Em uma remota região da Polônia, uma professora de inglês aposentada costuma se dedicar ao estudo da astrologia, à poesia de William Blake, à manutenção de casas para alugar e a sabotar armadilhas para impedir a caça de animais silvestres. Sua excentricidade é amplificada por sua preferência pela companhia dos animais aos humanos e pela crença na sabedoria advinda do estudo dos astros. Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.
Os livros de Lucinda Riley já foram traduzidos para 37 países e venderam mais de 20 milhões de exemplares em todo o mundo. Ela está na lista de autores mais vendidos do The Sunday Times e do The New York Times. ?Um romance intenso e inspirador, com personagens perfeitamente delineados.? ? Woman?s Own Posy Montague está prestes a completar 70 anos. Ela ainda vive na Admiral House, a mansão da família onde passou uma infância idílica caçando borboletas com o pai e onde criou os próprios filhos. Porém, a casa está caindo aos pedaços e Posy sabe que chegou a hora de vendê-la. Em meio a essa angustiante decisão, ela precisa lidar com os dois filhos, tão diferentes entre si. Sam é um fracasso nos negócios e, a cada empresa falida, se torna um homem mais amargo. Já Nick, o mais novo, retorna de repente à Inglaterra depois de dez anos morando na Austrália, fugido de uma decepção amorosa. Para completar, Posy reencontra Freddie, seu primeiro amor, que agora deseja explicar por que a abandonou cinquenta anos atrás. Ela reluta em acreditar nessa súbita afeição, percebendo que ele tem um segredo devastador para revelar. Mesclando narrativas do presente e do passado, A sala das borboletas mais uma vez mostra a habilidade de Lucinda para criar uma saga familiar inesquecível.
O cenário é a Inglaterra final do século XVIII, com bailes, carruagens e jantares luxuosos. Após a morte do pai, duas irmãs, Marianne e Elionor Dashwood, se veem obrigadas a morar de favor numa casa simples e distante, muito diferente do que estavam acostumadas até então. Marianne é romântica. Elionor, reservada. As duas são envolvidas pelas sutilezas do amor e tentam, cada uma a seu modo, sobreviver num mundo cujo rumo das paixões se define pela posição social. O antagonismo das irmãs dá alma ao livro de Jane Austen, que narra com perfeição as emoções humanas. Uma história que diverte e encanta até hoje várias gerações de leitores.
A cidade sitiada faz parte do conjunto de três romances que Clarice escreveu antes de completar 30 anos. O primeiro, Perto do coração selvagem, foi lançado no ano em que ela se casou, 1943, o terceiro, no ano em que teve o primeiro filho, 1949. Escrita e gravidez correram em paralelo e, como Clarice relatou em carta à irmã, Tania, ?quando terminei o último capítulo, fui para o hospital dar à luz o menino?.Esse detalhe íntimo poderia ser supérfluo caso A cidade sitiada não estivesse tão completamente entrelaçado com a vida da autora, que padecia em Berna, a mesma ?solidão vazia? e a mesma angustiosa melancolia que sua personagem, Lucrécia Neves, sofria no subúrbio de São Geraldo. Em outra carta, Clarice afirmou: ?É ruim estar fora da terra onde a gente se criou, é horrível ouvir ao redor da gente línguas estrangeiras, tudo parece sem raiz; o motivo maior das coisas nunca se mostra a um estrangeiro, e os moradores de um lugar também nos encaram como pessoas gratuitas.? Foi esse sentimento de absoluto não pertencimento, de total estranhamento e mútua desconfiança que Clarice transpôs para Lucrécia, fazendo-a tão sem graça quanto as jovens suíças, ?de cara séria, sem vaidade?, que só conseguem ser ?engraçadinhas no verão?. Da mesma forma que ela metamorfoseou a bela, encantadora e quase milenar capital suíça, tombada pela Unesco, no feio, desolado, insípido e atrasado subúrbio de São Geraldo, predestinado a se tornar ainda pior à medida que o ?progresso? o vai desfigurando ao final da narrativa.Lucrécia é uma mulher mais inteligente e ambiciosa do que todos aqueles que a cercam, uma força da natureza que não aceita ser sitiada e asfixiada pela mediocridade imperante. E, como bem observou a escritora Rachel Gutiérrez: ?Este livro, que Santiago Dantas considerou ?denso e fechado?, é um ponto de mutação, que já anuncia na obra de Clarice Lispector a extraordinária liberdade criativa de Laços de família e de A maçã no escuro.
