"São 190 biografias de personalidades que todos devem conhecer, histórias que não podem ser esquecidas. Como uma
agradável, interessante e instigante ?bíblia? da história, Simon Sebag Montefiore oferece neste livro sua seleção dos
homens e mulheres que criaram o mundo que vivemos hoje. Ele afirma esperar que essas biografias incentivem e
inspirem os leitores a descobrir mais sobre estes indivíduos extraordinários. O livro começa com Ramsés, um dos maiores
imperadores do Egito, e vai até os dias atuais com os vilões Saddam Hussein e Osama Bin Laden. As biografias trazem curiosidades, em sua maioria, desconhecidas do grande público. Em mais de três mil anos de história, há espaço para todos: Garibaldi e Napoleão; os conquistadores Cortés e Pizarro; a família de ditadores coreanos Kim Il-Sung, Kim Jon- Il e King Jong-Un; Cícero e César, Cleópatra e Catarina, a grande; Davi, Maomé, Buda e Jesus; Tchaikóvski e Mozart; Balzac e Oscar Wilde; Proust e Dickens; Platão e Aristóteles. Não faltam, é claro, as figuras carimbadas como Hitler e Mussolini; Stálin e Churchill; Shakespeare e Michelangelo; Einstein e da Vinci; Galileu e Darwin; Thatcher e Anne Frank.
Professor de História na Universidade de Cambridge e autor de vários best-sellers que foram sucesso de público e de crítica, Montefiore tem um carinho especial por Titãs da história porque acredita que ?a História não se repete, mas contém muitas advertências e lições?."
Vozes historicamente silenciadas encontram em Mulheres quilombolas espaço para compartilhar saberes a partir de suas perspectivas, como faziam nossos ancestrais reunidos em torno do fogo, no ritual de transmissão e perpetuação de conhecimentos basilares para a comunidade. As autoras trazem para a roda uma diversidade de pautas em geral invisibilizadas na sociedade, contribuindo com suas visões de mundo, seus conhecimentos acadêmicos e suas experiências de vida para abrir novas possibilidades de debate. Assumindo o lugar de guardiãs dos saberes ancestrais, de lideranças políticas, de mulheres racializadas na sociedade, expõem em suas reflexões os muitos atravessamentos que a discussão em torno do que é ser mulher quilombola abarca. Para além da pauta identitária, como protagonistas de suas próprias histórias, as autoras denunciam os muitos percalços enfrentados pela população quilombola - que existe (e resiste) em torno de quatro mil comunidades em quase toda a extensão do Brasil -, lamentavelmente pouco divulgados e discutidos na mídia e em nossos círculos sociais. Uma oportunidade privilegiada de estabelecermos diálogo com uma epistemologia e uma realidade social em geral pouco conhecida, com uma Outridade ainda invisibilizada. Um livro do Selo Sueli Carneiro, coordenado por Djamila Ribeiro.
"Desde que nasceu, em 1984, Kim Jong Un esteve envolto em mitos e propaganda, da mais absurda ? em que supostamente sabia dirigir um carro aos três anos ? às histórias mais sombrias e sangrentas de familiares que morreram por ordens suas. Anna Fifield reconstrói o passado e o presente de Kim com acesso exclusivo a fontes próximas a ele e nos traz uma visão única para explicar a missão dinástica da família Kim na Coreia do Norte.
A noção arcaica de governo dessa família de déspotas combina com as dificuldades quase medievais que o país enfrenta sob seu domínio. Poucos achavam que um jovem fanático por basquete, educado na Suíça, nada saudável e sem experiência conseguiria manter de pé um país que deveria ter ruído há muitos anos. Mas Kim Jong Un não apenas sobreviveu, ele prosperou, auxiliado pela aprovação de Donald Trump e pelo bromance mais bizarro da diplomacia.
Cética, mas perspicaz, Fifield cria um retrato cativante do regime político mais estranho e secreto do mundo ? isolado, porém internacionalmente relevante, falido, mas de posse de armas nucleares ? e seu regente, o autoproclamado Amado e Respeitado Líder, Kim Jong Un."
A escritora vencedora do Prêmio Nobel Herta Müller repassa sua trajetória de vida e obraEm uma profunda conversa autobiográfica com a jornalista austríaca Angelika Klammer, Herta Müller conta sobre o que a levou à literatura e o que determinou sua vida como autora, desde a infância campesina na Romênia, passando pelo despertar da consciência política até a concessão do Prêmio Nobel de Literatura, em 2009. Em Minha pátria era um caroço de maçã, Herta Müller imprime uma diálogo franco a respeito de sua vida e de uma produção artística em que a só a força da palavra pode dar conta de uma realidade marcada pela brutalidade, que a leva a desconfiar do Estado e dos amigos mais íntimos com igual intensidade. Uma obra que percorre os caminhos de sua vida e obra, tanto para quem já conhece seus livros como para quem toma contato com a autora pela primeira vez.
Mesmo diante de tantas adversidades, preto nos traz as paixões pela vida coletiva, os medos e receios da lida diária, relembra as amizades e os parceiros e nos oferece seus aprendizados do cotidiano, onde sentimos pulsar muita energia para embalar os dias desafiadores em que vivemos. Na forma única de escrever e nas histórias inspiradoras, preto zezé revela sua capacidade empreendedora, sua habilidade mediadora e sensata de dialogar e, a partir de uma maneira singular e amorosa, sua visão inovadora e ousada da favela como ambiente de potência e poder.
