"""Operação Condor"" deveria ser uma versão ampliada de ""O Beijo da Morte"", mas acabou se tornando um inédito. O livro é narrado por Verônica, amante do Repórter, um homem que destruiu sua vida tentando desvendar o mistério das mortes de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda, ocorridas num curto espaço de tempo, quando os militares estavam no poder e os três políticos poderiam aglutinar as forças da oposição. A partir da exumação dos restos mortais de Goulart, ex-presidente deposto com o golpe militar de 1964, e da volta aos arquivos do Repórter, Verônica se confronta com seu passado e descobre documentos reveladores de que o Brasil, muito antes da Operação Condor, já monitorava atividades de brasileiros no exterior - notadamente de militantes e políticos de oposição, considerados suspeitos de conspirar contra o Regime Militar, com total apoio e colaboração do Itamaraty. Como no livro anterior, os autores Carlos Heitor Cony e Anna Lee têm como estratégia narrativa a mistura de reportagem, depoimento e ficção."
Não há espaço para romance na vida da escritora Amanda Briars. Reconhecida no meio literário londrino, ela realiza as próprias fantasias através das personagens que cria em suas histórias de amor. Em nome da liberdade, está satisfeita em viver na solidão. Amanda só não quer completar 30 anos sem nunca ter experimentado o prazer, e a solução mais discreta é contratar os serviços de um profissional. Quando o homem aparece à sua porta, a atração entre os dois é evidente, mas, para frustração dela, ele interrompe a noite de paixão no meio e vai embora. Uma semana depois, ela o reencontra em um jantar e descobre que Jack Devlin é, na verdade, seu novo editor. Amanda fica mortificada. Porém as lembranças daquela noite permanecem vivas na mente dos dois, e basta uma centelha para que o fogo entre eles se reacenda. Só que Jack, filho rejeitado do nobre mais notório de Londres, tem o coração endurecido e não acredita no amor, enquanto Amanda resiste ao desejo crescente em nome de sua independência. Quando o destino entrelaça suas vidas, suas convicções mais profundas entram em choque. Agora os dois precisam decidir se, depois de conhecerem a verdadeira paixão, conseguirão voltar a se satisfazer com menos que isso.
Uma releitura corajosa e atual da trajetória de Circe, a poderosa ? e incompreendida ? feiticeira da Odisseia de Homero #1 do The New York Times, ganhador do Goodreads Awards de a melhor fantasia de 2018 Na casa do grande HElio, divindade do Sol e o mais poderoso da raça dos titãs, nasce uma menina. Circe E uma garotinha estranha: não parece ter herdado uma fração sequer do enorme poder de seu pai, muito menos da beleza estonteante de sua mãe, a ninfa Perseis. Deslocada entre deuses e seus pares, os titãs, Circe procura companhia no mundo dos homens, onde enfim descobre possuir o poder da feitiçaria, sendo capaz de transformar seus rivais em monstros e de aterrorizar os próprios deuses. Sentindo-se ameaçado, Zeus decide bani-la a uma ilha deserta, onde Circe aprimora suas habilidades de bruxa, domando perigosas feras e cruzando caminho com as mais famosas figuras de toda a mitologia grega: o engenhoso DEdalo e Ícaro, seu filho imprudente, a sanguinária Medeia, o terrível Minotauro e, E claro, Odisseu. E os perigos são muitos para uma mulher condenada a viver sozinha em uma ilha isolada. Para proteger o que mais ama, Circe deverá usar toda a sua força e decidir, de uma vez por todas, se pertence ao reino dos deuses ou ao dos mortais que ela aprendeu a amar. Personagens vívidos e extremamente cativantes, aliados a uma linguagem fascinante e um suspense de tirar o fôlego, fazem de Circe um triunfo da ficção, um Epico repleto de dramas familiares, intrigas palacianas, amor e perda. Acima de tudo, E uma celebração da força indomável de uma mulher em meio a um mundo comandado pelos homens.