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Com sua linguagem ao mesmo tempo dura e poética, Patrícia Melo está de volta com um romance urgente que aborda a temática da matança de mulheres no Brasil
Mulheres empilhadas é uma obra de ficção, mas todas as personagens desse livro existem de fato. As protagonistas dessa história são as mulheres. Todas elas: as já feitas e as meninas, as gordas e as magras, as negras e as pardas, as indígenas e as descendentes de imigrantes, as analfabetas e as com grau universitário. Nesse romance intenso, que se lê de um fôlego só e que acompanha a trajetória pessoal de uma advogada, Patrícia Melo fala sobre a matança sistemática de mulheres no Brasil, que atinge democraticamente todas as classes sociais."
Romance, mistério e humor na dosagem certa. Kezia, Nathaniel e Victor se reencontram para o casamento extravagante de uma amiga dos tempos de faculdade. Prestes a completar trinta anos, todos eles estão completamente absortos em suas próprias vidas ? Kezia é braço direito de uma designer de joias enlouquecida de Manhattan Nathaniel, que sempre foi o cara cool da literatura, agora tenta vender seu trabalho em Hollywood e Victor, o mais pessimista do grupo, acaba de ser demitido do emprego. Não demora muito para que o trio volte a desempenhar seus antigos papéis: Victor ama Kezia. Kezia ama Nathaniel. Nathaniel ama Nathaniel. Em meio à festa de casamento, Victor desmaia no quarto da mãe do noivo. Ao acordá-lo, em vez de lhe dar uma bronca, ela revela uma história que nunca havia contado nem mesmo ao próprio filho, sobre um colar valioso que desapareceu durante a ocupação nazista da França. A partir daí, uma inusitada aventura tem início, conduzindo Victor, Kezia e Nathaniel de Miami para Nova York, e de Los Angeles para Paris e toda a França, até desembocar na propriedade de Guy de Maupassant, autor do conto clássico ?O colar?. Repleto de suspense e narrado com a voz sincera e perspicaz de Sloane Crosley, O fecho é uma história magistral de amigos lutando para se ajustarem em vidas diferentes daquelas com que haviam sonhado, e de como separar o que é real do que é falso. Tal tarefa é possível quando se trata de pedras preciosas, mas é muito mais difícil de ser realizada com seres humanos.
"Lançado em 1974 o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny seu noivo preso injustamente Livro que inspirou o filme homônimo dirigido por Barry Jenkins vencedor do Oscar por Moonlight
Tish tem dezenove anos quando descobre que está grávida de Fonny de 22 A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha embora não haja nenhuma prova que o incrimine Convicta da honestidade do noivo Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão
Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo Ao revelar as incertezas do futuro a trama joga luz sobre o desespero a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano
Esta edição tem tradução de Jorio Dauster e inclui posfácio de Márcio Macedo
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"A espiã bibliotecária Irene tem padrões profissionais a manter. Padrões que definitivamente não incluem fugas precipitadas de um prédio em chamas. Mas, quando a porta de entrada para seu centro de operações se recusa a abrir, é preciso improvisar.
Depois de fugir de uma França Revolucionária montada em um dragão, Irene descobre que não é a única enfrentando sérios problemas: em vários mundos, o mau funcionamento dos portais que levam à Biblioteca criou um verdadeiro caos.
Encarregados de uma missão que os levará ao Palácio de Inverno de São Petersburgo, Irene e Kai devem recuperar um livro que os ajudará a restaurar a ordem. Porém seu plano é posto à prova quando o poderoso Alberich reaparece disposto a destruir tudo o que é mais precioso para Irene, com uma proposta: ?junte-se a mim ou morra?.
Mas o maior perigo pode estar espreitando em algum lugar próximo ? alguém que Irene jamais pensaria que pudesse traí-la. Com tanta coisa em jogo, ela precisará de todos os recursos à sua disposição para manter-se viva. E, claro, salvar a Biblioteca da aniquilação absoluta.
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Mulheres que plantam a Lua conta a história de Lola, uma mulher que,
ao viver uma crise profissional e pessoal, lança-se em uma aventura por
territórios desconhecidos. Em sua procura por mais coerência, amor e arte,
descobre-se uma entre as raras e livres mulheres que plantam a Lua.
É 11 de dezembro de 1963. Greve geral em Antares. O fornecimento de luz é interrompido, os telefones não funcionam mais, os coveiros encostam as pás. Dois dias depois, uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem - entre elas d. Quitéria, matriarca da cidadezinha. Insepultos e indignados, os defuntos resolvem agir - querem ser enterrados. Reunidos no coreto, decidem empestear com sua podridão o ar da cidade. Enquanto ninguém os enterra, porém, resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares.