nullPiratas. Para muitos a palavra sugere imagens de valentões do século XVIII, e a ideia de que piratas ainda existem pode parecer absurda. Mas definitivamente eles ainda existem e assombram muitos. O jornalista Daniel Sekulich mostra como suas atividades violentas traz graves consequências para a economia e interfere na luta contra o terrorismo. Uma viagem esclarecedora sobre o mundo da pirataria em alto mar, um negócio globalizado e bilionário, controlado por máfias do crime organizado e gangues locais. Sekulich navega por algumas das águas mais perigosas do planeta para escrever histórias sobre bandidos que ameaçam a segurança nacional e internacional dos países. Também conversa com vítimas de ataques, que enfrentaram riscos extremos e até mesmo lutaram contra piratas.
"Escritos ao longo de duas décadas de estudos, debates e pesquisas, os 101 artigos que compõem esta coletânea dão um duplo testemunho: nota-se, por um lado, o sólido domínio do autor sobre o tema ? Bene Barbosa é talvez a maior autoridade do país quando o assunto é armamento e as leis que o regimentam (quando não o boicotam) ?, por outro
lado, especialmente nos artigos cujo tom é mais pessoal e evocativo, vê-se uma alma vibrante, forjada por inúmeras batalhas travadas para sustentar os valores em que firmemente acredita.
Como ninguém mais poderia fazer, Bene apresenta ao leitor as tensões básicas que estão sempre em jogo na esfera da segurança pública nacional, e o faz de modo claro, incisivo e consistente, apoiado na ciência dos estudos e na dura realidade brasileira, que muitos padecem e outros tantos ? os loucos do título ? distorcem. Para quem chegou agora
na discussão ou não agüenta mais ouvir os fracos e surrados argumentos da mídia desarmamentista, esse one-o-one com Bene Barbosa será tiro e queda.
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Onze lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo.
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.
"Contundente retrato do Brasil durante a pandemia de gripe espanhola, A bailarina da morte investiga a doença mortal que há um século assombrou a humanidade e revela trágicas semelhanças com a covid-19. No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro. Altamente contagiosa, a moléstia atingiu todas as regiões brasileiras. A ?influenza hespanhola? paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres. Iludida por estatísticas maquiadas e falsas curas milagrosas, a população ficou à mercê do vírus até o súbito declínio da epidemia, no começo de 1919. A partir de um vasto acervo de fontes e imagens da época, Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling recriam o cotidiano da vida e da morte durante o reinado de terror da ""gripe bailarina"", uma das maiores pandemias da história. ?Um atestado visceral de que não se lembrar da própria história é condenar-se a repeti-la. Nesta história com toques de ciência e por vezes ciência em contexto histórico, temos uma oportunidade para reconhecer que já estivemos aqui antes, numa pandemia que de fato concluiu um século. Quem sabe desta vez aprendemos a lição?? ? Suzana Herculano-Houzel ?Entre negação da ciência, curas milagrosas e uma doença que escancarou as desigualdades sociais da época, os historiadores do futuro, ao analisar a brilhante obra de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling sobre a pandemia de 1918 ? escrita durante a pandemia de 2020 ?, indagarão, perplexos: Mas como pode ser possível que, em cem anos, não aprenderam nada?? ? Natalia Pasternak ?Em um mundo já fragilizado pela Primeira Grande Guerra, a gripe espanhola colocou em evidência a vulnerabilidade humana diante de um novo vírus. Este livro narra com maestria as rotas e a velocidade de disseminação da doença, ao mesmo tempo em que acentua as dificuldades e os equívocos para seu enfrentamento no Brasil oligárquico da Primeira República. Convida-nos a refletir sobre o valor da imaginação histórica para a abordagem da crise contemporânea.? ? Nísia Trindade Lima"
O relato de uma trajetória excepcional e um manifesto por uma sociedade mais justa.
