É importante entender a história que está sendo feita hoje, porque ainda há mais por vir, porque a sociedade americana está perplexa com o espetáculo do negro em revolta, porque as dimensões são vastas e as implicações profundas. PALAVRAS PROFERIDAS EM 1964... Em 1963, no Alabama, talvez o estado com maior segregação racial nos Estados Unidos, uma campanha lançada por Martin Luther King demonstrou ao mundo o poder da ação não-violenta. Neste livro, lançado em 1964, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz narra esses eventos, traçando a história da luta pelos Direitos Civis nos últimos três séculos mas olhando para o futuro, avaliando o trabalho que precisava ser feito para a igualdade de direitos e oportunidades aos negros e a seus descendentes. Trata-se de uma análise eloquente dos fatos e pressões que impulsionaram o movimento dos Direitos Civis até as marchas públicas que tomaram as ruas naquela época e inspiram as de nosso tempo. Mais de cinco décadas após sua morte, as palavras de Luther King se mostram atuais para o mundo. No livro, o autor descreve os acontecimentos cruciais que impulsionaram a campanha pela justiça racial, oriunda de um movimento nascido em balcões de lanchonetes e reuniões de igreja, mas que se fez ressoar em todo o planeta. Por que não podemos esperar é um manifesto único, um testemunho histórico e também um alerta. A INJUSTIÇA NUM LUGAR QUALQUER É UMA AMEAÇA À JUSTIÇA EM TODO O LUGAR. MARTIN LUTHER KING JR.
Destaque de O dilema das redes, pesquisadora detalha os perigos do capitalismo de vigilância e de nosso comportamento na internet Obra-prima em termos de pensamento original e pesquisa, A era do capitalismo de vigilância, de Shoshana Zuboff, apresenta ideias alarmantes sobre o fenômeno que ela nomeou capitalismo de vigilância. Os riscos não poderiam ser maiores: uma arquitetura global de modificação comportamental ameaça impactar a humanidade no século XXI de forma tão radical quanto o capitalismo industrial desfigurou o mundo natural no século XX. Zuboff chama a atenção para as consequências das práticas de empresas de tecnologia sobre todos os setores da economia. Um grande volume de riqueza e poder vem sendo acumulado em sinistros ?mercados futuros comportamentais?, nos quais os dados que deixamos nas redes são negociados sem o nosso consentimento e a produção de bens e serviços segue a lógica de novas ?formas de modificação de comportamento?. A ameaça não é mais um estado totalitário simbolizado pelo Grande Irmão da literatura de George Orwell, mas uma arquitetura digital presente em todos os lugares, agindo em prol dos interesses do capital de vigilância. Estamos diante da construção de uma forma de poder inédita, caracterizada por uma extrema concentração de conhecimento que não passa pela supervisão da democracia. A análise perturbadora e embasada de Zuboff escancara as ameaças da sociedade do século XXI: vivemos em uma ?colmeia? de conexão plena, que a todos seduz com a promessa de lucro máximo garantido, mesmo que à custa da democracia, da liberdade e do futuro da humanidade. Enfrentando pouca resistência por parte da lei e da sociedade, o capitalismo de vigilância está em vias de dominar a ordem social e moldar o futuro digital ? se nós assim permitirmos.
