""" Esta seleção de escritos de George Orwell, extraídos de seus romances, ensaios, cartas e reportagens, reúne de forma única os pensamentos do autor de 1984 sobre o tema da verdade. Na semana da posse de Donald Trump, quando sua assessora justificou as falsas estimativas do presidente sobre o número de presentes no evento utilizando a expressão """"fatos alternativos"""", livros de George Orwell como 1984 e A revolução dos bichos foram catapultados ao topo da lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Numa realidade dominada pelas fake news, as reflexões de Orwell sobre a verdade se tornam cada vez mais urgentes. """"Se não for combatido, o totalitarismo pode triunfar em qualquer parte"""", escreveu o autor britânico. E o totalitarismo, na visão de Orwell, fundamenta-se em uma noção de """"mentira institucionalizada"""", que nega qualquer possibilidade de liberdade de pensamento. Neste livro, estão reunidos de forma inédita textos que têm como eixo a ideia da verdade. A seleção abrange trechos de toda a produção de Orwell, do seu primeiro livro, Dias na Birmânia, de 1934, até seu romance derradeiro, 1984, publicado em 1949, um ano antes da sua morte. O apagamento da verdade é a chave para entendermos a obra de Orwell e, principalmente, o mundo atual. Se a verdade morreu, nunca foi tão importante dizer: viva a verdade! """
"Não há perigo de essa mensagem cair nas mãos inimigas, porque ela já está neste lugar. A esquerda já usa essas estratégias e táticas intuitivamente, nos colocando em posição defensiva o tempo todo. Enquanto não nos apossarmos dessas estratégias e alinharmos nosso discurso de modo que fale ao coração das pessoas, nossas vitórias continuarão sendo raras, suadas e por pouco.
Este livro não tem a pretensão de ser um manual completo e definitivo sobre guerra política, nem se preocupa em ser imparcial. Ele revela claramente a opinião do autor e analisa alguns fatos com base nas informações disponíveis na imprensa.
Poderíamos ficar justificando o sucesso cultural da esquerda com a ignorância e miséria do povo, a imprensa que em vez de informar só quer influenciar, as pesquisas que são fraudulentas, as urnas eletrônicas que não são auditáveis, a paixão pelo assistencialismo e estatismo do brasileiro, entre tantas outras. Nenhuma justificativa, entretanto, é maior do que o fracasso da direita ao passar sua mensagem.
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Pode-se dizer que o Leviatã, de Hobbes, é a maior obra de filosofia política em língua inglesa. Escrito em um período de grande agitação política (Hobbes viveu durante o reinado de Carlos I, as Guerras Civis, a República e o Protetorato e a Restauração), Leviatã é um argumento a favor da obediência à autoridade fundado na análise da natureza humana.
Desde sua publicação, em 1991, a edição do Leviatã organizada por Richard Tuck foi reconhecida como a de maior precisão e autoridade.
A presente tradução baseia-se na nova edição revista pelo professor Tuck, que inclui um extenso texto introdutório que servirá para os estudantes não familiarizados com Hobbes como uma introdução acessível e convincente a este livro desafiador.
O mundo vem passando por uma série de transformações cada vez mais vertiginosas e relevantes. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar, cada vez mais, com limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política, nos negócios e até mesmo nos campos de batalha, está se tornando mais fragmentado e mais difícil de ser mantido. Ao longo de O fim do poder, livro fundamental de nosso tempo que ganha agora uma nova edição, o escritor venezuelano Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar por que o poder é hoje tão transitório, frágil e restrito, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações. Como toda obra de análise política e institucional numa era vertiginosamente veloz, O fim do poder, lançado originalmente em 2013, corria o risco de ser ultrapassado pelos fatos e pelas mudanças que o próprio autor discute em suas páginas. Tal risco não se aplica a um livro como este e a um autor como Moisés Naím. Não só suas análises permanecem mais atuais do que nunca como provavelmente continuarão assim por muito tempo. É o que o coloca, sem medo de exagero, na condição de clássico.
"Como países tão diversos fizeram a transição de regimes autoritários para democráticos? Este livro apresenta uma série de entrevistas com lideranças políticas que desempenharam papel de destaque nessas transições em seus países, entre as décadas de 1980 e 1990: Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, Patricio Aylwin e Ricardo Lagos, no Chile, Ernesto Zedillo, no México, Aleksander Kwasniewski e Tadeusz Mazowiecki, na Polônia, F. W. de Klerk e Thabo Mbeki, na África do Sul, Felipe González, na Espanha.
Esses líderes compartilham suas experiências sobre os bastidores dos processos históricos que culminaram no estabelecimento dos regimes democráticos em suas nações, com as peculiaridades de cada uma.
As entrevistas são acompanhadas de uma análise dos respectivos países feita por especialistas, além de uma resenha biográfica dos entrevistados e uma cronologia. A obra traz também um capítulo sobre a contribuição dos movimentos de mulheres nesses momentos de transição e um ensaio dos organizadores.
As lições desta obra são muito úteis para prevenir regressões da democracia para o autoritarismo."
No dia 15 de novembro de 1889, no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro, o marechal Deodoro proclamava o início da nossa República. Éramos à época um país que havia abolido a escravidão recentemente, com a população de apenas 14 milhões de habitantes, dos quais 82% eram analfabetos e 90% viviam em áreas rurais. Agora, em 2019, com 208 milhões de habitantes, somos uma sociedade majoritariamente urbana, com 7% da população analfabeta, mas ainda repleta de contrastes sociais, com índices de desenvolvimento muitas vezes inferiores aos alcançados por países com trajetórias semelhantes à nossa.
Para analisar essa história, 39 pensadores brasileiros identificam os desafios, avanços e retrocessos da nossa República em textos curtos que levantam as principais questões dos nossos últimos 130 anos. Cada capítulo do livro cobre uma década e é composto por três textos: um sobre sociedade e política, outro sobre Estado e direito, e outro sobre governo e economia.
Seguindo os pontos de vista particulares dos autores, diferentes e complementares entre si, cabe ao leitor juntar as peças do mosaico apresentado para entender o processo que culminou com a República como a conhecemos em 2019 e os desafios que se anunciam para o futuro.
Este livro é uma reportagem capaz de fixar a fisionomia do crime no Brasil. Os autores obtiveram relatos inéditos de integrantes das facções criminosas e contam essa história sob um ângulo revelador.
Quem assumiu a dianteira desse processo foi o PCC, responsável por um grau inédito de organização nos presídios brasileiros.
Criada em 1993, a facção passou a ditar as regras do crime nas prisões de São Paulo, impôs sua influência sobre outros estados e agora se internacionaliza a uma velocidade vertiginosa, valendo-se de expedientes cada vez mais violentos.
Nunca essa realidade foi retratada com tintas tão fortes.
Visão crítica do autor para a situação atual da política no Brasil, reminiscências e reflexões de 1953 a 2016. Desabafos, pensamentos e propostas na tentativa de solução dos maiores problemas enfrentados hoje: previdenciário, transporte público, inflação, etc.
Esta obra trata da função desempenhada pelo conceito de Soberania do início da modernidade aos dias de hoje.
A autora conduz a uma leitura extremamente atual da definição de democracia como o governo do povo, pelo povo e para o povo, em que, paradoxalmente, o pleno exercício da soberania popular só é possível como impossibilidade, ou seja, como algo sempre aberto e complexo, avesso ao fechamento substantivo.
Dessa forma, revisitando conceitos de democracia e de Estado, o livro repensa a soberania popular e os seus paradoxos constitutivos.