Pela primeira vez o jornalista Luís Costa Pinto ? que há quase 30 anos deu início ao processo que resultou na queda do presidente Fernando Collor ? revela os bastidores de uma investigação dramática, num tempo em que nem a Polícia Federal nem o Ministério Público estavam aparelhados para cumprir com o papel que exercem hoje. Trapaça ? Volume 1 ? Collor é o primeiro de quatro livros da saga que pretende contar, em ritmo de thriller policial e literário, os bastidores do poder no Brasil ao longo de três décadas, da ascensão e queda de Collor aos dias de hoje. Essa história começa em maio 1992, quando o Brasil viu sua jovem democracia ser consolidada pela eleição e em seguida pelo processo de impeachment de Fernando Collor. O primeiro presidente eleito no país depois de 21 anos de ditadura foi cassado com base num processo de investigação iniciado e conduzido pela imprensa. O irmão do presidente da República, Pedro Collor, revelou esquemas de corrupção do governo numa entrevista bombástica ao jornalista Luís Costa Pinto, então com apenas 23 anos e uma determinação intensa para a investigar os fatos. Depois, o motorista que servia à família presidencial conduziu parlamentares de uma CPI a documentos que embasaram a cassação do presidente. O país se uniu para superar o trauma e buscar soluções que não paralisassem nem a reconstrução democrática, nem a economia nacional. Esse é o pano de fundo do 1º volume de Trapaça, a saga política no universo paralelo brasileiro. Irregularidades, tráfico de influência, lobbies, negócios escusos, a busca insaciável do poder, paixões intensas por mulheres fatais, num ambiente em que se ressalta a crônica corrupção do estado brasileiro, antecipando o que vivemos hoje.
Vozes historicamente silenciadas encontram em Mulheres quilombolas espaço para compartilhar saberes a partir de suas perspectivas, como faziam nossos ancestrais reunidos em torno do fogo, no ritual de transmissão e perpetuação de conhecimentos basilares para a comunidade. As autoras trazem para a roda uma diversidade de pautas em geral invisibilizadas na sociedade, contribuindo com suas visões de mundo, seus conhecimentos acadêmicos e suas experiências de vida para abrir novas possibilidades de debate. Assumindo o lugar de guardiãs dos saberes ancestrais, de lideranças políticas, de mulheres racializadas na sociedade, expõem em suas reflexões os muitos atravessamentos que a discussão em torno do que é ser mulher quilombola abarca. Para além da pauta identitária, como protagonistas de suas próprias histórias, as autoras denunciam os muitos percalços enfrentados pela população quilombola - que existe (e resiste) em torno de quatro mil comunidades em quase toda a extensão do Brasil -, lamentavelmente pouco divulgados e discutidos na mídia e em nossos círculos sociais. Uma oportunidade privilegiada de estabelecermos diálogo com uma epistemologia e uma realidade social em geral pouco conhecida, com uma Outridade ainda invisibilizada. Um livro do Selo Sueli Carneiro, coordenado por Djamila Ribeiro.
Edição avulsa do capítulo de Verdade tropical sobre a ditadura militar brasileira. Na madrugada do dia 27 de dezembro de 1968, duas semanas depois de o governo decretar o AI-5, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram retirados dos apartamentos onde moravam, no centro de São Paulo, e levados em uma caminhonete ao Rio de Janeiro. Conduzidos por policiais à paisana, eles foram presos sem nenhuma justificativa. Em Narciso em férias, volume avulso do capítulo homônimo de Verdade tropical, Caetano Veloso relata o impacto brutal que os 54 dias vividos no cárcere deixariam em sua vida ? não apenas pela dimensão política, mas também pela perspectiva psicológica e artística. Esta edição inclui uma seção com registros do processo aberto pela ditadura militar contra o cantor e compositor. Esses documentos ficaram guardados no Arquivo Nacional e seriam revelados ao artista pela primeira vez cinquenta anos mais tarde, em 2018. No texto inédito de apresentação, Caetano Veloso anuncia: ?este, que é meu escrito a que atribuo maior valor, entra na cena atual da vida política brasileira de modo abrasivo?.
O enredo do volume 2 de Trapaça ? Saga Política no Universo Paralelo Brasileiro começa horas antes do ponto em se encerra a história do volume 1. O diapasão temporal vai da madrugada do dia 1º de outubro de 1992, quando Itamar Franco assumiria a Presidência da República substituindo Fernando Collor, que passava a responder a um processo de impeachment, até a segunda-feira 26 de abril de 1999 quando o ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, sai preso do Senado Federal. Luís Costa Pinto considera que, naquele episódio, encerra-se o ciclo virtuoso dos mandatos de Fernando Henrique Cardoso como presidente. Afinal, o sociólogo sucedera a Itamar depois de ser um excelente e improvável ministro da Fazenda e de ter liderado a equipe que formulou e implantou o Plano Real. Por meio de oito capítulos muito bem costurados, o autor narra os bastidores da política e do jornalismo político a partir do epicentro dos acontecimentos: Brasília. Os jornalistas são personagens e sujeitos da história. As intrigas profissionais e os dramas pessoais de repórteres e de fontes se entrelaçam na trama e, novamente, por meio de fatos, forma-se um painel de casos reais que podem ser estudados pela Ciência Política ? e tudo narrado em ritmo de thriller jornalístico.
