O Homo sapiens é mesmo uma espécie surpreendente. Achávamos que ele tinha surgido em algum lugar da África há 200 mil anos, e agora encontramos provas de sua presença desde muito antes disso, e em todos os continentes. Pensávamos que ele tinha saído do berço 80 mil anos atrás, até descobrir, na China, fósseis muito mais antigos. Pior que isso ? ou melhor, como queira ?, a genética nos mostrou recentemente que chegamos a dividir nosso planeta com outras espécies humanas hoje extintas e com as quais nós nos misturamos! Por todas essas razões, é urgente fazer um balanço sobre nossos ancestrais e escutar as últimas notícias do Sapiens. Dos australopitecos ao Neolítico, os autores nos contam a fascinante saga de um estranho primata, transformado para sempre pela evolução e pelo nosso bem mais valioso: a cultura.
Mais do que um vislumbre à formação do estilo e das ideias que norteariam a obra de George Orwell, Homenagem à Catalunha é um documento histórico que retrata com sinceridade atroz o desengano de toda uma geração. Em 1936, o jovem George Orwell trocou a Inglaterra pela Espanha, onde se alistou na milícia socialista Poum para enfrentar os fascistas liderados por Franco. A experiência, narrada com honestidade e sem recorrer a artifícios romanescos, é a matéria de Homenagem à Catalunha. Ao chegar no front em Barcelona, Orwell recebeu um treinamento curto e inútil, um rifle falho e trapos para usar de uniforme. Ansioso para o combate, suas ilusões duraram poucas noites: ele precisou encarar a inutilidade da luta e de servir para uma milícia que mais atuava distraindo os fascistas do que os combatendo. Como o próprio Orwell afirmou, a experiência traumática na guerra (que incluiu ser atingido por um tiro quase fatal na garganta) foi responsável por moldar a percepção política e a visão de mundo que norteiam livros como 1984 e A Fazenda dos Animais. Socialista até o fim, o autor testemunhou o ponto de inflexão no qual sonhos revolucionários se revelaram uma fachada para pulsões autoritárias e violentas.
Este livro conta a história do impacto de Bletchley Park sobre a guerra, incluindo a superação da ameaça dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico, a ajuda aos Aliados na vitória do Mediterrâneo com a identificação dos movimentos navais e aéreos do Eixo, o entendimento dos planos e disposições das tropas alemães antes dos desembarques na Normandia e a ajuda para afundar o encouraçado Scharnhorst no norte da Noruega.Ao acompanhar esses eventos, o livro também mergulha na história dos principais personagens de Bletchley: gênios como Alan Turing, que construiu a máquina de decifração Bombe e teve grande influência no desenvolvimento da ciência da computação e da inteligência artificial Gordon Weilchman, um dos primeiros especialistas em análise de metadados e novatos como Mavis Batey, que decifrou o código Enigma italiano e deu à Marinha Real britânica vantagem estratégica na Batalha do Cabo Matapan, em março de 1941.Faz um relato histórico do papel dos decifradores que ajudaram os Aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial.Apresenta decifradores fundamentais como Alan Turing, Gordon Welchman, Dillwyn Dilly' Knox, Jane Hughes e Mavis Batey.
Neste livro, o historiador petrônio domingues procura mapear o protagonismo negro paulista no século xx e fazer um balanço dessa produção histórica. São diversos elementos de análise: biografias, vida associativa, ações políticas, agenciamentos sociais, práticas culturais, relações de gênero, conexões afrodiaspóricas, concepções ideológicas, invenções identitárias e narrativas. Trata-se aqui de um panorama do período pós-abolição, quando, segundo o autor, ?já não havia mais escravizados nem senhores, e lugares e hierarquias sociais edificados durante séculos se desmancharam?.
