""O Silmarillion"" é um relato dos Dias Antigos da Primeira Era do mundo criado por J.R.R. Tolkien. É a história longínqua para a qual os personagens de ""O Senhor dos Anéis"" e ""O Hobbit"" olham para trás, e em cujos eventos alguns deles, como Elrond e Galadriel, tomaram parte. Os contos de ""O Silmarillion"" se passam em uma época em que Morgoth, o Primeiro Senhor Sombrio, habitava a Terra-média, e os Altos-Elfos guerreavam contra ele pela recuperação das Silmarils, as joias que continham a pura luz de Valinor.
O livro começa com ""O Ainulindalë"", o mito da criação do Universo, seguido pelo ""Valaquenta"", onde estão descritas a natureza e os poderes de cada um dos deuses. O ""Akallâbeth"" narra o apogeu e a queda do reino da grande ilha de Númenor no final da Segunda Era e ""Dos Anéis de Poder"" fala dos grandes eventos no final da Terceira Era, como narrado em ""O Senhor dos Anéis""."
Engraçado e emocionante na mesma medida, Qualityland traz uma visão do que nosso futuro próximo pode se tornar. Uma mistura única de humor e crítica social sombria, em que Black Mirror encontra Westworld e a obra de Douglas Adams. Bem-vindo a Qualityland, a nação mais poderosa e desenvolvida do planeta. Tudo em Qualityland é pensado de maneira a otimizar a sua vida. Um sistema identifica seu parceiro ideal, vermes-androides em sua orelha dizem o melhor caminho a tomar no seu dia a dia, drones já sabem, só pela sua cara, que você precisa de uma cervejinha bem gelada no fim de um dia de trabalho exaustivo. Humanos, robôs e algoritmos aparentemente convivem muito bem, e tudo gira em torno do mundo corporativo, hierárquico e do dinheiro. Ao nascer, cada pessoa recebe de seus genitores um sobrenome específico, que muitas vezes acaba sendo usado como indicador de seu papel nessa linda e perfeita sociedade. Todo o resto que é preciso saber, claro, está na ficha pessoal de cada habitante de Qualityland. No entanto, se o sistema é tão perfeito como dizem, por que existem drones com medo de voar, droides sexuais com disfunção erétil ou robôs de combate com transtorno de estresse pós-traumático? Por que em Qualityland as máquinas estão se tornando cada vez mais humanas, mas as pessoas se tornam cada vez mais máquinas?
Escrito há 50 anos, A mão esquerda da escuridão é um marco na literatura de fantasia e ficção científica, vencedor do Hugo e do Nebula, mantendo-se até hoje como uma voz precursora e potente nas discussões da humanidade. Enviado em uma missão intergaláctica, Genly Ai, um humano, tem como missão persuadir os governantes do planeta Gethen a se unirem a uma comunidade universal. Entretanto, Genly, mesmo depois de anos de estudo, percebe-se despreparado para a situação que lhe aguardava. Ao entrar em contato com uma cultura complexa, rica, quase medieval e com outra abordagem na relação entre os gêneros, Genly perde o controle da situação. É humano demais, e, se não conseguir repensar suas concepções de feminino e masculino, correrá o risco de destruir tanto a missão quanto a si mesmo. Em capa dura, com pintura inédita de Marcela Cantuária e prefácio de Neil Gaiman, esta edição celebra o aniversário desta obra magistral. A mão esquerda da escuridão propõe ricas discussões sobre assuntos polêmicos e atemporais - gênero, feminismo, alteridade, filosofia e antropologia -, sendo considerado pela crítica especializada não só um dos mais importantes livros de ficção científica já escritos como também uma verdadeira obra-prima da literatura moderna.
