"Como países tão diversos fizeram a transição de regimes autoritários para democráticos? Este livro apresenta uma série de entrevistas com lideranças políticas que desempenharam papel de destaque nessas transições em seus países, entre as décadas de 1980 e 1990: Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, Patricio Aylwin e Ricardo Lagos, no Chile, Ernesto Zedillo, no México, Aleksander Kwasniewski e Tadeusz Mazowiecki, na Polônia, F. W. de Klerk e Thabo Mbeki, na África do Sul, Felipe González, na Espanha.
Esses líderes compartilham suas experiências sobre os bastidores dos processos históricos que culminaram no estabelecimento dos regimes democráticos em suas nações, com as peculiaridades de cada uma.
As entrevistas são acompanhadas de uma análise dos respectivos países feita por especialistas, além de uma resenha biográfica dos entrevistados e uma cronologia. A obra traz também um capítulo sobre a contribuição dos movimentos de mulheres nesses momentos de transição e um ensaio dos organizadores.
As lições desta obra são muito úteis para prevenir regressões da democracia para o autoritarismo."
Clássico da moderna filosofia e obra fundadora das ciências políticas, O príncipe é uma meditação sobre como conquistar e manter o poder,
sobre o uso da força na vida pública, sobre como aproveitar, por meio da virtú, os bons ventos que a fortuna oferece ao governante.
Quando economistas são chamados de ?influentes? significa que eles mudaram a forma como os outros pensam. Por esse padrão, Milton Friedman foi um dos economistas mais influentes de todos os tempos. Ele revolucionou a maneira como seus pares pensam sobre consumo, dinheiro, política de estabilização e desemprego. Friedman demonstrou o poder de se comprometer com algumas suposições simples sobre o comportamento humano e então perseguir implacavelmente suas implicações lógicas. Em mais de 60 anos de carreira, desenvolveu e ensinou novas maneiras de interpretar dados, testando suas teorias por meio de sua capacidade de explicar vários fenômenos díspares. Seriam necessários vários volumes para fazer justiça às contribuições extraordinárias de Friedman para a teoria, prática e política econômicas, mas este livro servirá como uma introdução e, também, uma síntese do trabalho desenvolvido pelo célebre economista. A influência de Milton Friedman se estendeu além dos economistas. Ele foi o principal defensor da liberdade econômica e pessoal. Por meio de seus escritos e aparições na mídia, educou milhões sobre como os mercados funcionam e como os governos frequentemente falham. Ele restaurou a respeitabilidade das noções liberais clássicas que haviam caído em desgraça, e não o fez mediante propaganda engenhosa, mas transmitindo uma compreensão profunda e duradoura das próprias ideias.
Décimo primeiro livro da série Mutações, Dissonâncias do Progresso discute como o progresso da tecnologia gerou inegáveis benefícios para a humanidade ? como avanços na medicina e na comunicação ?, facilitando nosso cotidiano. Em contrapartida, trouxe velocidade e superficialidade para as relações do ser humano com seu entorno e degradou, de diversas formas, a vida atual com a exacerbação do individualismo, a substituição dos valores morais, a supervalorização das crenças religiosas, a economia como referencial maior da vida em comum e o saber dos especialistas em detrimento dos pensadores. Os ensaios deste volume analisam essa situação e apontam caminhos para reflexão.
