Casagrande descobre o prazer da sobriedade e passa sua história a limpo Com histórias impactantes, recheadas de sentimentos que habitam a alma humana, Walter Casagrande Jr. mergulha fundo em si mesmo em Travessia, livro que escreve ao lado do amigo e jornalista esportivo Gilvan Ribeiro. Nesta obra, que pode ser considerada a mais íntima do ex-jogador de futebol, Casão conduz os leitores em uma viagem repleta de emoção, dor, paixão, dúvida, procura, descoberta e redenção. Travessia parte do comovente depoimento de Casagrande durante a final da Copa do Mundo de 2018, quando revelou ter passado sóbrio todo o período da competição, e traz depoimentos reveladores de grandes amigos famosos, como Baby do Brasil, Nasi, Nando Reis, Paulo Miklos, que acompanharam de perto e tiveram papel fundamental na luta de Casão. O livro mostra a personalidade inquieta de Casagrande e assuntos importantes em sua vida, como a música, espiritualidade, amores e política, além do apetite pela vida que o levaram a experiências extremas que o deixaram no limite da sanidade e da sobrevivência.
Todos nós sabemos o final. Aconteceu numa segunda-feira em Nova York, no dia 8 de dezembro de 1980. Este ano o mundo comemora os 80 anos do nascimento e chora os 40 anos da morte de John Lennon. John Lennon era o Beatle preferido de muitos. Era também o mais complexo e contraditório. Sua vida foi tirada no auge de sua história, quando estava apenas na metade da jornada. Mais do que qualquer outro artista, John Lennon veio a ser considerado o símbolo de sua época. Mas quem ele realmente era? Em uma investigação fascinante, a aclamada jornalista e biógrafa de músicos e estrelas do rock Lesley-Ann Jones, autora da biografia mais vendida de Freddie Mercury no Brasil, apresenta um retrato completo desse homem: sua vida, sua música, seus relacionamentos e sua morte. Edição com caderno de fotos.
Nascido do crime apresenta a história impressionante, inspiradora e divertida da infância e juventude de Trevor Noah, um dos maiores comediantes da atualidade, ambientada durante os anos finais do apartheid e os dias tumultuosos de liberdade que se seguiram. A jornada extraordinária de Trevor Noah ? da infância sob o apartheid, na África do Sul, à bancada de um dos mais importantes talk shows dos Estados Unidos ? começou com um ato criminoso: seu nascimento. Trevor nasceu de pai branco e mãe negra, numa época em que essa união era punível com cinco anos de prisão. Prova viva de um crime, ele era mantido em segredo, uma das medidas extremas que sua mãe era obrigada a tomar para escondê-lo do governo, que a qualquer momento poderia levá-lo. Finalmente livres com o fim do apartheid, Trevor e a mãe embarcam numa grande aventura, abraçando as oportunidades conquistadas após séculos de lutas. Nascido do crime é a história de um jovem inquieto, que se sente deslocado tanto nas áreas dos brancos quanto nos subúrbios dos negros. É também a história do relacionamento desse jovem com sua mãe destemida, rebelde e fervorosamente religiosa ? uma mulher determinada a salvar o filho do ciclo de pobreza, violência e abusos. As histórias contadas por Trevor Noah são hilárias, dramáticas e profundamente tocantes. Seja jantando lagartas em tempos difíceis, sendo arremessado de um carro em movimento durante uma tentativa de sequestro ou apenas sobrevivendo às armadilhas da vida amorosa na escola, Trevor joga luz em seu mundo com honestidade e humor cortante. Seus textos se entrelaçam para formar um retrato emocionante e divertido de um garoto tentando avançar na vida em uma época turbulenta, armado apenas com senso de humor agudo e o amor incondicional de sua mãe nada comum. ?Um livro de memórias irresistível. Ao mesmo tempo alarmante, triste e divertido, Nascido do crime não é apenas um relato impressionante sobre como foi crescer na África do Sul sob o apartheid, mas uma carta de amor à mãe notável do autor.? ? Michiko Kakutani, The New York Times ?O que torna Nascido do crime uma leitura tão prazerosa, de nutrir a alma ? mesmo com todos os componentes sombrios e lances perigosos ?, é ver Noah contar, com sua prosa ágil e calorosamente coloquial, como aprendeu a abrir caminho em meio ao bullying e à rejeição. O que também ajudou foi ter uma mãe como Patricia Nombuyiselo Noah. Considere Nascido do crime um presente para ela ? e um presente enorme para o resto de nós.? ? USA Today
"Desde que nasceu, em 1984, Kim Jong Un esteve envolto em mitos e propaganda, da mais absurda ? em que supostamente sabia dirigir um carro aos três anos ? às histórias mais sombrias e sangrentas de familiares que morreram por ordens suas. Anna Fifield reconstrói o passado e o presente de Kim com acesso exclusivo a fontes próximas a ele e nos traz uma visão única para explicar a missão dinástica da família Kim na Coreia do Norte.