"Ele se sente em casa num tribunal ou num cais, no palácio de um bispo ou no pátio de uma estalagem. Ele pode redigir um contrato, treinar um falcão, delinear um mapa, interromper uma briga de rua, mobiliar uma casa e comprar um júri. É capaz de citar uma passagem adequada dos antigos autores, de Platão a Plauto, de trás para a frente. Ele conhece a poesia atual e sabe recitá-la em italiano. Trabalha o tempo todo, é o primeiro a se levantar e o último a ir para a cama."" Assim a narradora de Wolf Hall define, em uma passagem exemplar, seu enigmático, astuto e fascinante protagonista: ""ele"" não é outro senão Thomas Cromwell, personagem ao mesmo tempo obscuro e crucial na história inglesa. De raízes humildes, Cromwell galgou por seus próprios méritos as mais altas hierarquias do reino e se tornou o principal conselheiro do rei Henrique VIII. Foi ele quem abriu os tortuosos caminhos para o divórcio entre Henrique e Catarina de Aragão, foi ele quem encontrou as justificativas legais para o casamento entre o monarca e Ana Bolena, e foi ele quem guiou a Inglaterra em seu rompimento com a Igreja de Roma. Apesar de seu impacto na história inglesa, pouco se sabe sobre a vida particular de Cromwell, que não nos deixou cartas nem memórias pessoais. Em Wolf Hall, a grande romancista inglesa Hilary Mantel preenche as lacunas da história com sua aguçada imaginação e um estilo narrativo único, que jamais recai no fraseado postiço de época, tampouco no anacronismo inverossímil. Numa combinação de registros que apenas grandes estilistas conseguem realizar, Mantel constrói a ascensão de Cromwell desde suas origens miseráveis e brutais, passando pelos anos a serviço do malfadado cardeal Wolsey, até a conquista de um perigoso lugar ao sol, tornando-se o braço forte do inconstante e às vezes terrível Henrique. Vencedor do Man Booker Prize, a principal premiação literária na Inglaterra, Wolf Hall é um romance em que a História ressurge nítida e cortante como a lâmina do carrasco."
As três histórias da vida do andarilho Knulp estão entre os textos mais encantadores de Hermann Hesse. Reunindo temas depois aprofundados nas obras de grande sucesso do escritor ? a experiência existencial, a formação da personalidade, a contestação de velhos valores ?, Knulp apresenta o herói poético que influenciaria autores tão diversos como Stefan Zweig e Jack Kerouac. Hippie avant la lettre em plena Alemanha do fim do século xix, um jovem Knulp vagueia de cidade em cidade e se hospeda na casa de conhecidos, que lhe dão teto, comida e algum afeto. Ele evita, no entanto, construir relações mais profundas, estabelecer laços definitivos: é um amante da liberdade, uma espécie de esteta em fuga de um mundo crivado de imposições e crenças antiquadas. À medida que os anos passam, amigos o repreendem por ter desperdiçado seu talento e sua saúde com uma existência vadia, entregue à boemia e ao improviso. O andarilho, ainda que debilitado, não lhes dá ouvidos e segue desfrutando dos prazeres mais simples, aferrado aos breves momentos de felicidade. Uma das mais belas construções literárias de Hermann Hesse, Knulp é um personagem também complexo, que duvida constantemente de suas próprias escolhas. Esse modo de vida marginal levaria Hesse a preconizar: ?Se pessoas talentosas e corajosas como Knulp não conseguem encontrar um lugar em seu entorno, o entorno é tão cúmplice disso quanto o próprio Knulp?. Uma declaração que põe em xeque os padrões sociais daquele tempo ? e da atualidade.
Em Orgulho e preconceito, Jane Austen nos apresenta os Bennets: uma família nobre, porém sem dinheiro, composta pelo pai, pela mãe e por cinco moças, todas em idade de se casar e nenhuma com direito a herdar a propriedade da família. Para assegurar o futuro delas, é preciso encontrar pretendentes de boa posição ? uma busca que atormenta a senhora Bennet e, consequentemente, a família toda.
A chegada de novos vizinhos provoca um alvoroço na vizinhança ao apresentar dois jovens solteiros e abastados: o senhor Bingley, por quem Jane Bennet, a primogênita, logo se apaixona; e o senhor Darcy, um homem orgulhoso que desperta o desprezo de Elizabeth Bennet, a segunda irmã mais velha e heroína desta história. Para viver um grande amor, no entanto, eles terão de repensar suas convicções e reavaliar seus sentimentos.
