Vencedor do Prêmio Pulitzer revela de forma inédita o papel da Igreja Católica no regime fascista
Em muitos aspectos, Pio XI e o "Duce" não poderiam ter personalidades mais diferentes. No entanto, havia muito em comum. Não acreditavam na democracia e abominavam o comunismo. Eram propensos a ataques de cólera e protegiam com todas as forças as regalias dos cargos que ocupavam. Além disso, contaram um com o outro para consolidar seus poderes e alcançar objetivos políticos.
Desafiando a narrativa histórica convencional que retrata a Igreja Católica como forte opositora do regime fascista, David I. Kertzer mostra como o papa Pio XI foi crucial para que Mussolini instaurasse sua ditadura e se mantivesse no poder, estabelecendo uma aliança que garantiu à Igreja a restauração de posses e privilégios. Em uma rigorosa investigação, que envolveu o estudo de relatórios dos espiões de Mussolini na Santa Sé e se beneficiou sobretudo da abertura, em 2006, de arquivos secretos do Vaticano, Kertzer não só constata a nebulosa relação dos dois líderes, como também analisa a resistência encontrada pelo pontífice quando, já com a saúde debilitada e à beira da morte, passou a atacar Mussolini, suas leis antissemitas e a aproximação com Hitler. O medo dos prejuízos advindos do rompimento com o regime fascista mobilizou as mais expressivas autoridades do Vaticano, entre elas o futuro papa, Pio XII.
Vívido e dramático, O papa e Mussolini traz uma visão cruelmente verdadeira sobre um capítulo obscuro da história mundial, fartamente documentada, narrada com extrema perícia e reconhecida, em 2015, com o Prêmio Pulitzer de biografia.
Este livro é uma reportagem escrita com 50 anos de atraso por um repórter curioso sobre fatos acontecidos mais de meio século atrás. Apesar disso tem a pretensão de retratar, mesmo que de modo sucinto, um período da história recente brasileira ? a participação das Forças Armadas do país em combate na Segunda Guerra Mundial. Mas não é um livro estritamente sobre militares, apesar de centrado em mostrar como foi seu desempenho em ação. Pelas suas dimensões, o conflito exigiu a participação de milhões de reservistas de todos os países envolvidos. A sociedade de massas criou a guerra feita não mais por milhares de soldados profissionais, mas por toda a população recrutada seja para o combate, seja para produzir armas ou alimentos em escala gigantesca. O desenvolvimento dos A71:B71meios de comunicação ? rádio, jornais e revistas de grande circulação ? contribuiu para disciplinar e justificar esse esforço perante a população. A Segunda Guerra é, portanto, um tema fascinante não só para historiadores militares, mas para estudiosos da sociedade em geral. Foi um daqueles raros momentos em que o conceito de ?nação em armas? deixou de ser ideologia e virou realidade. O Brasil teve uma participação modesta, compatível com um país subdesenvolvido. Justamente por isso o impacto na sociedade brasileira foi grande, apesar de nossos combatentes não serem medidos em milhões. Houve um aporte considerável de reservistas nas Forças Armadas, cuja influência dentro delas e depois, na sociedade civil, ainda não foi devidamente medida.
Este livro conta a história do impacto de Bletchley Park sobre a guerra, incluindo a superação da ameaça dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico, a ajuda aos Aliados na vitória do Mediterrâneo com a identificação dos movimentos navais e aéreos do Eixo, o entendimento dos planos e disposições das tropas alemães antes dos desembarques na Normandia e a ajuda para afundar o encouraçado Scharnhorst no norte da Noruega.Ao acompanhar esses eventos, o livro também mergulha na história dos principais personagens de Bletchley: gênios como Alan Turing, que construiu a máquina de decifração Bombe e teve grande influência no desenvolvimento da ciência da computação e da inteligência artificial Gordon Weilchman, um dos primeiros especialistas em análise de metadados e novatos como Mavis Batey, que decifrou o código Enigma italiano e deu à Marinha Real britânica vantagem estratégica na Batalha do Cabo Matapan, em março de 1941.Faz um relato histórico do papel dos decifradores que ajudaram os Aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial.Apresenta decifradores fundamentais como Alan Turing, Gordon Welchman, Dillwyn Dilly' Knox, Jane Hughes e Mavis Batey.
