O sofredor do ver reúne contos publicados no Jornal do Brasil e textos inéditos de Maura Lopes Cançado, cuja obra é fortemente marcada por sua experiência como paciente de hospitais psiquiátricos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Publicado em 1968, poucos anos após Hospício é Deus ? Diário I, primeiro livro da autora, esta coletânea aponta para um novo caminho literário da obra de Maura. Nas palavras de Assis Brasil para o Correio da Manhã, ?a segunda parte [do livro] traz uma espécie de libertação da escritora em relação às suas ?confissões??. Para o crítico, a passagem entre ?confissão? e ?criação? começa no conto ?O sofredor do ver? ? no qual o protagonista é um homem ? e já está completa em textos como ?São Gonçalo do Abaeté? e ?Pavana?. Esta edição, acrescida de um perfil biográfico escrito pelo jornalista Maurício Meireles, resgata a obra da escritora aclamada como grande revelação da literatura brasileira em seu tempo.
O aguardado (e badalado) livro de memórias do icônico baixista do Red Hot Chili Peppers chega ao Brasil pela Belas Letras. Em Acid for the children, Flea conta a fascinante história de suas origens, dos altos vertiginosos aos baixos na sarjeta que você gostaria de ouvir de um rato de rua que se transformou num rock star mundialmente famoso. Por meio de anedotas hilárias, meditações poéticas e voos fantásticos ocasionais, Flea relata com habilidade as experiências que o forjaram como jovem artista e músico. Sua prosa onírica e influenciada pelo jazz faz a Los Angeles dos anos 1970 e 80 ganhar vida. Foi lá que o jovem Flea, buscando fugir de um lar turbulento, encontrou uma família na comunidade de músicos, artistas e junkies que também viviam à margem. Passava a maior parte do tempo em festas e cometendo pequenos delitos, mas foi na música onde encontrou um lugar para canalizar a frustração, a solidão e o amor. Isso o deixou aberto ao momento crucial em que ele e seus melhores amigos, irmãos de alma e comparsas tiveram a ideia de começar sua própria banda, que se tornou o Red Hot Chili Peppers. Contando com um poema inédito de Patti Smith como introdução, Acid for the children é a estreia de uma voz literária estupenda, cuja prosa é tão espirituosa, divertida e imprevisível quanto o próprio autor. É uma história de formação sensivelmente nostálgica e uma carta de amor escancarada ao poder da música e da criatividade, de um dos artistas mais renomados do nosso tempo.
?Francisco, nome escolhido pelo Cardeal Bergoglio quando foi eleito papa em março de 2013, é um homem muito difícil de explicar, embora fácil de compreender. Em outras palavras, ele é um homem com várias facetas: surpreendente, misericordioso, alegre, firme, terno, humilde, próximo, pobre, capaz de chorar com os demais.? É assim que Padre José Laércio de Lima prefacia seus 30 pontos para compreender os gestos de Francisco. E é a partir daí, também, que o autor vai explorar vários aspectos dessa riquíssima personalidade que, ao mesmo tempo, encanta o mundo e provoca contradições e conflitos com seu pontificado e sua ação enquanto bispo de Roma e pastor da Igreja Universal. A raiz dessa pluralidade reside no fato de o Papa Francisco ser uma pessoa viva, em constante movimento, que se deixa desafiar pelos acontecimentos e urgências da humanidade pela qual seu coração bate. O discernimento o leva a atitudes e opções que por vezes desconcertam seus espectadores mais críticos. Porém, a fidelidade do Papa é ao mundo, à Igreja e ao Espírito que a dirige. Com este livro, Padre José Laércio de Lima espera ajudar aquelas pessoas, religiosas ou não, praticantes do catolicismo ou de outra religião, que desejam compreender o modo de proceder de Francisco. É importante destacar que estamos diante de uma leitura dos gestos e ações do Papa Francisco de um ponto de vista muito especial: o de um jesuíta observando outro jesuíta que se tornou papa.
O diário de um dos maiores poetas da língua portuguesa, escrito ao longo de mais de três décadas. Entre maio de 1943 e setembro de 1977, Carlos Drummond de Andrade manteve o hábito de escrever suas notas, reflexões e memórias. Por pouco, esses papéis não foram alvo da tesoura implacável do poeta, que chegou a cogitar dar fim aos seus cadernos. Ao se debruçar sobre um período de intensas mudanças políticas no país, Drummond retratou, entre outros fatos marcantes, sua passagem pelo gabinete do ministério da Educação e Saúde Pública, seu envolvimento com a criação do jornal Tribuna Popular e o declínio do Estado Novo. Em 1985, o material felizmente ganharia forma em livro. No posfácio escrito especialmente para esta edição, Humberto Werneck joga luz sobre o modo como Drummond se apresenta em seus diários: ?O critério do autor na seleção do que incluir ou não em O observador no escritório transparece já no título, cravado por quem escolhera estar ali não como protagonista, mas como testemunha?.
