Este livro foi escrito com objetivo de prover uma declaração dos motivos para ser um nacionalista. A argumentação do autor aponta para uma série decisiva de vantagens de se organizar o mundo político em torno de Estados nacionais independentes. Ele defende que esse modo de organização é o que oferece as melhores condições para a autodeterminação coletiva dos povos; que ele inculca nas pessoas uma aversão à conquista por parte de nações estrangeiras, e abre as portas para uma tolerância maior para com diversos tipos de vida; e que ainda estabelece uma competitividade surpreendentemente produtiva entre as nações, na medida em que cada uma luta por promover o máximo possível suas capacidades e as de seus membros individuais.
Eles têm posição de destaque na sociedade. São juízes, delegados, procuradores de Justiça, empresários de sucesso. Do alto de suas atuações eles poderiam ajudar muitas pessoas, promovendo o progresso e combatendo bandidos. Mas praticaram um dos crimes mais hediondos: o abuso sexual de menores de idade. Prepare-se para uma das mais ousadas investigações jornalísticas do Brasil, no relato contundente de Amaury Ribeiro Jr. Ao longo de vinte anos de trabalho, com muito sangue frio, astúcia e inteligência, o autor se embrenhou por regiões onde a pobreza extrema, a ganância, famílias desestruturadas e a certeza da impunidade criam condições para a atuação de pedófilos poderosos. Gente que muitas vezes se diz defensora da moral e dos bons costumes. Muitas crianças devem a vida ao trabalho aqui apresentado. A coragem e o profissionalismo do autor ajudaram a lei a atuar. Mas ainda há muito por fazer. Ler este livro é parte desse processo.
Nesta obra pioneira, a partir de entrevistas, questionários e vasta bibliografia, Friedan identificou um sintoma social que denominou ?problema sem nome?. Um vazio existencial que afetava mulheres heterossexuais brancas estadunidenses, moradoras de subúrbios de classe média, que não podia ser suprido por um casamento perfeito, pelo alto padrão de vida ou por filhos e que elevou os índices de alcoolismo e transtornos mentais nos Estados Unidos após a Segunda Guerra. Manipuladas pela sociedade de consumo, essas mulheres deixaram o ideal de comportamento libertário das sufragistas, em voga até os anos 1930, e passaram a incorporar um imaginário sobre o ?feminino? projetado por homens brancos que haviam voltado da guerra fantasiando padrões de gênero sexistas. Aos homens, os provedores, era destinada a descoberta de mundos concretos e intelectuais. Às mulheres, as cuidadoras ? mães e esposas donas de casa ?, a interioridade oca do lar. Criticado por algumas pessoas e louvado por outras, A mística feminina é um livro essencial para compreender a história de opressão e libertação das mulheres, porque revela os mecanismos de controle de gênero, afirmando o que nem sempre é óbvio em uma sociedade machista: as mulheres são seres humanos complexos, cada uma com desejos particulares, e capazes de gerir sozinhas a própria vida.
A Fundação Educar DPaschoal traz, em seu DNA, a crença na educação para a cidadania como estratégia de transformação social gerando valor compartilhado. Para isso, afirma, em sua missão, ser preciso garantir que as pessoas se reconheçam como protagonistas de suas vidas, de suas comunidades e desenvolvam a capacidade de interpretar o mundo através da leitura. O Senac São Paulo, por meio de sua ação educacional, enfatiza a importância do desenvolvimento social e implementa projetos que estimulam a inclusão e a cidadania. A afinidade de vocações e valores resultou na publicação deste livro. Mais do que celebrar as três décadas de atuação da Fundação Educar, é um livro com espaço em prateleiras das mais diversas: a do gestor privado que busca organizar as práticas de cunho social de sua empresa; a do gestor público que precisa se aproximar das demandas das comunidades; a dos representantes de grupos e comunidades que precisam falar com os gestores; a de pessoas que, mesmo não estando ´oficialmente´ envolvidas em uma causa ou um cargo, estão incomodadas e querem ´fazer algo´. As histórias aqui apresentadas provam que nem toda ação precisa começar ou se pretender grandiosa. Muitas vezes, apenas colocar as figuras certas em contato funciona como a fagulha para a transformação. Ao mostrar como iniciativas diversas podem se estruturar, este livro do Senac São Paulo em parceria com a Fundação Educar DPaschoal se relaciona com áreas como direito, economia, administração, marketing, saúde pública, educação e cultura e é uma leitura esclarecedora para todos os interessados em realizar uma ação social.