O Massacre dos Libertos recupera aos brasileiros a violência histórica do racismo e da escravidão no Brasil a partir de dois fatos seminais: a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. E narra o massacre de negros que protestavam em São Luiz do Maranhão temendo que a República recém-constituída lhes retirasse a liberdade recém-conquistada. A partir desse epísódio, o texto traça um panorama das reações racistas que se formavam e se incorporavam às estratégias dos senhores brancos para perpetuar o preconceito e a marginalização da população branca pelo mito da ?fraternidade racial?. No dia 17 de novembro de 1889, a cidade de São Luís acordou agitada. Ninguém sabia o que pensar das últimas notícias, vindas do Rio de Janeiro, que informavam o fim do longo reinado da Monarquia brasileira. Na manhã seguinte, apenas o jornal republicano O Globo havia noticiado o fato, por meio da publicação de um telegrama recebido pelo editor do periódico. Não fazia muito tempo que a capital do Maranhão fora tomada por festas e cortejos de negros, populares, estudantes e políticos, em homenagem à abolição definitiva da escravatura?? o 13 de Maio de 1888, que tinha alterado toda a estrutura econômica e social do Brasil.Nessa conjuntura de desorganização institucional que teve lugar o chamado Massacre de 17 de Novembro. Uma multidão de pessoas, descritas como ?libertos?, ?homens de cor?, ?cidadãos do 13 de Maio? e ?ex-escravos? saiu às ruas numa grande passeata, em protesto contra as notícias da proclamação da República. Na visão dos manifestantes, o novo regime vinha para restaurar a escravidão no país.
Dietrich von Hildebrand não publicou suas memórias, nem mesmo buscou republicar quaisquer de seus ensaios contra o nazismo. Tampouco desejou, mais tarde, pôr em relevo o seu testemunho em Viena: ele nunca se viu como um herói ou como alguém que merecesse especial louvor. Ter deixado a publicação da sua história à posteridade é prova de um espírito generoso. No entanto, este livro é realmente seu. É um trabalho autobiográfico, uma auto-revelação. Na preparação deste volume, buscamos não alterar o eu quadro: o nosso objetivo foi criar uma moldura bem talhada ? sobretudo através de notas históricas ? que permita ao leitor reviver a história de Hildebrand com todas as informações elevantes à disposição. ? John Henry Crosby, na apresentação. Ideologias extremistas estão brotando novamente à nossa volta e hesitamos em descrevê-las em sua própria linguagem por medo de provocar a sua realização de fato. A leitura de Hildebrand nos recorda que há um único remédio contra uma ideologia de ódio: expô-la à crítica pública e afirmar categoricamente o que ela nega. A fé ardente, que inspirou Hildebrand, não é fácil de recuperar em um tempo cético como o nosso. Porém, ele, através do seu amor à verdade e da sua corajosa oposição a uma cultura pública da fraude, deu testemunho de valores dos quais ainda comungamos. ? Sir Roger Scruton, no prefácio.