Nascido em Portugal, na minúscula aldeia de Galisteu Cimeiro, no concelho de Proença-a-Nova, Joaquim Fernandes Martins está entre os jovens portugueses de origem humilde que abriram mão da segurança de estar perto da família e trocaram a dura vida de trabalho na terra natal pela possibilidade de vencer no Brasil. Em abril de 1955, Joaquim desembarcou no porto de Santos, trazendo consigo um pouco da experiência adquirida ao trabalhar como ?caixeiro? (vendedor de loja), uma mala de pertences, a mente cheia de sonhos e o coração repleto de expectativas. Cinco anos depois, Joaquim inicia sozinho a sua empreitada no comércio como dono da loja Casas Martins, que, em pouco tempo, passou a ganhar novas unidades e se transformou na rede de lojas de supermercados, atacado e atacarejo Planalto. Resgatando a ligação com a terra e seguindo os conselhos do pai, que dizia ?se a casa queimar, a terra fica?, em meados da década de 1960, Joaquim passou a investir em fazendas, na produção agrícola e na criação de gado, tornando-se um dos principais pecuaristas do Brasil. Conheça a trajetória de sucesso ? e de simplicidade ? de Joaquim Fernandes Martins, que escolheu o Brasil para viver, trabalhar, constituir família, empreender, produzir e prosperar, gerando, assim, empregos, oportunidades e riqueza para um grande número de pessoas.
Uma carta aberta de encorajamento a mulheres de todas as idades, Uma gloriosa liberdade celebra vidas extraordinárias vividas na maturidade e redefine o significado de envelhecer, com histórias sobre mulheres acima dos 40 anos que estão prosperando.
Jan e Antonina Zabinski eram os encarregados cristãos do Jardim Zoológico de Varsóvia quando, no início da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu a Polônia, e os bombardeios que destruíram a cidade mataram boa parte dos animais. O casal passou, então, a esconder judeus nas celas vazias, aproveitando a obsessão dos nazistas por animais raros e com isso salvou mais de trezentas pessoas condenadas. Sua história, no entanto, desapareceu por entre as frestas da "grande" História, como às vezes acontece com os atos de compaixão radical e extrema coragem. Este livro de Diane Ackerman é o testemunho poderoso dessa coragem, uma história que celebra, com rara sensibilidade, a beleza, o mistério e a tenacidade do espírito humano e da própria vida.
O livro reconstitui os mandatos de Getúlio no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório (1930-4), presidente constitucional (1934-7) e, por fim, ditador (1937-45), bem como os meandros de sua vida privada. A astúcia calculista do gaúcho de São Borja apresenta-se aqui em sua plenitude. Livre das amarras da "carcomida" Constituição de 1891, Getúlio procurou estabelecer uma agenda nacionalista e estatizante de desenvolvimento socioeconômico enquanto, no plano político, engendrava complicadas maquinações palacianas para manter opositores e apoiadores sob a égide de sua autoridade pessoal. A Revolução Constitucionalista de 1932, a "intentona" comunista de 35 e o putsch integralista em maio de 38, fragorosamente derrotados pelo governo, foram os mais sérios desafios à perpetuação de Vargas no Executivo federal. Por outro lado, a eleição indireta e a Constituição de 1934, além do golpe de mão do Estado Novo, simbolizaram os momentos de triunfo inconteste do poder getulista.
No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista. Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis.
Desde sua estreia em 1974 na mais famosa boate punk de Nova York, por meio dos álbuns clássicos e apresentações fervilhantes, os Ramones tiveram um percurso memorável ao longo de duas décadas de pop. Eles prepararam o cenário para o punk e o hardcore com seu som tosco e apresentações selvagens de 20 minutos... e sempre puseram a música em primeiro lugar.
Visto pelos olhos de quem estava lá quando tudo isso aconteceu, incluindo músicos, empresários, produtores, jornalistas e gente do cenário punk de Nova York, está tudo aqui: os rompimentos, as situações ruins, os anúncios da Budweiser, os shows e os bastidores de todos os álbuns clássicos.
Conheça a história completa e sem cortes dos 22 anos de carreira dos Ramones.