"Ele jurava que era o assassino.A verdade era pior. Francine Breary, sensível apenas aos próprios sentimentos, controlava as mínimas facetas da vida do marido, Tim, e ditava regras que pretendiam reger as emoções de todos ao seu redor. Vítima de um AVC e presa a uma cama sem poder se mover ou falar, ela encontra o fim de sua existência. Quem terá sido o verdadeiro culpado pela sua morte? Um crime de crueldade deliberada ou apenas um gesto de misericórdia? Rancores, inseguranças e arrependimentos preenchem todos os cantos de Dower House, aquela casa onde revelações assustadoras fazem com que pessoas comuns potencializem peculiaridades que as tornam monstruosas. ?Toda vítima de assassinato é alguém que inspirou, em pelo menos uma pessoa, o desejo de que ela não existisse.? Devido a um atraso no voo de volta para casa, a empresária Gaby Struthers precisa pernoitar em um hotel e dividir o quarto com Lauren Cookson, uma das passageiras. Numa conversa com essa mulher até então desconhecida, Gaby descobre que um homem com quem tivera um relacionamento amoroso acaba de confessar o assassinato da esposa. Mas ela tem certeza de que Tim Breary não seria capaz de cometer aquele crime, e a fé na sua inocência faz com que tente salvá-lo. Encarregado da investigação, o detetive Simon Waterhouse lida com a certeza de que há algo muito errado com aquele caso, sobretudo porque o pretenso assassino, embora respaldado por depoimentos de outros dois casais, que moravam com ele e a esposa na bizarra Dower House, se recusa a fornecer um motivo para ter matado Francine. Com reviravoltas, muita ação e suspense, Sophie Hannah conduz o leitor por uma narrativa intensa e emocionante, povoada por personagens complexos, imperfeitos, excêntricos, e, por que não, divertidos ? como os já familiares Charlie e Simon, a dupla de investigadores capaz de resolver seus intricados casos com sagacidade e humor."""
A península Ibérica se desgarra da Europa e, à medida que navega à deriva pelo Atlântico, vai recriando a própria identidade. Narrativa de corte surrealista, belíssima parábola sobre o isolamento dos povos ibéricos em relação a seus irmãos europeus ao longo dos séculos. Racham os Pirineus, a Península Ibérica se desgarra da Europa. Transformada em ilha - Jangada de Pedra -, navega à deriva pelo oceano Atlântico. A esse espetacular acidente geológico somam-se outros insólitos que unem os quatro personagens principais do romance numa viagem apocalíptica e utópica pelos caminhos da linguagem e, por meio dela, pelos da arte e da cultura peninsulares. A história dos povos ibéricos, José Saramago a conta e reconta pela memória de um narrador, múltiplo de si mesmo e dos personagens cujas andanças acompanha. Os mitos se costuram nas pedras da fratura de que se fez a jangada. Neles se recuperam as crônicas, peregrinações de heróis anônimos ou notórios da identidade ibérica, todos notáveis, D. Quixote entre uns, os peregrinos de Santiago de Compostela na Idade Média entre outros. Narrativa perfeita na qual os fantasmas do inconsciente pousam familiarmente no cotidiano, surrealismo vigoroso que torna o incomum realidade, criando as condições oníricas para virar o mundo às avessas e, então, contar-lhe, com ironia e graça, os transtornos de erros e acertos, de enganos e desenganos. Posto assim ao contrário de si mesmo e de suas aparentes e reais firmezas, o mundo abre-se para a aventura ficcional da desconstrução das certezas das palavras e dos objetos, deixa-se viajar no estranhamento que daí decorre, reencontra-se em signos velhos e cristalizados: signos novos contudo, nos enigmas em que se tornam, reveladores também nas fantásticas soluções narrativas que desencadeiam. Carlos Vogt A caligrafia da capa é de autoria da escritora Ana Maria Machado
E se a vida dos seus sonhos se tornasse seu maior pesadelo? Erin é uma documentarista, e está numa fase ótima no trabalho. Mark é um investidor com um futuro brilhante pela frente. Eles são o casal ideal, e tudo em sua vida parece perfeito. Mas será mesmo? Certa manhã, durante a lua de mel deles na ilha tropical de Bora Bora, os dois saem para mergulhar e acabam encontrando uma bolsa batendo no casco da lancha. Não há vestígio de outra lancha por perto nem de nenhuma embarcação. Então eles levam a bolsa para o hotel e, tomada pela curiosidade, Erin pega uma tesoura e começa a cortá-la. O que encontra lá dentro, porém, não é nada do que imaginava. Seria essa bolsa a maior sorte da vida deles? Ou seu maior pesadelo? Agora, os recém-casados precisam fazer uma escolha difícil: dizer a verdade ou proteger seu segredo. E a decisão que tomarem naquele momento pode mudar a vida deles para sempre...
Como um mágico no auge de seu poder, Murakami dá vida a um universo inteiro povoado por personagens, histórias e enigmas que têm o poder inesquecível dos sonhos mais vívidos.
