Aos 86 anos, Betty Halbreich é uma figura única no mundo da moda. Há quase quatro décadas comanda o departamento de compras personalizadas ou personal shopping, como Betty prefere não chamar da loja Bergdorf Goodman, ícone do consumo de luxo na Quinta Avenida. Meticulosa, impecável e deliciosamente engraçada, Betty é conhecida por não ter medo de abrir o jogo com as clientes. Já vestiu desde uma primeira-dama dos Estados Unidos até personagens de séries como Sex and the City e Girls, além das próprias estilistas que abastecem suas araras.
Em Um brinde a isso, Betty fala não só da tão atraente carreira, mas também do momento mais duro em que precisou se encarar no espelho: separada e com dois filhos, ela entrou em depressão e tentou o suicídio. Um emprego de vendedora na Bergdorf Goodman a ajudou a se reencontrar, porém seu talento para vestir os outros era inversamente proporcional à inclinação para as vendas. Realocada como personal shopper, Betty deu a volta por cima e levou junto inúmeras clientes que também se reencontraram com seus conselhos e exemplo.
Combinando deliciosas memórias de compras, moda e celebridades fashion sem citar nomes, claro com capítulos intensos e tocantes sobre sua vida pessoal, Betty mostra que o verdadeiro estilo de uma mulher não está impresso nos cortes, tecidos e etiquetas que ela veste, mas na história que ela tem para contar. E a história de Betty é maravilhosamente inspiradora.
*EXCLUSIVO PARA O SITE
Da Lava Jato ao governo Bolsonaro: bastidores do poder
Rosangela e Sergio Moro se conheceram nas salas de aula: ele, professor rigoroso que punia as faltas; ela, aluna que se sentia
injustiçada. Reencontraram-se pouco depois da formatura de Rosangela e estão juntos desde então. São mais de vinte anos
de casamento, dois filhos e inúmeros momentos difíceis vividos pela família em função da carreira do ex-ministro. Em Os dias
mais intensos, Rosangela abre o coração e recorda situações que preferiria esquecer. Afinal, a família precisa de proteção
especial desde os tempos em que o então juiz ia atrás de traficantes de drogas.
Em uma narrativa emocionante, ela conta alguns momentos marcantes da Operação Lava Jato como o dia em que Lula foi
preso e a notícia do vazamento do telefonema entre o ex-presidente e a então presidenta Dilma. No capítulo ?Tchau querida?,
descobrimos que Moro estava jogando basquete com os filhos enquanto o Brasil parava na frente da televisão. ?Ele toma
Morotril?, diz Rosangela, referindo-se à calma do marido.
Tensa, mesmo, foi a passagem do então juiz no governo de Jair Bolsonaro. Como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro
acumulou frustações e frituras, relembradas em detalhes por Rosangela. Em um primeiro momento, ela achava que Bolsonaro
poderia ser o regente de uma orquestra em que o marido e os demais ministros atuariam. ?Mas Moro e Bolsonaro não têm nada
em comum. Hoje acho até que, quando juntos, sequer tinham assuntos para conversar além das pautas palacianas.?
Os dias mais intensos oferece um olhar privilegiado sobre a história de um dos personagens mais importantes do Brasil,
alguém que foi fundamental na luta contra a corrupção e teve a coragem de enfrentar empresários todo-poderosos e políticos
de esquerda e de direita.
Um dos mais importantes críticos e ficcionistas contemporâneos relembra sua infância no interior de Minas Gerais em uma narrativa contundente e arrebatadora. Enquanto descobre a magia do cinema e das revistas em quadrinhos, o jovem Silviano Santiago nos conta a história de sua vida marcada pela perda da mãe, a conturbada relação com o pai e com o restante da família tradicional do interior de Minas Gerais. Contudo, ao narrar sua infância, Silviano narra também momentos decisivos da história do Brasil entre os anos 1940 e 1960. Com o exemplar manejo da escrita que já conhecemos de suas obras ensaísticas e ficcionais, Silviano traz para esse relato memorialístico a potência narrativa que caracteriza toda sua obra. Um livro corajoso sobre as marcas que a infância e a família deixam em nós. ?Duplo movimento da memória: história familiar e história literária se revezam e se compactam, como de resto no conjunto da obra de Silviano Santiago. Um olho lá, outro cá, o estrabismo corrige a miopia do menino e amplia o campo de visão do adulto escritor.? ? Wander Melo Miranda
Os jornalistas Aloy Jupiara e Chico Otavio preenchem uma lacuna fundamental à compreensão do país nos últimos vinte anos: de por que mergulhamos em tão profunda depressão política.