A noção arcaica de governo dessa família de déspotas combina com as dificuldades quase medievais que o país enfrenta sob seu domínio. Poucos achavam que um jovem fanático por basquete, educado na Suíça, nada saudável e sem experiência conseguiria manter de pé um país que deveria ter ruído há muitos anos. Mas Kim Jong Un não apenas sobreviveu, ele prosperou, auxiliado pela aprovação de Donald Trump e pelo bromance mais bizarro da diplomacia.
Cética, mas perspicaz, Fifield cria um retrato cativante do regime político mais estranho e secreto do mundo ? isolado, porém internacionalmente relevante, falido, mas de posse de armas nucleares ? e seu regente, o autoproclamado Amado e Respeitado Líder, Kim Jong Un."
"""?Quando vi pela primeira vez na tevê o cidadão que se intitulava João de Deus, não hesitei em dizer para minha mulher, ao lado: é bandido.? A frase é do médico Drauzio Varella, em coluna no jornal Folha de S.Paulo no início de 2020. Poucos anos antes, porém, essa franqueza era rara no debate público. João de Deus desfrutava das bênçãos do establishment. Frequentava festas de políticos, recebia artistas brasileiros e estrangeiros, via formarem filas quilométricas em frente à casa onde atendia, na pequena cidade de Abadiânia, no interior de Goiás. No fim de 2018, veio a público uma onda de acusações de assédio sexual contra o líder espiritual. Dezenas de mulheres saíram da sombra para contar experiências de abuso e estupro. Em seguida surgiram as denúncias na Justiça. E então o castelo de cartas de João de Deus começou a desmoronar. Este livro mergulha nessa história e mostra que ela é ainda mais assustadora. Ao longo de quarenta anos, desde os primórdios do centro de atendimento de João de Deus, fundado no fim dos anos 1970, foram se acumulando episódios nada edificantes. Atores foram contratados para fingir serem doentes. Uma escritora estrangeira pagou para acobertar abusos do líder no exterior. Mortes e assassinatos ficaram sem explicação. Em Abadiânia, são comuns relatos sobre pessoas que sumiram após se indispor com João de Deus. Diversos moradores tiveram seus bens confiscados por capangas após brigar com a figura mais poderosa da cidade. Como muita gente enriqueceu graças aos milhares de dólares dos turistas estrangeiros, o silêncio impera na região. Durante o processo de apuração, ao longo do ano de 2019, o autor Chico Felitti visitou a cidade meia dúzia de vezes. Passou uma semana dentro da seita. Saiu de lá com uma reportagem brilhante, capaz de revelar as entranhas de um líder à brasileira: corrupto e empreendedor, criminoso e carismático, sedutor e profundamente cruel. """
Um mergulho sem precedentes na vida pessoal e criativa do visionário cineasta David Lynch, por meio de suas próprias palavras e do olhar de colegas de trabalho, família e amigos. Uma combinação única de biografia e memórias, talvez Espaço para sonhar seja mais precisamente descrito como uma história oral da carreira de Lynch. O livro traz intercalados capítulos escritos por Kristine McKenna pelo próprio cineasta, mesclando depoimentos de familiares, amigos e profissionais que trabalharam com Lynch e a perspectiva do próprio diretor. O resultado é um livro que acompanha o estilo único e a reverência peculiar de Lynch, uma obra singular que dá ao leitor acesso único à vida e à mente de um dos artistas vivos mais originais e enigmáticos da atualidade.
Um relato potente que reúne duas visões em diferentes épocas de um dos homens mais intrigantes de todos os tempos.
Em 1991 a biografia definitiva de Brock Yates penetrou o verniz brilhante e impecável da Ferrari e revelou a verdade por trás das relações bizarras de Enzo Ferrari e sua obsessão fanática pela velocidade. Sua publicação despertou tanto o furor dos admiradores do fundador da empresa quanto a admiração de historiadores. Agora, sua filha, Stacy Bradley, volta à obra do pai para acrescentar a ela informações cruciais sobre a trajetória da empresa após a morte do fundador, análises sobre as relações econômicas que a Ferrari desenvolveu ao longo dos anos e novas fotos incríveis e inéditas.
