"Marina Tsvetáeva fixou o olhar longamente, ao longo de toda a sua vida, sobre uma divindade aterrorizante, o tempo. «Dou ouvidos a algo que soa dentro de mim de maneira constante, mas não regular, dando-me ora indicações, ora ordens. Quando indica ? discuto, quando ordena ? obedeço». Esse «algo que soa» era a palavra de poesia. O tempo aterroriza porque «ele só corre porque corre, corre para correr», mas «não corre para lugar nenhum»
A palavra poética, que se pretende absoluta desde os grandes românticos, é o paradoxo de um imponderável que permanece intacto, presa de nós todos, que «somos lobos do bosque impenetrável do Eterno».
Sobre essa tensão, que vibra um instante antes de se romper, Marina Tsvetáeva construiu a sua obra. O livro que aqui se apresenta reúne três ensaios que possuem exatamente essa tensão como objeto, tocando assim o segredo de Tsvetáeva. Desde Novalis, raras vezes o risco da poesia como absoluto encontrou uma formulação tão drástica, tão elementar, tão peremptória. Tsvetáeva atenua o fanatismo da forma, que é a nossa herança moderna. Nela, um coração profundamente arcaico nos transmite «batidas que dão a exata pulsação do século».
A palavra poética, que se pretende absoluta desde os grandes românticos, é o paradoxo de um imponderável que permanece intacto, presa de nós todos, que «somos lobos do bosque impenetrável do Eterno».
Sobre essa tensão, que vibra um instante antes de se romper, Marina Tsvetáeva construiu a sua obra. O livro que aqui se apresenta reúne três ensaios que possuem exatamente essa tensão como objeto, tocando assim o segredo de o da pstica, tão elementar, tão"
"Na Europa moderna, onde a herança da Grécia se espalhou mais ou menos por todos os povos, há um cujas afinidades com ela são notavelmente acentuadas.
Há um país que ama a inteligência, sútil e harmoniosa, senhora da beleza e da vida, e cujos sucessos mais felizes, em todos os campos, têm muitos pontos de contato com os da Hélada antiga. É um país que, durante dois séculos e meio, tem feito da razão o valor supremo, e lhe tem prestado, sob o nome de Filosofia, e depois sob o nome de Ciência, um verdadeiro culto, chegando a colocá-la sobre os altares das suas igrejas, e que quis, sistematicamente, conformar com ela sua política e a sua educação.
Sabe-se que este país, a França, se vê hoje a braços com uma derrubada que lhe causa pasmo, e cuja profundidade ainda não mediu bem. Há quem negue o perigo dessa derrocada, apoiando-se na vitalidade da cultura que ainda lá floresce. Mas os espíritos lúcidos não se deixam iludir até esse ponto.
Sabe perfeitamente que, quando a Grécia foi vencida por Filipe da Macedônia, tinha Aristóteles e Demóstenes, e que um artista desconhecido esculpia nessa ocasião a Vênus de Milo. Sabem também que, quando Roma triunfou, a Grécia possuía ainda Arquimedes e Políbio e que, ainda depois, possuiu alguns dos seus grandes homens e produziu muitas das suas obras primas.
Poderia ser essa também a sorte da França e haveria muitos que se contentariam com isso.
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Cada um destes textos indispensáveis para os voegelinianos e instigantes para todos os interessados em filosofia contemporânea está nos Ensaios Publicados ? 1966-1985: as últimas palavras escritas por Eric Voegelin, já no leito de morte; sua revisita ao problema da ascensão do totalitarismo; suas ideias sobre a relação entre fé e filosofia; sua crítica à filosofia moderna, especialmente a Hegel; sua defesa dos estudos clássicos, contra a vulgaridade dos tempos recentes; sua análise da novela A Volta do Parafuso, de Henry James; seu debate com Thomas J. J. Altizer, famoso ?teólogo da morte de Deus?. Organizado pelo diretor do Eric Voegelin Institute, Ellis Sandoz, o livro reúne artigos publicados por Voegelin durante seus últimos vinte anos de vida, incluindo os célebres ?Evangelho e cultura? e ?Imortalidade: experiência e símbolo?. Os quatorze escritos abordam os temas considerados mais importantes pelo filósofo ? e segundo seu pensamento maduro, que corrige eventuais imprecisões anteriores
Este livro descreve uma jornada em direção ao pensamento filosófico por meio de uma linha, provisória e pontilhada, que parte do surgimento do Homo sapiens até os dias atuais. Especialmente em função dos impasses que vivemos, o eixo desta busca é o ser humano, o seu modo de ordenação, o modo como foi cunhado como ser racional. Afinal, o que somos? O que nos tornamos? São perguntas essenciais no mundo contemporâneo. Por que chegamos até aqui? E de que modo podemos sair deste impasse? Falamos da era da pós-verdade, mas não sabemos o que é e o que significa esta transformação. Neste livro, a criação da razão e da verdade, esta que hoje desaba, é tema central. Guiada por Nietzsche, Viviane Mosé discute não apenas o nascimento da razão ocidental, mas a queda deste modelo de ordenação do pensamento. Mais do que isso, esta análise busca nos preparar para estes novos tempos onde tudo se torna perspectiva. Este é um livro útil para todo aquele que busca iniciar uma trajetória em direção às grandes questões que moveram a humanidade até aqui.