"A história de guerra mais precisa e dolorosamente genuína que eu já li.? William Gibson Quando a humanidade faz o primeiro contato com uma raça extraterrestre, um movimento hostil causa o início de uma guerra espacial que durará séculos. William Mandella, um jovem norte-americano, está entre os primeiros soldados convocados no alistamento obrigatório. Na guerra, ele aprenderá a manusear as máquinas mortíferas mais modernas e a sobreviver ao ambiente inóspito de mundos alienígenas. Além da resistência física, Mandella precisa lutar para sobreviver aos horrores da guerra, em um constante exercício de questionamento sobre seus reais inimigos. A possibilidade de voltar para casa não é uma esperança nem um alento: devido à dilatação temporal envolvida nas viagens espaciais, soldados que passaram poucos meses no espaço descobrem, ao retornar à Terra, que lá a passagem de tempo foi de décadas ou até de séculos. Inspirado na experiência de Joe Haldeman na Guerra do Vietnã, Guerra sem fim se tornou um clássico da ficção científica militar e recebeu os prêmios Hugo, Nebula e Locus. Além de registrar, em uma metáfora cruel, a realidade de uma geração que vivenciou a guerra nos anos 60, Haldeman também abordou temas universais e atemporais, como ufanismo, solidão e as contradições da guerra.
É um romance ambientado no tempo de Jesus Cristo, escrito através de impressões geradas pelas moedas da época citadas nos textos bíblicos e pelos artefatos arqueológicos da coleção pessoal do autor.
Os artefatos guiam a história, auxiliam na narração e dão asas à imaginação do leitor, que se vê remetido à província da Judeia, acompanhando os passos de um casal de aristocratas romanos em fuga das perseguições políticas durante o reinado de Tibério, e ao mesmo tempo sendo testemunhas dos primeiros passos do Cristianismo.
Durante a narrativa, o leitor terá contato com os costumes da época, em especial o dia-a-dia das pessoas que habitavam a região, que entrou em ebulição em um período marcado por uma grande transformação, na qual crenças antigas tornaram-se mitologia dando lugar a uma nova fé.
Entre encontros e desencontros, perseguições e conversões, está Lucilla, personagem em que muitos podem encontrar uma identificação até nos dias de hoje.
Não se engane o leitor se, ao ler os primeiros capítulos, pensar que se trata de um tema meramente religioso. Na verdade, o livro explora uma alternativa para a historia Cristã relacionada com a traição de Judas, ao mesmo tempo em que apresenta ao leitor um mundo de negociatas e conluios que resultam em crimes e perversões dentro da maior religião do mundo. Ângelo (o Mensageiro) precisa manter o coração aberto e confiar em seus próprios instintos e ter a esperança de que, ainda, pode ser encontrado o melhor do ser humano. É o único modo de cumprir suas missões: a primeira, recebida pelo Mestre, e a segunda, em desvendar quem é o ardiloso idealizador e autor por trás dos eventos criminosos ocorridos no passado e no presente.
Praticamente inofensiva é tão polêmico quanto seu criador. Muitos o consideram o último volume da série O mochileiro das galáxias e outros afirmam tratar-se apenas de um título independente, que apenas se utiliza os mesmos personagens. Parte dessa controvérsia se deve aos 13 anos que separam este livro da primeira aventura de Arthur Dent, já que Adams iniciou a coleção no final dos anos 1970 e somente em 1992 retomou a história.
As inúmeras mudanças políticas, culturais e, principalmente, tecnológicas que aconteceram nesse período influenciaram os rumos da narrativa e tornaram Praticamente inofensiva uma obra singular. mas, em vez de perder o tom, Adams é ainda mais irônico e profundo ao divagar sobre a vida, o Universo e tudo mais.
Situações hilárias, personagens imprevisíveis, descrições poéticas e paisagens surrealistas se mesclam com perfeição, resultando numa trama cheia de suspense, comédia e filosofia. Depois de muitos anos, Arthur Dent, Tricia McMillan e Ford Prefect se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco a vida de todos.
Praticamente inofensiva é o toque final de Adams nessa divertida história: ele é o último presente do autor para os mais de 15 milhões de fãs que adotaram sua obra como ícone de uma geração.