Nesta obra pioneira e monumental, Marc Bloch - um dos mais renomados historiadores do século XX - extrapola os limites alcançados pelos estudos medievalistas e desvenda o que está além das instituições e dos poderes político, jurídico e religioso: o feudalismo como força viva; o homem, a partir de seu modo de viver e de pensar; os principais traços da civilização europeia entre a metade do século IX e o início do século XIII.
Adotando um enfoque interdisciplinar, o autor supera os limites das abordagens restritas ao estudo técnico e cumpre seu objetivo de decompor a estrutura da sociedade feudal - desde as origens e a natureza do feudo, passando pelas relações familiares e as relações de dependência, seus rituais, hábitos e costumes sociais - e desnudar o percurso que conduziu as sociedades feudais ao que viriam a se tornar os Estados-nação.
Bloch significou um verdadeiro tour de force para a escrita histórica. Nesta obra, expressa com clareza o teor de sua contribuição para a história medieval, a variedade de fontes empregada
em seus estudos e o rigor de sua análise. Modelo que permanece ainda hoje amplamente utilizado por historiadores e pesquisadores das novas gerações.
Este trabalho notável, inovador e sempre atual, que introduziu gerações de estudantes e historiadores do período feudal, é obra de referência para todo estudioso da Idade Média e constitui o ponto de partida necessário para todos os que desejam se aventurar pelo universo complexo e intrigante da feudalidade europeia e no passado e no presente da Europa Ocidental.
Esse livro traz ao leitor brasileiro um pouco dos valores e da vida canadense. Em suas páginas, vamos entender como se formou o Canadá, os elementos principais de sua cultura, as características da população, e também como os canadenses de hoje vivem, se relacionam, namoram, pensam o mundo e recebem os estrangeiros. Vamos conhecer a geografia canadense, suas vastidões geladas, seu clima quase sempre frio, sua riqueza natural e suas cidades bem equipadas. E também a sua rica história, desde o contato dos europeus com os povos originais até a formação do Estado e de uma sociedade moderna cheia de particularidades, passando evidentemente pela colonização francesa e britânica e as diversas etapas de autoafirmação nacional. E, ainda mais importante, vamos observar como essa rica trajetória marca a vida das pessoas que lá nasceram e também as que escolheram o Canadá para morar.
A historiografia ? conjunto de realizações, práticas e concepções dos historiadores ? está constantemente se reconfigurando, na medida mesma em que o próprio mundo se transforma. Neste pequeno livro, registro de uma conferência proferida pelo autor, discutese a relação vital que deve ser estabelecida entre historiografia e sociedade, bem como a necessidade de que os historiadores acompanhem as mudanças de sua própria época. Em atenção a esta dupla preocupação, o autor se pergunta: O que podemos esperar da historiografia neste novo milênio que já adentramos?
"Defender qualquer coisa que esteja mais intimamente relacionada a um dos pilares da civilização ocidental tornou-se politicamente incorreto, quando ão um crime repugnante de intolerância. Neste livro, Anthony Esolen deixa claro que o politicamente correto é, em essência, a tentativa de dissolução dos alicerces sobre os quais a nossa civilização foi construída. A ilusão de um progresso constante que começou no Renascimento com o abandono paulatino de antigos costumes obscuros é o mito central que serve para justificar a rejeição contínua de nossas tradições religiosas, intelectuais e morais. É assim que se vem matando o Ocidente.
Sobre o autor:
Anthony Esolen é escritor, tradutor e professor. Graduou-se na Princeton University e obteve seu Ph.D. em literatura renascentista pela University of North Carolina at Chapel Hill. Lecionou por décadas no Providence College e hoje é professor residente no Magdalen College. Traduziu para o inglês a Divina comédia de Dante, Da natureza das coisas, de Lucrécio, e Jerusalém libertada, de Torquato Tasso. Publicou mais de 600 artigos em periódicos como First Things, Crisis Magazine, The Catholic Thing, Touchstone e Chronicles, e mais de 10 livros, dentre os quais destaca-se Dez maneiras de destruir a imaginação do eu filho (vide Editorial, 2017).
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Um livro extremamente atual, que chama a atenção para o fato de que a censura conta com o suporte de parte da sociedade e sempre terá, na ditadura ou na democracia, defensores confessos e aqueles que levantam a bandeira da liberdade de expressão, desde que concordem com o que é dito. Em Herói mutilado, a jornalista Laura Mattos segue a trajetória de uma obra que foi censurada como peça de teatro em 1965, teve uma primeira versão como novela proibida em 1975 e, quando finalmente foi ao ar, dez anos depois, sofreu seguidos cortes. Quando estreou, em 1985, ano da saída dos militares do comando do país, a novela Roque Santeiro conquistou a maior audiência da história da televisão brasileira. A obra de Dias Gomes, sobre o mito de um falso herói, experimentou as mais variadas formas de repressão durante a ditadura, com uma trajetória ímpar. Ao revelar os bastidores da censura à TV na ditadura, a autora registra como o aparato legal usado pelos militares foi o mesmo aplicado durante os anos democráticos entre o final da Era Vargas e o golpe de 1964, prova de que esse mal não é exclusividade de regimes de exceção. A pesquisa se apoia em cerca de 2 mil páginas de documentos oficiais produzidos durante a ditadura, além do acervo pessoal de Dias Gomes, que inclui cartas e um diário até hoje inédito.
Um dos mais sombrios episódios do passado norte-americano revelado de forma emocionante por uma das mais aclamadas escritoras da atualidade.
1692, baía de Massachussets, Nova Inglaterra. A puritana aldeia de Salem assistiu à execução de catorze mulheres, cinco homens e dois cachorros - todos acusados de bruxaria. A feitiçaria se materializou em janeiro, o primeiro enforcamento ocorreu em junho, tudo terminou em setembro. Depois dos julgamentos, fez-se um silêncio crivado de culpa.
Com base em meticulosa pesquisa, a renomada jornalista Stacy Schiff, reconstitui com precisão histórica e prosa vibrante os acontecimentos daquele ano sombrio e o surto coletivo que desencadeou o drama das bruxas de Salem.
Um retrato em que Schiff traz à baila as ansiedades da América do Norte dos primeiros tempos para compará-las, brilhantemente, com as de hoje. Em nossa época de redes sociais, inimigos invisíveis e intolerância às diferenças, esta história sobre o obscurantismo religioso faz mais sentido que nunca. Um capítulo distópico do passado norte-americano que não devemos nunca esquecer - e muito menos repetir.
Neste A chegada do Terceiro Reich, Richard Evans, um dos mais importantes estudiosos da história alemã, apresenta uma profunda análise sobre a chegada de Hitler ao poder e o colapso da civilização na Alemanha nazista. "Com um domínio impressionante da literatura sobre o tema, uma análise perspicaz e um texto fluente, este livro não deixa dúvidas de que foi escrito por uma autoridade em História. As obras de Richard Evans sobre o terceiro Reich proporcionam uma compreensão completa sobre uma das épocas mais obscuras da História." ? Sir Ian Kershaw
(Professor de História em Sheffield, reconhecida autoridade em Hitler)
Neste livro, Robert Irwin mapeia as origens do orientalismo e de seus representantes mais proeminentes, desde a Grécia antiga até os nossos dias. Em Pelo amor ao saber, ele fornece uma nova estrutura por meio da qual estudiosos podem contribuir para a compreensão do Oriente, e refuta o Orientalismo de Edward Said, que tachou de arma do imperialismo esse fértil e assombroso campo de estudo.