Se é inegável que entende melhor o presente quem conhece o passado, é fundamental conhecer o integralismo para compreender a essência do bolsonarismo. Sim, o Brasil teve um movimento fascista e anticomunista na sua história na mesma época de Mussolini e Hitler. Fundado pelo deputado e jornalista Plínio Salgado, a Ação Integralista Brasileira foi o maior movimento fascista fora da Europa entre os anos 1920 e 1940 ? e também o maior movimento de extrema-direita no país até o surgimento de Jair Bolsonaro. Era uma organização nacionalista, autoritária e tradicionalista. Chegou a ter um milhão de adeptos que eram conhecidos como os ?encamisados? ou ?camisas- verdes? por se vestirem de verde ? como se vestiam de preto os discípulos de il duce na Itália e de cáqui a legião de seguidores do führer na Alemanha. Inspirado pelos líderes europeus, Plínio era anticomunista e defendia as ideias do fascismo, entre elas a defesa de uma identidade nacional e a crença de que a salvação da pátria exigia tanto a obediência a um ?salvador da pátria? como a destruição dos inimigos internos. Como instrumentos, pregava a violência e o militarismo ao mesmo tempo em que tinha como valores fundamentais a família e a religião. Apesar de ter durado poucos anos, a Ação Integralista Brasileira contou com expoentes como o jurista Miguel Reale, o antropólogo Câmara Cascudo, o arcebispo Dom Hélder Câmara, o escritor José Lins do Rego e, testemunhas dizem, até o músico e poeta Vinícius de Moraes. Em Fascismo à brasileira, Pedro Doria conta esse momento pouco estudado da história brasileira com uma riqueza de detalhes que permitirá ao leitor não só conhecer o integralismo como fazer, ele próprio, as conexões entre passado e presente.
Uma das maiores jornalistas da atualidade relata como as redes sociais vêm sendo manipuladas por líderes populistas.
Dias antes do segundo turno da eleição de 2018, Patrícia Campos Mello publicou a primeira de uma série de reportagens sobre o financiamento de disparos em massa no WhatsApp e em redes de disseminação de notícias falsas, na maior parte das vezes em benefício do então candidato Jair Bolsonaro. Desde então, a repórter tornou-se alvo de uma violenta campanha de difamação e intimidação estimulada pelo chamado gabinete do ódio e por suas milícias digitais.
Em A máquina do ódio, Campos Mello discute de que forma as redes sociais vêm sendo manipuladas por líderes populistas e como as campanhas de difamação funcionam qual uma censura, agora terceirizada para exércitos de trolls patrióticos repercutidos por robôs no Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp ? investidas que têm nas jornalistas mulheres suas vítimas preferenciais. Os bastidores de reportagens da jornalista e os ataques de que foi vítima servem de moldura para um quadro mais amplo sobre a liberdade de imprensa no Brasil e no mundo, numa prosa ao mesmo tempo pessoal e objetiva.
Campos Mello acompanhou a utilização crescente das redes sociais nas eleições internacionais que cobriu: nos Estados Unidos, em 2008, 2012 e 2016; na Índia, em 2014 e 2019. À experiência de observadora do avanço dos tecnopopulistas e seu ?manual para acabar com a mídia crítica?, somou-se a de protagonista involuntária no front de uma guerra contra a verdade. Relato envolvente de um dos capítulos mais turbulentos de nossa história recente, A máquina do ódio é também um manifesto em defesa da informação.
?Graças ao trabalho desbravador de algumas jornalistas, nós pudemos descobrir e entender como a internet contribuiu para propagar movimentos contrários à democracia. Dentre elas, destacam-se a indiana Rana Ayyub, a britânica Carole Cadwalladr e a brasileira Patrícia Campos Mello. É simples: se você quer entender os desafios atuais para a democracia no mundo, você precisa ler este livro.? ? Jason Stanley, autor de ?Como funciona o fascismo
?Para entender a natureza dos riscos que ameaçam a democracia brasileira hoje, é preciso seguir o rastro da conspiração digital que simula movimentos de apoio popular e fabrica ódio contra pessoas e instituições. O livro de Patrícia Campos Mello desvenda esse mundo das sombras com um texto envolvente e esclarecedor. Recomendo fortemente a leitura. E quanto antes, melhor.? ? Miriam Leitão
Ainda na noite de 28 de outubro de 2018 ? quando 57 mihões, 796 mil e 986 brasileiros fizeram o inimaginável e depositara na urna o voto em um candidato que não tinha nenhum programa de governo organizado, havia feito declarações racistas, machistas e homofóbicas e elogiara abertamente torturadores e a ditadura militar ?, o escritor Ricardo Lísias começou este Diário da catástrofe brasileira, que, obsessivamente, não largou até hoje.