Best-seller internacional. A inspiradora luta de um pai e seu filho para se manter juntos e sobreviver ao Holocausto. Em 1939, Gustav Kleinmann, um estofador judeu, e seu filho, Fritz, são capturados pelos nazistas em Viena e enviados a Buchenwald, na Alemanha. Esse é o início de uma história real, comovente, em que seus protagonistas serão vítimas dos maus-tratos mais cruéis, em busca da sobrevivência. Quando Gustav recebe a notícia de que será transferido para Auschwitz, na Polônia, Fritz fará o possível para não se separar do pai. Frente ao horror cotidiano de que são testemunhas, só uma força os manterá vivos: o amor entre eles. Com base no diário secreto de Gustav e em uma meticulosa pesquisa documental, O garoto que seguiu o pai para Auschwitz é uma história de lealdade e luta. ?Uma história extraordinária.? ? The Times
"A alegria que permeia as pinturas de Renoir foi criada por alguém complexo, que até amigos próximos e familiares tinham dificuldade de compreender. A maior autoridade do mundo sobre a vida e o trabalho de Renoir apresenta, aqui, uma biografia íntima desse que é o mais intrigante dos artistas impressionistas, em uma narrativa entremeada por mais de mil trechos de cartas escritas por, para e sobre o pintor. Baseando-se em vasta quantidade de material não publicado, Barbara Ehrlich White nos coloca em contato direto com Renoir como artista, amigo e pai, e nos permite apreciar melhor suas grandes obras.
Foi enfrentando grandes obstáculos que Renoir se tornou enormemente popular: trinta anos de pobreza seguidos por trinta anos de paralisia progressiva dos dedos. As amizades íntimas com diversas pessoas que o ajudaram com dinheiro, contatos e companhia o permitiram superar esses desafios e criar mais de 4 mil pinturas otimistas e positivas. A autora traz uma vida inteira de pesquisa para apoiar esta biografia e desafiar concepções equivocadas sobre a reputação de Renoir, criando um retrato sem paralelos desse artista multifacetado e contraditório a partir das palavras dele e de seus amigos."
Muitos escreveram sobre José Dirceu, com mais erros do que acertos. Com tempo, na prisão, ele mesmo escreveu a fascinante história de sua vida. Os bastidores inéditos de sua militância estudantil nos anos 1960, o exílio e o treinamento para ser guerrilheiro em Cuba, a cirurgia plástica que mudou seu rosto, a vida clandestina no Brasil nos anos 1970, a volta à legalidade com a anistia, em 1979, e sua ascensão no Partido dos Trabalhadores, onde se tornou presidente e maior responsável pela eleição de Lula à presidência da República. Pela primeira vez ele revela segredos dos bastidores da luta política dentro do PT e do próprio governo, onde foi chefe da Casa Civil e provável sucessor de Lula, até ser abatido pelas denúncias do chamado ?Mensalão?. No primeiro volume de suas ?Memórias? ? outro virá, com novas revelações ? ele expõe o que jamais foi dito sobre sua vida e sobre os principais líderes da política brasileira nos últimos 50 anos. Um livro imprescindível para se entender como foi a luta contra a ditadura miliar, a redemocratização, a derrubada do presidente Fernando Collor, a oposição aos governos de Fernando Henrique Cardoso, a eleição de Lula e Dilma e o atual momento político do país.
"Em Nunca deixe de acreditar, Christina relata a história de sua vida como menina de rua no Brasil, da fome que passou, de como foi maltratada e da separação de sua mãe biológica e de seu país. Conta como foi crescer na Suécia com todos os choques culturais com os quais se deparou assim que chegou à pequena cidade localizada na região de Norrland. A autora revela sua experiência de sobrevivência, de como dois mundos totalmente diferentes contribuíram para a sua formação e de como lutou para unir as duas pessoas que tinha dentro de si mesma.
Uma história real sobre amor, tristeza, amizade e perdas. Um relato comovente, que faz com que o leitor reflita sobre como a empatia pelo próximo faz o mundo melhor. E como a falta dela faz ruir a dignidade humana."
O livro reconstitui os mandatos de Getúlio no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório (1930-4), presidente constitucional (1934-7) e, por fim, ditador (1937-45), bem como os meandros de sua vida privada. A astúcia calculista do gaúcho de São Borja apresenta-se aqui em sua plenitude. Livre das amarras da "carcomida" Constituição de 1891, Getúlio procurou estabelecer uma agenda nacionalista e estatizante de desenvolvimento socioeconômico enquanto, no plano político, engendrava complicadas maquinações palacianas para manter opositores e apoiadores sob a égide de sua autoridade pessoal. A Revolução Constitucionalista de 1932, a "intentona" comunista de 35 e o putsch integralista em maio de 38, fragorosamente derrotados pelo governo, foram os mais sérios desafios à perpetuação de Vargas no Executivo federal. Por outro lado, a eleição indireta e a Constituição de 1934, além do golpe de mão do Estado Novo, simbolizaram os momentos de triunfo inconteste do poder getulista.
No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista. Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis.
Neste Clássico da literatura contemporânea, Primo Levi dá um testemunho pungente de uma tragédia que afetou milhões de pessoas. Considerando o mais belo livro já escrito sobre a existência massacrada dos judeus deportados, É isto um homem? não é, no entanto, um relato carregado de ódio e vingança. Desprovidos de esperanças e saúde, os judeus nos campos de extermínio dificilmente poderiam ser identificados com os homens que eram antes da tragédia. Muito menos seus algozes sem rosto, senhores de escravos, mas sem vontade própria, num campo de morte onde ela, afinal, era o menor dos males.