nullA palavra imaginário venceu a luta contra outros termos antes dominantes nas ciências sociais mais prospectivas e inquietas ideologia, subjetividade, visão de mundo, etc. Em poucos anos, tornou-se um conceito incontornável e altamente disseminado. Entrou na linguagem cotidiana como uma moda. Por toda parte, na boca de um artista ou de um comentarista de futebol, o termo imaginário surge como uma chave poética ou uma expressão sonora e mágica. Mas o que significa imaginário? Faltava um livro que viesse explicar a origem, o desenvolvimento e as diferentes acepções de imaginário. Já não falta mais. Esta obra, Sociologia do Imaginário, é um achado para qualquer estudioso do assunto. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma genealogia, de um inventário, de uma cartografia, de uma leitura cruzada de autores e de um manual erudito, preciso e elegante.
"Este livro tem o propósito de explicar em que consiste a boa qualidade educacional. Para isso, estudaremos vários sistemas escolares, tanto os que dão bons resultados como os que dão maus, trazendo dados da França, Finlândia, Estados Unidos, Suécia, Japão, China e Espanha. Por meio desse percurso comparativo, e com o auxílio de uma porção de relatos e de estudos acadêmicos de disciplinas variadas, tentaremos mostrar por que o modelo educacional em vigor em muitos países ocidentais não funciona.
Para entender o que aconteceu com a educação do Ocidente nos últimos anos é essencial estudar os conteúdos e métodos de todo um conglomerado de pedagogias que poderíamos chamar de ?libertárias? ou ?progressistas?, e que, na falta de nome melhor, chamaremos sinteticamente de ?nova pedagogia?. A tônica deste livro, porém, não é a crítica generalizada desse conjunto, mas destacar, para todo leitor livre de preconceitos, que tipo de práticas são mais recomendáveis ? e como, curiosamente, muitas delas coincidem com o que foi a educação tradicional do Ocidente.
INGER ENKVIST (1947?) é professora de literatura espanhola na Universidade de Lund, na Suécia. Já publicou
estudos sobre Miguel de Unamuno, José Ortega y Gasset, Mario Vargas Llosa e outros, além de vários livros sobre
educação, em sueco e em espanhol. Nestas obras, critica as bases ideológicas da nova pedagogia, demonstra seus
maus resultados e suas conseqüências malignas para a cultura ocidental como um todo, e apela para a
recuperação de elementos da pedagogia tradicional, como o valor do conhecimento, da dedicação do aluno e da
autoridade do professor competente.
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"As democracias liberais estão em risco. E, de acordo com o filósofo Michael J. Sandel, o princípio do mérito, um de seus pilares básicos, é o responsável por esse cenário. Vivemos em uma constante competição, que separa o mundo entre ""ganhadores"" e ""perdedores"", esconde privilégios e vantagens e justifica o status quo por meio de ideias como ""quem se esforça tudo pode"" e ""se você pode sonhar, você pode fazer"". O resultado concreto é um mundo que reforça a desigualdade social e, ao mesmo tempo, culpabiliza as pessoas, o que gera uma onda coletiva de raiva, frustração, populismo, polarização e descrença em relação ao governo e aos demais cidadãos. A resposta pública se manifesta em eventos como as eleições de Donald Trump, nos Estados Unidos em 2016, e de Jair Bolsonaro, no Brasil em 2018.Ao analisar conceitos em torno da ética do estudo, do trabalho, do sucesso, do fracasso, da tentativa e de quais são os meios considerados legítimos para trilhar esses caminhos, Sandel sugere um novo olhar para essas relações. O autor salienta as contradições do discurso meritocrático, seus contextos estruturais e a arrogância dos ""vencedores"", que julgam duramente os ""perdedores"".A tirania do mérito propõe que para existir uma ética diferente e dignificadora, o sucesso deve ser compreendido em prol da coletividade. Indica que uma alternativa de pensamento guiado pela humildade, pela compreensão do papel do acaso na vida humana e pela criação real da oportunidade poderá ser, então, a melhor bússola para a democracia, para o bem comum. ""Estes são tempos perigosos para a democracia. O perigo pode ser visto no aumento da xenofobia e no crescente apoio público de figuras autocráticas que testam os limites das normas democráticas. Essas tendências por si só são problemáticas. [...]Mas é um erro enxergar apenas intolerância no protesto populista ou vê-lo somente como uma reclamação da economia [...]. Foi também uma reprimenda direcionada à abordagem tecnocrata da política, que é insensível aos ressentimentos de pessoas que sentem ter sido deixadas para trás pela economia e pela cultura."" ""Acessível e profundo, A tirania do mérito é uma análise reveladora da perversa injustiça de nossa sociedade, movida em parte por uma ingênua e míope confiança na noção de mérito. Em tempos de retórica fácil e tribalismo irrefletido, este livro provocativo é leitura obrigatória àqueles que ainda se importam com o bem comum."" - Preet Bharara, ex-procurador do distrito de Nova York"
É só o menino estar com a chupeta na boca que todo mundo faz careta pra ele. Cansado de tanta cara feia, ele tem uma ideia: guardar em uma caixinha todas as chupetas que encontrar. Será que agora vão acabar as caretas? Reúna coragem e embarque você também nesta aventura! Inspirado na vivência que a autora teve como mãe e com ilustrações delicadas e engraçadas, este livro vai arrancar risos (e talvez caretas!) do pequeno leitor e ajudá-lo a ver que pode ser fácil dar adeus às chupetas. Além de uma história muito divertida, o livro contém um guia detalhado, escrito pelo odontopediatra Daniel Korytnicki, com valiosas dicas sobre como ajudar a criança a interromper o hábito da chupeta, inclusive um passo a passo, tanto para crianças pequenas quanto para as maiorzinhas. O livro é indicado para ser usado em casa e também nas escolas.