Uma viagem assombrosa pela história da cirurgia Em Medicina dos horrores, a historiadora Lindsey Fitzharris narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, que estava às vésperas de uma profunda transformação. A autora evoca os primeiros anfiteatros de operações ? lugares abafados onde os procedimentos eram feitos diante de plateias lotadas ? e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, uma vez que não havia anestesia. Não à toa, os mais célebres cirurgiões da época eram capazes de amputar uma perna em menos de trinta segundos. Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade implacavelmente elevadas. É nesse cenário, em que se considerava mais provável um homem sobreviver à guerra do que ao hospital, que emerge a figura de Joseph Lister, um jovem médico que desvendaria esse enigma mortal e mudaria o curso da história. Concentrando-se no tumultuado período entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde eles aprimoravam sua arte, as ?casas da morte? onde estudavam anatomia e os cemitérios, que eles volta e meia invadiam para roubar cadáveres. Chocante e revelador,Medicina dos horrores celebra o triunfo de um visionário, cuja busca para atribuir um caráter científico à medicina terminou por salvar milhões de vidas
Quando foram publicados, em 1998
e 2000, os dois volumes da monumental
biografia de Hitler escrita por Ian Kershaw
foram imediatamente saudados em
todo o mundo como obras fundamentais
sobre a figura mais sinistra da história do
século xx. A presente tradução foi realizada
a partir da versão condensada elaborada
pelo autor, que eliminou cerca de
quatrocentas páginas de notas e referências
"destinadas sobretudo ao público
acadêmico", sem no entanto prejudicar
a força da narrativa e o poder de seu argumento.
Kershaw escreve baseado na farta
documentação já conhecida e em novas
fontes, como o surpreendente diário de
goebbels, redescoberto no início da década
de 1990, que traz revelações mais
íntimas sobre as atitudes, as hesitações e
o comportamento de Hitler no poder. A
trajetória inteira desse indivíduo que parecia
destinado ao fracasso e que acabou
na direção de um dos países mais desenvolvidos,
cultos e complexos da Europa é
esmiuçada pelo autor, em busca de uma
explicação para essa incrível trajetória
ascendente, para o domínio que Hitler
exerceu sobre as elites alemãs e para a catástrofe
que causou em seu país e no resto
do mundo.
Sem desprezar os traços de personalidade
do ditador na explicação da história,
o autor enfatiza os aspectos sociais, políticos
e econômicos da sociedade alemã
traumatizada pela derrota na Primeira
guerra, a instabilidade política, a miséria
econômica e a crise cultural. E, em vários
momentos, Kershaw permite-se fazer
exercícios contrafactuais, perguntando-se
como tudo poderia ter sido diferente se,
por exemplo, a elite conservadora alemã
tivesse se comportado de outra maneira,
ou se as potências ocidentais não tivessem
hesitado tanto, ou mesmo se Hitler
simplesmente não tivesse tido tanta sorte
(sua sobrevivência a vários atentados,
por exemplo, se deveu muitas vezes ao
acaso).
De um lado, o autor evita as simplificações
de alguns críticos do nazismo, mas
por outro contesta, utilizando para isso
um exame detalhadíssimo de documentos
e eventos, as teorias revisionistas que
tentam "absolver" Hitler do Holocausto.
Ele mostra que, de fato, não existe uma
ordem escrita por Hitler para a execução
da "solução final para a questão judaica",
mas isso não o isenta da responsabilidade
pelo extermínio de milhões de judeus,
pois, além de estimular verbalmente essa
"aniquilação" (palavra que usava com
prodigalidade), ele estava perfeitamente
a par do que se passava nos campos
de concentração ("Não faço nada que o
Führer não saiba", disse o carrasco-mor
Himmler).
Em suma, trata-se da biografia mais
completa e abrangente do homem que
levou o racismo, o desprezo pela vida humana,
a insensatez política e o desvario
militar a extremos tais que o romancista
Norman Mailer chegou a ver nele a pura
encarnação do demônio.
"Michael Jordan é melhor jogando basquete do que qualquer outra pessoa fazendo qualquer outra coisa." Escrita por David Halberstam, o célebre jornalista norte-americano ganhador do Prêmio Pulitzer, esta biografia traça a trajetória completa do maior jogador de basquete de todos os tempos, dos primeiros arremessos na garagem de casa até os dois tricampeonatos da NBA com o Chicago Bulls nos anos 90. Mas, além disso, o livro mostra como a indústria e a mídia se desenvolveram na época, junto com Jordan, para criar um novo mundo do consumo e do entretenimento - e como um jovem atleta, com sua incrível determinação de vencer, tornou-se um verdadeiro mito do esporte.