A busca pela verdade é o que leva o homem a refletir, pensar, questionar. E nessa inquietante e infinita procura muito já foi discutido em relação à figura de Deus. De Santo Agostinho a São Tomás de Aquino, a filosofia medieval está repleta de autores que se dedicaram a falar sobre o divino e que contribuíram de forma significativa para o estudo desse problema filosófico, tornando-se, até hoje, referência fundamental nessa área. Descubra neste livro diferentes interpretações e argumentos sobre essa questão e veja como temas tão complexos quanto o divino e o metafísico são estudados à luz da filosofia.
Tratado sistemático sobre a alma humana, de cunho filosófico e teológico. Santo Agostinho compõe o tratado em forma de diálogo com o interlocutor Evódio e procura responder a cinco perguntas deste: origem da alma, natureza da alma, como ela é, como se une ao corpo, como procede quando unida ao corpo ou separada dele.
Aristóteles, um dos maiores filósofos da Grécia antiga, continua a influenciar o pensamento humano. Da arte poética trata-se de um conjunto de anotações das aulas ministradas por ele sobre o tema da poesia e da arte. De modo geral, Aristóteles examina a poesia e a prosa distinguindo-as e tem como foco a tragédia. O filósofo analisa a origem e evolução da tragédia destacando as diferenças entre a poesia trágica e a poesia épica.
Um livro leve, agradável e com conteúdo excepcional. Trata-se de uma seleção de 100 das melhores frases do educador Içami Tiba, que abordam temas como escola, educação, ética, relacionamentos entre pais e filhos, entre outros. De uma forma clara e direta, o educador transmite os ensinamentos através de suas clássicas e bem testadas frases, fazendo o leitor refletir sobre as mais diversas situações do dia-a-dia e presentes no cotidiano de cada um de nós. São frases aleatórias e atemporais, retiradas de diversos livros, palestras, workshops e entrevistas que podem ser lidas independentemente de sequência ou cronologia. Mais que um presente, pela bela apresentação, é uma ferramenta indispensável a qualquer um que deseje adquirir os conhecimentos do renomado mestre! Afinal de contas, Quem Ama, Educa!
Um dos maiores clássicos da filosofia política, o Leviatã - ou matéria forma e poder de um Estado eclesiástico e civil é considerado um dos primeiros e mais influentes tratados acerca da teoria do contrato social. A partir de uma profunda análise da natureza humana, Hobbes propõe uma reestruturação da sociedade baseada em um contrato social e no governo de um soberano absoluto. Produzido na efervescência da Guerra Civil Inglesa, este livro tornou-se um ícone do pensamento político moderno, centrado em um modelo de obediência à autoridade.
Platão (428/27-348/47 a.C..) é o filósofo ateniense que, com seu mestre Sócrates (469-399 a.C.), se tornou um dos mais influentes pensadores da civilização ocidental. Seus célebres diálogos, como O banquete, A República, Teeteto, O sofista, Fedro, etc, abrangem quase todos os temas sobre os quais os filósofos ulteriores se debruçaram e permanecem sendo debatidos na contemporaneidade. Sócrates não deixou nada escrito. Suas idéias nos são dadas a conhecer pelos diálogos do discípulo Platão, nos quais ocupa o papel central, bem como pela obra de Aristóteles, Xenofonte e outros. Apologia de Sócrates aborda o evento do julgamento e condenação de Sócrates, bem como sua bela defesa: em vez de defender sua vida, defendeu suas idéias e a integridade de sua consciência.
'O Anticristo' apresenta críticas ao cristianismo e a seu modo de valorar. Nietzsche expõe suas opiniões contra as práticas cristãs e especialmente contra Paulo de Tarso, que segundo ele, foi um dos apóstolos que mais deturparam a mensagem original de Jesus Cristo. Utilizando-se de citações e teorias de outros filósofos para validar sua tese, o autor pretende levar os leitores a questionarem a si mesmos e a suas próprias crenças, sejam elas religiosas ou não.