Grandes nomes da política, da economia, das artes e do jornalismo em conversas descontraídas sobre as principais questões do nosso tempo O ano de 2020 foi praticamente todo passado em isolamento social. Afeito a aglomerações e conhecido por agregar pessoas dos meios mais diversos, o arquiteto Miguel Pinto Guimarães decidiu usar esse tempo para conversar com amigos em lives abertas ao grande público. E o que começou com a ideia de discutir questões envolvendo arquitetura e urbanismo acabou cobrindo uma série de temas debatidos com figuras de grande destaque em múltiplas áreas, como Gilberto Gil, Fernando Henrique Cardoso, Sonia Guajajara, Regina Casé, Guga Chacra, Pedro Malan, Marina Silva, Teresa Cristina, Gregório Duvivier e muitos outros. Quarenta e quatro em quarentena é o registro dessas conversas em livro. Algumas com humor, outras com um tom mais analítico, as entrevistas têm em comum a informalidade que, muitas vezes, levou os convidados a discutirem assuntos que extrapolam suas especialidades. Estão aqui as divagações sobre o que seria o tão falado novo normal, os desafios de se manter produtivo em tempos turbulentos, a conjuntura política do país, alternativas sustentáveis para a economia, a trajetória dos movimentos negros e a situação dos povos indígenas, além da história do samba, o papel do humor no cotidiano, o significado do envelhecimento e o impacto de uma pandemia em nossa percepção do que é ser humano. Ao convidar os amigos para dialogar, Miguel criou um mosaico dos principais temas discutidos na atualidade. O momento de descontração tornou-se também de reflexão sobre o que nos trouxe até aqui e para onde gostaríamos de ir. Quarenta e quatro em quarentena é um livro para ler e discutir com os amigos, em conversas virtuais ou aglomerações (assim que a conjuntura permitir!).
A Fundação Educar DPaschoal traz, em seu DNA, a crença na educação para a cidadania como estratégia de transformação social gerando valor compartilhado. Para isso, afirma, em sua missão, ser preciso garantir que as pessoas se reconheçam como protagonistas de suas vidas, de suas comunidades e desenvolvam a capacidade de interpretar o mundo através da leitura. O Senac São Paulo, por meio de sua ação educacional, enfatiza a importância do desenvolvimento social e implementa projetos que estimulam a inclusão e a cidadania. A afinidade de vocações e valores resultou na publicação deste livro. Mais do que celebrar as três décadas de atuação da Fundação Educar, é um livro com espaço em prateleiras das mais diversas: a do gestor privado que busca organizar as práticas de cunho social de sua empresa; a do gestor público que precisa se aproximar das demandas das comunidades; a dos representantes de grupos e comunidades que precisam falar com os gestores; a de pessoas que, mesmo não estando ´oficialmente´ envolvidas em uma causa ou um cargo, estão incomodadas e querem ´fazer algo´. As histórias aqui apresentadas provam que nem toda ação precisa começar ou se pretender grandiosa. Muitas vezes, apenas colocar as figuras certas em contato funciona como a fagulha para a transformação. Ao mostrar como iniciativas diversas podem se estruturar, este livro do Senac São Paulo em parceria com a Fundação Educar DPaschoal se relaciona com áreas como direito, economia, administração, marketing, saúde pública, educação e cultura e é uma leitura esclarecedora para todos os interessados em realizar uma ação social.
Hayek, mostrando uma clara maturação filosófica em seu pensamento, escreve este ensaio a fim de reestruturar certas considerações da dita ?economia tradicional?; segundo ele, essa deveria levar em conta as ponderações que envolvem as teorias do conhecimento. Mais tarde, em 1945, ele escreverá outro ensaio com a mesma problemática: The Use of Knowledge in Society, tais ensaios entrarão como os espólios de suas primeiras ideias propriamente filosóficas e, posteriormente, políticas. Um livro para aqueles que querem uma eficiente introdução à mentalidade hayekeniana. Para ele o conhecimento é individual, disperso e incompleto, tais características se encaixarão e se transformarão nos alicerces de suas teorias futuras; de modo que, sem conhecimento de tais ponderações, as demais se tornarão inacabadas.