"Os historiadores ingleses Sam Willis e James Daybell encontraram uma maneira original para falar sobre fatos importantes da história do mundo: por meio de assuntos inusitados
Se olharmos para as mãos como um ""objeto"" histórico por exemplo veremos que elas estão completamente conectadas com a préhistória Foi através delas com as pinturas rupestres que nossos antepassados nos deixaram indícios da vida naquele tempo As mãos também estiveram ligadas ao poder dos reis até mesmo de curar já que durante a Idade Média acontecia o chamado ""toque real"" para acabar com doenças
Já o relógio tem uma ligação mais óbvia com o passado afinal muitos eram deixados como herança ao longo de inúmeras gerações Mas essa peça também está conectada ao naufrágio do Titanic à bomba de Hiroshima e ao ataque ao World Trade Center em Nova York Como? Relógios que sobreviveram às três tragédias mostram o momento exato em que elas aconteceram
Quando falamos em gatos logo nos vem à mente o Egito Antigo onde esses animais eram venerados Mas aqui você vai descobrir como e por que eram alvos de crueldade na França do século XVI
Esses são apenas alguns dos trinta temas tratados neste curioso livro escrito pelos criadores do podcast Histories of the unexpected Preparese para se surpreender com o fato de tudo estar conectado
MÃO * LUVAS * PERFUME * BOLHA * SOMBRAS * BARBAS * NUVENS PÓ * RELÓGIOS * ARTE COM TECIDOS * COCEIRA * BURACOS * CAMA * SONHOS * CABELO * CLIPE DE PAPEL * CARTAS * CAIXAS * CORAGEM * MONTANHAS * CHAMINÉS * LÁGRIMAS * LEÕES * LIXO * NEVE * GATOS * SORRISO * CICATRIZ * DESAPRUMO * ASSINATURA"
No final de agosto de 1939, quando a guerra ameaçava eclodir na Europa, os curadores do Louvre guardaram o quadro mais famoso do mundo em um estojo especial forrado com veludo vermelho e o enviaram ao Vale do Loire, cerca de duzentos quilômetros ao sul de Paris. Assim começou a maior retirada de obras de arte e antiguidades da história. À medida que os alemães se aproximavam da capital em 1940, os franceses se apressavam para despachar as obras-primas cada vez mais ao sul, vez após vez durante a guerra, cruzando todo o sudoeste da França. Durante a ocupação alemã, a equipe do Louvre lutou para manter tesouros inestimáveis longe das mãos de Hitler e de seus capangas e para manter seguro o palácio do Louvre, muitas vezes arriscando seus empregos e suas vidas para proteger a herança artística do país. Salvando a Mona Lisa é a história arrebatadora e cheia de suspense dessa batalha. Encorpado por uma pesquisa profunda e acompanhado por fotografias fascinantes daquele período, Salvando a Mona Lisa é uma envolvente história real de arte e beleza, intriga e sagacidade, e de uma coragem moral notável em face de um dos inimigos mais aterrorizantes da história.
Aqui estamos novamente frente a estudos diversos que analisam movimentos transformadores em países latino-americanos na segunda metade do século XX, em particular na Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Colômbia e em El Salvador. Experiências de lutas sociais enfrentadas violentamente pelas classes dominantes. Os que sonharam com um avanço progressivo no continente, desencantaram-se com um século banhado pelo sangue e um final pleno do neoliberalismo.
Vencedor do Prêmio Pulitzer revela de forma inédita o papel da Igreja Católica no regime fascista
Em muitos aspectos, Pio XI e o "Duce" não poderiam ter personalidades mais diferentes. No entanto, havia muito em comum. Não acreditavam na democracia e abominavam o comunismo. Eram propensos a ataques de cólera e protegiam com todas as forças as regalias dos cargos que ocupavam. Além disso, contaram um com o outro para consolidar seus poderes e alcançar objetivos políticos.
Desafiando a narrativa histórica convencional que retrata a Igreja Católica como forte opositora do regime fascista, David I. Kertzer mostra como o papa Pio XI foi crucial para que Mussolini instaurasse sua ditadura e se mantivesse no poder, estabelecendo uma aliança que garantiu à Igreja a restauração de posses e privilégios. Em uma rigorosa investigação, que envolveu o estudo de relatórios dos espiões de Mussolini na Santa Sé e se beneficiou sobretudo da abertura, em 2006, de arquivos secretos do Vaticano, Kertzer não só constata a nebulosa relação dos dois líderes, como também analisa a resistência encontrada pelo pontífice quando, já com a saúde debilitada e à beira da morte, passou a atacar Mussolini, suas leis antissemitas e a aproximação com Hitler. O medo dos prejuízos advindos do rompimento com o regime fascista mobilizou as mais expressivas autoridades do Vaticano, entre elas o futuro papa, Pio XII.
Vívido e dramático, O papa e Mussolini traz uma visão cruelmente verdadeira sobre um capítulo obscuro da história mundial, fartamente documentada, narrada com extrema perícia e reconhecida, em 2015, com o Prêmio Pulitzer de biografia.
Vencedor do prêmio Pulitzer, este livro traça a abrangente história do combustível mais importante do mundo. Colocando-o no centro das decisões mais importantes do século XX, o especialista Daniel Yergin, referência internacional no assunto, mostra de que maneira o petróleo influenciou guerras, suscitou transformações tecnológicas e gerou as maiores riquezas do planeta. Nesta edição revista, ampliada e ilustrada, povoada por nomes como Churchill, Hitler, Stálin e Saddam Hussein, o leitor brasileiro poderá encontrar também um epílogo com informações essenciais sobre o contexto brasileiro e as perspectivas do pré-sal.