Em Nosso lugar, Tabata Amaral narra a sua trajetória até a campanha que a elegeu deputada federal como a segunda mulher mais votada no país. Como ela mesma diz: "Eu poderia ter muito orgulho de ser a primeira da minha comunidade a conquistar aquele lugar, mas não poderia me aquietar enquanto fosse a única".
Tabata cresceu na Vila Missionária, no extremo sul de São Paulo, e viveu na infância as dificuldades enfrentadas por tantas famílias de migrantes nordestinos instaladas precariamente nas periferias das grandes cidades. Depois de alcançar medalha de prata em uma olimpíada de matemática, percorreu um caminho extraordinário que desembocou na Universidade Harvard, onde se formou com uma tese sobre os fatores políticos que impactam a educação pública em diferentes municípios brasileiros.
Nesta obra, a deputada entrelaça suas experiências pessoais e profissionais ? enquanto narra as dificuldades de ser uma mulher jovem no ambiente político ? e conta como lida com fake news e ataques coordenados. Se seguirmos no ritmo atual, levaremos cerca de cem anos para alcançar mundialmente a igualdade de gênero na representação política. Acelerar essa transformação é o objetivo deste livro, e um imperativo para todas as pessoas que desejam uma sociedade mais justa.
"Tabata Amaral é um tesouro nacional. Encontrei milhares de estudantes talentosos nos meus vinte anos como professor em Harvard, mas ela é a mais talentosa de todos. Hoje o Brasil está sofrendo. Mas Tabata e sua geração trazem esperança." ? Steven Levitsky, autor de Como as democracias morrem
?Tabata Amaral impressiona não só por sua inspiradora história de vida, mas também por entender que chegar aonde ela chegou não é questão de mero esforço pessoal. Sua luta é por políticas públicas que transformem a educação brasileira.? ? Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência em Políticas Educacionais da FGV
Quarto volume da coleção Arsenal Lênin, O que fazer? é a obra seminal da teoria política de partido do dirigente revolucionário russo. Publicado como brochura em 1902, o livro apresenta as linhas gerais do que seria chamado mais tarde de ?partido leninista?, indicando as tarefas de organização necessárias ao desenvolvimento da revolução, bem como avaliando os equívocos das diferentes linhas de pensamento no interior do que até então era o campo da social-democracia. Publicada no ano em que Lênin completa um século e meio de nascimento, a obra é um esforço prático de resposta aos principais problemas da social-democracia na época, sobretudo a relação entre a espontaneidade das massas e a vanguarda do partido, além da importância da teoria política para o movimento revolucionário, sintetizada em sua célebre frase: ?Sem teoria revolucionária, não pode haver movimento revolucionário?. A relevância de O que fazer? viria a ser comprovada com a constituição da ala bolchevique, responsável por levar a cabo a primeira revolução socialista do século, em 1917.
A monumental história da sexualidade com novo projeto gráficoAo longo dos anos 1970, Michel Foucault dedicou seu trabalho no Collège de France à análise do lugar da sexualidade na sociedade ocidental, o que deu origem à História da sexualidade, em quatro volumes. Sua reflexão encontrou no sexo e na sexualidade a causa de todos os acontecimentos da vida social. O filósofo empreendeu uma pesquisa histórica, estabelecendo uma antropologia e uma análise dos discursos acerca desse tema tão fundamental para a condição humana.O primeiro volume, A vontade de saber, mostra que a sexualidade não foi reprimida com o capitalismo, depois de ter vivido em liberdade. Sua hipótese é de que, desde o século XVI ? processo que se intensifica a partir do século XIX ?, o sexo foi incitado a se manifestar por uma vontade de saber sobre a sexualidade, que é peça das estratégias de controle dos indivíduos e das populações características das sociedades modernas.
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas, Estado de São Paulo, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia "científica". Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica.
Completamente revisada e atualizada, esta referência única oferece um panorama esclarecedor sobre os últimos acontecimentos globais e sobre as novas ideias no campo da sociologia.