Para revelar a história de Eduardo Cunha, os jornalistas Aloy Jupiara e Chico Otávio fizeram dezenas de entrevistas, mergulharam em documentos e processos, aprofundaram-se na leitura de livros, estudos e reportagens e tiveram acesso a informações exclusivas.
Com o retrato que entregam neste impactante livro-reportagem, fornecem detalhes da ascensão e da queda do ex-presidente da Câmara ? elementos fundamentais para a compreensão de uma época em que o jogo político caiu em um profundo poço de transações, corrupção e traições que vieram à tona de maneira dramática no cenário político brasileiro.
A partir do depoimento de sete mães de crianças com doenças raras, a autora Désirée Novaes ? ela mesma portadora de uma das mais de 6 mil doenças consideradas raras ? apresenta a história de sete mulheres de várias partes do Brasil que falam de força e amor, de medo e solidão, de crescimento pessoal e questionamentos. Sete mães raras, não só pela forma como lidam com seus filhos, mas por contribuírem diariamente para tornar o mundo mais humano e solidário.
por-que-escrevemos?-de-onde-vem-as-ideias-para-uma-historia?-como-funcionam-as-engrenagens-da-inspiracao-e-da-literatura?-dividido-em-tres-partes-devocao-vai-refletir-sobre-questoes-como-essas-o-relato-se-inicia-com-uma-viagem-da-autora-a-paris-percorrendo-as-?ruas-abstratas-de-patrick-modiano?-e-lendo-uma-biografia-de-simone-weil-patti-smith-comeca-a-esbocar-um-conto-que-vai-se-materializar-no-segundo-capitulo-do-livro-?-a-historia-de-uma-jovem-patinadora-sua-jornada-em-busca-de-si-mesma-e-de-suas-origens-ao-fim-patti-volta-a-cena-e-narra-uma-visita-a-casa-de-albert-camus-na-cidade-de-lourmarin-onde-depara-com-o-manuscrito-de-o-primeiro-homem-romance-inacabado-do-escritor-argelino-?por-que-alguem-se-sente-compelido-a-escrever??-e-a-pergunta-que-nos-acompanha-ate-o-fim-?para-dar-voz-ao-futuro-revisitar-a-infancia-para-dar-redea-curta-as-loucuras-e-aos-horrores-da-imaginacao?-patti-diz-e-porque-afinal-?nao-podemos-apenas-viver?
"" >"Neste livro breve e delicado Patti Smith a lendária autora do disco Horses e do aclamado livro de memórias Só garotos oferece um relato íntimo de seu processo criativo ? e uma reflexão poderosa sobre os mecanismos da escrita
Por que escrevemos? De onde vêm as ideias para uma história? Como funcionam as engrenagens da inspiração e da literatura? Dividido em três partes Devoção vai refletir sobre questões como essas O relato se inicia com uma viagem da autora a Paris Percorrendo as ?ruas abstratas de Patrick Modiano? e lendo uma biografia de Simone Weil Patti Smith começa a esboçar um conto que vai se materializar no segundo capítulo do livro ? a história de uma jovem patinadora sua jornada em busca de si mesma e de suas origens Ao fim Patti volta à cena e narra uma visita à casa de Albert Camus na cidade de Lourmarin onde depara com o manuscrito de O primeiro homem romance inacabado do escritor argelino ?Por que alguém se sente compelido a escrever?? é a pergunta que nos acompanha até o fim ?Para dar voz ao futuro revisitar a infância Para dar rédea curta às loucuras e aos horrores da imaginação? Patti diz E porque afinal ?não podemos apenas viver?
"
Escrever sobre Dandara e sua vida talvez não convença algumas pessoas as quais acham que ser travesti é uma doença, que é falta de vergonha ou simplesmente pelo fato de acreditarem que ?meninos vestem azul e meninas vestem rosa?. Entretanto, é uma forma de mostrar que ser travesti na vida dela não foi uma escolha de criança influenciada na escola ou na mídia.
Ela nasceu Dandara.
Oportunidades desiguais
para mulheres e homens
no mundo dos negócios são
tema de autobiografia
de emprendedora social
Rafaela Kaesemodel relata caso real de empresa
familiar que impediu ascensão profissional feminina
A cada dia novas pesquisas mostram que as oportunidades de ascensão profissional para homens e mulheres nas empresas, apesar de já não serem como eram cinquenta anos atrás, ainda estão muito distantes de um ponto de equilíbrio. O contexto corporativo predominantemente masculino, que mantém a mulher com oportunidades de carreira muito inferiores às que são oferecidas aos homens, faz parte de uma cultura que não está apenas nas empresas, mas ainda nas famílias e na forma como educam suas crianças. A empreendedora social Rafaela Kaesemodel, de Curitiba, foi buscar em algumas dessas pesquisas globais desenvolvidas por instituições como Boston Consulting Group, McKinsey & Company e LeanIn.Org o espelho universal para seu caso particular. O resultado é a autobiografia Vida: Minha História, livro com uma abordagem inédita em que a memória afetiva e o tom pessoal ilustram com precisão um aspecto denso do mundo do trabalho e expõem a predominância de um pensamento que ainda limita, e muito, a ação da mulher.
