nullEste livro trabalha com as trajetórias de vida de sete personagens femininas que viveram na cidade de Porto Alegre entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, todas elas envolvidas em algum crime ou forma de contravenção à ordem vigente. Presentes nos processos judiciários, nos arquivos da polícia e dos jornais, ou ainda na memória da população, elas são exemplares para que se possa avaliar personagens, práticas e espaços do que chamamos a contra-ordem ou a outra cidade. Chama ainda atenção a forma pela qual tais trajetórias de vida são narrativizadas, de forma literária,tanto no momento em que as protagonistas atuam, através dos jornais, das crônicas, folhetins, romances e códices policiais, quanto no futuro, através da memória social e da história, em cruzamentos da ficcção com o registro do acontecido.
E se a diplomacia tivesse conseguido parar a Segunda Guerra? Negociando com Hitler traz uma desconhecida história dos desastrosos anos de indecisão e diplomacia cujo fracasso contribuiu para o domínio de Hitler na Europa. Com base em pesquisas em arquivos e fontes não anteriormente vistas por historiadores, Tim Bouverie cria um retrato inesquecível de políticos, aristocratas e diplomatas que, por meio de suas ações, determinaram o destino do mundo. Começando com o advento de Hitler em 1933, embarcamos em uma viagem fascinante desde os primeiros dias do Terceiro Reich até as praias de Dunquerque. Bouverie nos leva não apenas para os bastidores do parlamento e do governo inglês mas também para as salas de estar e restaurantes da decadente Grã-Bretanha imperial, onde Hitler gozou de surpreendente apoio entre a classe dominante e até mesmo alguns membros da família real.
Em 1943, com o intuito de fornecer aos estrategistas militares norte-americanos um perfil que pudesse contribuir para a derrota nazista na Segunda Guerra Mundial, o psicanalista Walter C. Langer foi imbuído da missão de decifrar um enigma chamado Adolf Hitler. O resultado foi A mente de Adolf Hitler que, publicada originalmente enquanto o conflito ainda estava em curso, é uma obra única por se tratar de uma biografia psicológica construída a partir de entrevistas com pessoas que conviveram com o líder nazista. Muito já foi escrito sobre a vida do Führer, mas poucos estudiosos se dedicaram a entender tão a fundo seus padrões de comportamento e modos de pensar quanto Langer. A mente de Adolf Hitler é um fascinante documento histórico e peça fundamental para a compreensão do século XX. A perspectiva que emerge da obra é a de duas personalidades distintas que habitam o mesmo corpo e se alternam. A primeira é de uma pessoa muito frágil, sentimental e indecisa, que tem pouquíssima energia e só quer ser entretida, amada e cuidada. A outra é exatamente o contrário, uma pessoa dura, cruel e decidida, com considerável energia ? alguém que parece saber o que quer e está pronto para correr atrás e conseguir o que deseja, independentemente do custo. De maneira sempre surpreendente, Walter C. Langer analisa as dobras de uma mente onde ideias assombrosas se autoalimentaram por décadas antes de encontrarem ressonância no tecido social alemão, fatos que o levaram, primeiro, ao antagonismo com a civilização e, depois, à derrota militar, seguida do calvário moral pela expiação ? ainda em curso atualmente, mais de 70 anos depois do fim da guerra e dos crimes contra a humanidade. O relatório de Langer também antecipa algumas possíveis atitudes de Hitler que vieram a se confirmar, como o seu suicídio ? que, nas palavras do autor, seria ?o desenlace mais plausível?. A mente de Adolf Hitler é, com tudo isso, um fascinante documento histórico e peça fundamental para a compreensão do século XX.
Cintos de castidade na Idade Média? Eles nunca existiram ? pelo contrário, manuais de medicina da época diziam que o prazer sexual era essencial à saúde das mulheres. E Galileu Galilei, que tinha acadêmicos como grandes inimigos ? e padres como principais aliados? Este livro mostra que, abaixo da superfície, a história mundial não é tão simples.