Vencedor do prêmio Nobel de literatura, Elias Canetti conjuga antropologia, psicanálise, economia política, história das religiões, ciência política e sociologia da cultura nesta obra-prima do ensaísmo contemporâneo. Assustado e pesaroso diante do espetáculo de adesão crescente das massas populares às organizações nazistas, na Alemanha e na Áustria dos anos 1930, o então jovem escritor Elias Canetti passou as três décadas seguintes tentando decifrar os segredos profundos da humanidade em suas manifestações mais corriqueiras e terríveis: mandar e obedecer; matar e sobreviver; medo e voracidade; paranoia e poder. O resultado dessa obsessão é esta obra-prima do ensaísmo, que une descrição narrativa a diversas áreas do saber ? entre elas, a antropologia, a psicanálise, a história das religiões e a ciência política ? e destrincha de modo singular a propagação do mal na contemporaneidade.
A sociologia tem uma perspectiva privilegiada do Direito na sua relação com todas as demais formas de conhecimento. Compreendida com fundamento em uma teoria geral (que permite isolar objetos para formar conceitos e conduzi-los do elementar ao complexo), a Sociologia é a base para o entendimento não só do Direito tal como o conhecemos, bem como dos novos paradigmas que emergem no campo jurídico. Nesse contexto, Pedro Scuro Neto, vai além e desmistifica o Direito que desempenha funções mais amplas que o Estado e a própria sociedade. Um estudo valioso para estudantes, profissionais da área jurídica e cientistas sociais.
Estamos já no lançamento da 2ª edição do livro ? Cultura de Paz ? O que os individuos, grupos, escolas e organizadores podem fazer pela paz no mundo.? É um livro que retoma as reflexões teóricas e práticas sobre princípios que garantem a dignidade humana, levando em conta o respeito às diferenças, a superação das situações de exclusão, a tolerância e a solidariedade entre os povos, a rejeição à violência, a preservação do planeta e o diálogo como instrumento de negociação, propondo ferramentas para sua aplicação nas escolas, nas empresas e na sociedade civil.
Domenico De Masi expôs suas idéias sobre a sociedade e o trabalho em diversos livros destinados aos amantes da Sociologia, como A Emoção e a Regra e O Futuro do Trabalho. Atento ao crescente interesse de um público mais amplo em seus conceitos e sua visão do futuro, De Masi elabora de forma acessível neste livro os temas da sociedade pós-industrial, do desenvolvimento sem emprego, da globalização, da criatividade e do tempo livre.
Num mundo de mudanças constantes e aceleradas, confusão e preocupação compõem um quadro sempre presente. Percorrendo com facilidade a história, a economia, a geografia e a política, David Harvey responde a algumas interrogações de maneira convincente e original, aliando uma sólida argumentação a uma linguagem proporcionalmente clara. O que faz de O novo imperialismo uma obra indispensável a compreensão dos dramáticos eventos que têm abalado o mundo nos últimos anos, bem como do rumo que podem ou não vir a tomar.
Entenda como a qualidade de vida e a felicidade da população influenciam o futuro do "país do futuro". Durante 450 anos o Brasil foi pressionado a copiar o modelo europeu; há 50 anos tem copiado o dos Estados Unidos. Agora que os EUA e a Europa estão em profunda crise, o Brasil está sozinho consigo mesmo e é obrigado a desenvolver seu próprio modelo, que pode ser valioso para o mundo inteiro. Para o "país do futuro", o futuro chegou! Globalmente, mesmo com o progressivo aumento de países democráticos e a difusão de informação e educação, o mundo se sente preso entre desorientação e medo. Aguarda vento favorável, mas não sabe para onde ir. O socialismo perdeu, mas o capitalismo não venceu, como já dizia Václav Havel. Em qual modelo social, então, devemos nos basear? Por onde começar? Uma coisa é certa: para projetar nosso futuro, devemos fazer uma reflexão sobre todos os modelos socioeconômicos e religiosos que já foram testados pela humanidade no decorrer de sua longa história. Essa é a missão épica de Domenico De Masi. Além de analisar a estrutura de países como Brasil, Índia, China e Japão, o autor perpassa pelos sistemas que mais marcaram a história social do mundo, os modelos católico, hebraico, muçulmano, protestante, clássico, iluminista, liberal, capitalista, socialista, comunista até nosso atual modelo pós-industrial. O objetivo é extrair o melhor de cada um deles para se construir um modelo de vida global inédito, que seja finalmente adequado à sociedade pós-industrial. E a revisitação à história do mundo oferece insights para traçar a rota de um futuro feliz e a conclusão de que o progresso da sociedade só pode ser medido segundo a qualidade de vida e a felicidade da população. Uma sociedade que seja capaz de exercer o ócio criativo, a meditação, o lazer, o amor, a contemplação da beleza, a amizade e a convivialidade.