A leitura do exercício de memória e narrativa apresentado em Vida: Minha História nos oferece uma vez mais a oportunidade de entender o mundo a partir da aldeia, de enxergar o universal a partir do particular. Ao compartilhar suas memórias, a autora lança luz sobre uma verdade predominante num mundo corporativo que, em boa medida, ainda é uma terra dos homens. Assim, sua obra é também uma contribuição à reflexão sobre o papel feminino (desejado, consentido ou conquistado) no mundo dos negócios e na sociedade brasileira nestas décadas iniciais do século 21.
RAFAELA KAESEMODEL, autora de Vida ? Minha História, é empreendedora social. Junto com sua irmã gêmea, Sabrina Muggiati, lidera o projeto Eu Digo X, que auxilia pessoas com Síndrome do X Frágil e seus familiares. Condição genética ainda pouco conhecida e difundida, essa doença afeta o desenvolvimento intelectual. Estabelecidas em Curitiba, as duas irmãs informam, orientam e auxiliam no diagnóstico do X Frágil. Neste seu primeiro livro, Rafaela relata como enfrentou os desafios no mundo masculino e familiar dos negócios e seu choque com uma poderosa cultura que impõe limites à ação da mulher no Brasil contemporâneo. Com coragem e generosidade, compartilha a visão que tem de si mesma e do mundo. Entre um pouco da trajetória épica de seus antepassados imigrantes e as muitas cenas de sua formação e experiências pessoais, compõe uma obra que ajuda a entender suas escolhas e os eventos e condições que a levaram a abraçar a causa do X Frágil como sua grande missão.
Por meio de depoimentos, a trajetória de Bernardo Cabral - um dos atores fundamentais da ordem democrática de 1988 - revela fatos desconhecidos e surpreendentes sobre a resistência à ditadura militar, o papel da OAB na sociedade civil emergente, o processo constituinte, a experiência do governo Collor e as reformas constitucionais. A obra republica, ainda, texto editado pela própria Assembleia Constituinte de 1987-88 no qual, conforme a longa tradição dos juristas-políticos no país, constam as várias polêmicas institucionais sobre o advento da atual Magna Carta.
À frente da banda Fresno há mais de quinze anos, Lucas Silveira conta sua trajetória pessoal e musical com um apanhado de memórias que vão da infância aos dias de hoje. Costurando uma colcha de retalhos, o músico parte de suas composições para revelar as histórias por trás das letras, a vida fora dos palcos e os dilemas que transformaram sua vida.
Em seu conjunto, este livro é uma espécie de farol, só que ao invés de marcar o ponto de chegada, é um farol concebido para iluminar o que ficou para trás. É por isso que ele revela não apenas "a história" escondida nos versos de cada canção, mas também o que liga cada uma delas e o que faz deste conjunto uma obra inteira, uma narrativa musicada de memórias fragmentadas.
Aqui, cada canção funciona como um pequeno ponto luminoso. A cada página, essa luz vai desvelando algo inesperado. Relatos do universo da música e sua trajetória profissional de repente se misturam com lembranças da vida pessoal, da infância, e desembocam em dilemas que geraram grandes histórias. E aos poucos é possível ver formar-se um caminho.
Ao longo de seis décadas, Elton John foi, principalmente, compositor talentoso, intérprete brilhante e astro da indústria fonográfica, com mais de 200 milhões de discos vendidos. Foi também workaholic, viciado em drogas, alcoólatra, multimilionário cujo consumismo se tornou lendário, heterossexual, homossexual, combatente empenhado contra a aids, humanista solidário de primeira linha e amigo extremamente generoso. Apesar do sucesso crescente, permaneceu um homem infeliz, prejudicado por baixa autoestima e a incerteza sobre sua sexualidade - que se arrastava desde sua infância. Essas angústias resultaram em autoaversão que, na década de 1970, combinada com dependência de cocaína e álcool levaram-no a decadência que durou dez anos. A morte do jovem Ryan White em 1990, aos 18 anos, vítima de aids contraída em transfusão de sangue, mostrou a Elton John a insanidade de seu estilo de vida. Os anos seguintes testemunharam sua recuperação pessoal e artística, criando músicas que relembravam os "anos dourados" e conquistando novo público, como com seu trabalho para a trilha sonora de O rei leão. Parece que, finalmente, Elton domou seus demônios e alcançou alguma paz de espírito.