"Uma história da privacidade e das práticas cotidianas dos brasileiros do século XIX. Organizado por Luiz Felipe de Alencastro, o livro é o segundo dos quatro volumes da premiada coleção História da Vida Privada no Brasil, que se tornou referência incontornável na historiografia nacional e agora retorna ao mercado numa cuidadosa edição de bolso. Os textos aqui reunidos desvendam os mecanismos da sociedade moderna e a dinâmica da formação nacional. Destaca-se, nesse contexto, o Rio de Janeiro, que na época desfrutou de uma preeminência jamais igualada por outra cidade brasileira. A propagação das modas europeias, as relações entre senhores e escravos, os modos de vida dos migrantes e novos imigrantes europeus, as posses e as angústias familiares dos senhores de engenho são alguns dos temas abordados. Prêmio Jabuti 1998 de Melhor Livro de Ciências Humanas"
Uma saga de heroísmo e resistência, amizade e romance, e uma devoção inabalável à literatura e à arte, mesmo sob o risco de morte. Os homens que salvavam livros é a incrível história real dos habitantes do gueto de Vilna, na Lituânia, que resgataram milhares de livros e manuscritos raros da cultura judaica por duas vezes ? primeiro das mãos dos nazistas, depois dos soviéticos. Tendo como base documentos judaicos, alemães e soviéticos, incluindo diários, cartas, memórias e entrevistas do autor com vários participantes da história, o livro registra as atividades ousadas de um grupo de poetas e eruditos que se tornaram combatentes e contrabandistas na cidade conhecida como a ?Jerusalém da Lituânia?. Partindo de uma extensa pesquisa do principal estudioso do gueto de Vilna, de estilo e ousadia excepcionais, Os homens que salvavam livros é uma história épica de heroísmo, um conto pouco conhecido dos dias mais sombrios da guerra. Vencedor do National Jewish Book Award 2017 ? Categoria Holocausto.
"Quando um amigo DJ lhe contou que Hitler e seus comandados usavam drogas, o jornalista Norman Ohler resolveu
investigar. Foram cinco anos de diversas entrevistas e pesquisas em documentos que não haviam sido estudados sob
esta perspectiva. O resultado é um livro que vem provocando interesse no mundo todo e está levando historiadores
consagrados a ver o surgimento um novo lado na história da Segunda Guerra Mundial. High Hitler conta em detalhes
a dependência de Hitler. Seu médico pessoal, Theodor Morell, administrou 74 drogas diferentes ao führer, de injeções
de esteroides a produtos similares à heroína. Mas a revelação que pode levar a um novo entendimento do começo
da guerra diz respeito aos soldados alemães. Documentos encontrados por Ohler mostram que eles recebiam doses
generosas de metanfetamina para ficarem mais dispostos e imbuídos de um sentimento de euforia e invencibilidade
? o que teria sido crucial nas bem sucedidas invasões da França e da Polônia."
Uma história ainda pouco divulgada é resgatada por Robert M. Edsel em Caçadores de obras-primas. Trata-se do trabalho realizado pelos Monuments Man, soldados que tentaram dificultar ou impedir o "maior roubo da história" cometido por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que o Führer e seus homens tenham se apossado de mais de 5 milhões de objetos culturais. O objetivo era criar o maior acervo de obras-primas do mundo em terras alemãs. Da Madonna, de Michelangelo, até famosos retábulos, passando por pinturas únicas de Rembrandt, Leonardo da Vinci e Vermeer, milhares de obras foram saqueadas de coleções particulares, igrejas e museus. De início, o trabalho dos Monuments Man era mitigar os danos cometidos a acervos públicos. Com o avanço das tropas de Hitler, o foco voltou-se para a localização de obras de arte móveis e outros itens culturais roubados ou perdidos. O trabalho, iniciado na metade da guerra, em 1943, estendeu-se até 1951. As histórias relatadas no livro baseiam-se em extensa pesquisa em diários de campo, agendas, relatos de guerra e, especialmente, nas cartas escritas pelos soldados às famílias. Edsel também coletou informações em entrevistas exclusivas com os próprios Monuments Man. O livro concentra-se na atuação de oito deles, mas, a partir de suas histórias, o autor traça um amplo panorama do trabalho desempenhado silenciosamente por esses homens e mulheres ao todo, eles somavam 350 soldados de 13 diferentes países. Edsel percorre, por meio do registro da atuação dos soldados, territórios na França, Bélgica e Alemanha, entre outros países por onde tanto tropas alemãs quanto as tropas dos aliados passaram deixando um rastro de destruição. Apesar de o foco do livro ser as obras de arte e os monumentos, os leitores se deparam, ao longo dos capítulos, com detalhes sobre a história da Segunda Guerra Mundial e com os mandos e desmandos de Hitler. A trajetória desses homens dedicados à arte mostra uma nova visão sobre um episódio vital na história mundial recente. Somente com esse empenho foi possível às gerações seguintes contemplar inúmeras obras de arte. Na última década, o trabalho desses homens e mulheres começou a se reconhecido. Os resultados da extensa pesquisa de Edsel não poderiam chegar em melhor hora.
Os mistérios que envolvem o Egito Antigo surpreendem os historiadores até hoje: como, em menos de dois milênios, a civilização egípcia, um povo de caçadores, pescadores e coletores, se transformou em um dos primeiros Estados do mundo? Este livro apresenta, com base nas últimas pesquisas, os grandes períodos da época faraônica e revela curiosidades como a origem do termo faraó e quem foi o criador da escrita hieroglífica. Também analisa a política interna e externa dos reinados dos principais soberanos e oferece ao leitor meios para compreender as particularidades desta civilização que nasceu e prosperou às margens do rio Nilo.