Neste livro, Roberto Cabrini como conta conseguiu fazer várias reportagens, dá o passo-a-passo de cada investigação, entre elas achar o P. C. Farias (na época, escondido em Londres) e descobrir o que deu errado no voo 254. ??E assim descobri PC Farias?, é uma das dez histórias preciosas reunidas neste livro pelo nosso campeão de reportagens exclusivas. Em No rastro da notícia, Cabrini nos leva a viver duas emoções em uma só narrativa. Apresenta um elenco de personagens encantadores e, talvez de forma involuntária, oferece o melhor caminho para se e conhecer a alma complexa de Roberto Cabrini, o repórter mais popular do país.? ? CACO BARCELLOS ?Neste livro Roberto Cabrini nos narra, como se estivesse apresentando o lado B de suas matérias mais conhecidas, como desenvolve o passo a passo de cada processo investigativo e como supera a ansiedade para aguardar a hora certa de levar o ?furo? ao ar! Além de verdadeiro manual para jovens jornalistas, a leitura é também um instigante romance da vida real narrado por uma testemunha privilegiada deste período da história brasileira.? ? ANA PAULA PADRÃO
"Roberto Marinho, o poder está no ar" mergulha na vida do criador do maior império de comunicação da América Latina, o brasileiro mais poderoso de seu tempo. Ao herdar na juventude um jornal criado havia 23 dias pelo pai, Marinho buscou a sobrevivência do negócio que sustentava a mãe viúva e os irmãos menores. Era véspera da ditadura Vargas. Teve de aprender logo a se movimentar num Rio de Janeiro de agentes da repressão, espiões estrangeiros, militares afoitos, agitadores da direita e da esquerda, capitalistas em formação, lobistas, dançarinas de cassinos e compositores dos primeiros sambas. Aos 60 anos, criou a TV Globo sem apoio dos irmãos. Quando levou ao ar o Jornal Nacional, a 1º de setembro de 1969, tinha vivido bem de perto 18 golpes ou tentativas de tomada à força dos palácios do governo. Uma aventura épica para erguer e expandir, nas ventanias da instabilidade, a obra que até hoje desperta sentimentos distintos entre os brasileiros. Com documentos inéditos colhidos em arquivos do país e do exterior e depoimentos de figuras dos bastidores que por décadas se mantiveram em silêncio, o livro descreve a intimidade do biografado e o Brasil da transição do rural para o urbano, tempo de sucessivas rupturas das regras do jogo político.
Como diplomata, Walther Moreira Salles foi figura central em renegociações da dívida externa que viabilizaram o segundo governo de Getúlio Vargas, o de Juscelino Kubitschek e o de João Goulart. Nesta biografia de Luis Nassif, um dos mais influentes jornalistas nacionais, o leitor vai conhecer em detalhes a vida e a obra de Walther Moreira Salles, um dos poucos brasileiros a frequentar a cúpula do poder mundial.
Sob pressão é um livro arrebatador, a história real de um jovem médico que não quer desistir de lutar. O relato de quem está na frente de batalha, em plantões sucessivos, sem descanso, sem segurança e salário digno ? atendendo em hospitais arruinados, vivendo o drama das emergências do nosso país. A rotina de guerra que enfrentou ao longo de mais de dez anos, como milhares de médicos brasileiros, faz de Sob pressão um depoimento perturbador. Neste livro, o cirurgião revê sua formação profissional, a fase inicial dos plantões, o caso de amor com a medicina ainda aflorado e o vício na adrenalina do combate, quando operou em CTIs despreparados e até em enfermarias e corredores, desafiando a precariedade das emergências ? procurando salvar pessoas e a si mesmo.
Maria Odete de Brito Miranda se tornou Gretchen e enfrentou um pais assolado pela ditadura, através do seu rebolado e gemidos que conquistaram fãs e confrontaram o machismo. Numa época em que o sucesso televisivo pertencia as loiras de estilo americanizado, ela apresentou sua beleza tropical e brasileira, tornando-se a maior representante da música disco do Brasil. Lançou moda, quebrou tabus e inverteu paradigmas, sempre além dos padrões e servindo de alvo para aclamações ou polêmicas, elogios ou críticas. Mantendo seus populares apelidos de Disco Diva e Rainha do Bumbum, foi considerada uma das mulheres mais belas, bem sucedidas e desejadas da década de oitenta em diante, deixando canções clássicas ao atravessar gerações. Em sua busca incessante e geográfica pelo amor, casou diversas vezes e teve romances com homens famosos e anônimos, sempre conciliando sua arte com o lado de esposa e o desejo de ser mãe, apresentando filhos biológicos e adotivos, alguns com personalidades modernas, como Thammy. E agora, somando quarenta anos de carreira, pela primeira vez ela tem sua trajetória contada em um livro, por Gerson Couto e Fábio Fabrício Fabretti, desvendando verdades que nunca antes revelou para a mídia.
Quem foi, na realidade, Jesus? O historiador francês Jacques Duquesne revela que o Jesus verdadeiro foi quase tudo o que se conta no Novo Testamento, mas foi também uma espécie de curandeiro, como vários que naquela época andavam pela Palestina, e que em determinado momento tornou-se um subversivo, que pode não ter pensado em construir uma igreja e certamente não ressuscitou, mas teve o cadáver provavelmente roubado pelos apóstolos. Um livro polêmico, sério e perturbador, no qual o autor parte de fontes históricas e bíblicas, confirma fatos, derruba mitos e traça a verdadeira história do camponês