Nascida em Rio Claro, no interior do estado de São Paulo, em 1874, Floriza Barboza Ferraz fazia parte de uma tradicional família da elite rural paulista. Até o início da adolescência, teve ao lado dos irmãos uma vida idílica na fazenda do Pitanga, propriedade dos pais ainda mantida pelo trabalho escravo. Com a Abolição, contudo, o pai de Floriza não se adaptou às novas relações de trabalho e vendeu a propriedade para viver com a família em Piracicaba. Num primeiro momento, a mudança não significou muito para a adolescente, que tinha planos de tornar-se freira. Aos dezenove anos, no entanto, por insistência da família, casou-se por arranjo com Antônio Silveira Corrêa, cunhado de um de seus irmãos. O matrimônio foi uma ruptura radical na vida a que estava acostumada. Três anos mais tarde, Floriza e o marido deixaram o conforto da cidade para plantar café na terça parte que lhes cabia de uma propriedade comprada pelo sogro de Floriza. Floriza descreve o lento e árduo trabalho de constituição de sua fazenda do Engenho, no município de Lençóis Paulista. Com riqueza de detalhes e numa linguagem simples e direta, relata as dificuldades do desbravamento daquela região na virada do século XIX para o XX. Escritas em 1947, como simples remédio ?para desabafar o coração?, estas Páginas de recordações revelam-se um documento histórico ímpar ao registrar a importância do trabalho feminino na implantação das fazendas de café no sertão paulista. Uma prova de como, no fio do tempo, todo registro particular se torna parte da memória coletiva de um país.
Encontros Desconcertantes é a palavra e imagem.
É poesia que desconcerta quando encontra o olhar, a escuta, a alma do leitor.
Desconcerta-se e segue.
Aberta.
SE TRATA DE UMA OBRA DIVERSIFICADA, COM POESIAS, ACROSTICOS, CRÔNICAS DE FATOS VIVIDOS NA ADVOCACIA, DISCURSOS PROFERIDOS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, EM OCASIÕES SOLENES.
O ensaio ?Poesia e paratexto: a descida de Sant?Anna aos infernos da modernidade? estuda em três partes interdependentes a poesia, o paratexto e o poeta. Na primeira parte o autor analisa a formação da lírica moderna, realizando uma síntese vigorosa de sua evolução desde o século XIX. Na segunda parte, examina os elementos paratextuais que coexistem com o texto, ou seja, escritos acessórios como notas, sinopses e epígrafes, sem os quais não se reconhece o livro como objeto de cultura no mercado editorial. Na última parte, o ensaio investiga o emprego literário do paratexto em ?Poesia sobre poesia?, livro que marca a ruptura do poeta Affonso Romano de Sant?Anna com as vanguardas brasileiras. Obra de interesse na área dos estudos literários e da editoração de livros.
Caça ao Lobisomem tem como narrador-personagem Fabinho, um adolescente de 13 anos, inteligente e perspicaz, que acompanha o pai, jornalista, em uma viagem investigativa sobre a possível existência de um lobisomem, no Vale das Corujas, no interior do estado de São Paulo. Será que o Fabinho vai ajudar o pai a terminar esta matéria? Ou vai acabar atrapalhando tudo por lá? A narrativa, além de ser muito boa, permite dialogar com o folclore, com a pluralidade cultural, com a questão da propriedade rural e com a importância da mídia.
Em Penso, logo Complico, Vol. 2 Prefácio de Paulinho Mixaria Juanico está de volta com frases, fragmentos e histórias, como as do hilariante Inspetor Aloprado. Com um estilo refinado, o autor nos brinda com mais do seu humor em gotas.