Esta envolvente narrativa traz o que há de melhor na literatura de Jane Austen: um enredo repleto de reviravoltas, personagens inesquecíveis e diálogos aguçados. Com sua característica ironia refinada e traços de comédia, a autora coloca em evidência a condição feminina na sociedade de sua época. Publicada em 1813, esta que é sua principal obra tornou-se também uma das mais importantes da literatura. Um livro universal e atemporal, que ganha agora uma edição para colecionador em capa dura que apresenta ilustrações das principais personagens da narrativa e com acabamento suave ao toque.
Publicados como folhetim na revista A Estação entre 1886 e 1891, os textos de Quincas Borba foram compilados em um volume único pela primeira vez em 1892, ano de sua primeira publicação. Ao lado de Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, este livro faz parte da trilogia realista de Machado de Assis, na qual o autor se utiliza da ironia e do pessimismo para tecer críticas à sociedade. Ao contrário do que o título sugere, o livro não se centraliza no filósofo Quincas Borba ? que já aparecia em Memórias póstumas de Brás Cubas ?, mas em seu herdeiro, o ingênuo Rubião. Com a fortuna herdada, o rapaz se muda para o Rio de Janeiro, onde será manipulado pelo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia. A sociedade de aparências e o parasitismo social são os principais alvos de Machado nesta obra. O cientificismo e o positivismo de Comte, muito em voga no século XIX, também não escapam da veia irônica do autor. Quincas Borba é uma de suas maiores obras
A incrível história, baseada em fatos, de um amor que os cruéis muros de Auschwitz não foram capazes de impedir Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração da Alemanha nazista e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas. Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam, trazidos pelos nazistas ? literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo. Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que nele tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente.
Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo.
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido ? quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro ? enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Repleto de referências da vida do autor ? entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância ?, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e ? por que não? ? peculiares répteis neozelandeses.
O REI DO INVERNO é o primeiro volume da trilogia As crônicas de Artur do escritor inglês Bernard Cornwell sobre o lendário guerreiro Artur, que passou para a história com o título de rei, embora nunca tenha usado uma coroa. Um dos mais importantes autores britânicos da atualidade, Cornwell já foi traduzido para mais de dezesseis línguas e seus romances alcançaram rapidamente o topo das listas de mais vendidos: foram mais de 4 milhões de exemplares em todo mundo. A chave de seu sucesso está na criteriosa pesquisa histórica e na narrativa envolvente com a qual Cornwell disseca a vida de seus personagens.
O REI DO INVERNO conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. "O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa," explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.
Cornwell resgata, em O REI DO INVERNO, curiosidades dos confrontos no início da era cristã, como o ritual do xingamento. Os comandantes dos exércitos rivais esquentavam o ânimo para a batalha se encontrando no meio do campo e trocando insultos. "Artur era péssimo nisso. Pois até mesmo no último minuto ele queria que o inimigo gostasse dele," relembra o personagem de Derfel.
Nesta versão da lenda, Artur - filho bastardo do rei Uther Pendragon - penhora sua fidelidade e proteção para Mordred, herdeiro legítimo do trono. Numa Bretanha habitada por cristãos e druidas, dividida entre diferentes senhores feudais e seus respectivos interesses e ameaçada pela invasão dos saxões, Artur emerge como um poderoso e corajoso guerreiro capaz de inspirar lealdade e unir o país. Uma personalidade complexa, impelida por honra, dever e paixão, iniciada com maestria por Cornwell em O REI DO INVERNO, e finalizada em Inimigo de Deus e Excalibur, próximos títulos da trilogia.
Apesar de morar nos Estados Unidos desde 1979, quando se casou e desistiu de uma carreira como produtor de TV para se tornar escritor, Cornwell reteve o senso de fina ironia britânico. Ele coleciona mapas e gosta de pesquisar sobre conflitos famosos visitando os campo de batalha.
Neste livro, o autor procura traçar o painel de um tempo varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural, buscando captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas. Philip, prior de Kingsbridge, luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. A galeria de personagens gravitando em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes.