Em livro inédito, Ciro Gomes explica a crise política e econômica e convida o leitor a debater o país que desejamos ser Projeto Nacional: O dever da esperança, livro inédito de Ciro Gomes, é um convite para debater racionalmente o país que somos e o país que desejamos ser. ?É minha contribuição pessoal a uma reflexão inadiável sobre o Brasil, as raízes de seus graves problemas e as pistas para sua solução?, escreve Ciro na introdução. A frase reflete o espírito da obra e de seu autor: não só oferecer um diagnóstico das principais questões que atrapalharam o nosso desenvolvimento com democracia, liberdade e justiça, como também apresentar um vasto conjunto de ideias capazes de direcionar o Brasil rumo a um futuro desejável. É o que Ciro Gomes chama de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento ? ele segue a linha de pensadores do nacional-desenvolvimentismo, de que, para superar o atraso e a desigualdade, não basta crescimento econômico: é necessário criar condições para promover a justiça social, reparar dívidas históricas com o próprio povo, gerar oportunidades menos desiguais e, ao mesmo tempo, garantir dinamismo a este gigantesco mercado interno chamado Brasil.
A Operação Lava Jato ganhou tamanha força e legitimidade na sociedade que dificilmente se nega sua influência em diversas esferas da vida política. Compreender como foi possível uma operação desse porte produzir resultados tão relevantes não é tarefa fácil. Este livro busca contribuir para esse debate, ao abordar a Operação Lava Jato sob o olhar da Ciência Política para compreender como foi possível o amplo alcance de seus resultados. A partir de uma abordagem com enfoque institucionalista e uma investigação densa, porém limitada à Justiça Federal, o argumento central do livro é que a Lava Jato decorre da conjugação de dois fatores: de um lado, um processo incremental de aprimoramento institucional do sistema de justiça criminal, e de outro o voluntarismo e a ação estratégica dos atores envolvidos com o combate à corrupção política. A primeira parte do texto apresenta uma fotografia detalhada do processo de construção do desenho institucional anticorrupção, o que oferece um conteúdo de interesse para diversas abordagens sobre o estudo da corrupção (e de seu combate) no país. Além disso, essa parte do trabalho mostra que a Lava Jato não é um fenômeno repentino, pois seus atores se sustentam numa estrutura que vem sendo alicerçada há anos. A segunda parte desenvolve o argumento do voluntarismo a partir de uma análise comparativa densa de três núcleos da Lava Jato (Curitiba/Rio de Janeiro/Brasília), com dados detalhados que não constam nos trabalhos já publicados sobre a operação. Destacam-se dessa análise as evidências da atuação do Judiciário na gestão cirúrgica e seletiva do tempo de tramitação dos casos e na escolha dos que foram priorizados, além das estratégias associadas ao uso conjugado de prisão preventiva e colaboração premiada.
"?Não há livro melhor sobre o complexo e incômodo relacionamento entre o fascismo e a verdade.? Jason Stanley, autor de Como funciona o fascismo: a política do ?nós? e ?eles? Neste livro breve mas abrangente, o historiador de renome mundial Federico Finchelstein explica por que os fascistas consideravam mentiras simples e muitas vezes odiosas como verdade, e por que muitos de seus seguidores acreditavam em suas falsidades. Ao longo da história do século XX, muitos defensores das ideologias fascistas consideraram mentiras políticas como a verdade encarnada em seu líder. De Hitler a Mussolini, os líderes fascistas capitalizaram com a mentira como base de seu poder e de sua soberania popular. Essa história continua no presente, no qual as mentiras parecem substituir cada vez mais a verdade empírica. Agora que as notícias reais são apresentadas como ""fake News"" e notícias falsas se tornam políticas de governo, Uma breve história das mentiras fascistas nos incita a lembrar que a atual discussão sobre ""pós-verdade"" tem uma longa linhagem política e intelectual que não podemos ignorar."
Neste estudo aprofundado, os autores discutem o que há por trás da ascensão do nacional-populismo no Ocidente, quem apoia esses movimentos (e por que) e como eles vão mudar a cara da política nos próximos anos.
Em todo o Ocidente, há uma maré crescente de pessoas que se sentem excluídas, alienadas da política dominante e que se mostram cada vez mais hostis às minorias, aos imigrantes e à economia neoliberal. Muitos desses eleitores estão se voltando para movimentos nacional-populistas, que representam a ameaça mais séria ao sistema democrático liberal ocidental e seus valores desde a Segunda Guerra Mundial. Dos Estados Unidos à França, da Áustria ao Reino Unido, o desafio nacional-populista à política dominante está à nossa volta.
Os nacional-populistas priorizam a cultura e os interesses da nação e prometem dar voz a essas pessoas que se sentem negligenciadas e desprezadas por elites distantes e corruptas. É uma ideologia enraizada em correntes duradouras e profundas e ganhando força há décadas, mudando o panorama da política.
Há quem diga que esse é um derradeiro bravo raivoso de um eleitorado em vias de extinção. Seus líderes são fascistas e suas políticas, antidemocráticas; sua existência é um espetáculo paralelo à democracia liberal. Mas essa versão dos eventos, como mostram Roger Eatwell e Matthew Goodwin, não poderia estar mais longe da verdade.
Escrito por dois dos principais especialistas sobre fascismo e ascensão da direita populista, contando com material exclusivo sobre o Brasil, este é um guia lúcido, resultado de uma profunda pesquisa acerca das transformações radicais do cenário político de hoje, que revela os motivos pelos quais as democracias liberais em todo o Ocidente estão sendo desafiadas. O que está por trás dessa onda excludente? Quem apoia esses movimentos e por quê? O que a ascensão deles nos diz sobre a saúde da política democrática liberal? O que pode ser feito para conter essa maré?
Das três ideologias dominantes do século XX ? fascismo, comunismo e liberalismo ?, apenas o liberalismo resiste. Isso criou uma situação peculiar: os proponentes do liberalismo tendem a esquecer que este é uma ideologia, e não o estado final natural da evolução política. Como defende Patrick J. Deneen neste livro provocador, o liberalismo fundamenta-se em uma série de contradições: advoga igualdade de direitos enquanto promove uma desigualdade material sem precedentes; a sua legitimidade baseia-se no consenso e, no entanto, desencoraja os compromissos cívicos em prol do privatismo; defende a autonomia individual, mas deu origem ao sistema estatal mais abrangente da história humana. Neste livro o autor adverte: as forças centrípetas que se fazem sentir na nossa cultura política não são falhas superficiais, mas características inerentes de um sistema cujo sucesso está gerando seu próprio fracasso. ?O liberalismo fracassou ? não por não ter sido capaz de atingir suas metas, mas por ter sido fiel a si mesmo. Fracassou por ter sido bem-sucedido. À medida que o liberalismo ?se tornou mais plenamente o que é?, à medida que sua lógica interna se tornou mais evidente e que suas contradições internas ficaram mais manifestas, geraram-se patologias que são a um só tempo deformações de seu discurso e realizações da ideologia liberal.? Patrick J. Deneen
Autoritarismo, fanatismo, catastrofismo, terrorismo são algumas das facetas de uma poderosa reação anti-ilustração que domina as histórias do nosso presente. Em face da crise atual da civilização, parece haver apenas duas saídas: condenação ou salvação. O que esse dilema esconde é uma rendição: nossa renúncia à liberdade, isto é, a melhorar, juntos, nossas condições de vida. Por que acreditamos nessas histórias apocalípticas? Que medos e oportunismo os alimentam? Este livro está comprometido com uma nova ilustração radical, uma atitude de combate contra as credulidades do nosso tempo e suas formas de opressão.
Em junho de 2013, milhares de brasileiros foram a`s ruas em protestos. Em 2014, teve ini´cio a Lava Jato. Em 2016, a presidente Dilma Roussef sofreu impeachment. Em 2018, foi eleito um presidente que defende torturadores. Entender as transformac¸o~es recentes diante desses eventos significativos se tornou ta~o importante quanto desafiador. Eis o feito deste livro.
Com uma percepc¸a~o fina da conjuntura e amparado por um so´lido arsenal teo´rico, Leonardo Avritzer identifica as razo~es estruturais dessa constante e dolorosa oscilac¸a~o.
Nesta breve e magistral introdução à tradição conservadora, Roger Scruton, um dos maiores intelectuais britânicos da atualidade, oferece aos leitores um convite ao mundo da filosofia política, explicando a história e a evolução do movimento conservador ao longo dos séculos. Com a clareza e a autoridade de um professor habilidoso, discute perspectivas da ideologia na sociedade civil, estado de direito, liberdade, moral, propriedade, direitos e o papel do Estado. Espécie de guia, claro e incisivo, Conservadorismo é leitura essencial para qualquer um que deseje compreender a política ocidental, hoje e nos últimos três séculos.
Com detalhes sobre a rotina de Trump, diálogos e documentação inédita, MEDO é o mais íntimo retrato já publicado de um presidente em seus primeiros anos no cargo. MEDO: TRUMP NA CASA BRANCA, de Bob Woodward ? um dos mais destacados repórteres políticos de todos os tempos ?, é um livro que vem abalando a política norte-americana. O autor se vale de centenas de horas de entrevistas com fontes primárias, atas de reunião, diários pessoais, arquivos e documentos para revelar a maneira atabalhoada como são tomadas as decisões na Casa Branca. De assuntos-chave da política internacional, como a Coreia do Norte, Afeganistão, Irã, Oriente Médio, China e Rússia, a pontos cruciais da política interna, como imigração e a violência racial em Charlottesville, MEDO retrata ?o colapso nervoso do poder executivo do país mais poderoso do mundo', afirma Woodward.
Vivemos em uma época em que qualquer ideia objetiva da verdade é ridicularizada, sobretudo no cenário sociopolítico norte-americano. Teorias da conspiração e ideologias que já haviam sido totalmente desacreditadas voltaram a ter voz na cultura, questionando o que já foi estabelecido pela ciência. A sabedoria das massas se impôs ao conhecimento e cada um de nós tende a se ater às crenças que validam nossos próprios preconceitos.
Mas por que a verdade se tornou uma espécie em extinção? Em A morte da verdade, Michiko Kakutani, crítica literária do The New York Times por quase quatro décadas e vencedora do Prêmio Pulitzer, explica como as forças culturais contribuíram para essa catástrofe da contemporaneidade. Seja nas redes sociais, na literatura, na TV, no mundo acadêmico ou na política, é possível identificar tendências que colocaram a subjetividade sobre um pedestal em detrimento da realidade, da ciência e dos valores comuns.
Nesse cenário de descaso pelos fatos, da substituição da razão pela emoção e da corrosão da linguagem ? que diminuem o próprio valor da verdade ?, o que pode acontecer com os Estados Unidos e com o restante do mundo?
Sobre a autora:
Michiko Kakutani foi crítica literária do The New York Times por quase quatro décadas. Considerada uma das melhores críticas de literatura em língua inglesa, ajudou a alçar a carreira de escritores como David Foster Wallace, George Saunders e Ian McEwan. Em 1998, foi agraciada com o Prêmio Pulitzer, um dos mais importantes do mundo.
Nova reunião de artigos e ensaios publicados pelo jornalista, o mais influente analista político do Brasil, em seu blog na VEJA Online. De leitura muito fluente, ao mesmo tempo profundos e ágeis, polêmicos (irônicos) e esclarecedores, provocativos e reflexivos, duros mas esperançosos, os textos abordam criticamente - valendo-se de um olhar que foge ao senso comum e que investe no debate de ideias, no exercício da divergência, no prazer da discordância - as principais questões brasileiras (e mundiais) deste início de século XXI: aborto, religião, homossexualismo, o poder de Lula e o governo Dilma, o papel da oposição no país, Bolsa Família, "Comissão da Verdade", segurança pública, racismo e cotas raciais, ambientalismo e código florestal, "marcha da maconha" e descriminação das drogas, e Obama (EUA), Israel, Palestina e a "Primavera Árabe", entre outros vários temas de que o autor se vale para, afinal e incondicionalmente, defender a Constituição, as instituições, os direitos fundamentais do cidadão, a democracia representativa e, portanto e acima de tudo, a liberdade.