No primeiro volume desta história, deixamos o protagonista ansioso para saber o que está escondido atrás da pintura chamada de ?O assassinato do comendador?. Ele também aprendeu a conviver com os estranhos personagens e objetos que o cercam desde que se estabeleceu em uma casa nas montanhas. E, a pedido de seu vizinho, ele começou a esboçar o retrato de uma adolescente peculiar, Mariê Akikawa.
Contudo, Marie desaparece misteriosamente no caminho de volta da escola, e nosso protagonista se lança em uma busca frenética. Neste segundo livro, de ritmo acelerado e cheio de suspense, os desfechos são revelados e se encaixam como num quebra-cabeça, para que toda a pintura faça sentido.
"Este é um romance que marcará época na nossa literatura e será para Machado de Assis o começo de uma carreira triunfal", escreveu Joaquim Serra, para um jornal de Porto Alegre (RS), em 1872. Décadas mais tarde, um dos maiores biógrafos do autor: Jean - Michel Massa, professor emérito da Universidade de Rennes 2 (França), afirmou " É indispensável conhecer as fases iniciais do escritor Carioca e não se concentrar de maneira de maneira excessiva e exclusiva em sua maturidade". Sem pretender um livro de costumes, o autor expõe neste seu primeiro romance o contraste entre duas personalidades, Lívia e Félix, este considerado por alguns estudiosos o rascunho de Bentinho, um dos personagens - chave da literatura nacional.
É a reconstituição total de uma era até hoje não devassada pela ficção, e como tal, enriquecem-na veias túmidas de fascinante erudição. Inteiramente autêntica, está escrita num estilo literário de que pouquíssimas novelas históricas podem gabar-se. Passa-se no Egito, mais de um milênio antes de Cristo, e abrange tudo do mundo conhecido de então. Vem narrada por Sinuhé, médico do Faraó, e é a história de sua vida. Desfilam inúmeros personagens, descritos com perfeição, alguns dos
"Num volume com 42 relatos desconcertantes, repletos de paradoxos e experimentações formais, o premiado tradutor impressiona pela força narrativa e singularidade de estilo." Em Sobre os canibais, as narrativas de Caetano W. Galindo ? o premiado tradutor de James Joyce, J. D. Salinger, entre outros ? desafiam qualquer tentativa de classificação. São breves instantâneos de crises existenciais, vertigens psicológicas, ressentimentos profissionais, pequenos embates conjugais. De fluxos delirantes de consciência a frias descrições de objetos artísticos, estamos no território da melhor ficção contemporânea. Galindo nos envolve nos dramas de personagens comuns, que podemos encontrar todos os dias pelas ruas das cidades, e através de uma prosa personalíssima conseguimos ter um vislumbre de suas armadilhas mentais, em que se manifestam paradoxos lógico-filosóficos e, sobretudo, impasses da linguagem. Num tom único, lúdico e íntimo, Sobre os canibais é uma joia de estilo, um dos livros mais inventivos e surpreendentes da prosa brasileira atual. ?Em contos intrigantes que desafiam o leitor a ligar os pontos, e depois ligar de novo e de novo, Caetano W. Galindo inventa um idioma capaz de proezas como transitar quase sem escalas entre o riso filosófico, o engasgo lírico e o grito de terror.? ? Sérgio Rodrigues ?Uso pleno de inventividade de forma e imaginação, uma seríssima brincadeira com a linguagem.? ? Mauricio Lyrio
Uma visão hilária da América de Trump e um mergulho comovente e divertido na vida em família. O fundo bilionário que Barry Cohen administra está sob investigação. Seu filho de três anos acaba de receber o diagnóstico de autismo. Como bom narcisista que vive desconectado do mundo, Barry toma uma decisão impulsiva: ele parte num ônibus Greyhound rumo ao coração dos Estados Unidos e em busca de seu grande amor da juventude. Gary Shteyngart traz neste Lake Success um panorama hilário da nova América, uma viagem inesquecível por um país fraturado e ainda em busca de si mesmo.
Edição para colecionadores que consta de dois volumes. "Dom Quixote de La Mancha" é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes Saavedra quem criou "Dom Quixote" uma das obras-primas da literatura de todos os tempos - com ela nasceu o romance moderno e seu herói tornou-se o arquétipo do idealista a qualquer preço. Dom Quixote representa o lado espiritual, sublime e nobre da natureza humana; Sancho Pança, o aspecto materialista, rude, animal.
Esta obra é a mais conhecida e célebre história de amor de todos os tempos. Conta a história de amor de um casal de jovens ? Romeu e Julieta ?, que apesar de serem oriundos de famílias rivais, apaixonam-se. Porém, o que o jovem casal não sabe é que o destino lhes reserva um final trágico que será capaz de colocar fim ao ódio entre as famílias.Texto Integral
Cosme Fernandes, o Bacharel da Cananeia, tem muito o que contar sobre suas experiências em terras brasileiras. Um dos degredados que aqui chegaram nos primeiros anos do descobrimento, Fernandes aprendeu que nesta terra é preciso dar presentes sem parcimônia, fazer alarde de qualquer dificuldade, que não há quem não troque honradez por honraria. Nesta edição revista, os autores recontam episódios da nossa história, inventam outros tantos, construindo uma narrativa deliciosamente irreverente e crítica.