A obra-prima de não ficção de um dos escritores mais brilhantes do século XX sobre raça e identidade. Na nota introdutória deste volume, James Baldwin, aos 31 anos, se dá conta do momento mais importante de sua formação, quando se viu obrigado a perceber que a linha do seu passado não levava à Europa, e sim à África. Foi então que ele se deparou com uma revelação chocante: Shakespeare, Bach e Rembrandt não eram criações ?realmente minhas, não abrigavam minha história, seria inútil procurar nelas algum reflexo de mim. Eu era um intruso, aquele legado não era meu?. Publicada originalmente em 1955, esta reunião de ensaios escritos entre as décadas de 1940 e 1950 é a primeira obra de não ficção do autor de O quarto de Giovanni. O que mais impressiona nesses testemunhos ? narrados com inteligência, sensibilidade e estilo extraordinário ? é sua atualidade. Ao usar como matéria-prima sua própria experiência para refletir sobre o que representa ser um escritor negro e homossexual nos Estados Unidos, seu país de origem, e em Paris, cidade onde viveu por muitos anos, Baldwin oferece um poderoso e urgente depoimento sobre direitos civis. O volume inclui o prefácio à edição de 1984, assinado por Edward P. Jones, posfácios de Teju Cole e Paulo Roberto Pires e um alentado ?Sobre o autor?, por Marcio Macedo.
Jeffrey Tucker é uma das vozes mais sensatas do movimento liberal. Não importa de onde venha a ameaça autoritária, seja da esquerda ou da direita, podemos confiar na postura consistente dele em defesa da liberdade e contra toda e qualquer forma de autoritarismo.
Unindo feminismo e vegetarianismo, esta obra de Carol J. Adams vem transformando a maneira como milhares de pessoas enxergam o mundo desde o seu primeiro lançamento. Com argumentos sólidos e consistentes, o livro demonstra a estreita ligação entre a dominância masculina ? e a consequente cultura de violência contra a mulher ? e o ato de comer carne. A nova edição brasileira traz um novo posfácio com imagens que ajudam a sustentar a ideia defendida por Carol, à qual é impossível ficar indiferente. Assim, A política sexual da carne é uma obra de leitura obrigatória para refletir sobre as relações entre homens, mulheres e animais na luta por um mundo sem opressão.
Este livro insere-se em um projeto binacional que consiste na publicação de trabalhos de pesquisadores brasileiros e franceses de variadas áreas das ciências humanas, com o objetivo de favorecer a compreensão da realidade social e cultural dos dois países e de contribuir ao desenvolvimento das relações acadêmicas entre Brasil e França. Nesta obra, são apresentadas questões como nação, religião, meio ambiente ou mundo cibernético, vistas sob a ótica identitária.
Baseadas no grande sucesso da obra O feminino e o sagrado Mulheres na jornada do herói, Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro produziram uma obra dinâmica e objetiva na qual resumem os passos da jornada descrita por Joseph Campbell e apresentam depoimentos de mulheres que superaram inúmeros desafios para atingir a plenitude no cotidiano.
Edward Said faz um trabalho brilhante de crítica literária ao examinar como as ideias imperialistas influenciaram e continuam influenciando a política e a cultura ocidentais. Ele desvenda como a ficção ocidental dos séculos XIX e XX e os meios de comunicação em massa de hoje podem ser armas de conquista poderosas, além de analisar o surgimento das vozes de oposição dos nativos na literatura dos países colonizados.