Um relato muito mais interessante e rico do que os que tivemos até agora... Larson escreveu um livro fascinante, que nos faz repensar a corrida entre Scott e Amundsen e considerar a ciência como a força motriz da exploração antártica e polar? - Vassiliki Betty Smocovitis, Science. No começo do século XX, a Antártica era o último continente ainda intocado pelo homem, e chegar primeiro ao Polo Sul era uma questão de honra. A primeira expedição com esse intuito foi liderada pelo irlandês Ernest H. Shackleton, em 1908, sem no entanto lograr êxito; em 1911, o norueguês Roald Amundsen e o inglês Robert Scott se lançaram numa verdadeira corrida ao ponto mais ao sul do planeta ? Amundsen chegou lá em 14 de dezembro, seguido pouco mais de um mês depois pela expedição de Scott, cujo grupo pereceu no caminho de volta. Um império de gelo traz uma nova abordagem ao tratar do que realmente estava no centro dos esforços britânicos na Antártica: a ciência. Sem deixar de lado os momentos emocionantes e humanos da história, o ganhador do prêmio Pulitzer Edward J. Larson examina os assombrosos esforços científicos dessas expedições, além de abranger questões políticas, comerciais, culturais, de orgulho e de heroísmo no fim do mundo.
Os bastidores de como Churchill uniu sua nação durante o pior momento da Segunda Guerra Mundial Assim que Winston Churchill assumiu como primeiro-ministro do Reino Unido, Hitler invadiu a Holanda e a Be?lgica. A Polo?nia e a Tchecoslova?quia ja? haviam sucumbido e a evacuac?a?o de Dunquerque ocorreria duas semanas depois. Pelos doze meses seguintes, Hitler travaria uma incessante campanha de bombardeios, matando 45 mil brita?nicos. Coube a Churchill manter a nac?a?o unida e convencer o presidente americano Franklin Roosevelt de que era um aliado valioso ? e com disposic?a?o para lutar ate? o fim. Em O esple?ndido e o vil, Erik Larson mostra em detalhes como Churchill incutiu no povo brita?nico ?a arte de na?o temer?. Muito além de uma histo?ria de malabarismos poli?ticos, a obra é tambe?m um drama dome?stico e i?ntimo. Baseado em documentos originais de arquivos e relato?rios de espionagem secretos ? alguns deles abertos apenas recentemente ?, além de dia?rios, o livro oferece uma nova perspectiva sobre o ano mais sombrio da capital inglesa atrave?s da experie?ncia cotidiana de Churchill e daqueles pro?ximos a ele. Além do famoso nº 10 da Downing Street, reside?ncia oficial dos primeiros-ministros em Londres, o leitor também é levado a endereços menos conhecidos, como Chequers, a casa de campo oficial, e Ditchley, o lugar que abrigou Churchill e sua equipe quando os ataques se intensificaram. Narrado em ritmo de ficção, O esple?ndido e o vil transporta o leitor da disfunc?a?o poli?tica dos dias de hoje de volta a uma e?poca de verdadeira lideranc?a, quando ? ao encarar o horror impiedoso ? a eloque?ncia, a coragem e a perseveranc?a de Churchill foram capazes de unir uma fami?lia e um reino.
Um retrato implacável do primeiro ano de Bolsonaro no poder. De uma das eleições presidenciais mais polarizadas da história republicana, sai vitorioso Jair Messias Bolsonaro, ex-capitão do Exército que chegou a defender publicamente a tortura, autor de não mais que dois projetos de lei aprovados ao longo de 27 anos de mandato como deputado e merecedor de apenas três dos 512 votos de seus pares na última vez que tentou se eleger presidente da Casa, em 2017. A partir de um rigoroso trabalho de reportagem, Tormenta revela como opera o governo do 38o presidente da República, que forças se digladiam entre as paredes do Palácio do Planalto e de que forma as crenças e os temores ? reais e imaginários ? de Bolsonaro e de seus filhos influenciam os rumos do país. O livro traz detalhes surpreendentes sobre a crise interna de seu mandato, revelando segredos dos generais que o cercam no Palácio, intrigas que corroem o primeiro escalão do poder e bastidores que não chegaram aos jornais. Mais do que mostrar as peculiaridades e a dinâmica do governo de Jair Bolsonaro ? e de nos situar no calendário dos atribulados primeiros 365 dias de sua gestão ?, a narrativa de Thaís Oyama ajuda o leitor a compreender o ano que passou e a vislumbrar o que nos aguarda.
Um relato surpreendente e nada sentimental da vida de Nicolau II, de sua abdicação em março de 1917 a sua execução
Nicolau II, que chegou ao poder em 1894, não tinha preparo para governar. A falta de formação política fez com que aquele homem tímido tivesse sua vida e suas decisões influenciadas, sobretudo, pela esposa, a imperatriz Alexandra, e acabasse lançando a Rússia na Primeira Guerra Mundial. O país não estava apto para entrar no conflito, e o descontentamento cresceu com a escassez de alimento e as perdas militares.
Em março de 1917, Nicolau foi forçado a abdicar do trono devido à revolução que eclodiu nas ruas de Petrogrado, enterrando de vez três séculos de Rússia imperial. Nos dezesseis meses posteriores, ficou primeiro detido em Tsarskoye Selo, depois, em Tobolsk e, por fim, em Ecaterimburgo, onde seria assassinado juntamente com sua família em julho de 1918.
O último tsar lança um novo olhar sobre o reinado de Nicolau II, desvelando também o tipo de governante que ele acreditava ter sido ? ao contrário da desastrosa realidade ? e como acabou vítima de uma tragédia pessoal numa nação onde desempenhou um papel de considerável importância. É também um relato do fomento social, econômico e político na Rússia pré-Revolução, da tomada do poder pelos bolcheviques em outubro de 1917 e dos primórdios da república soviética de Lenin.
O misterioso desaparecimento de Michael Rockefeller ? colecionador de arte primitiva e ¬filho de Nelson Rockfeller, então governador de Nova York ? na Nova Guiné holandesa, em 1961, ¬ficou anos sem ser esclarecido. Apesar de buscas exaustivas, o corpo nunca foi encontrado. E logo surgiram rumores de que ele teria sido morto e cerimonialmente canibalizado pelos asmats ? uma tribo nativa de guerreiros cuja complexa cultura era construída sobre violência sagrada e canibalismo ritual. Além de basear-se em extensa pesquisa, o premiado jornalista Carl Hoffman viajou às selvas da Nova Guiné para revelar não só alguns dos mistérios deste caso, como também uma cultura transformada por anos de dominação colonial, mas ainda moldada por crenças e hábitos antigos. Combinando história, arte, colonialismo, aventura e etnografi¬a, Colheita selvagem é um thriller arrebatador e um retrato fascinante do choque de duas civilizações que resultou na morte de um dos herdeiros mais ricos dos Estados Unidos.
?Thubron é o escritor de viagens mais destacado de sua geração.? - Sunday Telegraph
?Você viaja porque ainda é jovem e quer viver aventuras e ouvir o som das suas botas pisando na terra. Você viaja porque é velho e precisa entender alguma coisa antes que seja tarde demais. Você viaja para ver o que pode acontecer.? Esse é o espírito de Colin Thubron ao decidir percorrer a Rota da Seda, o maior eixo comercial do Mundo Antigo, que ligava o Oriente à Europa. De ônibus, caminhão, carro, carroça e camelo, Thubron cruzou mais de 11 mil quilômetros do coração da China ? iniciando seu trajeto na cidade de Xian, região tida como o berço da seda ? até as montanhas da Ásia Central, passando pelo norte do Afeganistão e pelas planícies do Irã até chegar à Turquia, por esta que foi a maior série de rotas já percorridas pelo homem. Mais do que um registro histórico, A sombra da Rota da Seda é um trabalho investigativo sobre um mundo em constante mudança. Aqui vemos o passado e o presente de lugares como a China, o Irã, o Iraque, a Síria, o Afeganistão, a Turquia sob o olhar de um observador atento, que partilha conosco o fascínio de revisitar um capítulo tão rico da história.
História da colonização do Sudoeste do Paraná por quem viveu os acontecimentos na CITLA e da Revolta dos Colonos. Relata o cotidiano numa terra sem água encanada ou luz, onde o que valia eram os centímetros cúbicos de toras de cada árvore derrubada.
Decorridos mais de dez anos da publicação da 1ª edição do presente livro, em 2003, pareceu chegada a hora de aprofundar alguns temas tratados. Por outro lado, a revelação de importantes documentos, como os diálogos secretos do presidente Kennedy na Casa Branca, introduziu novos elementos de análise. Ultimamente, livros de variada natureza, atestando o interesse pela política internacional do Brasil nas últimas décadas, ou seja, a partir do fim do Estado Novo e da redemocratização que se seguiu à 2ª Guerra Mundial, foram escritos. O período aqui tratado não se alterou: vai de 1964 a 1985. Não há nesta nova edição significativas mudanças de interpretação, uma vez que a linha adotada é a mesma. Como na edição de 2003, atribui-se supremacia aos fatos e à literatura isenta e específica existente. A impessoalidade e a equidistância das posições extremadas continuam, portanto, a serem perseguidas, pois as relações internacionais devem fundar-se sempre no equilíbrio. Cabe aqui um esclarecimento sobre o emprego da expressão política internacional. O seu sentido difere de política externa. Esta surge no momento em que um estado ou um país estabelece relações com outro estado ou país, independentemente do seu conteúdo ou alcance. Aquela, entretanto, pressupõe a existência de princípios, objetivos, alianças, métodos de ação etc. A palavra está agora com o leitor, que no exercício da sua ampla liberdade, irá apreciar esta modesta e atualizada contribuição ao estudo de um riquíssimo período.
À História Moderna associa-se, de forma quase automática, o Renascimento e as grandes navegações. Feitos épicos, obras que atravessaram séculos e configurações do mundo com a unificação de pontos longínquos da Europa - marcaram o período. Tradicionalmente, as datas limites do período são a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 29 de maio de 1453, dando fim à Idade Média, e a deflagração da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789, quando começa a História Contemporânea.
O tempo histórico, porém, não coincide com aquele do calendário. Dessa forma, o historiador Paulo Miceli, especialista na área, nos apresenta uma narrativa dos principais acontecimentos que fazem parte da Idade Moderna, mas que atravessaram os limites mais rígidos dessas datas e até de fronteiras. O autor nos transporta aos tempos em que o mundo se ampliava, mas, por outro lado, uma correspondência poderia demorar meses e até anos para chegar ao seu destino.
Utilizando-se de mapas e ilustrações, além de documentos históricos e filosóficos saborosos, o autor reúne em História Moderna os aspectos mais relevantes que caracterizam o período.
Mesmo estando entre as criaturas mais antigas do planeta, faz menos de 200 anos que os dinossauros começaram a ser estudados. Nesta análise sobre a evolução da arqueologia, David Norman mostra o quanto nossa concepção sobre esses animais muitas vezes foi marcada por preconceitos científicos e disputas acadêmicas. No entanto, novas tecnologias e descobertas revelam que, ao contrário do que se acreditava, essas fascinantes criaturas podem ter sido bastante ágeis, inteligentes e, às vezes, até mesmo cobertas de penas. Com a tortuosa história dessa ciência, o autor mostra que o estudo dos fósseis sempre nos oferece uma fascinante viagem ao passado.