A história do piloto americano que revolucionou a guerra moderna ao lutar contra todas as probabilidades para salvar sua família. Quando a Segunda Guerra Mundial chegou às Filipinas, Paul Irving ?Pappy? Gunn foi convocado pela Força Aérea dos Estados Unidos. Enquanto realizava uma missão secreta na Austrália, os japoneses capturaram sua família, e Pappy faria o que estivesse ao seu alcance para resgatar sua amada esposa, Polly, e seus quatro filhos. Com uma pistola e um pequeno grupo de pessoas leais, ele roubou suprimentos e aeronaves, inventou novas armas e modificou bombardeiros para serem mais potentes e causarem mais destruição. Quando os aviões modificados de Pappy foram finalmente usados durante a Batalha do Mar de Bismarck, os Estados Unidos tiveram uma das vitórias mais decisivas da Segunda Guerra Mundial. Levando os leitores dos céus escaldantes do Pacífico às selvas da Nova Guiné, e das Filipinas para um dos campos de prisioneiros mais notórios da guerra, Indestrutível narra a jornada de um homem para libertar as pessoas que amava e a revolução aérea que ele iniciou ? e que continua a ressoar nos modernos campos de batalha dos Estados Unidos. ?Tem ritmo acelerado e é impossível de largar. Um olhar original sobre a Guerra do Pacífico.? ? Men's Journal
Durante séculos, filósofos, cientistas e charlatões tentaram decifrar os mistérios desconcertantes do nosso passado, de Stonehenge ao continente perdido da Atlântida. Hoje, no entanto, testes de DNA, datação por radiocarbono e outras ferramentas de investigação de ponta, juntamente com uma dose saudável de bom senso, estão nos guiando para mais perto da verdade. Agora, o historiador Peter James e o arqueólogo Nick Thorpe abordam esses enigmas antigos, apresentando as informações mais recentes da comunidade científica e os desafios mais surpreendentes para explicações tradicionais de mistérios, como:
- A ascensão e a queda dos maias;
- A maldição de Tutancâmon;
- A devastação de Sodoma e Gomorra;
- As linhas de Nazca e o mapa de Vinland;
- A existência de Robin Hood.
Essas verdadeiras histórias de mistério se distorcem e se transformam em uma boa história policial, enquanto James e Thorpe apresentam as evidências a favor e contra as teorias especializadas, lançando nova luz sobre a antiga luta da humanidade para dar sentido ao passado.
O Grande Livro dos Mistérios Antigos vai entreter e iluminar, encantar os curiosos e informar os mais sérios.
Aqui estamos novamente frente a estudos diversos que analisam movimentos transformadores em países latino-americanos na segunda metade do século XX, em particular na Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Colômbia e em El Salvador. Experiências de lutas sociais enfrentadas violentamente pelas classes dominantes. Os que sonharam com um avanço progressivo no continente, desencantaram-se com um século banhado pelo sangue e um final pleno do neoliberalismo.
O livro apresenta uma ideia de como foi construída a história política e administrativa do município de São José dos Pinhais. A análise da construção da ?Ordem? acontece a partir do surgimento das primeiras leis colocadas em prática no espaço que é hoje o município (1721) até o ano de conclusão do livro (2016). Quanto ao ?Poder? há uma análise do perfil ou ações dos vereadores e do executivo local. Concluindo aparece uma reflexão a respeito da Gestão Pública atual e do conceito de Gestão Pública Democrática.
Nesta obra pioneira e monumental, Marc Bloch - um dos mais renomados historiadores do século XX - extrapola os limites alcançados pelos estudos medievalistas e desvenda o que está além das instituições e dos poderes político, jurídico e religioso: o feudalismo como força viva; o homem, a partir de seu modo de viver e de pensar; os principais traços da civilização europeia entre a metade do século IX e o início do século XIII.
Adotando um enfoque interdisciplinar, o autor supera os limites das abordagens restritas ao estudo técnico e cumpre seu objetivo de decompor a estrutura da sociedade feudal - desde as origens e a natureza do feudo, passando pelas relações familiares e as relações de dependência, seus rituais, hábitos e costumes sociais - e desnudar o percurso que conduziu as sociedades feudais ao que viriam a se tornar os Estados-nação.
Bloch significou um verdadeiro tour de force para a escrita histórica. Nesta obra, expressa com clareza o teor de sua contribuição para a história medieval, a variedade de fontes empregada
em seus estudos e o rigor de sua análise. Modelo que permanece ainda hoje amplamente utilizado por historiadores e pesquisadores das novas gerações.
Este trabalho notável, inovador e sempre atual, que introduziu gerações de estudantes e historiadores do período feudal, é obra de referência para todo estudioso da Idade Média e constitui o ponto de partida necessário para todos os que desejam se aventurar pelo universo complexo e intrigante da feudalidade europeia e no passado e no presente da Europa Ocidental.