Pouco mais de um ano depois, a polícia tornou-se ainda mais violenta, casos de censura voltaram às artes, o Brasil virou motivo de piada no mundo, o desmatamento atingiu índices mais do que alarmantes, centenas de agrotó¬xicos foram liberados para uso, a população é estimulada a não acreditar em dados científicos, a agressão à imprensa por parte do governo é corriqueira e a economia, vejam só, continua em crise.
O leitor encontrará aqui uma análise reveladora do material de campanha que circulou ainda antes de 2018 e que até agora não foi bem avaliado. Da mesma maneira, tanto a Operação Lava Jato quanto seu principal condutor, o ex-ministro Sérgio Moro, são vistos de forma original e surpreendente. O texto alterna momentos de assombro, outros de indignação, sem perder em nenhum momento a coerência e a necessidade (que ele parece entender como uma obrigação) de achar sentido para o sucesso daquele que foi, nas palavras de Lísias, ?o pior candidato da história eleitoral brasileira?.
Não há nenhuma condescendência: se sobram muitas críticas à imprensa, por exemplo, Lísias avalia seu próprio comportamento, e o de seu meio, ao mesmo tempo em que desenvolve hipóteses sobre arte, sociedade e cultura. As páginas do Diário da catástrofe brasileira se desenvolvem sem que as principais conjunções adversativas sejam usadas. Para o autor, definitivamente, passou da hora do mas, porém, todavia, no entanto e contudo. E este é só um exemplo da originalidade deste livro às vezes assustador, outras, engraçado, e sempre ousado e esclarecedor.
Escrito entre os anos de 1940 e 1941, mas publicado apenas postumamente em 1998, Intervencionismo: Uma Análise Econômica é a melhor exposição de Ludwig von Mises acerca da temática. Neste breve tratado, o autor explica de modo sistemático os fundamentos do intervencionismo, um sistema hibrido, que, ao se propor como uma terceira via, busca conciliar a propriedade privada dos meios de produção com o planejamento governamental das atividades econômicas. Ao longo dos capítulos da obra são discutidos as diferentes formas de interferência estatal na economia e na sociedade, seja por intermédio de medidas restritivas, pelo controle de preços, pela inflação ou expansão de crédito, e pelo confisco ou subsídios, além de abordar o corporativismo, o sindicalismo e a economia de guerra, bem como as dramáticas consequências políticas, econômicas e sociais do intervencionismo. No lugar de ser um justo meio entre o capitalismo e o socialismo, o intervencionismo acaba sendo uma para a implementação de uma economia socialista. Nesta nova edição revista e ampliada, além dos prefácios de Bettina Bien Greaves e de Donald Stewart Jr., foram incluídos uma apresentação de Murray N. Rothbard, um prefácio de Alexandre Borges, um posfácio de Fabio Barbieri e notas do editor.
A democracia dos Estados Unidos,a eleição que estremeceu o mundo e uma proposta para a nação brasileira!
Um estudo político em três partes. A primeira aborda os pilares da democracia e o sistema de governo dos Estados Unidos, explicando o processo eleitoral do país, onde pode acontecer de o presidente eleito não ser o candidato com o maior número de votos totais. A segunda parte narra em ordem cronológica e ?tempo real? os principais momentos das eleições de 2016 que sagraram o republicano Donald Trump 45o presidente em uma virada surpreendente contra a democrata Hillary Clinton e aponta os fatores cruciais para o resultado que estremeceu o mundo. Na terceira parte, o autor volta-se para o Brasil, lançando uma proposta de projeto de governo de longo prazo que define como utópica e viável para assegurar à nação um futuro melhor por meio de uma reconciliação nacional sustentável.