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Santa Margarida nasceu no povoado de Verosvres, França, no dia 22 de julho de 1647. Seu pai era escrivão da realeza, casado com Filiberta Delaroche. Tiveram cinco filhos, dentre os quais Margarida e Jacques seguiram a vida religiosa.
A família desfrutava de boa vida na infância da Santa, mas a morte do pai mudou o rumo das coisa. Os tios serviram como tutores, tratando Filiberta e sus filhos com insuportável dureza e crueldade. A família Alacoque quase tinha de suplicar esmola para se alimentar, pois tudo era trancafiado, sendo-lhe concedidas apenas porções racionada. Margarida e sua mãe sofreram pela enfermidade neste período, até que seu irmão, Jean Alacoque, chegando à maioridade, fez com que os Delaroche se retirassem da residência.
Margarida havia feito voto de castidade, por isso o casamento não era opção para melhorar a situação. Passados alguns anos como interna em casa de religiosas, notou-se algo que frequentemente ocorria naquela menina: era comum que aparentasse estar fora de si, absorta em pensamentos misteriosos, e fugisse repentinamente para rezar com fervor inigualável na capela do convento.
Vencidas não poucas dificuldades, Margarida ingressou como religiosa no Monastério da Visitação de Paray-le-Monial, aos 23 anos de idade, sendo noviça muito humilde e obediente. Tais virtudes, todavia, não impediam que Nosso Senhor a conduzisse por caminhos extraordinários, e que sua vida interior não fosse totalmente semelhante à regra de vida da fundação em que estava, o que causou questionamentos e dúvidas por parte das superioras de Margarida. Fez-se tudo o que era viável para sujeitá-la ao molde comum, ordinário. A própria noviça se esforçou para acomodar-se àquilo que a obediência exigia, mas sem êxito.
Santa Margarida, com auxilio de Nosso Senhor, disseminou no seio da Igreja a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a prática da Passio Domini.