Este livro é uma introdução à análise marxista da sociedade. Foi escrito em linguagem popular. Em tempos de obscurantismo, é preciso se contrapor àqueles que cometem o grave erro de associar capitalismo e democracia. A análise de Marx comprova que o capitalismo é intrinsecamente nocivo à espécie humana. Mas o socialismo não fracassou? Ora, não é pelo fato de a Igreja ter promovido a Inquisição que devemos descartar a proposta de Jesus. Este livro analisa também a queda do Muro de Berlim (1989) e os impasses e perspectivas do socialismo. A pertinência da análise de Marx é, hoje, comprovada pela financeirização da economia, a tensão bélica e a reificação do ser humano pelo fetiche da mercadoria. Como frisa a sabedoria africana, até agora escutamos a versão do caçador. Chegou a hora de dar voz ao leão.
O "Ateliê do Pensamento Social" é uma iniciativa de jovens e promissores intelectuais comprometidos com a formação de outros jovens, e quem sabe, também promissores, nos trajetos da pesquisa e da formação de cientistas sociais em tempos de profunda alteração nos parâmetros de interação. O presente livro se refere à quarta edição do Ateliê do Pensamento Social, da FGV, iniciativa que tem o objetivo de debater trajetórias e métodos de pesquisas que lidam com temas ligados ao pensamento social, como história intelectual, pesquisas com periódicos, autores e manuscritos, circulação de ideias e teorias.
Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder é o respeitado biólogo Richard Dawkins, eleito recentemente um dos três intelectuais mais importantes do mundo (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em Deus, e os terríveis danos que a crença já causou à sociedade. Em 'Deus, um delírio', seu intelecto afiado se concentra exclusivamente no assunto e mostra como a religião alimenta a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças. O objetivo deste texto mordaz é provocar; provocar os religiosos convictos, mas principalmente provocar os que são religiosos 'por inércia', levando-os a pensar racionalmente e trocar sua 'crença' pelo 'orgulho ateu' e pela ciência. Dawkins despreza a idéia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de 'criança católica' ou 'criança muçulmana' é como falar de 'criança neoliberal' - não faz sentido. O biólogo usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e o darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao 'design inteligente', tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião. Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade, Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do mundo. A própria palavra 'Deus' ganha o seu aval na ressalva do 'Deus einsteiniano', e o maravilhamento com o universo e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.
Esta obra reúne uma seleção dos escritos fundamentais de Max Weber, o maior sociólogo alemão de seu tempo e figura chave para a compreensão do atual pensamento sociológico mundial. A preocupação maior de Weber foi sempre a de desenvolver seus estudos a partir de uma realidade concreta que servisse de base à teoria sociológica. Mostrou a importância dos valores na vida social e o perigo desses valores se infiltrarem na ciência social. Definiu conceitos analíticos de grande utilidade para a ciência social, como, por exemplo, o de tipo-ideal.
Num mundo de mudanças constantes e aceleradas, confusão e preocupação compõem um quadro sempre presente. Percorrendo com facilidade a história, a economia, a geografia e a política, David Harvey responde a algumas interrogações de maneira convincente e original, aliando uma sólida argumentação a uma linguagem proporcionalmente clara. O que faz de O novo imperialismo uma obra indispensável a compreensão dos dramáticos eventos que têm abalado o mundo nos últimos anos, bem como do rumo que podem ou não vir a tomar.