Para Domenico De Masi, podemos resolver grande parte da complexidade da vida se entendermos que, se não vivemos em um mundo perfeito, nenhum momento histórico nos concedeu tanta liberdade, longevidade e possibilidades de realização quanto o que vivemos hoje.
O desafio é saber como transformar essas possibilidades em fatos concretos. Para tanto, De Masi parte de seu vasto conhecimento para analisar a condição humana e social e colocá-la em uma perspectiva inédita.
Em capítulos curtos e de fácil leitura, ele apresenta proposições sobre a era pós-industrial, a tecnologia, o trabalho, o tempo, o ócio, a criatividade, o crescimento, o decrescimento, a política e a estética.
Sua ideia é desenvolver uma civilização cada vez menos atribulada e interessada em poder, dinheiro e posse de bens materiais, e cada vez mais ociosa, voltada à introspecção, à amizade, à diversão, à beleza e à convivência.
Em meio ao excesso de informação, à obsessão com o trabalho e à escassez de tempo, De Masi traz uma proposta revolucionária ? e ao mesmo tempo viável ? para recuperar nossa capacidade de contemplação, ócio e divertimento e, assim, nos sentirmos plenamente humanos.
"A Coleção 2020 foi criada e produzida durante a pandemia de Covid-19. Reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes. -- Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. No Alto Rio Negro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, os indígenas morrem em suas casas ou em filas de espera. Manaus, a capital brasileira com maior população indígena, é uma das mais afetadas pela pandemia. Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida, para a qual não temos anticorpos. O projeto de extermínio das culturas indígenas, executado pela equipe que rege o Brasil desde janeiro de 2019, volta-se agora contra nós, que vemos nossas vidas em risco, nas mãos de governantes incompetentes. Invadidos e desprotegidos, os indígenas sofrem as consequências do desmonte do sistema de saúde público. A extrema desigualdade brasileira os coloca ao lado dos pobres, fazendo-lhes companhia na parte de trás das mais diversas filas. As vítimas preferenciais, os mais velhos, são os guardiães da memória ancestral. Essas mortes equivalem a incêndios em nossas bibliotecas, com a diferença de que os livros não poderão ser repostos. Como lembra a autora neste ensaio seminal: ""A nossa civilização viral continua a sua marcha, em busca de outros corpos a explorar""."
As regras do contágio oferece reflexões importantes sobre o comportamento humano e mostram como podemos nos sair melhor ao prever o que está por vir. Em um mundo cada vez mais interconectado, nossa vida é modelada por surtos ? de doenças, de desinformação e mesmo de violência ? que surgem, se disseminam e desaparecem em desconcertante velocidade. Para entendê-los, é preciso compreender as leis ocultas que os governam, mas as explicações populares continuam a ser desmentidas pelas descobertas científicas, e pesquisas revelam os mistérios do contágio, mostrando-nos como evitar explicações simplistas e soluções ineficazes. Em 2020, a pandemia de coronavírus trouxe ao mundo uma das experiências mais desafiadoras dos últimos anos, razão pela qual este As regras do contágio se torna ainda mais importante. Neste livro, Adam Kucharski investiga as múltiplas manifestações de contágio: por exemplo, o que há em comum na dinâmica das epidemias que aterrorizaram o mundo nos últimos tempos, incluindo a de Covid-19, como as inovações se disseminam através das redes sociais, as semelhanças entre os vírus de computador e as histórias populares, e por que as profecias mais úteis não são necessariamente aquelas que se provam verdadeiras. Dos agentes ?superdisseminadores? que podem gerar uma pandemia ou derrubar um sistema financeiro às dinâmicas sociais que fazem a solidão virar norma, As regras do contágio oferecem reflexões importantes sobre o comportamento humano e mostram como podemos nos sair melhor ao prever o que está por vir.
Quando imaginávamos que as ansiedades da Guerra Fria tinham ficado definitivamente para trás, eis que frases contundentes e discursos cheios de adjetivos voltam a ser utilizados para louvar ou estigmatizar o marxismo. Novamente, a simples referência a Marx suscita reações apaixonadas e pouco reflexivas. Este livro é o oposto de tudo isso. Acadêmico, pouco preocupado com as paixões que envolvem o nome de Marx, distante de questões atinentes à prática política diária ou à luta revolucionária, o livro tem uma única preocupação: investigar as possibilidades de o marxismo se encaixar nos cânones da ciência social. Dentro desse espírito, discutem-se questões centrais dessa teoria, como a ação coletiva das classes, a função do Estado capitalista, o lugar da política na totalidade social e o valor heurístico da explicação funcional. A questão é uma só: é possível ser, ao mesmo tempo, marxista e cientista social?
Assim como milhões de mulheres pelo mundo afora, Eve Ensler esperou durante muito tempo por um pedido de desculpas que nunca veio. Tendo sofrido abuso físico e sexual por seu pai, Eve lutou a vida inteira contra essa traição do amor paterno, desejando um acerto de contas verdadeiro com um homem que está morto há muito tempo. Depois de anos de trabalho como ativista antiviolência contra as mulheres, ela decidiu que não esperaria mais, esse pedido de desculpas poderia ser imaginado e escrito por ela e para ela. Escrito por Eve, do ponto de vista de seu pai, ela tenta transformar o abuso que sofreu com compaixão, veracidade inabalável e uma visão mais ampla sobre o que viveu. O Pedido de Desculpas traz às leitoras um olhar transformador de como podemos começar a ressurgir e nos curar. Trata-se de uma obra revolucionária, que nos conclama a trazer à luz tudo o que há de melhor em cada um de nós: coragem, honestidade e perdão.
De onde vem nossa identidade? Por que algumas pessoas cometem crimes? As notícias dizem a verdade? Se você se faz essas perguntas, então já pensa como um sociólogo. Da desigualdade ao racismo, da globalização à mídia,o livro aborda as grandes
questões de hoje. SE LIGA NA SOCIOLOGIA é a sua introdução perfeita, apresentando as teorias mais importantes
de cada tema e os grandes pensadores da área. Se você já se pegou pensando em como a sociedade em que vive funciona ? e por que nem sempre ela funciona ?, este é o livro para você.
Seguindo a proposta do I Seminário Internacional Tecendo Redes Antirracistas: África(s), Brasil, Portugal, este livro traz uma série de textos que buscam produzir reflexões sobre o racismo experimentado em países de língua portuguesa nos continentes africano, sul-americano e europeu. Essas reflexões se posicionam como ferramentas para o enfrentamento ao fenômeno persistente do racismo que, longe de ser apenas um elemento estruturante das experiências da Modernidade, tem se intensificado nos últimos anos e mostrado que não se trata somente de um fato do passado colonial. A diversidade advinda dos três continentes faz deste livro uma ferramenta ímpar, necessária para um olhar comparativo, transnacional e transcontinental sobre as diferentes experiências com e contra o racismo, espinha dorsal do mundo moderno.
Umberto Eco é hoje um nome reconhecido por seus trabalhos no campo das comunicações, da estética e da semiótica.Como semioticista, desde A Estrutura Ausente e As Formas do Conteúdo, ambos publicados em português pela Editora Perspectiva, sua produção é pa
Inventário crítico da sofisticada e recente tecnologia que propiciou uma revolução
comparável àquela ocorrida com a introdução da escrita na cultura ocidental. Lévy
sustenta que a cultura da informática é uma nova forma de assimilação de conhecimento e
um novo caminho para a produção intelectual - uma etapa posterior à da expressão oral e
escrita.