Edição comemorativa dos 500 anos da Utopia! Bilíngue e com capa dura, é a primeira tradução brasileira da obra feita diretamente do latim. Com a publicação da Utopia, em 1516, Thomas More criou uma das palavras mais ricas, debatidas e controversas de nosso vocabulário. Construído como uma narrativa de viagem, gênero de longa tradição literária, o livro dá voz ao navegante português Rafael Hitlodeu, que, em latim humanista, critica as instituições inglesas para, em seguida, descrever a ilha de Utopia, que conseguiu criar uma sociedade próxima do ideal, valendo-se do conhecimento existente na época, sem qualquer poder sobre-humano. A meio caminho entre a literatura e a filosofia, na zona de passagem entre um não lugar que nega nossas misérias e um bom lugar que as torna talvez mais insuportáveis, a utopia de More é um patrimônio cultural tão rico que não cabe apenas no espaço comprimido da tradição acadêmica que a quer domesticar. Ao pensar uma sociedade viável, cria um instrumento crítico com o qual podemos medir nossa realidade. O posfácio não debate filosoficamente a construção de More, mas passeia de modo livre pelo passado, presente e futuro da utopia (e sua gêmea má, a distopia), demonstrando assim a potência que se gera quando nos deparamos com ? ou criamos ? o termo certo.
Um relato impressionante do envolvimento do poder público nos grandes esquemas de corrupção do país. No aniversário de cinco anos da Operação Lava Jato, Jorge Pontes e Márcio Anselmo, delegados que atuaram em diferentes momentos da Polícia Federal, narram, a partir de suas experiências pessoais e profissionais, como a corrupção se infiltrou nas instituições brasileiras, tornando-se sistêmica. A Lava Jato impactou o Brasil, abalando tanto a classe política quanto a empresarial. Ela levou à prisão importantes figuras públicas e revelou, de forma inédita, a abrangência da ilegalidade no sistema. Pela primeira vez, a população brasileira tomou conhecimento de como acontecem as negociatas por baixo dos panos nas altas-rodas do governo. Em Crime.gov, os autores descrevem uma nova modalidade de crime, que há décadas está entranhada nos três poderes mas que só recentemente passou a ser enxergada com clareza: o crime institucionalizado. Diferente de tudo o que se conhecia até então, é uma dinâmica muito mais complexa, já que as esferas do governo se articulam para preservar a manutenção desses esquemas. Revelador e original, Crime.gov propõe um novo olhar sobre as relações de poder na política nacional.
As Seis Lições reúne as palestras ministradas, em 1959, por Ludwig von Mises na Universidade de Buenos Aires (UBA). O autor discute com clareza o capitalismo, o socialismo, o intervencionismo, a inflação, o investimento estrangeiro e as relações entre política e ideias. Em linguagem agradável, a obra apresenta as linhas gerais do pensamento misesiano sendo, ao mesmo tempo, uma das melhores introduções a Política e a Economia. Além do prefácio original de Margit von Mises, viúva do autor, a presente edição conta com uma apresentação bibliográfica do economista austríaco escrita por Helio Beltão e Alex Catharino.
De forma quase unânime, ao ouvir os termos "liberal", "democrático" e "liberal-democrático" proferidos nos meios político ou jornalístico, as pessoas encontram dificuldade em compreender seu real significado, e acabam por confundi-los. Este livro pretende ser um antídoto para essa confusão, pois diferencia com clareza os antigos, veneráveis e atemporais conceitos de Liberalismo e de Democracia.
Sendo o liberalismo e a democracia duas respostas a questões políticas de natureza diferente, ao longo da história tenderam a se comportar como variáveis independentes: existiram e existem Estados que não são nem liberais, nem democráticos; Estados liberais, mas não democráticos; e Estados liberais e democráticos.
E o mais inquietante - uma vez que contrasta mais diretamente o lugar-comum que confunde liberalismo e democracia - é o fato de terem existido e existirem Estados democráticos que não são liberais. Este último fenômeno foi previsto pelo pensador liberal Alexis de Tocqueville já em 1840, e foi chamado de "tirania da maioria".
Em muitos outros livros e artigos, Norberto Bobbio analisou e discutiu vários aspectos do antigo e do novo liberalismo e da velha e da nova democracia, mas é neste livro que seus conceitos são expressos de maneira comparada, abrangente, breve e simples, ou seja, com uma abordagem didática. Por essa razão, a presente obra - já traduzida para seis idiomas - tem sido frequentemente utilizada como texto de base sobre o assunto por estudantes de diversas partes do mundo.