas de Rubem Alves, publicadas nos jornais Folha de São Paulo e Correio Popular. Esta nova edição do livro conta com um prefácio escrito pelo jornalista Jamil Chade e contracapa assinada pela filha do autor, Raquel Alves. É uma leitura indispensável para todos aqueles que se interessam pela discussão política em seu sentido amplo, filosófico e - podemos dizer - apartidário. É um livro simples,inteligente, corajoso, necessário, que realiza a proeza de nos tirar do conformismo e da resignação para nos lançar para a frente, fazendo com que nos posicionemos diante da realidade atual.
Referência obrigatória nos estudos sobre o presidencialismo pós-1988 no país, Sérgio Abranches desvela as debilidades da ordem liberal-democrática e aponta possíveis soluções para sua superação. Na última década, a democracia liberal e as liberdades cidadãs sofreram numerosos retrocessos. Da eleição de Donald Trump à ascensão do bolsonarismo, da vitória do Brexit ao colapso dos partidos social-democratas, uma sucessão veloz de mudanças inesperadas alimentou a onda populista que varreu o planeta, potencializada por crises econômicas, ódios políticos e tensões raciais. A polarização ideológica, a insegurança e o medo, agravados pelas incertezas do presente e pela desesperança no futuro, se propagaram com a rapidez vertiginosa do crescimento da ciberesfera. O estado de direito se converteu no alvo preferencial de líderes oportunistas que souberam aproveitar a conjuntura de frustrações generalizadas e desigualdades agudas. Em O tempo dos governantes incidentais, Sérgio Abranches reflete sobre a saúde precária da soberania popular no Brasil e no mundo. O autor do célebre conceito de presidencialismo de coalizão propõe alternativas para a sobrevivência das instituições democráticas, únicos remédios eficazes contra tiranias e ditaduras.
Sociedades avançadas também fazem coisas incrivelmente estúpidas em momentos de desespero...
Embora a insanidade se manifeste de modos variados, os mecanismos psicológicos por trás dela são semelhantes.
Conhecê-los é, ao mesmo tempo, soro e vacina. Este livro clássico prova que precisamos revisitar continuamente o passado se quisermos evitar os mesmos erros no futuro. Passando por bolhas econômicas, religião, costumes, astrologia, caças às bruxas e política,o autor, Charles Mackay, apresenta aqui exemplos de grandes histerias que mudaram o curso da humanidade.
Mackay não trata apenas de eventos, mas de tendências de comportamento que se repetem, ilustrando com exemplos específicos notáveis e até engraçados. Conhecê-las é ter poder para guiar-se mantendo o pensamento racional enquanto todos perdem a cabeça.Se estudar a história da loucura das massas sempre foi relevante, hoje é ainda mais importante. Na Idade Média, um rumor insano levava meses, às vezes anos, para percorrer o mundo. Hoje, bastam poucos segundos. Assim, as ilusões populares têm um poder que jamais tiveram sobre nossos antepassados: dispomos de meios para tornar seus efeitos mais desastrosos.
Nesta versão, mantivemos o conteúdo mais objetivo e acrescentamos anexos para incluir eventos ocorridos nas últimas décadas, sobretudo no país. A crise de 2014, o bug do milênio, o Plano Cruzado e outras situações partilham coincidências com fatos ocorridos há mais de trezentos anos e que prometem se repetir muitas vezes. Ninguém poderá duvidar que, por maior que seja o número de lâmpadas acessas, a invencibilidade das trevas é insuperável. Parafraseando o economista Roberto Campos: A
LOUCURA HUMANA TEM PASSADO GLORIOSO E FUTURO PROMISSOR.
O livro oferece um panorama abrangente dos grandes avanços realizados nos âmbitos legislativo, executivo e jurídico na assistência de pessoas com enfermidades pouco prevalentes. É um trabalho que lança luz sobre a realidade que pacientes e familiares de pessoas com doenças raras vivenciam diariamente. Mostra também o papel fundamental das associações de pacientes, que por meio da união de suas vozes conseguiu muitos benefícios que hoje ajudam quem vive com essas doenças. O livro discute como a lei atual permitiu uma melhoria no cuidado desses pacientes, mas aponta também pontos que precisam ser endereçados pelos magistrados e legisladores. Uma das advogadas mais envolvidas com o tema na última década, a Dra. Rosangela Moro dá voz às pessoas, e seus familiares, que vivem hoje com doenças raras, alternando fatos históricos e leis com relatos emocionais de pacientes. A obra se propõe a atualizar quem se interessa pelo tema de doenças raras e quer participar desse debate.
Escrito no período do Renascimento, por Nicolau Maquiavel, filósofo italiano, O Príncipe é um guia de como chegar ao poder e manter-se nele, buscando não apenas o ideal, mas o real. Escrito em 26 capítulos, o livro assume a forma de manual de um bom governante, ensinando as estratégias políticas necessárias, nem sempre corretas e aprovadas majoritariamente, de como chegar ao poder e mantê-lo, garantindo a unificação e a estabilidade do Estado.
Todos querem mais segurança. No Brasil de hoje, ricos e pobres vivem sob a ameaça constante da violência: uma em cada treze mortes por armas de fogo no mundo acontece no país. Não há como negar que os governos vêm falhando em cumprir seu dever constitucional de proteger a população. Neste cenário de medo e insegurança, é compreensível que surja todo tipo de proposta salvadora ? principalmente no que diz respeito ao uso de armas por civis. É por isso que o livro Armas para quê?, de Antônio Rangel Bandeira, chega como uma obra imprescindível a todos: trata-se de um guia indispensável para entender os números sobre controle de armas no mundo, e o que deu ou não deu certo na defesa da vida. O sociólogo disseca os fracassos e acertos alcançados na controversa e antiga relação entre armas de fogo, cidadãos, violência e segurança pública no Brasil e no mundo, reunindo dados, argumentos, projetos e experiências para mostrar o que há de mito e de verdade na tese de que armar a população é um instrumento de proteção da sociedade.
"A corrupção política é um fenômeno inerente à democracia, que, entretanto, tem encontrado na realidade nacional um amplo ambiente de proliferação e contaminação das instituições públicas. Seu enfrentamento não pode se limitar ao exercício de processos judiciais ou administrativos de responsabilidade, ante a indispensabilidade de seu combate exigir atuação estruturante que somente a esfera política pode oferecer. No livro, elaborado a partir de dissertação de mestrado perante a Faculdade de Direito da USP, o autor analisa as diversas concepções do fenômeno corrupção, destacando que a correção de rumos impõe seja realizada mediante a reafirmação da política, e apontando caminhos para que o Direito organize a exigência da responsabilização política.
Estrutura: o livro é dividido em nove partes. A primeira é dedicada à introdução e à contextualização do problema. A segunda parte tem por objetivo apresentar a necessidade de estudo do tema. Na terceira parte, o autor destaca os fundamentos de um bom governo como um direito inerente à cidadania. No capítulo quarto, desenvolve-se a noção de tutela da representação política. Na quinta parte, são descortinados os elementos políticos de enfrentamento da corrupção, enquanto que o capítulo 6 destaca os elementos jurídicos. Os capítulos 7 e 8 reafirmam e consolidam as premissas do trabalho, ao ponto em que o capítulo 9, redigido como exemplificação de todo o trabalho, procura identificar exemplos práticos e modelos que permitam, tanto quanto possível, a separação entre responsabilidade política e responsabilidade jurídica por atos de corrupção."